Série “O Dia do Chacal” é renovada para 2ª temporada
Produção estrelada por Eddie Redmayne lidera audiências nos EUA e Reino Unido
Eddie Redmayne é assassino profissional no trailer de “O Dia do Chacal”
A série é baseada num best-seller de ação e espionagem, que já ganhou adaptação clássica de cinema nos anos 1970
Eddie Redmayne vira assassino profissional no trailer de “O Dia do Chacal”
A série é baseada num best-seller de ação e espionagem, que já ganhou adaptação clássica de cinema nos anos 1970
Eddie Redmayne vai estrelar série baseada no filme “O Dia do Chacal”
O ator Eddie Redmayne (“O Enfermeiro da Noite”) vai estrelar a série baseada no filme clássico “O Dia do Chacal” (The Day of the Jackal, 1973). Além de estrelar, Redmayne também vai produzir a atração, desenvolvida para o serviço de streaming Peacock em parceria com o canal pago britânico Sky. Dirigido por Fred Zinnemann, o filme original era baseado no livro de Frederick Forsyth e contava a história de assassino profissional apelidado de “Chacal”, contratado para matar o presidente da França Charles de Gaulle. O filme chegou a ganhar uma continuação chamada “O Chacal” (1997), estrelada por Bruce Willis, Richard Gere e Sidney Poitier. A nova atração é descrita como uma “releitura contemporânea do amado e respeitado romance e filme”. A proposta é que a série se aprofunde mais na figura do “anti-herói”, colocando-o numa trama intrincada que acontece em meio a uma paisagem geopolítica turbulenta. A série de “O Dia do Chacal” foi criada por Ronan Bennett (“Top Boy”), que também vai atuar como showrunner da atração. A direção dos episódios ficará por conta de Brian Kirk (“Crime sem Saída”). “Estamos empolgados em dar vida à reimaginação de Ronan Bennett do reverenciado thriller de Forsyth no mundo complexo em que vivemos hoje e somos incrivelmente afortunados por termos um ator do calibre de Eddie como nosso Chacal”, disse o produtor Gareth Neame, produtor executivo da Carnival Films, que vai desenvolver a série. “Combinado com o roteiro de Ronan e a direção de Brian Kirk, esta é uma equipe criativa de primeira classe.” A série de “O Dia do Chacal” começa a ser rodada ainda nesse ano, mas não há previsão de lançamento. A atração será disponibilizada na plataforma de streaming Peacock nos EUA e no canal pago Sky em mercados europeus, como Reino Unido, Irlanda, Itália, Alemanha, Suíça e Áustria. Assista abaixo ao trailer de “O Dia do Chacal”.
Filme clássico “O Dia do Chacal” vai virar série
O filme clássico “O Dia do Chacal” (The Day of the Jackal, 1973), baseado no livro de Frederick Forsyth, vai virar uma série de TV. A atração está sendo desenvolvida para o serviço de streaming Peacock em parceria com o canal pago britânico Sky. Dirigido por Fred Zinnemann, o filme original contava a história de assassino profissional apelidado de “Chacal” (e interpretado por Edward Fox) que é contratado por uma organização dissidente para matar Charles de Gaulle, o presidente da França. O filme chegou a ganhar uma continuação chamada “O Chacal” (1997), estrelada por Bruce Willis, Richard Gere e Sidney Poitier. A nova atração é descrita como uma “releitura contemporânea do amado e respeitado romance e filme”. A proposta é que a série se aprofunde mais na figura do “anti-herói”, colocando-o numa trama intrincada que acontece em meio a uma paisagem geopolítica turbulenta. A série de “O Dia do Chacal” foi criada por Ronan Bennett (“Top Boy”), que também vai atuar como showrunner da atração. A direção dos episódios ficará por conta de Brian Kirk (“Crime sem Saída”). “É uma perspectiva emocionante trabalhar com Ronan Bennett e Brian Kirk neste thriller de gato e rato contemporâneo inspirado no respeitado romance de Frederick Forsyth e no muito admirado e lembrado filme de Fred Zinnemann”, disse Gareth Neame, produtor executivo da Carnival Films, que vai desenvolver a série. “Vamos manter o cenário pan-europeu e jogar com os pontos fortes da estrutura episódica neste thriller internacional inteligente e veloz, com a história de um assassino e a corrida para detê-lo ainda no centro da ação.” Ainda não há previsão de estreia. “O Dia do Chacal” se junta à crescente lista de filmes que vão ser transformados em série. A lista ainda conta com as produções baseadas em “Sexta-Feira 13” (1980), “Scanners: Sua Mente Pode Destruir” (1981), “Kickboxer: O Desafio do Dragão” (1989), “Medo” (1996), “Ou Tudo ou Nada” (1997), “Não me Abandone Jamais” (2010), “Festa da Salsicha” (2016), “Os Parças” (2017), “Magnatas do Crime” (2019) e “O Chef” (2021). Assista abaixo ao trailer de “O Dia do Chacal”.
Michael Lonsdale (1931 – 2020)
O ator Michael Lonsdale, que ficou conhecido como o herói de “O Dia do Chacal” e o vilão de “007 Contra o Foguete da Morte”, morreu nesta segunda-feira (21/8) em sua casa em Paris aos 89 anos, após uma carreira de seis décadas. Filho de pai britânico e mãe francesa, Lonsdale cresceu em Londres e no Marrocos, onde descobriu o cinema de Hollywood em sessões com as tropas americanas durante a 2ª Guerra Mundial, mas só foi se dedicar às artes ao regressar a Paris em 1947, por influência de seu tio Marcel Arland, diretor da revista literária NRF. Ele estreou no teatro aos 24 anos e logo se mostrou interessado por experiências radicais, em adaptações de Eugène Ionesco e em parcerias com Marguerite Duras. A estreia no cinema aconteceu em 1956, sob o nome Michel Lonsdale. Ele participou de várias produções francesas até sofrer sua metamorfose, virando Michael ao ser escalado por Orson Welles em “O Processo” (1962), adaptação do célebre texto de Kafka rodada na França com Anthony Perkins e Jeanne Moreau. Dois anos depois, voltou a ser dirigido na França por outro mestre de Hollywood, Fred Zinnemann, no drama de guerra “A Voz do Sangue” (1964). Mas apesar da experiência com dois dos maiores cineastas hollywoodianos, decidiu retomar o nome Michel e mergulhar no cinema de arte francês, atuando em clássicos da nouvelle vague como “A Noiva Estava de Preto” (1968) e “Beijos Proibidos” (1968), ambos de François Truffaut, “Sopro no Coração” (1971), de Louis Malle, e “Não me Toque” (1971) e “Out 1: Spectre” (1972), os dois de Jacques Rivette. Entretanto, Fred Zinnemann não o esqueceu e se tornou responsável por introduzi-lo no cinema britânico, ao lhe dar um papel de destaque na adaptação do thriller “O Dia do Chacal” (1973), como o obstinado detetive Lebel, que enfrentou o vilão Carlos Chacal. Ele chegou a ser indicado ao BAFTA (o Oscar britânico), mas não foi desta vez que voltou a ser Michael, permanecendo no cinema francês com papéis em “Deslizamentos Progressivos do Prazer” (1974), de Alain Robbe-Grillet, e “O Fantasma da Liberdade” (1974), de Luis Buñuel, onde chegou a mostrar seu traseiro em cenas sadomasoquistas, pelo “amor à arte”. Paralelamente, aprofundou sua relação com a escritora Marguerite Duras, estrelando quatro filmes que ela dirigiu: “Destruir, Disse Ela” (1969), “Amarelo o Sol” (1971) e “India Song” (1975), onde se destacou como um vice-cônsul torturado, repetindo o papel em “Son Nom de Venise dans Calcutta Désert” (1976). No mesmo ano de “India Song”, que o projetou como protagonista, Lonsdale estrelou o clássico “Sessão Especial de Justiça” (1975), de Costa-Gravas, cuja denúncia do sistema penal à serviço de governos corruptos (no caso, da França ocupada por nazistas) rendeu discussões acaloradas – assim como censura – em vários países. A repercussão do filme de Costa-Gravas o projetou para além da França, levando-o a trabalhar com o inglês Joseph Losey (“Galileu”, “A Inglesa Romântica” e “Cidadão Klein”) e o austríaco Peter Handke (“A Mulher Canhota”), o que o colocou no radar dos produtores da franquia “007”. Em “007 Contra o Foguete da Morte” (1979), Lonsdale viveu o diabólico Drax, um industrial bilionário e pianista, que pretendia envenenar a população da Terra e, em seguida, repovoar o planeta com alguns escolhidos, que ele selecionou para viver em sua estação espacial. O ator comparou seu personagem a Hitler em uma entrevista de 2012. “Ele queria destruir todo mundo e fazer surgir uma nova ordem de jovens muito atléticos… ele estava completamente louco.” Para enfrentar o James Bond vivido por Roger Moore, Lonsdale decidiu voltar a ser Michael e assim foi “adotado” pelo cinema britânico, aparecendo em seguida num dos filmes ingleses mais bem-sucedidos de todos os tempos, “Carruagens de Fogo” (1981). Lonsdale também participou do blockbuster “O Nome da Rosa” (1986) e de vários filmes notáveis dos anos seguintes, firmando parceria com o mestre do drama de época britânico James Ivory nos clássicos “Vestígios do Dia” (1993) e “Jefferson em Paris” (1995), no qual interpretou o imperador Luis XVI. Apesar do sucesso em inglês, ele nunca filmou nos EUA, mas trabalhou em mais três thrillers de diretores americanos famosos. Dois desses filmes foram dirigidos na Inglaterra por John Frankenheimer: “O Documento Holcroft” (1985), estrelado por Michael Caine, e “Ronin” (1998), em que contracenou com Robert De Niro. O terceiro foi “Munique” (2005), de Steven Spielberg, em cenas rodadas na França. Mesmo com essas experiências, ele nunca se interessou por Hollywood, preferindo trabalhar com cineastas europeus como Milos Forman (“Sombras de Goya”), François Ozon (“O Amor em 5 Tempos”), Catherine Breillat (“A Última Amante”), Ermanno Olmi (“A Aldeia de Cartão”), Xavier Beauvois (“Homens e Deuses”) e até o centenário cineasta português Manoel de Oliveira (no último longa do diretor, “O Gebo e a Sombra”). Ativo até 2016, quando se aposentou, Lonsdale só foi receber seu primeiro grande prêmio na véspera de seus 80 anos, o César (equivalente francês do Oscar) por seu papel coadjuvante como sacerdote livre e heroico em “Homens e Deuses” (2010). A consagração como homem de fé foi importante não apenas para a carreira de Lonsdale. Ele professava fé cristã pela influência de uma madrinha cega e, em 1987, ingressou na Renovação Carismática Católica antes de fundar o “Magnificat”, um grupo de oração para artistas. Solteiro e sem filhos, Lonsdale também foi pintor e emprestou sua voz inconfundível a inúmeros documentários e audiolivros.
Patricia Bosworth (1933 – 2020)
Patricia Bosworth, atriz e cronista da Era de Ouro de Hollywood, morreu na quinta-feira passada (2/4) de complicações relacionadas ao novo coronavírus. Ela tinha 86 anos. Nascida Patricia Crum, na Califórnia, era filha de um advogado e uma repórter/romancista de crimes, e teve uma vida dramática do começo ao fim. Enquanto cursava a universidade Sarah Lawrence, fugiu com uma estudante de arte que a abusou, levando à anulação de seu casamento após 16 meses. Seu irmão mais novo se suicidou e seu pai faria o mesmo seis anos depois. Ela virou modelo e foi fotografada pela célebre Diane Arbus para um anúncio de ônibus da empresa Greyhound. E graças a esse trabalho conseguiu realizar seu sonho de infância, tornando-se atriz em 1954. Bosworth ingressou no Actors Studio em Nova York, estudando com Lee Strasberg e ao lado de muitos dos grandes artistas da Era de Ouro de Hollywood, incluindo Paul Newman, Marilyn Monroe, Steve McQueen e Jane Fonda. Em meados dos anos 1950, começou a aparecer em várias produções da Broadway, fazendo rapidamente sua transição para as telas. Após estrear no cinema com “Quatro Rapazes e um Revólver” (1957), ela foi escalada em seu principal papel, como uma freira ao lado de Audrey Hepburn no clássico de Fred Zinnemann “Uma Cruz à Beira do Abismo” (1959). A sequência de tragédias de sua vida a acompanhou mesmo neste auge da carreira. No mesmo dia em que foi escalada para o longa de 1959, Bosworth soube que estava grávida e pagou para ter um aborto ilegal, para não perder o papel. Ela nunca mais engravidou. Seus últimos trabalhos como atriz foi em séries de TV, entre elas “Cidade Nua” e “The Patty Duke Show”, entre 1960 e 1963. Na década de 1960, decidiu deixar de atuar para se concentrar no jornalismo, passando a escrever sobre o show business. Escreveu para a revista New York e o jornal The New York Times antes de se tornar, durante as décadas seguintes, editora das revistas Screen Stars, Harper’s Bazaar, Viva, Mirabella e, principalmente, da Vanity Fair, onde Tina Brown a contratou como editora colaboradora em 1984. Ela manteve essa posição pelo resto da vida, com uma breve interrupção entre 1991 e 1997. Seus artigos permaneceram por décadas entre os mais lidos e discutidos da Vanity Fair, com destaque para um perfil de Elia Kazan que lhe rendeu o Prêmio Front Page do Newswomen’s Club de New York. Ela também escreveu biografias best-sellers de Montgomery Clift, Diane Arbus, Marlon Brando e Jane Fonda, além de vários livros de memórias. Seu livro sobre Arbus serviu de base para o roteiro do filme “A Pele” (2006), estrelado por Nicole Kidman e Robert Downey Jr.
Alvin Sargent (1927 – 2019)
Morreu o roteirista Alvin Sargent, que escreveu três filmes do “Homem-Aranha” e venceu dois Oscars por “Julia” (1977) e “Gente como a Gente” (1980). Ele faleceu na quinta-feira (9/5), de causas naturais em sua casa em Seattle, nos Estados Unidos. Ao todo, Sargent assinou mais de duas dúzias de roteiros de longa-metragens desde a década de 1960. Seus créditos também incluem “Lua de Papel” (1973), pelo qual foi indicado ao Oscar. Ele começou sua carreira como vendedor de anúncios da revista Variety nos anos 1950 e sonhava em virar ator. Sua estreia no cinema foi como figurante no clássico “A um Passo da Eternidade” (1954), de Fred Zinnemann. E, por coincidência, Zinnemann também dirigiu “Julia”, que Sargent foi escrever mais de duas décadas depois. A dificuldade para encontrar novos papéis – e vender anúncios – fez com que transformasse um passatempo em carreira. Ele costumava escrever histórias para si mesmo. Um dia, seu agente pegou uma delas e mostrou para produtores de TV. E assim Sargent foi convidado a escrever episódios de séries dramáticas. Ele assinou, entre outras, “Ben Casey”, “Rota 66”, “As Enfermeiras” e “The Alfred Hitchcock Hour” . Seu primeiro roteiro para o cinema foi a comédia de assalto “Como Possuir Lissu” (1966), com Shirley MacLaine e Michael Caine, que fez grande sucesso e chamou atenção de vários cineastas. Isso rendeu novos trabalhos, em que precisou mostrar versatilidade para abordar diferentes gêneros, como o western “A Noite da Emboscada” (1968), a cultuada comédia romântica “Os Anos Verdes” (1969), estrelada pela jovem Liza Minnelli, e o violento policial “O Pecado de um Xerife” (1970). Seus roteiros estavam sendo filmados por jovens diretores em transição para o patamar de mestres – como Robert Mulligan, Alan J. Pakula e John Frankenheimer. E isto atraiu o astro Paul Newman, que chamou o roteirista para escrever “O Preço da Solidão” (1972), adaptação de um peça premiada de Paul Zindel, que o próprio ator dirigiu. A consagração veio logo em seguida, com três indicações à premiação da Academia, rendendo-lhe troféus em duas oportunidades. “Lua de Papel” acabou transformando Tatum O’Neal na mais jovem vencedora do Oscar, aos 10 anos de idade. Mas foram “Julia”, baseada na vida da escritora Lillian Hellman e sua luta contra o Holocausto, e principalmente “Gente como a Gente”, retrato dramático do impacto da morte de um jovem sobre sua família, que lhe deram status de gênio. Assim como fez seu amigo Paul Newman, Robert Redford requisitou o talento de Sargent para escrever a história que marcaria sua estreia no cinema. E “Gente como a Gente”, estrelado por Mary Tyler Moore e Timothy Hutton, venceu, além de Melhor Roteiro, os Oscars de Melhor Direção para o estreante Redford e até o troféu de Melhor Filme do ano. Entre as muitas pessoas influenciadas por aquela obra, o cineasta JJ Abrams (“Star Wars: O Despertar da Força”) frequentemente cita “Gente como a Gente” como inspiração para “Uma Segunda Chance” (1991), o roteiro que deslanchou a sua carreira (quando ele era Jeffrey Abrams). Sargent ainda incluiu “O Cavaleiro Elétrico” (1979), estrelado por Redford, entre esses filmes. E o sucesso dessas produções o tornou um dos roteiristas mais requisitados do período. Especializou-se em dramas e comédias de prestígio de grandes estúdios. “Querem me Enlouquecer” (1987), com Barbra Streisand, “Loucos de Paixão” (1990), com Susan Sarandon, “Nosso Querido Bob” (1991), com Bill Murray, e “Herói por Acidente” (1992), com Dustin Hoffman, fizeram bastante sucesso comercial. Mas nada em sua carreira foi comparável à bilheteria dos dois filmes do “Homem-Aranha” que ele escreveu para o diretor Sam Raimi. O roteirista assinou “Homem-Aranha 2” (2004) e “3” (2007), quando a franquia era estrelada por Tobey Maguire e Kirsten Dunst, e também “O Espetacular Homem-Aranha” (2012), de Marc Webb, protagonizado por Andrew Garfield e Emma Stone. Ele tinha 85 anos quando entregou “O Espetacular Homem-Aranha”, seu último trabalho. A aposentadoria não foi consequência da idade, mas da morte de sua grande parceira. Por 25 anos, Sargent teve a seu lado a produtora e escritora Laura Ziskin, com quem escreveu alguns de seus sucessos. Eles se casaram em 2010, um ano antes de Ziskin perder sua batalha contra o câncer de mama. E Sargent perdeu a vontade de continuar escrevendo.





