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    Nise – O Coração da Loucura restaura a fé na humanidade

    23 de abril de 2016 /

    “Nise – O Coração da Loucura” mostra que a comédia “Julio Sumiu” (2014) foi apenas um deslize na carreira de Roberto Berliner, que já tinha feito bons trabalhos como documentarista – em filmes como “A Pessoa É para o que Nasce” (2004), “Herbert de Perto” (2009) e “A Farra do Circo” (2014). Em sua segunda ficção, ele opta pelo uso da câmera na mão, característica de documentarista, para imprimir mais verdade à cinebiografia da Dra. Nise da Silveira, a psiquiatra que ousou tratar de pacientes de um hospício da década de 1940 de maneira digna, usando o afeto e a arte como objetos de trabalho. Falando assim, pode parecer que “Nise” tende ao melodrama piegas, mas a sensibilidade do cineasta e o bom trabalho do elenco em momento nenhum prejudicam os aspectos dramáticos, sem falar que a obra também serve para apresentar, para muitos brasileiros que não conheciam, essa pessoa fantástica que foi Nise da Silveira (1905-1999). Além de estimular a tolerância e a criatividade de seus pacientes, ela levou as artes criadas em suas sessões de terapia ocupacional para museus, e chegou a trocar correspondência com Carl Jung, em um tempo em que a lobotomia e os eletrochoques eram considerados as técnicas mais avançadas e revolucionárias no tratamento dos doentes mentais. A convivência do elenco e direção com pacientes esquizofrênicos e a conversa com uma das assistentes de Nise foram bastante importantes para a construção da personagem e do enredo. Mas não há como ignorar o destaque individual de Gloria Pires. A atriz que incorpora Nise tem seu melhor desempenho no cinema desde “É Proibido Fumar” (2009), de Anna Muylaert. Um dos momentos mais intensos do filme, em seu terço inicial, é quando a Dra. Nise se apresenta aos seus clientes (é assim que ela prefere lhes chamar, demonstrando que estava ali para servi-los) e pede para que eles se sentem para conversar. A câmera rodopia ao seu redor, passando uma impressão de perda de controle, ao mesmo tempo em que começa a adaptar o olhar do público àquele caos cotidiano. O trabalho de direção de arte da equipe de Berliner, ainda que muito discreto, é digno de nota, com uma opção pela predominância da cor marrom impessoal na apresentação do local de trabalho, que aos poucos se torna ensolarado e em um lugar de harmonia para os pacientes, que antes eram tratadas com frieza e crueldade. Quando exibido no Festival do Rio no ano passado, “Nise – O Coração da Loucura” teve em sua plateia ex-pacientes da verdadeira Nise, que se emocionaram com suas representações na tela. O filme acabou ovacionado e conquistando o prêmio do público do festival. A história de “Nise” também permite refletir que, apesar de as técnicas cruéis daqueles tempos já serem consideradas ultrapassadas, o tratamento mais humano de pessoas confinadas, sejam elas doentes mentais ou sadias, continua enfrentando resistência e preconceito até hoje, por quem as considera inferiores ou indignas da mínima consideração. É um ótimo filme, mas mais que isso, “Nise – O Coração da Loucura” faz o espectador sair do cinema com fé restaurada na humanidade.

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    Tudo que Aprendemos Juntos: Drama estrelado por Lázaro Ramos ganha fotos, vídeos e trailer oficial

    16 de novembro de 2015 /

    A Fox Film do Brasil e a Gullame divulgaram vários materiais promocionais de “Tudo que Aprendemos Juntos”, novo filme de Sérgio Machado (“Cidade Baixa”): o pôster internacional, 28 fotos, uma cena do longa, dois vídeos de bastidores e o trailer oficial. A divulgação sintetiza a trama como um embate entre a perspectiva de esperança, representada por um professor de música de alunos da periferia, e a realidade violenta da favela. Essa história, por sinal, é bem conhecida. Até na predileção pelo violino, a premissa evoca o drama “Música do Coração” (1999), com Lázaro Ramos no papel que coube a Meryl Streep naquele filme. Claro que há maior radicalização no contexto social brasileiro, que produz cenas de confronto com a polícia militar e revólveres sacados a esmo. A origem do longa, na verdade, é uma adaptação da peça “Acorda Brasil”, de Antonio Ermírio de Moraes, que retrata a história real da formação da Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Na trama, Laerte (Lázaro Ramos) é um talentoso violinista que se vê obrigado a dar aulas de música na comunidade de Heliópolis em São Paulo depois de várias tentativas fracassadas de integrar a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Na escola, cercado por pobreza e violência, redescobre a música de forma tão apaixonada que acaba por contagiar os jovens estudantes. O elenco também inclui Sandra Corveloni (“Somos Tão Jovens”), Fernanda de Freitas (“Malu de Bicicleta”), os jovens estreantes Kaique Jesus e Elzio Vieira, os rappers Criolo, Rappin’ Hood, a maestra Marin Alsop, a Orquestra Sinfônica de São Paulo e a Orquestra de Heliópolis. Exibido no Festival de Locarno, na Suiça, como “The Violin Teacher”, arrancou críticas elogiosas, que destacaram a combinação dos universos erudito e popular – “musica clássica com batidas de favela”, na descrição da revista americana Variety. O filme também passou pelo Festival do Rio, pela Mostra de São Paulo e pelo Festival de Estocolmo. A estreia está marcada para 3 de dezembro no Brasil.

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    Boi Neon é o grande vencedor do Festival do Rio

    14 de novembro de 2015 /

    O filme “Boi Neon”, do diretor pernambucano Gabriel Mascaro, foi o grande vencedor da mostra Première Brasil do 17º Festival do Rio. Além da premiação de Melhor Filme, o longa recebeu os troféus de Melhor Roteiro (assinado por Mascaro), Fotografia (Diego Garcia) e Atriz Coadjuvante (Alyne Santana, que dividiu a premiação com Julia Bernat, de “Aspirantes”). “Boi Neon” já havia sido premiado nos festivais de Veneza e Toronto, e o diretor não pôde comparecer à premiação justamente porque estaria a caminho de outro festival internacional, conforme informou a produtora Rachel Ellis, que recebeu os prêmios em seu lugar. “O Gabriel está num avião, neste momento, em algum lugar entre a Inglaterra e a Austrália, para participar de um festival”, disse a produtora na cerimônia realizada na noite de terça-feira (13/10), no Espaço BNDES. A trama traz Juliano Cazarré (“Serra Pelada”) e Maeve Jinkings (“O Som ao Redor”) como integrantes de um grupo que viaja pelo sertão nordestino para trabalhar em vaquejadas. Enquanto prepara o gado para competir nos torneios, o cowboy caboclo vivido por Cazarré alimenta o sonho de se tornar um estilista de sucesso. A premiação também destacou o longa “Aspirantes”, um dos mais aplaudidos pelo público durante o festival, com três troféus Redentor. Além do prêmio de Atriz Coadjuvante, o filme de Ives Rosenfeld teve reconhecimento nas categorias de Melhor Direção (também dividida, desta vez com Anita Rocha da Silveira de “Mate-me por Favor”) e Ator (Ariclenes Barroso). Sua trama acompanha os dilemas de um jogador de futebol de um pequeno time da Baixada Fluminense, vivido por Barroso. Além de dividir o prêmio de Melhor Direção, o suspense carioca “Mate-me Por Favor” também rendeu o Redentor de Melhor Atriz para Valentina Herszage, uma hipnótica e jovem revelação de 17 anos em seu primeiro longa-metragem. Por sinal, os vencedores dos prêmios de interpretação pertencem todos a uma nova geração, como Alyne Santana (“Boi Neon”) e Caio Horowicz (“Califórnia”), também em seus primeiros longa-metragens. Veterana desta turma, Julia Bernat (“Aspirantes”) tem apenas 25 anos de idade e somente quatro longas no currículo – com metade dessa filmografia exibida agora no Festival do Rio. Contando com um filme a mais no currículo, o “experiente” Ariclenes Barroso (“Aspirantes”), de 23 anos, foi sincero ao receber seu troféu de Melhor Ator: “Ainda estou aprendendo a fazer cinema”. Que não aprenda muito, pois a consagração dessa geração se deve justamente à ausência dos vícios e maneirismos dos intérpretes renomados, já contaminados pelos exageros inerentes à TV e ao teatro. “Olmo e a Gaivota”, de Petra Costa, foi escolhido o Melhor Documentário. A diretora, que tinha sido premiada por seu documentário anterior, “Elena”, no Festival de Brasília de 2012, apresentou a história de dois atores do Théâtre du Soleil, em Paris, que enfrentam os desafios impostos por uma gravidez. Entre os 16 troféus distribuídos na premiação, ainda se destacaram o Prêmio Especial do Júri para “Quase Memória”, do veterano cineasta Ruy Guerra, além dos Prêmios do Público para “Nise — Coração da Loucura”, dirigido por Roberto Berliner, e o documentário “Betinho — A Esperança Equilibrista”, de Victor Lopes. Para completar, o filme “Beira-Mar”, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, foi escolhido o Melhor Filme da mostra paralela Novos Rumos. Em seu discurso, Reolon destacou a importância do tema apresentado. “‘Beira-Mar’ fala sobre juventude, e os atores carregam o filme. Os meninos se doaram muito. Esse trabalho é sobre dois meninos que criam uma relação e receber esse prêmio é significativo porque eu e o (codiretor) Felipe completamos sete anos de namoro hoje”. PREMIAÇÃO DO FESTIVAL DO RIO 2015 MOSTRA PREMIÈRE BRASIL Melhor Filme “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro Melhor Direção Ives Rosenfeld (“Aspirantes”) e Anita Rocha da Silveira (“Mate-me por Favor”) Melhor Ator Ariclenes Barroso (“Aspirantes”) Melhor Atriz Valentina Herszage (“Mate-me por favor”) Melhor Ator Coadjuvante Caio Horowicz (“Califórnia”) Melhor Atriz Coadjuvante Julia Bernat (“Aspirantes”) e Alyne Santana (“Boi Neon”) Melhor Roteiro Gabriel Mascaro (“Boi Neon”) Melhor Fotografia Diego Garcia (“Boi Neon”) Melhor Montagem Sérgio Mekler (“Campo Grande”) Melhor Filme de Documentário “Olmo e a Gaivota”, de Petra Costa Melhor Direção de Documentário Maria Augusta Ramos (“Futuro Junho”) Melhor Curta “Pele de Pássaro”, de Clara Peltier Prêmio Especial do Júri Quase Memória”, de Ruy Guerra MOSTRA NOVOS RUMOS Melhor Filme “Beira-Mar”, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon Melhor Curta “Outubro Acabou”, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes Prêmio Especial de Júri “Jonas”, de Lô Politi PRÊMIO DO PÚBLICO Melhor Filme “Nise – O Coração da Loucura”, de Roberto Berliner Melhor Documentário “Betinho – A Esperança Equilibrista”, de Victor Lopes (“crítica”) Melhor Curta “Até a China”, de Marão PRÊMIO DA CRÍTICA INTERNACIONAL Melhor Filme Latino-Americano “Te Prometo Anarquia”, de Julio Hernández Cordón

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