Isabelle Huppert vem ao Brasil abrir Festival de Cinema Francês
Atriz francesa apresentará “A Mulher Mais Rica do Mundo” no Rio de Janeiro e seguirá para Salvador após a abertura do evento
Estreias | Filmes brasileiros são os destaques de cinema na semana
"Ainda Estou Aqui", indicação do Brasil ao Oscar 2025, e a animação "A Arca de Noé" chegam junto com os americanos "Operação Natal" e "Não Solte!"
Festival Varilux de Cinema Francês celebra 15ª edição com programação especial
Evento homenageia Alain Delon e exibe 19 lançamentos recentes da indústria cinematográfica francesa em 60 cidades brasileiras
Festival Varilux traz filmes e séries franceses aos cinemas
O Festival Varilux de Cinema Francês começa sua edição de 2022 nesta terça (21/6) com uma programação de 17 filmes, que serão exibidos em 92 cinemas de 50 cidades até 6 de julho. Além dos filmes, o evento contará com 11 convidados internacionais e uma novidade: a inclusão de séries. Os 17 longas são inéditos no Brasil, reunindo filmes premiados em festivais internacionais e sucessos de bilheteria na França. Nem todos os diretores são franceses. Duas vezes vencedor do Oscar, o iraniano Asghar Farhadi está presente na seleção com uma coprodução francesa: “Um Herói”, vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes em 2021. A lista também destaca “O Acontecimento”, de Audrey Diwan, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza em 2021, “Contratempos”, de Eric Gravel, premiado na Mostra Horizontes de Veneza, “Um Pequeno Grande Plano”, dirigido e estrelado por Louis Garrel, e “Peter Von Kant”, o mais recente filme de François Ozon, exibido no Festival de Berlim deste ano. A programação ainda inclui duas obras escolhidas como homenagens: “O Papai Noel é um Picareta” (1982), de Jean-Marie Poiré, que comemora 40 anos, e “As Aventuras de Molière” (2007), de Laurent Tirard e Ariane Mnouchkine, em comemoração aos 400 anos de nascimento do famoso dramaturgo francês. Já a relação de profissionais do cinema francês que marcarão presença em sessões no Rio de Janeiro e em São Paulo conta com o diretor Eric Gravel, de “Contratempos”, e o ator Gilles Lellouche, que tem três filmes na programação – “O Destino de Hoffman”, “Kompromat” e o sucesso “Golias”, uma das maiores bilheterias da França em 2022. Para completar, serão exibidos episódios de sete séries também inéditas no Brasil: “Cheyenne e Lola”, “As Sentinelas”, “Jogos do Poder”, “O que Pauline Não Diz”, “Ópera”, “Síndrome E” e “A Corda”. As sessões são gratuitas, mas apresentarão apenas os dois primeiros capítulos de cada uma das produções e somente no Rio e em São Paulo. Horários, salas e outros detalhes da programação podem ser conferidos no site oficial do evento: https://variluxcinefrances.com/
Festival Varilux de Cinema Francês exibe 18 filmes em 44 cidades
O Festival Varilux de Cinema Francês retoma seu projeto anual nesta quinta-feira (19/11) com a exibição de 18 longas em 44 cidades do Brasil. O evento, que começou em 2010 exibindo filmes franceses em 9 localidades, no ano passado chegou a 84 municípios do país, mas a verdade é que a edição atual quase não aconteceu, devido à pandemia de coronavírus. Originalmente prevista para junho, a programação foi suspensa e os organizadores utilizaram a data para lançar um evento digital com títulos das seleções passadas. Desta vez, porém, o festival é para valer, presencial e com filmes inéditos, produzidos entre 2019 e 2020. Os títulos incluem campeões de bilheteria e longas premiados, entre dramas, comédias, suspenses, uma animação e um documentário. Além disso, a programação destaca a exibição de um grande clássico da nouvelle vague, “Acossado” (1960), obra-prima de Jean-Luc Godard com roteiro de François Truffaut, estrelada por Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg, que foi restaurada em comemoração aos 60 anos de seu lançamento. Entre os inéditos, os destaques são “Belle Époque”, de Nicolas Bedos, vencedor do César (o Oscar francês) de Roteiro Original e Atriz Coadjuvante (a veterana Fanny Ardant), e “Verão de 85”, de François Ozon, também presente na programação do Festival Mix Brasil. A lista inclui ainda filmes estrelados por Juliette Binoche (“A Boa Esposa”), Chiara Mastroianni (“A Garota da Pulseira”), Louis Garrel (“DNA”) e Vincent Cassel (“Mais que Especiais”). Além disso, os organizadores farão nesta sexta (20/11) uma exibição digital de “Sou Francês e Preto”, de Jean-Pascal Zadi e John Wax, seguida de debate online, em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra – com transmissão no Facebook (http://pt-br.facebook.com/variluxcinefrances) e no YouTube do Varilux: https://www.youtube.com/user/variluxcinefrances”>https://pt-br.facebook.com/variluxcinefrances) e no YouTube (https://www.youtube.com/user/variluxcinefrances) do Festival Varilux. Confira a programação completa, com horários e locais, no site oficial: http://variluxcinefrances.com/2020/.
Filmes de streaming são os principais lançamentos de cinema no Brasil
As principais estreias de cinema desta quinta (19/11) no Brasil são filmes que tiveram apenas lançamentos digitais nos EUA. Já é o segundo fim de semana que o circuito apela para produções que o mercado americano reservou para o streaming. Isto ocorre porque, à exceção dos títulos da Universal (peculiaridade de um acordo com as redes exibidoras americanas), os grandes estúdios tiraram todos os seus filmes do calendário ou forçaram lançamentos simultâneos com plataformas online nos EUA, como reação à pandemia de covid-19. Vislumbrando o momento frágil do parque exibidor, os títulos mais atraentes foram para a internet. Mas como muitas das plataformas americanas ainda não foram inauguradas no Brasil, estes lançamentos ainda encontram espaço nas telas grandes daqui. Lançado na plataforma HBO Max, por enquanto inoperante no país, “A Convenção das Bruxas” é uma adaptação do clássico infantil “As Bruxas”, de Roald Dahl (autor de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”), sobre um garoto que descobre que bruxas são reais e planejam transformar as crianças em ratos, começando por ele próprio. Esta história já rendeu um filme bem-sucedido, dirigido por Nicolas Roeg e protagonizado por Anjelica Houston em 1990. A nova versão tem direção de Robert Zemeckis (“De Volta ao Futuro”) e traz Anne Hathaway (“Interestelar”) no papel de bruxa principal – que ao ser retratada como deficiente acabou rendendo polêmica paraolímpica. Por sua vez, “Destruição Final – O Último Refúgio” entra em cartaz um mês antes de sua estreia para locação digital nos EUA. O filme de catástrofe apocalíptica estrelado por Gerard Butler (“Invasão a Casa Branca”) e Morena Baccarin (“Deadpool”) acompanha a correria de uma família para chegar a um abrigo militar supostamente seguro quando um cometa adentra a atmosfera, ameaçando extinguir toda a vida no planeta. Escrito por Chris Sparling, especialista em terrores baratos (“Enterrado Vivo”, “Armadilha”, “Por um Corredor Escuro”), o filme marca um reencontro de Butler com o ex-dublê Ric Roman Waugh, que recentemente o dirigiu em “Invasão ao Serviço Secreto”. O terceiro título de streaming dos cinemas é uma produção brasileira, “Cidade Pássaro”, de Matias Mariani, que ganhou lançamento internacional na Netflix em julho passado. Exibido na mostra Panorama do Festival de Berlim deste ano, trata-se de uma das produções nacionais mais elogiadas de 2020, que desembarca nas telas brasileiras após atingir 100% de aprovação no Rotten Tomatoes – embora com apenas 10 críticas somadas. O drama conta a história um imigrante nigeriano que viaja à São Paulo em busca de seu irmão, o primogênito de uma família da etnia Igbo, e descobre que ele mentiu sobre sua vida no Brasil. O protagonista OC Ukeje é um ator de destaque em Nollywood, a indústria cinematográfica da Nigéria, com papéis em mais de 30 filmes, enquanto Chukwudi Iwuji já se projetou em produções americanas, aparecendo em “Designated Survivor” e na premiada minissérie “Olhos que Condenam” (When They See Us). De última hora, a Netflix ainda anunciou “Mank” como um dos lançamentos da semana, em circuito limitado. Dirigido por David Fincher (“Garota Exemplar”) e estrelado por Gary Oldman (vencedor do Oscar por “O Destino de uma Nação”), o filme conta a história de Herman J. Mankiewicz, roteirista do clássico “Cidadão Kane”, com várias histórias dos bastidores lendários da produção do longa de Orson Welles. Cotado para o Oscar, o filme chega à Netflix em 4 de dezembro. A programação também destaca um filme que, parece mentira, sempre foi pensado para o cinema, “O Caso Collini”, drama jurídico alemão que acompanha o primeiro caso de um advogado iniciante, que, ao defender um acusado de homicídio, acaba desvendando um dos maiores escândalos judiciais do país. Prato cheio para quem gosta de dramas de tribunais, o filme tem 83% de aprovação no Rotten Tomatoes. A lista tem ainda um filme gospel com o astro de “Riverdale” KJ Apa e um documentário sobre a primeira militar transexual brasileira. Além disso, o drama brasileiro “Casa de Antiguidades”, exibido no Festival de Cannes, terá uma sessão especial exclusiva de uma semana no Petra Belas Artes, em São Paulo. A estreia comercial do longa só vai acontecer em 2022. E o Festival Varilux de Cinema Francês retorna com sessões presenciais. Confira abaixo os trailers das estreias deste fim de semana. Convenção das Bruxas | EUA | 2020 Destruição Final – O Último Refúgio | EUA | 2020 Cidade Pássaro | Brasil | 2019 Mank | EUA | 2020 O Caso Collini | Alemanha | 2019 Enquanto Estivermos Juntos | EUA | 2020 Maria Luiza | Brasil | 2019 Casa de Antiguidades | Brasil | 2020 Festival Varilux | França | 2020
Festival Varilux disponibiliza mostra online gratuita com 50 filmes franceses
O Festival Varilux, mostra já tradicional do cinema francês contemporâneo, não vai mais acontecer entre 4 e 17 de junho nos cinemas brasileiros. Com sua 11ª edição suspensa, os organizadores analisam a possibilidade de data no segundo semestre. Enquanto dura o impasse, o festival se desdobra num evento digital, que reúne alguns filmes das seleções passadas. Batizada de Festival Varilux em Casa, a mostra traz 50 títulos franceses, e já pode ser acessada no site festivalvariluxemcasa.com.br – é necessário apenas um cadastro simples para ter acesso. Entre os longas que devem ficar no ar por quatro meses figuram produções protagonizadas pelos principais atores do país, como “Quem Você Pensa que Sou”, com Juliette Binoche, “A Última Loucura de Claire Darling”, com Catherine Deneuve, “O Retorno do Herói”, com Jean Dujardin, “Um Instante de Amor”, com Marion Cotillard e Louis Garrel, “Rock’n Roll”, com Guillaume Canet, “A Revolução em Paris”, com Adèle Haenel, e “Branca como a Neve”, com Isabelle Hupert. A lista é ampla e inclui desde terror com zumbis até animações recentes de Asterix disponibilizadas em versões dubladas. Confira a seleção abaixo: Abril e o Mundo Extraordinário Avril et le monde truqué. França/Bélgica/Canadá, 2015. Direção: Franck Ekinci, Christian Desmares. Com: Marion Cotillard, Philippe Katerine, Jean Rochefort. 105 min. Livre. Em uma realidade diferente daquela conhecida pela história, Napoleão 5º reina na França e cientistas de todo mundo estão desaparecendo misteriosamente. Diante disso, a jovem Abril, acompanhada do gato falante Darwin, decide procurar seus pais cientistas. Amor à Segunda Vista Mon Inconnue. França/Bélgica, 2019. Direção: Hugo Gélin. Com: François Civil, Joséphine Japy e Benjamin Lavernhe. 118 min. 12 anos. Certo dia, um rapaz acorda em uma realidade na qual nunca conheceu o amor de sua vida. Ele então precisa reconquistar a antiga mulher, que se tornou uma desconhecida. Um Amor Impossível Un Amour Impossible. França/Bélgica, 2018. Direção: Catherine Corsini. Com: Virginie Efira, Niels Schneider e Jehnny Beth. 136 min. 16 anos. No fim da dÈcada de 1950, um homem de uma família rica se envolve com uma secretária. Eles se apaixonam e ela engravida, mas ele se recusa a casar devido à diferença de classe. Nos anos seguintes, a moça batalha para que ele assuma a paternidade da criança. Adaptação do livro de Christine Angot. A Aparição L’Apparition. França, 2017. Direção: Xavier Giannoli. Com: Vincent Lindon, Galatea Bellugi e Patrick d’Assumção. 137 min. 12 anos. Quando uma jovem francesa diz ter visto a Virgem Maria, milhares de peregrinos começam a segui-la. O Vaticano, então, convida um jornalista para investigar o caso. Asterix e o Domínio dos Deuses Astérix – Le Domaine des Dieux. França/Bélgica, 2014. Direção: Louis Clichy e Alexandre Astier. Com: Roger Carel, Guillaume Briat, Lor‡nt Deutsch, Laurent Lafitte. 85 min. Livre. Asterix e Obelix atrapalham os planos de Júlio César, tenta convencer o povo gaulês a se juntar voluntariamente ao império romano para então conquistá-lo. Asterix e o Segredo da Poção Mágica Astérix – Le Secret De La Potion Magique. França, 2018. Direção: Louis Clichy e Alexandre Astier. 85 min. Livre.Na animação, os guerreiros gauleses precisam encontrar um novo guardião para a fórmula da poção mágica preparada por Panoramix. Durante sua busca, eles lutam para evitar que a receita seja descoberta por inimigos. Através do Fogo Sauver ou périr. França, 2018. Direção: Frédéric Tellier. Com: Pierre Niney, Anaîs Demoustier e Chloé Stefani. 116 min. O bombeiro Franck se sacrifica para salvar seus homens em um incÍndio em Paris. Ao acordar no hospital, ele precisa aprender a viver com as cicatrizes. Branca como a Neve Blanche Comme Neige. França/Bélgica, 2019. Direção: Anne Fontaine. Com: Lou de Lage, Isabelle Huppert e Charles Berling. 112 min. Uma jovem que trabalha no hotel de seu falecido pai é odiada pela madrasta, que herda a propriedade. Um dia, o amante da viúva se apaixona pela enteada e eles fogem juntos. Na fazenda para onde se mudam, sete príncipes se apaixonam por ela. A Busca do Chef Ducasse La Quetê d’Alain Ducasse. França, 2017. Direção: Gilles de Maistre. 84 min. Um dos chefs mais celebrados da gastronomia francesa, o monegasco Alain Ducasse tem várias estrelas Michelin em diferentes restaurantes ao redor do mundo. Aqui, ele é acompanhado durante dois anos por uma equipe de filmagens, que mostra sua busca por novos horizontes. Carnívoras Carnivores. França/Bélgica, 2018. Direção: Jérémie Renier e Yannick Renier. Com: Leîla Bekhti, Zita Hanrot e Bastien Bouillon. 86 min. 14 anos. Na trama, duas irmãs sonham em ser atrizes famosas, mas só a mais nova se destaca e consegue trabalho. Sem recursos, a mais velha vai morar com a irmã torna-se sua assistente e a rivalidade entre elas se acentua. Os Cowboys Les Cowboys. França, 2015. Direção: Thomas Bidegain. Com: François Damiens, Finnegan Oldfield e Agathe Dronne. 105 min. 12 anos. Quando a filha de 16 anos de um trabalhador desaparece com o namorado muçulmano, ele vai em busca da menina no submundo da cooptação de jovens europeus por extremistas islâmicos. Foi indicado à categoria Câmera de Ouro do Festival de Cannes de 2015. Cyrano Mon Amour Edmond. França/Bélgica, 2018. Direção: Alexis Michalik. Com: Thomas Solivéres, Olivier Gourmet e Mathilde Seigner. 109 min. 12 anos. Baseado na vida do poeta e dramaturgo francÍs Edmond Rostand (1868-1918), o filme o acompanha à beira dos 30 anos, com dois filhos e em busca de trabalho. Ele então oferece uma comédia, que ainda não escreveu, para uma personalidade do teatro. A obra, “Cyrano de Bergerac”, mais tarde, seria aclamada pela crítica. Leia a crítica. De Carona para o Amor Tout le Monde Debout. França, 2018. Direção: Franck Dubosc. Com: Franck Dubosc, Alexandra Lamy e Elsa Zylberstein. 109 min. 12 anos. Na comédia romântica francesa, um homem bem-sucedido e mentiroso compulsivo tenta seduzir uma jovem fingindo ser deficiente físico. Quando ele conhece a irmã da moça, que é cadeirante, será difícil sustentar a farsa. O Doutor da Felicidade Knock. França, 2017. Direção: Lorraine Levy. Com: Omar Sy, Alex Lutz e Ana Girardot. Médico e ex-criminoso, o doutor Knock convence a população de um vilarejo de que estão doentes, criando sintomas falsos para os pacientes. A Excêntrica Família de Gaspard Gaspard Va au Mariage. França/Bélgica, 2017. Direção: Antony Cordier. Com: Félix Moati, Laetitia Dosch e Christa Théret. 103 min. 14 anos. Quando seu pai casa novamente, um jovem precisa retornar à casa da família, que abriga um pequeno zoológico. Preocupado com as críticas das irmãs, convence uma amiga a se passar por sua namorada. Filhas do Sol Les Filles du Soleil. França/Bélgica/Geórgia/Suíça, 2018. Direção: Eva Husson. Com: Golshifteh Farahani, Emmanuelle Bercot e Zibeyde Bulut. 115 min. 14 anos. As Filhas do Sol, um batalhão de mulheres curdas, atuam ativamente na guerra contra o Estado Islâmico. Em meio a isso, a comandante tenta recuperar seu filho, que foi capturado por inimigos. Exibido nos festivais de Cannes e Toronto de 2018. O Filho Uruguaio Une Vie Ailleurs. França, 2017. Direção: Olivier Peyon. Com: Isabelle CarrÈ, Ramzy Bedia e MarÌa Dupl·a. 96 min. 12 anos. Inspirado em fatos reais, o filme conta a história de uma mulher que resolve ir atrás do filho, em uma cidade no interior do Uruguai, depois que a criança é sequestrada pelo ex-marido. Finalmente Livres En Liberté. França, 2018. Direção: Pierre Salvadori. Com: Adèle Haenel, Pio Marmao e Audrey Tautou. 109 min. 14 anos. A viúva de um chefe de polícia descobre que seu marido era corrupto e que um jovem passou oito anos na prisão como bode expiatório dele. Sem contar com quem era casada, ela tenta ajudar o ex-presidiário agora que ele está em liberdade. Um Gato em Paris Une vie de chat. França, 2010. Direção: Alain Gagnol e Jean-Loup Felicioli. Com: Bruno Salomone, Dominique Blanc e Jean Benguigui. 70 min. Livre. A animação acompanha um gato, Dino, que divide a vida entre duas casas. Durante o dia, fica ao lado da filha de uma delegada de polícia e, à noite, segue um ladrão pelas ruas de Paris. Gauguin – Viagem ao Taiti Gauguin – Voyage de Tahiti. França, 2017. Direção: Edouard Deluc. Com: Vincent Cassel, Tuhei Adams e Malik Zidi. 102 min. 14 anos. O drama biogr·fico francÍs narra a vida do pintor Paul Gauguin (1848-1903), um dos mais importantes artistas do século 19, no Taiti, para onde se mudou em 1891. Graças a Deus Grâce à Dieu. França/Bélgica, 2018. Direção: François Ozon. Com: Melvil Poupaud, Denis Ménochet e Swann Arlaud. 137 min. 14 anos. Um homem que foi abusado sexualmente por um padre durante a inf‚ncia descobre por acaso que o clérigo continua trabalhando com crianças. Ele então se junta a duas outras vítimas para tentar afastá-lo de suas funções. Prêmio do júri no Festival de Berlim. O Imperador de Paris L’Empereur de Paris. França, 2018. Direção: Jean-François Richet. Com: Vincent Cassel, Freya Mavor e Denis Ménochet. 119 min. Único homem a escapar da maior prisão parisiense, François Vidocq, é acusado injustamente de assassinato. Para provar sua inocÍncia e garantir a liberdade, ele se alia à polícia. Inocência Roubada Les Chatouilles. França, 2018. 103 min. 12 anos. Quando chega à vida adulta, uma mulher passa a questionar a relação que um amigo de seus pais mantinha com ela durante a infância. Percebendo que foi abusada, ela mergulha em sua carreira como dançarina para tentar lidar com o trauma. Exibido no Festival de Cannes de 2018. Adaptação da peça da diretora e protagonista Andréa Bescond. Um Instante de Amor Mal de Pierres. França, 2016. Direção: Nicole Garcia. Com: Marion Cotillard, Louis Garrel e Alex Brendemuhl. 116 min. 14 anos. Uma jovem com fortes impulsos sexuais e vista como louca é obrigada pela família a se casar com um homem que não ama. Infeliz e com problemas de saúde, ela é internada pelo marido em uma clínica nos Alpes e acaba se apaixonando por um militar enfermo. Jornada da Vida Yao. França/Senegal, 2018. Direção: Philippe Godeau. Com: Omar Sy, Lionel Louis Basse e Fatoumata Diawara. 104 min. 10 anos. Um famoso ator francês de ascendência senegalesa viaja a Dakar para promover um livro que escreveu. Lá, encontra um garoto de 13 anos que é seu fã e que viajou do interior do país até a capital para conhecê-lo. Comovido, ele abandona seus compromissos e acompanha o jovem em seu caminho de volta para casa. Lulu Nua e Crua Lulu femme nue. França, 2013. Direção: Solveig Anspach. Com: Karin Viard, Bouli Lanners, Pascal Demolon. 87 min. Lulu decide não voltar para casa após uma entrevista de emprego mal sucedida e aproveita o tempo para se conhecer melhor. Luta de Classes La Lutte des Classes. França, 2019. Direção: Michel Leclerc. Com: Leîla Bekhti, Edouard Baer e Ramzy Bedia. 103 min. 12 anos. Um jovem francÍs de nove anos é transferido para uma escola pública após seus pais saírem do centro de Paris para morar no subúrbio. Quando seus amigos mais próximos vão estudar em uma instituição católica, ele se torna a única criança branca em meio à maioria, de ascendÍncia árabe. Marvin Marvin ou La Belle Éducation. França, 2017. Direção: Anne Fontaine. Com: Finnegan Oldfield, Grégory Gadebois e Vincent Macaigne. 114 min. 16 anos. Inspirado no livro “O Fim de Eddy”, de Édouard Louis, o filme narra a história de garoto que busca se afastar, primeiro do vilarejo onde nasceu, depois da família e da rejeição das pessoas. Até que ele descobre no teatro uma forma de se expressar. O Menino da Floresta Le Jour des Corneilles. França, 2011. Direção: Jean-Christophe Dessaint. Com: Jean Reno, Lorant Deutsch e Isabelle Carré. 95 min. Livre. Nesta animação, o pai impede o filho de sair da floresta vivem, fazendo com que o menino cresça como um selvagem, sem saber da existência de um mundo exterior. Quando é forçado a sair da floresta, ele descobre o mundo e conhece uma menina chamada Manon. Meu Bebê Mon Bébé. França/Bélgica, 2019. Direção: Lisa Azuelos. Com: Sandrine Kiberlain, Thaós Alessandrin e Victor Belmondo. 87 min. 12 anos. Mãe de três filhos, uma mulher está prestes a ver o último deles sair de casa para estudar no Canadá. Ela então percebe que...
Bolsonaro estabelece novas – últimas? – Cotas de Tela do cinema brasileiro
Um decreto publicado na terça-feira (24) pelo presidente Jair Bolsonaro estabelece as novas cotas obrigatórias de exibição de filmes brasileiros nos cinemas do país em 2020. A regulamentação era aguardada pelo setor audiovisual, por conta da ocupação predatória de “Vingadores: Ultimato” (80% de todas as salas) em 2019, enquanto “De Pernas pro Ar 3” ainda lotava sessões. O setor passou 2019 inteiro sem regulamentação. Desde que Bolsonaro assumiu o governo, há um ano, a política para o audiovisual foi sobretudo de desmontagem do que existia até então. Apesar de finalmente agir sobre o assunto, o governo pretende extinguir o mecanismo no próximo ano, quando ele deveria ser renovado para um novo período. Em agosto, o ministro da Cidadania Osmar Terra, então à frente da Cultura, revelou com todas as letras os planos federais. “É uma lei que até ano que vem tem cota. Depois tem que rever isso”, disse, relacionando a reserva obrigatória para filmes brasileiros com salas de cinemas vazias. A primeira versão da Cota de Tela foi criada nos anos 1930, no governo de Getúlio Vargas. Atualmente, o tema é regulado por Medida Provisória assinada em 2001 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. O mecanismo determina que, até 2021, as salas brasileiras são obrigadas a exibir filmes brasileiros por um número mínimo de dias. A cada ano, este número deve ser definido por meio de um decreto. O descumprimento implica uma multa de 5% da receita bruta média diária do cinema, multiplicada pelos dias em que as cotas não forem respeitadas. O número de filmes brasileiros que devem ser exibidos varia de acordo com o tamanho das empresas exibidoras. Pelo novo decreto, uma empresa que tiver apenas uma sala é obrigada a exibir por 27 dias até três filmes brasileiros em sua programação de 2020. Já empresas que tenham a partir de 201 salas devem dedicar 57 dias de sua programação ao cinema nacional, com pelo menos 24 títulos diferentes. Salas que optarem por programar voluntariamente filmes brasileiros a partir das 17h poderão reduzir em 20% a cota obrigatória. A proteção defendida por FHC, o presidente sociólogo que entendia de economia (veja-se o plano Real), foi estabelecida durante a multiplicação das salas multiplex, que substituíram os antigos cinemas de rua com programações de grandes redes, cujas sedes encontram-se no exterior. As redes programam em bloco, uniformizando a exibição de filmes em todo o país a partir do modelo de distribuição americano. Um dos motivos para a revolução cinematográfica em curso em vários países asiáticos, como a China e a Coreia do Sul, por exemplo, deve-se a Cotas de Tela que desagradam aos EUA, restringindo a quantidade e a ocupação de filmes hollywoodianos em seus mercados. É famosa a foto em que o cineasta Park Chan-wook protesta, em 2006, segurando um cartaz em que se lê “Sem Cota de Telas não haveria ‘Oldboy'”, numa reação dos cineastas do país à pressão dos EUA para diminuir as cotas. Na ocasião, a reserva foi reduzida e ainda assim os cinemas coreanos permaneceram obrigados a exibir 76 dias completos de programação nacional. Em 2012, o cinema local registrou um “market share” de 52,9% e, em 2019, venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes pela primeira vez, com “Parasita”, de Bong Joon Ho. A China já chegou a restringir a entrada de filmes americanos a 20 por ano. Aos poucos, aumentou esse número, mas sobretaxa a produção estrangeira, usando um imposto similar ao Condecine brasileiro para reverter os dólares de Hollywood em incentivo ao seu cinema nacional. Graças a esses mecanismos, tornou-se o segundo maior e mais rico mercado cinematográfico do mundo. A União Europeia trata a situação de forma diferente, oferecendo incentivos financeiros aos países que reservem 50% de suas telas para produções do continente. Na França, o “market share” atingiu 41,6% neste século, e o país ainda promove seu cinema com eventos no exterior – como o Festival Varilux de Cinema Francês, que acontece anualmente no Brasil. Na Espanha, além do incentivo da UE, ainda existe uma reserva de 25% de toda a programação de cinema para filmes nacionais. Mesmo com a Cota de Tela, produções brasileiras ocuparam apenas 14,4% do parque exibidor nacional em 2018, de acordo com relatório da Ancine. Como ficaria sem ela? Segundo Paula Barreto, da LCBarreto — uma das maiores produtoras de cinema do Brasil —, a bilheteria nacional do cinema deste ano, comparada ao mesmo período do ano passado, ficou 40% mais fraca. A diferença? Bolsonaro não assinou a Cota de Tela em 2019.
Guillaume Canet e Marion Cotillard divertem como si mesmos na comédia Rock’n Roll
A grande surpresa da edição deste ano do Festival Varilux de Cinema Francês, a comédia “Rock’n Roll: Por Trás da Fama”, de Guillaume Canet, chega agora ao circuito comercial. No filme, Guillaume Canet é Guillaume Canet e Marion Cotillard é Marion Cotillard. Pra não mencionar os tantos outros atores e atrizes que interpretam a si mesmos. Pelo menos supostamente. Só por isso, o filme já se torna bastante curioso, como um mergulho na intimidade de grandes astros do cinema francês contemporâneo, ainda que existam várias piadas que só quem conhece a fundo a indústria cinematográfica francesa possa entender melhor. “Rock’n Roll” é dessas obras que acaba se encaminhando para algo totalmente diferente do previsto – um reality show no cinema – , e a surpresa é fundamental para que o filme seja apreciado ou até mesmo odiado. A primeira parte nos apresenta a Guillaume Canet, um ator na faixa dos 40 anos que percebe que já não está mais na turma dos jovens astros em ascensão. Isso acontece principalmente em uma entrevista que ele dá com a sua colega num filme fictício, vivida por Camille Rowe, belíssima jovem modelo e atriz que interpreta sua filha no filme dentro do filme. Indignado, Canet não acha nada legal estar fazendo o papel do pai daquela garota. E fica mais indignado ainda quando descobre que está nas últimas colocações de uma lista de atores “pegáveis” do cinema francês. Quer dizer, não adianta ser um cara estabelecido e ainda por cima casado com Marion Cotillard, a juventude acaba se tornando uma obsessão para ele. Marion Cotillard parece se divertir muito com seu papel, alimentando os estereótipos de uma atriz que tem mania de usar o método de imersão para dar força a seus papéis. É assim que, depois de convidada para atuar em um filme de Xavier Dolan (o não citado “É Apenas o Fim do Mundo”), cisma que precisa estudar e ficar falando o francês com sotaque de Quebec. E isso não é nada bom para o marido que queria ao menos desfrutar de uma noite de sexo com a esposa. E aí começam as mudanças de comportamento: se ele não é do tipo que bebe e usa drogas, passa a querer provar para os outros que pode sim ser rebelde e ter uma vida desregrada, o que acaba rendendo algumas situações engraçadíssimas, com direito a paralisia facial. Aos poucos, vamos percebendo que o próprio Canet aparece mais envelhecido de propósito para compor esse personagem decadente. Mais adiante, os trabalhos de maquiagem se tornarão fundamentais para a segunda e mais ousada parte do filme. Também escrito pelo próprio Canet, “Rock’n Roll” faz uma crítica contundente ao impulso de querer ser “forever young”, mas o faz de maneira muito espirituosa, divertida e sem parecer uma lição de moral. Os excessos são abraçados pelos personagens e a sensação de estranheza acaba sendo mais do que bem-vinda. E se antes o grande público percebia Canet apenas como o ator que despontou em “A Praia” (2000), coadjuvando Leonardo DiCaprio, e por filmes populares como “Feliz Natal” (2005), “Não Conte à Ninguém” (2006) e “Apenas uma Noite” (2010), pode se ver incentivado a querer saber mais sobre sua carreira. “Rock’n Roll” já é o quinto filme dirigido pelo talentoso francês, que é muito mais que o marido galã de sua famosa esposa.
Carros 3 marca época de férias escolares e estreias infantis nos cinemas
A programação de cinema entrou em ritmo de férias escolares. A animação “Carros 3” é o maior lançamento da semana, que ainda conta com pré-estreia ampla do nacional “DPA – O Filme”“, versão de cinema da série “Detetives do Prédio Azul”. O primeiro só não é o lançamento mais infantil da Disney-Pixar, porque “Carros 2” saiu antes. Mas mesmo sem a complexidade de “Divertida Mente”, embute uma mensagem de valorização da autoestima e empoderamento feminino, graças a uma nova personagem coadjuvante, que compensa possíveis engarrafamentos no pedágio das bilheterias. “DPA – O Filme” só estreia oficialmente na semana que vem, mas já ocupa mais telas que os demais filmes da semana. Historinha para o público da série do canal Gloob e das reprises de “Os Feiticeiros de Waverly Place” no canal Disney, o filme mostra bruxos bonzinhos, crianças com lupas, varinhas que soltam raios e outras mágicas. Na trama, após uma festa de bruxos adultos (mas censura livre), o prédio azul aparece com múltiplas rachaduras e os detetives mirins do Gloob decidem desvendar o mistério. A direção é de André Pellenz (“Minha Mãe É uma Peça – O Filme”) e o elenco é repleto de atores da Globo. O maior destaque do circuito limitado é outra estreia nacional, “Fala Comigo”, de Felipe Sholl. Vencedor do último Festival do Rio – além de Melhor Filme, também rendeu o prêmio de Melhor Atriz para Karine Teles – , conta a história de Diogo (Tom Karabachian), um adolescente de 17 anos que desenvolve o fetiche de se masturbar enquanto telefona para as pacientes da mãe terapeuta (Denise Fraga). Uma dessas pacientes é Angela, de 43 anos, com quem Diogo passa a se relacionar. Foi o papel que deu a Karine Teles o troféu Redentor. Apesar de ser um trabalho de diretor estreante, Sholl não é exatamente um novato. Ele já exibiu curta no Festival de Berlim e tem uma filmografia interessante como roteirista. Seu roteiro de “Hoje” (2011) venceu o troféu Candango no Festival de Brasília. Também escreveu o filme que, para a Pipoca Moderna, foi o melhor lançamento brasileiro de 2015, “Casa Grande”, além de “Histórias que Só Existem Quando Lembradas” (2011) e “Trinta” (2014). Os cinemas de perfil cineclubista ainda recebem quatro lançamentos europeus, um drama argentino e dois documentários. Três longas são franceses e tiveram première no Festival Varilux. “Julho Agosto” é o mais convencional, uma comédia sobre família, em que duas irmãs adolescentes passam as férias com os pais divorciados, em meses alternados, e descobrem que a vida continua. “Tour de France” também foca o lugar-comum, com mais um papel de velho racista, reacionário e impertinente que Gerard Depardieu faz o público achar adorável. E “A Vida de uma Mulher” leva às tela uma nova adaptação do primeiro romance de Guy de Maupassant. O diretor Stéphane Brizé busca rever o papel submisso da protagonista, presa num casamento sem amor no século 18, ecoando o fato de que contextos mudam conforme as épocas. Venceu o prêmio da crítica no Festival de Veneza. O português “Cartas da Guerra” é o lançamento limitado que chama mais atenção. Não só pela fotografia em preto e branco belíssima, mas porque chega legendado, mostrando como o cinema luso soa estranho no Brasil, que fala o mesmo idioma. A questão ganha ainda mais proporção por o filme de Ivo Ferreira se passar em Angola, país que buscava sua própria identidade durante um período que os brasileiros deveriam conhecer melhor: os últimos anos da colonização portuguesa na África. A produção ganhou diversos prêmios em Portugal. “O Futuro Perfeito” lida de outra forma com a questão do idioma e do conflito cultural, ao acompanhar a vida de uma jovem imigrante chinesa, recém-chegada na Argentina. A dificuldade com a língua estrangeira é traduzida por diálogos de espanhol primário, que aproximam a história de uma fábula infantil. Por fim, os dois documentários são “A Luta de Steve”, sobre um astro do futebol americano que começa a sofrer os efeitos da paralisia e resolve filmar um diário para seu filho, perdendo os movimentos na medida em que o menino aprende a andar, e “Gatos”, sobre gatos de rua de Istambul, que viram “personagens” com nomes e aventuras próprias – quase como uma ficção da Disney. Clique nos títulos em destaque dos filmes para assistir aos trailers de todas as estreias da semana.
Festival Varilux antecipa estreias comerciais do cinema francês
O Festival Varilux chega a sua 8ª edição como marco da consolidação do cinema francês no Brasil, trazendo os trabalhos mais recentes de estrelas como Catherine Deneuve (“O Reencontro”), Gérard Depardieu (“Tour de France”), Juliette Binoche (“Tal Mãe, Tal Filha”) e Marion Cotillard (“Um Instante de Amor” e “Rock’n’Roll”), além do último filme da atriz Emmanuelle Riva (“Perdidos em Paris”). Não é por acaso que os longas possuem títulos nacionais. Há meia dúzia de distribuidoras diferentes especializadas em lançamentos franceses no país, o que faz com o que o festival tenha papel de vitrine para a degustação de suas próximas estreias. Como esses filmes já tem lançamento garantido em circuito comercial, o destaque do evento acaba sendo seu alcance, ao chegar a 56 cidades brasileiras. Serão exibidos 19 longas, que curiosamente compartilham um tema em comum: o amor. Não apenas o amor romântico, mas também o amor paterno, filial, de amigos. Segundo Christian Boudier, diretor do Varilux, trata-se de escapismo mesmo. “Acho que a realidade é tão pesada e tóxica na França, com atentados, eleições, imigração, refugiados e corrupção, que as pessoas estão cheias disso e talvez os cineastas queiram sair um pouco disso porque acham difícil convencer as pessoas a ir ao cinema ver as mesmas histórias e imagens que invadem a casa deles pelos telejornais”, declarou. Seja como for, com uma (“Frantz”) ou outra exceção (“Perdidos em Paris”), a seleção resulta bem convencional e até fraquinha, chegando a incluir aquele que foi considerado o pior filme do recente Festival de Cannes, “Rodin”. Mas não o melhor – “120 Battements par Minute”. Em contraste com a falta de títulos marcantes, a programação inclui um clássico do cinema francês, a comédia musical “Duas Garotas Românticas” (1967), de Jacques Demy, que influenciou “La La Land” e está completando 50 anos. Além disso, o festival terá uma mostra inédita de filmes franceses em realidade virtual. Estão previstas oito obras em 360º, que serão apresentadas gratuitamente, em cadeiras giratórias e com óculos de realidade virtual. Confira abaixo os trailers de seis dicas (três dramas e três comédias), que a Pipoca Moderna considera as melhores opções do evento, e acesse a programação completa, com todos os filmes, locais e horários, no site oficial do festival.










