“Guerreiras do K-Pop” vira 2º filme mais visto da história da Netflix
Filme acumula 184,6 milhões de views e passa a ser aposta em categorias como Melhor Animação e Canção Original no Oscar 2026
Diretor de “Lilo & Stitch” reclama de elogios a “Frozen”: “Fizemos primeiro”
Chris Sanders, um dos diretores da animação “Lilo & Stitch” (2002), revelou em entrevista ao The New York Times que se sente frustrado com alguns elogios feitos à animação “Frozen: Uma Aventura Congelante” (2013). Para ele, “Lilo & Stitch” foi pioneiro em mostrar uma relação não-romântica entre duas irmãs, mas os créditos acabaram indo para a animação de Elsa e Anna, lançada 11 anos depois. “Para ser claro, acho ‘Frozen’ ótimo, mas foi um pouco frustrante para mim porque as pessoas diziam: ‘finalmente, uma boa relação entre duas irmãs’. E eu pensei: ‘nós fizemos isso, absolutamente isso foi feito antes”, revelou Sanders. Lançada em 2002, a animação “Lilo & Stitch”, que celebra 20 anos em 2022, teve uma recepção positiva da crítica, atingindo 86% de aprovação no Rotten Tomatoes. À época, foi bastante elogiado o fato de o filme explorar questões familiares de maneira mais ousada do que os tradicionais filmes da Disney. É a relação entre Lilo e sua irmã mais velha, Nani, que se destaca após a morte dos pais delas em um acidente de carro. Já “Frozen: Uma Aventura Congelante”, lançado em 2013, se tornou um grande fenômeno pop e recebeu elogios pela forma como rejeitou os padrões românticos das animações da Disney, colocando no centro da trama a relação entre as irmãs Anna e Elsa, e não a conexão delas com um homem.
Kelly Asbury (1960 – 2020)
O diretor, roteirista e animador Kelly Asbury, que trabalhou em alguns dos principais desenhos animados americanos das últimas três décadas, morreu na sexta-feira (26/6) em Los Angeles, aos 60 anos, após uma longa batalha contra um câncer abdominal. Ele iniciou sua carreira no departamento de animação da Disney em 1983, onde ajudou a criar clássicos como “O Caldeirão Mágico” (1985), “A Pequena Sereia” (1989) e principalmente “A Bela e a Fera” (1991), que ele escreveu. Asbury se tornou diretor assistente na animação de stop-motion “O Estranho Mundo de Jack” (1993) e também trabalhou no gênero em “James e o Pêssego Gigante” (1996), ambos dirigidos por James Selick. Acompanhando de perto a evolução dos desenhos nos últimos anos, ainda integrou a equipe de roteiristas de “Toy Story” (1995), da Pixar, o primeiro longa inteiramente animado por computador, antes de se estabelecer na DreamWorks Animation, onde sua carreira deslanchou. Seu trabalho inicial na DreamWorks foi como supervisor de roteiros em “O Príncipe do Egito” (1998), “A Fuga das Galinhas” (2000, coprodução com o estúdio britânico Aardman), e no primeiro “Shrek” (2001), filme que viabilizou a ambição da DreamWorks de competir com a Disney. O sucesso de “Shrek” lhe permitiu alçar voos maiores. Em 2002, ele dirigiu seu primeiro longa animado, “Spirit, o Corcel Indomável”, dividindo os créditos com a roteirista Lorna Cook (“O Rei Leão”, “Mulan”). O filme foi exibido no Festival de Cannes, venceu quatro Annie Awards e disputou o Oscar de Melhor Animação. Em seguida, integrou o trio de diretores de “Shrek 2”, também indicado ao Oscar, em que se lançou como dublador, fazendo as vozes de vários personagens secundários. A experiência foi estendida a “Shrek Terceiro” (2007) e a todos os seus futuros trabalhos como diretor. Na DreamWorks, ele ainda trabalhou com as equipes de “Kung Fu Panda” e “Madagascar 2: A Grande Escapada” (ambos de 2008). Mas a demora para assumir outro filme o motivou a trocar o emprego fixo por projetos individuais. Seu primeiro trabalho solo como diretor foi “Gnomeu e Julieta” (2011), que ele também escreveu para a Touchstone (divisão da Disney), transformando as músicas de Elton John numa fábula shakeaspearana de anões de jardim. A produção voltou a aproximá-lo da Disney, levando-o a integrar a equipe de mais dois clássicos modernos do estúdio: “Detona Ralph” (2012) e o blockbuster “Frozen: Uma Aventura Congelante” (2013). Kelly Asbury também colaborou com a continuação “Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim” (2018) e dirigiu o primeiro longa animado dos Smurfs, “Os Smurfs e a Vila Perdida” (2017), para a Sony. Seus últimos trabalhos foram consultoria de roteiro em “A Família Addams” (2019), da MGM, e a direção de “UglyDolls” (2019), o último filme com sua assinatura e sua voz. “Todo mundo amava Kelly, era impossível não se encantar com ele ou se alimentar de sua energia positiva”, escreveu no Facebook Ronnie Del Carmen, diretor de “Divertida Mente”, que trabalhou com Asbury em “O Príncipe do Egito” e “Spirit, o Corcel Indomável” e lembrou que “as histórias do grande ‘deus Kell’ eram lendárias”. “Vou sentir muita falta dele. Descanse em paz, querido amigo”, despediu-se.
O Caçador e a Rainha do Gelo é um desperdício de talento e dinheiro
Às vezes, os bastidores de uma produção são muito mais interessantes do que o resultado das filmagens. É o caso de “O Caçador e a Rainha do Gelo”, tanto um prólogo quanto uma sequência de “Branca de Neve e o Caçador” (2012), o filme que já tinha dado o que falar devido ao relacionamento indiscreto entre a protagonista Kristen Stewart e o diretor Rupert Sanders. Os dois foram barrados na sequência. Mas até Charlize Theron, que viveu a bruxa malvada de visual arrasador do longa original, esteve prestes a desistir do projeto, após descobrir que o salário de Chris Hemsworth, intérprete do Caçador, era maior do que o dela. Só aceitou filmar por cachê igual. Ainda que apareça menos do que Hemsworth, a atriz sul-africana recebeu os mesmos US$ 10 milhões. E, no final, é uma das poucas coisas que se salvam na produção. A má vontade também se estendeu a Jessica Chastain, que não ficou muito satisfeita em ter que integrar o elenco dessa produção destinada ao fracasso. Ela foi contratualmente obrigada, como parte do acordo com a Universal para viver a vilã de “A Colina Escarlate”. E acabou encarando um papel de guerreira genérica nessa curiosa fantasia torta, que tem uma trama até mais inventiva do que a do primeiro filme, mas que se perde muito sob a fraca direção do novato Cedric Nicolas-Troyan, diretor de segunda unidade e supervisor de efeitos especiais do longa original. O filme começa apresentando as duas irmãs bruxas vividas por Charlize Theron e Emily Blunt. A primeira tinha domínio de magia negra e era essencialmente má, enquanto a segunda era apenas uma mulher apaixonada por um plebeu, até uma tragédia ativar seus poderes congelantes. A história acaba destacando mais a personagem de Blunt, que viaja para o norte, onde se torna a imperatriz perversa de uma terra gelada. Neste lugar sem calor, ela decreta que o amor é proibido, porque aprendeu que a paixão faz mal para o coração. Mesmo assim, é neste cenário frígido que brota o amor entre dois caçadores de sua tropa, Eric (Hemsworth) e Sara (Chastain). Ironicamente, esta representação do ódio e do mal, exacerbada em ambas as irmãs, acaba servindo para demonstrar como a animação da Disney “Frozen – Uma Aventura Congelante” foi transgressora, utilizando o amor em vez da raiva como motivação da aventura das irmãs. No filme da Universal, as personagens são cheias de traumas e rancores… e chatice. Com personagens fracas, a produção tosca (mas milionária) tenta embalar o filme na base das reviravoltas, como o evento que marca o fim de seu prelúdio e os inimigos que aparecem pelo caminho dos heróis. Além disso, a trama busca se reforçar com as piadinhas dos dois anões Nion e Griff, que servem de alívio cômico – muito mais eficientes do que as falas supostamente engraçadas de Eric, o Caçador. Mas nada funciona. A ponto de situações trágicas inspirarem apenas tédio. Um tédio que cresce na mesma medida em que a trama perde seu rumo. Nem a presença de cena excepcional de Charlize Theron, como a bruxa má que retorna dos mortos, no último ato, consegue impedir o derretimento dos milhões de dólares despejados em “O Caçador e a Rainha do Gelo”. O resultado é um monumental desperdício de dinheiro, repleto de efeitos e atores caros, que custou uma fábula para parecer uma fábula. E, mesmo assim, não consegue disfarçar a enorme ausência de Kristen Stewart no papel de Branca de Neve. Os motivos que levaram a atriz a ser descartada na sequência renderiam um filme, por sinal bem melhor, em que não faltaria a analogia sobre o moral(ismo) da história.
O boneco de neve da animação Frozen vai aparecer na série Princesinha Sofia
Olaf, o boneco de neve otimista da animação “Frozen – Uma Aventura Congelante” (2013), vai aparecer em outra atração da Disney. Ele fará uma visita à série de animação “Princesinha Sofia” (Sofia The First). A informação é do site da revista Variety. O próprio ator Josh Gad (“Pixels”), que dublou o personagem no cinema, vai fazer a voz de Olaf na série. Ele vai aparecer no episódio “The Secret Library: The Tale of Miss Nettle”, que será exibido em 15 de fevereiro no canal pago americano Disney Channel, que também trará Megan Mullally (série “Will & Grace”) de volta como a voz da Miss Nettle, papel pelo qual a atriz concorreu ao Emmy em 2015. Mas não vai ficar nisso. Em 2 de fevereiro, a Disney Publishing Worldwide vai lançar um livro ilustrado e um ebook baseado no episódio. A Disney não está resgatando o personagem à toa. No ano passado, o estúdio revelou sua intenção de produzir uma sequência de “Frozen”.




