Diretor da franquia Jogos Vorazes pode assumir filme baseado na série Battlestar Galactica
Após mais de uma década de idas e vindas, a versão cinematográfica da série “Battlestar Galactica” começa finalmente a sair do papel. A Universal contratou a roteirista Lisa Joy (criadora da vindoura série sci-fi “Westworld”) para desenvolver o roteiro, e negocia com o diretor Francis Lawrence, responsável por três dos quatro filmes da franquia “Jogos Vorazes”, para assumir o projeto. Segundo o site da revista Variety, a Universal já procurou Lawrence, mas as negociações ainda estão em estágio inicial. O projeto surgiu quando o remake da série (exibido entre 2003 e 2009) experimentava status de culto. Na época, a Universal chegou a contratar o roteirista John Orloff (“A Lenda dos Guardiões”) e negociar com o diretor Bryan Singer (franquia “X-Men”), mas a produção não saiu do papel, em parte devido a um conflito entre o produtor original, Glen A. Larson, que criou a série em 1978. Larson, porém, faleceu em 2014. Outro ponto de disputa diz respeito a qual versão da série seria levada ao cinema, se a trama original ou a do remake, que mudou, entre outras coisas, o sexo de um dos protagonistas. Até o momento, não está claro qual caminho a Universal escolheu. Ainda não há data para o início da produção.
Suzanne Collins diz que não pretende escrever novos capítulos de Jogos Vorazes
Após “Jogos Vorazes: A Esperança – O Final” lotar os cinemas, muita especulação tem sido alimentada a respeito de uma suposta continuação da história. O diretor Francis Lawrence, que dirigiu o longa, chegou a afirmar que voltaria à franquia caso a escritora Suzanne Collins, autora dos livros, desenvolvesse uma nova história. Pois Suzanne publicou uma carta aberta no site da editora Scholastic afirmando que não tem planos para escrever nada mais sobre a saga. No texto, ela agradece a todos os envolvidos nos filmes, revelando vontade de seguir em outra direção. “Depois de passar a última década em Panem, é hora de ir para outras terras. Mas, antes disso, eu gostaria de dizer um grande ‘obrigado’ a todos que se associaram com a franquia de filmes. Estou muito feliz pela forma como as quatro produções, que foram fiéis aos livros e inovadores em sua proposta, conseguiram dar vida àquele mundo nas telas”, escreveu. “Não existe ‘Jogos Vorazes’ sem a Katniss. Eu esperava por alguém bom e ganhei uma pessoa que excedeu todas as minhas expectativas. Jennifer Lawrence, sua profundidade emocional, sua presença iluminada e poder de levar essa história: eu sempre serei grata a você por ter aberto a porta e permitido que tudo isso entrasse em sua vida”, escreveu. “Para mim, a trilogia ‘Jogos Vorazes’ é parte de um objetivo maior de introduzir ideias e teorias sobre guerra para o público jovem, mas uma audiência muito maior e mais diversificada apareceu junto com os filmes e o crédito disso vai para todos que contribuíram com o projeto. Finalmente, para todos os leitores e espectadores que acompanham Katniss em sua jornada, muito obrigada por terem um papel em Jogos Vorazes, vocês são uma parte vital da experiência. Que a sorte esteja sempre a seu favor”, finalizou.
Diretor Francis Lawrence quer continuar a franquia Jogos Vorazes
Apesar do título nacional, “Jogos Vorazes: A Esperança – O Final” pode não representar o final da franquia sci-fi juvenil. Em entrevista ao site Yahoo! Movies, o diretor Francis Lawrence (de “Em Chamas” e “A Esperança – Parte I” e “O Final”) se disse disposto a explorar um pouco mais a distopia dos “Jogos Vorazes”. Ele faz apenas uma exigência para dirigir novos filmes da franquia: as tramas precisam ser escritas por Suzanne Collins, a autora dos três livros que foram esticados nos quatro longas estrelados por Jennifer Lawrence. O estúdio Lionsgate, responsável pela adaptação, já tinha manifestado, anteriormente, o desejo de continuar a filmar o mundo de Panem. E o próprio Lawrence confirmou, em entrevista à MTV, que os planos estavam sendo discutidos. “Todo mundo está pensando nisso e falando sobre isso. Eu só acho que é preciso ter cuidado ao se adentrar nesse mundo”, disse ele. “Você precisa ter certeza de que tem algo a dizer. É preciso que sejam criados novos personagens que sejam tão interessantes quanto Katniss. É algo complicado, mas eu definitivamente estou aberto a conversar sobre isso. Todo mundo ama esse mundo e suas ideias”.
Jogos Vorazes: A Esperança – O Final encerra a franquia sem empolgar
“Jogos Vorazes: A Esperança – O Final” tem muitos problemas, mas o principal deles é exclusivo do Brasil. O filme não foi lançado em 3D nos EUA, contudo é assim que chega aos cinemas brasileiros, que por isso cobram mais caro para exibir uma cópia com perda de cor, contraste e da beleza de sua fotografia em geral, projetada de forma horrendamente escura. Chegamos a um momento em que o 3D deixou de ser uma novidade para virar uma imposição da indústria. Quantas imagens belas perdidas pela ganância do mercado. Isso afeta diretamente o prazer de se assistir ao filme, que, de longe, é o pior da série. A pior estratégia foi mesmo dividir o final da franquia em duas partes, replicando o que foi feito com “Harry Potter” e “Crepúsculo”. Isto rendeu dois filmes fracos, com enredos extremamente frágeis, e não serviu sequer para desenvolver os personagens coadjuvantes, que permaneceram mal delineados. Muitos deles, promissores nos filmes anteriores, chegam a desaparecer ou, pior, implodir. É o caso de Peeta (Josh Hutcherson), que participou junto com Katniss (Jennifer Lawrence) de dois jogos vorazes, experimentando uma aproximação sentimental durante esse processo, mas desde o episódio anterior se mostra mais um estorvo para a trama, não fazendo jus à personalidade forte de Katniss. O possível romance dos dois – há um triângulo amoroso envolvendo Gale (Liam Hemsworth) – não merece torcida nem parece ser comemorado pelo público. As mortes de personagens ao longo do filme também não são sentidas. Esta indiferença é mais mortal que a reação da Capital, pois prejudica o envolvimento do público. Sim, Jennifer Lawrence é maravilhosa e há um elenco de apoio admirável, com nomes como Woody Harrelson, Julianne Moore, Donald Sutherland, Elizabeth Banks, Jeffrey Right, Stanley Tucci e até Philip Seymour Hoffman, em seu último papel, mas destes, apenas Sutherland, como o vilanesco Presidente Snow, inimigo número um de Katniss e de toda a rebelião, vale cada segundo em que surge na tela. Muito pela excelência do ator, mas também pela relação desenvolvida, durante a franquia, com sua jovem adversária. A cena do encontro final dos dois, inclusive, denuncia a simpatia que o grande vilão é capaz de gerar, mas é também uma alternativa um tanto covarde do roteiro, diante do ímpeto vingativo da heroína. Como o consenso é de que o terceiro livro é o pior da trilogia, há que se dar um desconto para os roteiristas Peter Craig (“Atração Perigosa”) e Danny Strong (criador da série “Empire”), além do diretor Francis Lawrence (“Água para Elefantes”). Afinal, o tratamento da tentativa de tomada de poder, pelo grupo de rebeldes, mais parece um videogame de quinta categoria, com direito até a monstros como obstáculos a serem vencidos. É lamentável, porém, que uma franquia que começou com dois filmes tão bem amarrados tenha acabado dessa maneira. Considerando os quatro longas, é possível dizer que até houve um empate. Mas, na verdade, existiu uma clara vencedora: Jennifer Lawrence, que saiu do anonimato indie com o primeiro filme para se tornar a atriz mais bem paga de Hollywood.
Jogos Vorazes: Katniss planeja vingança em duas cenas inéditas do final da franquia
A Lionsgate divulgou duas cenas inéditas de “Jogos Vorazes: A Esperança – O Final”, que trazem Katniss (Jennifer Lawrence) lidando com o que aconteceu com Peeta (Josh Hutcherson). As prévias mostram a personagem conversando com o próprio Peeta e com Johanna (Jena Malone), e fazendo a promessa de matar o Presidente Snow (Donald Sutherland). Terceiro filme consecutivo da franquia dirigido por Francis Lawrence, “O Final” vai mostrar a culminação da trama numa rebelião contra a Capital de Panem. A estreia acontece em 18 de novembro no Brasil, dois dias antes do lançamento nos EUA.




