Jean Hale (1938–2021)
Jean Hale, que viveu loiras fatais nos anos 1960, morreu em 3 de agosto de causas naturais em Santa Monica, aos 82 anos. O falecimento foi anunciado por sua família na segunda-feira (27/9). A atriz trabalhou como modelo antes de ser “descoberta” pelo agente de Sandra Dee, numa tarde em que estava caminhando despreocupada pela Quinta Avenida de Nova York. O encontro lhe rendeu um contrato com a 20th Century Fox e levou à sua estreia no cinema em 1963, no filme de terror “Violent Midnight”. No filme seguinte, ela já estampava um pôster, de rifle em punho, ajudando a vender o western B “Império da Vingança” (1964). Mas a carreira de protagonista não decolou e o estúdio a deslocou para aparecer em diversas séries, antes de devolvê-la aos cinemas num papel pequeno em “Confidências de Hollywood” (1966). Entre as telas grande e pequena, acabou chamando mais atenção como Polly, capanga do Chapeleiro Louco num episódio duplo da 2ª temporada de “Batman”, produzida pela Fox em 1967. Ela voltou a viver uma vilã num filme lançado no mesmo ano, enfrentando James Coburn na paródia de espionagem “Flint: Perigo Supremo”, em que o espião Derek Flint precisa derrotar uma organização criminosa formada apenas por mulheres deslumbrantes. Hale também participou de “O Massacre de Chicago”, de Roger Corman, em 1967, seu último filme para a 20th Century Fox, que encerrou seu ano mais produtivo. Entretanto, sem conseguir novos papéis de cinema após o fim do contrato, foi, aos poucos, cansando-se de aparecer em séries. Ficou 1970 inteiro afastada das telas. Depois, fez um episódio de “O Homem de Virgínia” em 1971, outro de “Mod Squad” em 1972, dando então um espaço maior, de três anos, para ressurgir em “Cannon”, sua última série em 1975. Hale ainda retomou a carreira de atriz em 1987 para gravar três telefilmes de despedida. O último, “Lies Before Kisses”, foi exibido na rede CBS em 1991. Fora das telas, foi casada com o ator Dabney Coleman (“Boardwalk Empire”) de 1961 até o divórcio de 1984, quando fundou uma produtora de entretenimento, que continuou a se expandir até recentemente. No momento de sua morte, Hale estava trabalhando em um roteiro chamado “Being Jeannie” baseado na história real de uma mulher que se fez passar por ela durante seu auge na década de 1960, apenas para aplicar golpes. A falsa Jean Hale se casou com 10 homens no Texas e Oklahoma e roubou todo o dinheiro deles.
Erin O’Brien (1934-2021)
A cantora e atriz Erin O’Brien morreu em 20 de maio de causas naturais em sua casa em Seattle, aos 87 anos. O’Brien teve uma carreira de sucesso nos anos 1950, aparecendo seguidamente em programas da TV americana. Sua carreira televisiva começou no programa de calouros “Talent Scouts” (o “American Idol” da época) em 1956. Um dia após vencer a competição, o apresentador Steve Allen a levou para se apresentar no “Steve Allen Show” (precursor do “The Tonight Show”) e lhe ofereceu um contrato ao vivo, para cantar por um ano na televisão. Ela aceitou e também assinou com o empresário do músico Liberace, Seymour Heller, para cuidar de sua carreira. Com isso, apareceu várias vezes no “The Liberace Show”, além de fechar um acordo para virar estrela convidada das séries da Warner. Seus primeiros papéis como atriz vieram em séries de western, como “Colt 45”, “Maverick”, “Cheyenne”, “Bat Masterson” e “Laramie”. Ela também participou do piloto da série criminal “77 Sunset Strip”, como a testemunha de um assassinato. Paralelamente, chegou ao cinema, coadjuvando em quatro filmes: a comédia leve “Mau Tempo pela Proa” (1958), em que viveu a namorada universitária de Andy Griffith, o suspense “Uma Vida em Perigo” (1958), a aventura “Ainda Não Comecei a Lutar” (1959) e o thriller de espionagem “Flint: Perigo Supremo” (1966), que marcou sua despedida precoce das telas.

