Ministro do Meio Ambiente leva #ForaSalles e invertida de Anitta nas redes sociais
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi alvo de tuitaço nesta quarta (21/4) com a hashtag #ForaSalles, mas escolheu especificamente a cantora Anitta para retrucar. Ao subestimá-la, acabou levando uma invertida ainda maior que o comentário inicial da estrela. Divulgada por organizações ligadas à agenda ambiental, a iniciativa do tuitaço mobilizou milhares de internautas. Além de aderir ao #ForaSalles, Anitta acrescentou que o ministro, denunciado por corrupção pelo superintendente da PF (Polícia Federal) do Amazonas, presta “um desserviço para o meio ambiente”. Salles repostou o tuíte da cantora e ironizou: “Fica na sua ai, ô Teletubbie”. A ofensa foi uma referência ao programa infantil de mesmo nome criado em 1997. Anitta rebateu: “Que resposta madura. Quantos anos você tem? 12? Então é melhor sair do ministério anyway”. O ministro insistiu: “Se você conseguir demonstrar, sem ajuda de outra pessoa, que sabe quais são as capitais do Brasil ou pelo menos os nomes dos seis biomas brasileiros a gente começa conversar…”. Aí, Anitta destruiu: “Desculpa, querido. Não consigo te responder em 5 minutos como você me responde porque eu trabalho. Tava dando umas entrevistas em inglês, espanhol, em francês… você fala francês? Liga pra presidente da França? Ouvi dizer que ele AMA vocês. Aliás é uma loucura a quantidade de perguntas que tenho que responder sobre esse desgoverno de bosta que vocês estão fazendo. A única parte boa é que eu nem preciso explicar pq eu escolhi lançar algo pra fazer o Brasil lembrar que temos várias coisas pra se orgulhar. Pq com vocês no comando tá puxado… Se você conseguir explicar, pode ter ajuda de alguém, porque sozinho você não conseguiu raciocinar: qual o perigo de acabar com a fiscalização do Ibama ou de ir contra a Polícia Federal para defender madeireiros na maior apreensão de madeira na Amazônia… aí a gente começa a conversar”. O jornalista Nelson Motta oficializou o placar da luta: “Levou uma merecida mijada da Anitta. Alguém precisa avisar a ele que ela tem 50 milhões de seguidores nas redes sociais…” Para completar, a cantora ainda lembrou, ironicamente numa enquete postada no seu Twitter, que o ministro do Meio Ambiente não sabe onde vive o Mico Leão Dourado.
DiCaprio, Katy Perry, Joaquin Phoenix e outros artistas pedem para Biden isolar Bolsonaro
Artistas americanos e brasileiros assinaram uma carta nesta terça-feira (20/4), pedindo para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, isole e não faça qualquer acordo ambiental com Jair Bolsonaro. Os dois devem se encontrar na Cúpula do Clima, que tem início na quinta-feira (22/4). A iniciativa acontece após a circulação de um vídeo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), compartilhado por artistas, que avisa para Biden não confiar nas mentiras de Bolsonaro. Na semana passada, Bolsonaro escreveu ao presidente americano uma carta com várias promessas vazias, incluindo, por exemplo, o que já estava prometido desde Dilma Rousseff na assinatura do Acordo de Paris sobre o clima: acabar com desmatamento até 2030. Entre os artistas que assinaram a carta contra o acordo com Bolsonaro estão Leonardo DiCaprio, Katy Perry, Gilberto Gil, Joaquin Phoenix, Mark Ruffalo, Jane Fonda, Sigourney Weaver, Sonia Braga, Wagner Moura, Caetano Veloso, Fernando Meirelles e Philip Glass. Eles apelam a Biden para ouvir lideranças indígenas e ambientalistas, e dialogar com governos estaduais em vez do presidente, que está sendo investigado na Suíça por genocídio contra indígenas e que incentiva as passadas de boiada de um Ministro do Meio Ambiente acusado no STF (Supremo Tribunal Federal) de defender o desmatamento criminoso. “Nós apelamos ao seu governo para ouvir o pedido deles (indígenas e ambientalistas) e não se comprometer com nenhum acordo com o Brasil a esta altura”, escrevem eles. “Unimo-nos a uma coalizão crescente ao fazer um apelo ao seu governo para rejeitar qualquer acordo com o Brasil até o desmatamento ser reduzido, os direitos humanos serem respeitados e uma participação significativa da sociedade civil ser alcançada”, acrescenta a carta. Em 2020, o desmatamento na parte brasileira da Amazônia atingiu recordes históricos e destruiu uma área com 14 vezes o tamanho da cidade de Nova York, segundo dados do próprio governo brasileiro.
Série da Mulher-Maravilha brasileira não foi aprovada
A rede americana The CW desistiu de fazer uma série com a Mulher-Maravilha brasileira, Yara Flor, recém-criada nos quadrinhos da DC Comics. Na série, que se passaria no futuro como o também abandonado projeto spin-off de “Arrow”, “Green Arrow and the Black Canaries”, ela seria chamada de Moça-Maravilha (Wonder Girl). A notícia foi revelada pela roteirista Dailyn Rodriguez (“A Rainha do Sul”), que escreveu o piloto não filmado. “Más notícias. Para quem perguntou, ‘Wonder Girl’ não será encomendada pela CW. Estava muito orgulhosa do roteiro que escrevi. Queria poder compartilhar o mundo que criei, mas infelizmente não foi dessa vez. Obrigado pelo entusiasmo de todos. Significava muito para mim”, ela escreveu nas redes sociais. Nos quadrinhos, a personagem criada por Joëlle Jones faz parte de uma nova linha editorial chamada “DC Future State” (o estado futuro da DC), que se passa muitos anos depois da morte de Bruce Wayne e também inclui um novo Batman e um novo Superman – este último é Jonathan “Jon” Kent, filho de Clark e Lois. O time criativo responsável por esse universo inclui John Ridley, roteirista que venceu o Oscar por “12 Anos de Escravidão”, e Meghan Fitzmartin, que escreve a série “Supernatural”, além de velhos favoritos dos fãs dos quadrinhos, como Brian Michael Bendis e a citada Joëlle Jones. A versão televisiva da personagem seria retratada como uma Dreamer – jovem imigrante – que descende de uma guerreira amazona e um Deus brasileiro do rio Amazonas e que, ao descobrir seus superpoderes, passa a lutar contra o mal. Escrita por Dailyn Rodriguez, que é filha de imigrantes cubanos, caso fosse aprovada seria a primeira atração de super-herói protagonizada por uma latina na TV americana. Mas não foi desta vez. A reação dos fãs dos quadrinhos da DC ao saber da negativa da CW foi incentivar a roteirista a levar o projeto para a HBO Max. Mas a plataforma já está cheia de projetos baseados em heróis da DC Comics que nunca estreiam. Embora os locais de exibição tenham se multiplicado com a inauguração de novas plataformas de streaming, a pandemia diminuiu drasticamente a velocidade e a capacidade de produção de novos conteúdos. So some sad news. For all of those asking, Wonder Girl is not getting picked up at the CW. I was very proud of the script I wrote. Wish I could’ve shared the world I created, but unfortunately it wasn’t meant to be. Thanks for everyone’s enthusiasm. It meant a lot to me. — Dailyn "La Jefa" Rodriguez (@dailynrod) February 12, 2021
Mulher-Maravilha brasileira pode ganhar série do Arrowverso
Antes mesmo de estrear nos quadrinhos, Yara Flor, a Mulher-Maravilha brasileira, já virou tema de um projeto uma série televisiva. A rede americana CW, lar do Arrowverso, deu sinal verde para o desenvolvimento de um piloto baseado na personagem. Curiosamente, o projeto ganhou o título de “Wonder Girl”, Moça-Maravilha, que já foi usado por duas personagens diferentes nos quadrinhos: Donna Troy, que atualmente pode ser vista na série “Titans”, e Cassie Sandsmark, estrela da série animada “Young Justice” (Justiça Jovem), ambas disponibilizadas na plataforma HBO Max. Nos quadrinhos, Yara Flor não é Moça-Maravilha, mas a Mulher-Maravilha do futuro. A personagem criada por Joëlle Jones fará parte de uma nova linha editorial chamada “DC Future State” (o estado futuro da DC), que se passa muitos anos depois da morte de Bruce Wayne e também inclui um novo Batman e um novo Superman – este último será Jonathan “Jon” Kent, filho de Clark e Lois. O time criativo responsável por esse universo inclui John Ridley, roteirista que venceu o Oscar por “12 Anos de Escravidão”, e Meghan Fitzmartin, que escreve a série “Supernatural”, além de velhos favoritos dos fãs dos quadrinhos, como Brian Michael Bendis e a citada Joëlle Jones. O detalhe é que as publicações só vão ser lançadas no começo de 2021. A versão televisiva da personagem será retratada como uma Dreamer – jovem imigrante – que descende de uma guerreira amazona e um Deus brasileiro do rio Amazonas e que, ao descobrir seus superpoderes, passa a lutar contra o mal. A série será escrita por Dailyn Rodriguez (roteirista de “A Rainha do Sul”), que é filha de imigrantes cubanos, e se for aprovada será a primeira atração de super-herói protagonizada por uma latina na TV americana. O piloto será desenvolvido pela Berlanti Productions, empresa de Greg Berlanti, que responde por metade da programação atual da CW – incluindo todo o Arrowverso.
Suyane Moreira inspirou nova Mulher-Maravilha da DC Comics
A atriz e modelo brasileira Suyane Moreira, que viveu Iara na novela “Os Mutantes”, inspirou o desenho da nova Mulher-Maravilha da DC Comics, que será uma indígena do Amazonas nos próximos quadrinhos da personagem. A confirmação da inspiração veio por meio de uma troca de mensagens entre um brasileiro, Marcus Lucon, e a desenhista Joëlle Jones. Após um comentário do leitor sobre a semelhança entre o visual da personagem e Suyane, a artista escreveu: “Isso é bem legal! Na verdade, eu a usei como ponto de referência para o design de Yara!”. A nova Mulher-Maravilha se chama Yara Flor, uma indígena brasileira de uma tribo da floresta amazônica, e faz parte de uma saga prevista para 2021, que será passada no futuro do universo DC. A publicação tem o nome de “DC Future State” (o estado futuro da DC) e se inicia muitos anos depois da morte de Bruce Wayne, assassinado pela maligna organização Magistrate, que agora controla Gotham City. A trama também incluirá um novo Batman e um novo Superman – este último será Jonathan “Jon” Kent, filho de Clark e Lois. O time criativo responsável pela trama inclui John Ridley, roteirista que venceu o Oscar por “12 Anos de Escravidão”, e Meghan Fitzmartin, que escreve a série “Supernatural”, além de velhos favoritos dos fãs dos quadrinhos, como Brian Michael Bendis e a citada Joëlle Jones. Olha isso! Desde q anunciaram a nova Mulher-Maravilha, brasileira, Manauara, de origem indígena, fiquei muito empolgado e feliz – na hora lembrei da Suyane, uma modelo maravilhosa que sempre admirei… aí resolvi escrever para a maravilhosa @Joelle_Jones… pic.twitter.com/QwCK9kDHs9 — Marcus Lucon (@LuconMarcus) October 19, 2020
Indígena brasileira será nova Mulher-Maravilha da DC Comics
A DC Comics anunciou em seu site oficial várias mudanças no futuro dos principais heróis da editora, incluindo uma nova versão da Mulher-Maravilha, que passará a ser representada por Yara Flor, uma indígena brasileira de uma tribo da floresta amazônica. O anúncio da DC não revela muito sobre a nova personagem, apenas que ela é “escolhida” para ser a nova Mulher-Maravilha, e que viverá uma aventura ao lado do novo Superman — identidade assumida por Jon, filho de Clark Kent. Os novos personagens farão parte de uma saga prevista para 2021, que será passada no futuro do universo DC. A publicação tem o nome de “DC Future State” (o estado futuro da DC). “DC Future State” vai se passar muitos anos depois da morte de Bruce Wayne, assassinado pela maligna organização Magistrate, que agora controla Gotham City. Mas também incluirá um novo Batman. O time criativo responsável pela trama inclui John Ridley, roteirista que venceu o Oscar por “12 Anos de Escravidão”, e Meghan Fitzmartin, que escreve a série “Supernatural”, além de velhos favoritos dos fãs dos quadrinhos, como Brian Michael Bendis e Joëlle Jones. Veja abaixo uma imagem que reúne todos os novos personagens.
Leonardo DiCaprio volta a condenar desmatamento da Amazônia
O ator Leonardo DiCaprio voltou a se manifestar sobre as queimadas na Amazônia. O ator compartilhou um post do jornal inglês The Guardian em seu Instagram, que critica a gestão de meio ambiente do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O post deve aumentar o ódio que Bolsonaro sente do astro de Hollywood. Em 2019, o presidente espalhou fake news acusando o americano de financiar queimadas criminosas no Brasil, sem apresentar provas. O ataque virou piada nas redes sociais. No texto desta sexta (14/8), acompanhado de um vídeo de queimadas, há um alerta sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, com dados recentes do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). “O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está sob pressão internacional para inibir as queimadas, mas duvidou publicamente delas no passado, culpando oponentes e comunidades indigenas”, diz o texto, que ainda alerta para “o clima mais seco deste ano até agora”. “Há preocupação de que o desmatamento no Brasil não esteja chamando atenção suficiente”, conclui o alerta. Entre agosto de 2019 e julho deste ano, os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram um aumento de 34,5%, na comparação com os 12 meses anteriores. É o maior valor dos últimos cinco anos, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (7/8) pelo Inpe. Ver essa foto no Instagram From The @Guardian: The number of fires burning in Brazil's Amazon in July was up 28% on the same month last year, according to data from Brazil's space research agency INPE. Early numbers for August also show a 7% increase. Brazil's president, Jair Bolsonaro, is under pressure internationally to curb the fires, but he has publicly doubted the severity of them in the past claiming opponents and indigenous communities were responsible. Last year's Amazon wildfires were devastating enough, but with the weather being drier this year so far, as well as the Coronavirus pandemic which has killed more than 99,000 Brazilians, there is growing concern that the ongoing deforestation isn't getting enough attention. . . . . . . #Brazil #Amazon #Rainforest #Wildfires #Deforestation Uma publicação compartilhada por Leonardo DiCaprio (@leonardodicaprio) em 14 de Ago, 2020 às 11:03 PDT
Joaquin Phoenix estrela curta ambientalista contra incêndios e desmatamentos no Brasil e Austrália
O ator Joaquin Phoenix, que no domingo (9/2) deve vencer o Oscar de Melhor Ator por “Coringa”, é a estrela de um curta ambientalista lançado nesta sexta (6/2). Em “Guardians of Life”, ele interpreta um médico num planeta Terra agonizante. Gravado em um pronto-socorro de Los Angeles, o filme mostra médicos tentando salvar um paciente não identificado cuja ausência de sinais vitais simboliza a ameaça da mudança climática. Quando a falência de seus órgãos é anunciada, mãos ensaguentadas de uma médica se afasta do corpo, revelando em seu interior o desmatamento e os incêndios florestais que vão da Austrália à Amazônia. “Qual o próximo?”, pergunta o vídeo, pedindo para o espectador agir agora. “Realmente é um pedido de ação”, disse o ator, em comunicado sobre o lançamento. “As pessoas não percebem que ainda há tempo, mas somente se reagirmos agora e fizermos mudanças abrangentes em nosso consumo. Não podemos esperar que os governos resolvam estes problemas por nós.” Além de Phoenix, o elenco do curta inclui Adria Arjona (“Esquadrão 6”), Oona Chaplin (de “Game of Thrones” e neta de Charles Chaplin), Rosario Dawson (“Luke Cage”), Matthew Modine (“Stranger Things”), Q’orianka Kilcher (“Yellowstone”) e o músico Albert Hammond Jr. (da banda The Strokes). A direção é de Shaun Monson, do documentário “Terráqueos”, narrado justamente por Joaquin Phoenix. Um dos astros mais proeminentes de Hollywood a chamar atenção para o perigo do aquecimento global, Phoenix se juntou ao grupo ambientalista Rebelião contra a Extinção e à Amazon Watch, uma organização sediada na Califórnia que faz campanha para proteger a floresta amazônica, para produzir o curta, o primeiro de uma série de vídeos que pretendem provocar ações de combate à mudança climática. Há cerca de um mês, Phoenix chegou a ser preso em um protesto contra a mudança climática organizado pela colega Jane Fonda, em Washington, alguns dias depois de vencer o Globo de Ouro como protagonista de “Coringa”. Veja o curta ambientalista abaixo.
Leonardo DiCaprio apoia índios brasileiros em condenação ao garimpo ilegal na Amazônia
O astro Leonardo DiCaprio (“Era uma Vez em Hollywood”) voltou a falar na floresta amazônica, após ser acusado por Jair Bolsonaro de doar dinheiro para “tacar fogo na Amazônia”. Ele postou uma foto em seu Instagram, que registra uma mensagem dos povos Yanomami e Ye’kwana, que pedem a retirada do garimpo em suas terras. “Fora Garimpo”, diz a imagem, de forma clara, por meio de “letras humanas”, alinhadas no centro de uma aldeia e fotografadas do céu. Ao legendar a publicação, DiCaprio comentou a invasão ilegal do território indígena. “Uma poderosa mensagem dos povos Yanomami e Ye’kwana do norte do Brasil para o mundo. Apesar das leis brasileiras tornarem ilegal a mineração nas terras indígenas Yanomami, milhares de garimpeiros entraram recentemente no Parque Yanomami, uma das maiores reservas indígenas do Brasil, espalhando malária e contaminando rios com mercúrio”, diz o texto-denúncia de DiCaprio. “A invasão ocorre após o corte no orçamento das operações policiais da Amazônia no Brasil, deixando as áreas protegidas vulneráveis à exploração. A última vez que houve uma invasão nessa escala foi na década de 1980, quando cerca de um quinto da população indígena morreu de violência, malária, desnutrição, envenenamento por mercúrio e outras causas. Em um recente Fórum de Liderança Yanomami e Ye’kwana, os líderes da tribo enviaram uma carta às principais autoridades do Executivo e do Judiciário brasileiro: ‘Não queremos repetir essa história de massacre’, diz o manifesto”. Em outubro, Bolsonaro defendeu o garimpo na Amazônia. “O interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore. É no minério”, disse o presidente do Brasil, após se encontrar líderes do garimpo na região. Dias depois, reforçou o apoio numa live do Facebook, prometendo “carta branca” aos garimpeiros. “Aí vocês querem pegar um coitado de um desgraçado de um garimpeiro, a mão calejada, só sabe fazer aquilo, e querem criminalizar, prender, esquartejar o cara. Vamos ajudar o garimpeiro. No que depender de mim, dependo do Parlamento, vamos dar carta branca para o homem buscar seu ouro, seu diamante no Brasil todo, preservando o meio ambiente, sem usar mercúrio”, disse. Bolsonaro enxerga as ONGs que atuam na defesa da floresta como inimigas e chegou a acusá-las, sem provas, pelas queimadas na Amazônia. Ele também espalhou fake news sobre a ligação de Leonardo DiCaprio com os incêndios, acusando-o de doar dinheiro a instituições que fotografam as queimadas para fazer campanhas “contra o Brasil”. “Uma ONG ali pagou R$ 70 mil por uma foto fabricada de queimada”, disse o presidente sem citar nomes. “O que é mais fácil? ‘Toca’ fogo no mato. Tira foto, filma, manda para a ONG, a ONG divulga, entra em contato com o Leonardo DiCaprio e o Leonardo DiCaprio doa US$ 500 mil para essa ONG. Leonardo DiCaprio, você está colaborando com as queimadas na Amazônia”, disse – vale a pena repetir – o presidente do Brasil. O ator negou ter financiado ONGs que fotografaram queimadas na Amazônia, mas afirmou que elas merecem apoio. “Apesar de merecerem apoio, nós não financiamos as organizações”, disse DiCaprio, em post publicado no Instagram em novembro. O ator também elogiou “o povo brasileiro que trabalha para salvar sua herança cultural e natural” e afirmou que “o futuro destes ecossistemas insubstituíveis está em jogo”. Ele completou dizendo ter “orgulho de estar ao lado dos grupos que os protegem.” Depois das queimadas na Amazônia em meados deste ano, a ONG Earth Alliance, da qual DiCaprio é fundador, prometeu doar US$ 5 milhões para a proteção da Amazônia. Na ocasião, DiCaprio também enalteceu o trabalho dos brigadistas voluntários nas redes sociais, revelando algo que até então não era de conhecimento amplo. Ele trabalhou em combate a incêndios na Amazônia em 2017. “Na Amazônia, eles freqüentemente trabalham com nada além de facões, sopradores de folhas e pequenos tanques de supressores de fogo. Eu trabalhei com uma tropa deles no leste do Brasil em 2017. Foi um trabalho duro e às vezes sem esperança. Alguns deles eram homens de tribos Guajajara que dedicaram suas vidas a proteger o que restou de suas florestas ancestrais – a maioria já havia sido explorada e queimada. Alguns deles foram assassinados por tentarem proteger a região. Tem sido brutal e trágico e todos nós devemos nos curvar a eles pelo que fazem”. Ver essa foto no Instagram "No more mining" — a powerful message from the Yanomami and Ye'kwana peoples of northern Brazil to the world. Despite Brazilian laws that make mining on Yanomami Indigenous land illegal, thousands of goldminers have recently entered Yanomami Park, one of Brazil’s biggest indigenous reserves, spreading malaria and contaminating rivers with mercury. The invasion comes after the budget for Amazon law enforcement operations in Brazil was slashed, leaving protected areas vulnerable to exploitation. The last time there was an invasion of this scale was during the 1980s, when around one-fifth of the indigenous population died from violence, malaria, malnutrition, mercury poisoning and other causes. At a recent Yanomami and Ye'kwana Leadership Forum, the tribe leaders issued a letter to the main authorities of the Brazilian Executive and Judiciary. "We do not want to repeat this story of massacre," reads the manifesto. Photo supplied by @socioambiental #foragarimpo #standwiththeyanomami Uma publicação compartilhada por Leonardo DiCaprio (@leonardodicaprio) em 26 de Dez, 2019 às 6:34 PST
Jane Fonda chama Bolsonaro de patético, risível e piada
Uma das atrizes mais famosas de todos os tempos, também conhecida por suas posições políticas, Jane Fonda chamou o presidente Jair Bolsonaro de “piada”. A declaração foi feita em entrevista à revista Veja, em que ela comentou as acusações feitas contra o ator Leonardo DiCaprio por Bolsonaro. “É patético. É risível. É uma piada (…) Eu acompanho a política brasileira. Estava em Michigan durante as eleições presidenciais brasileiras, quando Bolsonaro foi eleito. Alguns brasileiros me viram e começaram a chorar ao dizer que ele havia ganhado a disputa presidencial. Eles sabiam o que significava para seu país aquela vitória e não conseguiram se conter. Eu me senti muito mal. Já passei um tempo no Brasil, amo o país, amo seu povo, e sinto muito que tenha chegado a esse ponto”, declarou a atriz Ela também comparou o brasileiro a Donald Trump, na medida em que toma decisões que não levam em conta o povo e o futuro, apenas o dinheiro. “É um homem que permite as queimadas na Floresta Amazônica em troca de dinheiro, em nome da produção agrícola, mas sem cuidado algum, suja. Ele não entende que está potencialmente destruindo um órgão vital do planeta, com a Amazônia em chamas — além do ridículo, reafirmo, de culpar Leonardo DiCaprio e os ambientalistas. Respeito a coragem e o sacrifício dos brigadistas que foram injustamente presos, recentemente. Calá-los é como tentar coibir a imprensa livre. Mas vocês vão superar isso. Assim como nós, americanos, conseguiremos superar esse período com Donald Trump”. Aos 81 anos, a atriz estrela atualmente a série “Grace and Frankie”, na Netflix, e lidera manifestações sobre o meio-ambiente nos Estados Unidos. Só neste ano, ela recebeu prêmios do PGA (Sindicato dos Produtores dos EUA) e do BAFTA (Academia Britânica de Cinema de Televisão) pelas realizações de sua carreira, que incluem dois Oscars (por “Klute” e “Amargo Regresso”) e mais cinco indicações ao prêmio máximo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Bolsonaro volta a atacar o “bonito” Leonardo DiCaprio, a “pirralha” Greta Thunberg e ONGs da Amazônia
O presidente polemista Jair Bolsonaro voltou a atacar o ator Leonardo DiCaprio nesta quarta-feira (11/12), além de criticar a ativista Greta Thurnberg, retomar a fake news das ONGs incendiárias e difamar os quatro brigadistas de Alter do Chão, que foram soltos em novembro após terem sido apontados como suspeitos de terem iniciado incêndios em área de proteção ambiental em contestado inquérito da Polícia Civil. Na conversa com um grupo de eleitores na entrada do Palácio do Alvorada, Bolsonaro repetiu a fake news de que DiCaprio doou recursos a uma ONG que comprou a fotografia do incêndio de Alter do Chão. Mesmo já tendo sido desmentido pela ONG em questão e pelo próprio DiCaprio, o homem com a faixa presidencial segue divulgando a sua versão, agora uma mentira assumida – historicamente, Bolsonaro difama até ser condenado pela Justiça. Para completar, afirmou que a imprensa só apoia o ator porque ele é “mais bonito” que o presidente brasileiro. Em tom ofensivo, ele também atacou a jovem ativista sueca Greta Thunberg, que tem ganhado destaque mundial na luta contra os efeitos das mudanças climáticas e foi recentemente escolhida a Pessoa do Ano pela revista americana Time. “Uma pirralha de 16 anos fala qualquer besteira lá fora, qualquer besteira, falou para dar porrada no Brasil, e o pessoal dá destaque. Ela, inclusive, disse agora que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. Ninguém sabe a causa ainda, estão apurando”, disse, repetindo um insulto que tinha feito na terça. Após a primeira declaração, a palavra “pirralha” foi inserida na descrição do perfil oficial de Greta nas redes sociais. Em agosto, a conta da ativista também tinha sido alterada em uma resposta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acrescentando os “elogios” que ele lhe prestou. Bolsonaro, porém, não fez apenas “discurso de ódio”. Ele também compartilhou elogios, saudando a prisão dos quatro brigadistas de Alter do Chão, voluntários que combatem incêndios na região amazônica e que foram vítimas de uma das ações mais contestadas do ano. Na investigação federal, diferentemente da realizada pela Polícia Civil, nenhum elemento apontou para a participação deles nas queimadas amazônicas, e após o inquérito ter sido questionado, o governador do Pará, Helder Barbalho, até trocou o delegado que comandava as investigações. A apuração do Ministério Público Federal em Santarém apontou como possíveis responsáveis pelo incêndio o assédio de grileiros, a ocupação desordenada da região e a especulação imobiliária. Desde o mês passado, os quatro brigadistas respondem ao processo em liberdade, enquanto a região queimada é loteada por especuladores não importunados pela polícia local. Ao parabenizar a Polícia Civil por apresentar “provas” do envolvimento dos brigadistas no crime ambiental, Bolsonaro lembrou que, no passado, já havia dito que recursos de ONGs (Organizações Não-Governamentais) poderiam ter relação com os incêndios. “Impressionante o trabalho, no meu entender, bastante objetivo. Pegou pessoal que ganhava dinheiro de ONGs para tocar fogo no Brasil e a imprensa em grande parte defendendo agora esses quatro caras que foram presos e foram postos em liberdade”, disse. Os ataques desta quarta aumentam a lista de ofensas e difamações de Bolsonaro, que já foi condenado na Justiça a pagar multas por declarações homofóbicas e racistas, e por um ataque pessoal à deputada federal Maria do Rosário, quando ainda era deputado.
Mark Ruffalo critica mentiras de Bolsonaro nas redes sociais
O ator Mark Ruffalo, intérprete do super-herói Hulk no MCU (Universo Cinematográfico da Marvel, na sigla em inglês), criticou o presidente Jair Bolsonaro no Twitter por espalhar fake news e acusar sem provas Leonardo DiCaprio de ter apoiado as queimadas na Amazônia. “Bolsonaro e sua turma estão transformando em bode expiatório as pessoas que protegem a Amazônia dos incêndios que ele próprio permitiu que acontecesse”, comentou Ruffalo, sobre uma reportagem da resposta de DiCaprio aos ataques pessoais. “Pergunte a si mesmo: o que mudou recentemente no Brasil para que isso aconteça agora? Bolsonaro e suas políticas (não) ambientais”, acrescentou o ator. Na quinta-feira (28/11), Eduardo Bolsonaro publicou no Twitter que DiCaprio tinha doado US$ 300 mil “para a ONG que tocou fogo na Amazônia”. Disse ainda que a ONG WWF teria pago R$ 70 mil pelas fotos da floresta em chamas. “Macron e Madonna foram mais espertos, só pegaram na internet umas fotos tiradas décadas atrás de alguma floresta pegando fogo e postaram mesmo”, ironizou o filho de Jair Bolsonaro. Foi imediatamente desmentido pela ONG WWF, que apoia o trabalho dos brigadistas presos no Pará, de forma suspeita, após Bolsonaro acusar, também sem provas, ONGs de colocarem fogo na floresta. Os brigadistas já foram soltos. Sem considerar o desmentido, horas depois Jair Bolsonaro entrou no ar, numa live do Facebook, voltando a culpar as ONGs por queimadas na Amazônia e acusando DiCaprio de doar dinheiro a essas instituições. Segundo Bolsonaro, as ONGs estariam comprando e divulgando fotos forjadas dos incêndios para receber doações e fazer campanhas “contra o Brasil”. “Uma ONG ali pagou R$ 70 mil por uma foto fabricada de queimada”, disse o presidente sem citar nomes. “O que é mais fácil? ‘Toca’ fogo no mato. Tira foto, filma, manda para a ONG, a ONG divulga, entra em contato com o Leonardo DiCaprio e o Leonardo DiCaprio doa US$ 500 mil para essa ONG. Leonardo DiCaprio, você está colaborando com as queimadas na Amazônia”, disse inacreditavelmente o presidente do Brasil. A mentira ganhou repercussão mundial, rendendo críticas da imprensa em todo o mundo. No sábado, Leonardo DiCaprio manifestou-se para desmentir as fake news outra vez. O vencedor do Oscar negou ter financiado as ONGs investigadas por suposto envolvimento em queimadas na Amazônia, mas afirmou que elas merecem apoio. “Apesar de merecerem apoio, nós não financiamos as organizações”, publicou o ator em seu Instagram. DiCaprio, que já tinha se comprometido a doar US$ 5 milhões para a proteção da Amazônia, também elogiou “o povo brasileiro que trabalha para salvar sua herança cultural e natural” e afirmou que “o futuro destes ecossistemas insubstituíveis está em jogo”. Ele completou dizendo ter “orgulho de estar ao lado dos grupos que os protegem.” Muitas pessoas comentaram o post do astro na ocasião. Outros tantos mais ecoaram Ruffalo. E não apenas brasileiros. Por iniciativa própria, Bolsonaro acabou se escalando para virar um vilão caricato de Hollywood. O mundo inteiro está vendo Bolsonero queimar seu filme sozinho. Bolsonaro and his ilk are scapegoating the very people protecting the Amazon from the fires he himself has allowed to happen. Ask yourself: what has recently changed in Brazil to have this happen now? Bolsonaro and his (non)environmental policies. https://t.co/pbiQZkch58 — Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) December 2, 2019




