Trailer | “Firebrand” conta história da única esposa que sobreviveu a Henrique VIII
A produção de época é estrelada por Jude Law e Alicia Vikander, e marca a estreia do diretor brasileiro Karim Aïnouz em inglês
Levante | Filme brasileiro premiado no Festival de Cannes ganha primeiro trailer
A Vitrine Filmes divulgou o trailer de “Levante”, primeiro longa de Lillah Halla, que foi premiado nas mostras paralelas de Cannes. O filme acompanha a vida da atleta Sofía, que aos 17 anos, em ascensão na carreira esportiva no vôlei, descobre uma gravidez indesejada que coloca em risco seu futuro como atleta. Ao tentar interrompê-la de maneira clandestina, ela se torna alvo de um grupo conservador decidido a expô-la. Agoniada, ela recebe apoio da namorada e colegas de time. A trama explora diversos temas importantes, como a pressão a que mulheres se sujeitam nos esportes, a criminalização do aborto, a ação agressiva do conservadorismo e a sororidade na comunidade queer. Com um elenco repleto de novos rostos, o longa destaca a expressiva Ayomi Domenica no papel principal, além de nomes mais conhecidos como Grace Passô (“Onde Está Meu Coração”), Rômulo Braga (“DNA do Crime”) e Larissa Siqueira (“Pendular”). “Levante” já acumula mais de uma dezena de prêmios, incluindo o Prêmio da Crítica no Festival de Cannes, Melhor Filme no Festival de Biarritz, Melhor Filme Ibero-Americano no Festival de Palm Springs, Melhor Filme no Mix Brasil e Melhor Direção no Festival do Rio. A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para 22 de fevereiro.
Anatomia de uma Queda | Filme europeu mais premiado do ano ganha trailer nacional
A Diamond Films Brasil divulgou o pôster e o trailer nacionais de “Anatomia de uma Queda”, filme europeu mais premiado do ano. Vencedor do Festival de Cannes e do European Film Awards (o Oscar europeu), o drama de tribunal e suspense da francesa Justine Triet (“Sibyl”) acompanha o julgamento de uma mulher suspeita de matar o marido. O homem foi encontrado ensanguentado no gelo, após uma queda de um andar elevado da casa da família e a única testemunha do que aconteceu é o filho cego do casal, que vive mudando sua versão dos acontecimentos. O papel principal é interpretado pela alemã Sandra Hüller (“Toni Erdmann”), que também venceu o European Awards na categoria de Melhor Atriz do ano e foi indicada nesta segunda (12/12) ao Globo de Ouro. A estreia no Brasil vai acontecer apenas em 22 de fevereiro.
Trailer traz Natalie Portman e Julianne Moore em drama do diretor de “Carol”
A Diamond Films divulgou o primeiro trailer de “Segredos de um Escândalo” (May December), novo filme de Todd Haynes (“Carol”), protagonizado por Natalie Portman (“Thor: Amor e Trovão”) e Julianne Moore (“Kingsman: O Círculo Dourado”). A narrativa segue uma atriz (Portman) que viaja até o Maine para estudar a vida de uma mulher da vida real (Moore), que ela vai interpretar em um filme biográfico. A personagem de Moore era uma mulher casada que teve um romance com um adolescente de 13 anos, foi presa e após cumprir a pena judicial se casou com o jovem, vivido por Charles Melton (de “Riverdale”). Mas nem duas décadas de distância e uma vida discreta nos subúrbios fizeram o escândalo ser esquecido. E com sua vida revirada pela estranha em sua casa, questões do casal, até então adormecidas, começam a vir à tona. Do Festival de Cannes para o streaming O filme teve première mundial em maio passado, no Festival de Cannes, onde recebeu uma salva de palmas do público em pé por oito minutos. As primeiras reações dos críticos também foram bastante positivas, com 90% de aprovação no Rotten Tomatoes e elogios as performances dos atores e a direção cuidadosa de Haynes. Com esse prestígio, a produção rendeu uma disputa acirrada por seus direitos, que foram adquiridos pela Netflix por US$ 11 milhões após a exibição na França. Com isso, “Segredos de um Escândalo” se tornou um dos poucos filmes norte-americanos adquiridos pela Netflix ao longo de sua tumultuada relação com Cannes. Normalmente, a plataforma de streaming aposta em títulos de fora dos Estados Unidos. Vale apontar a ironia por trás desse negócio. O Festival de Cannes impede produções da Netflix e outras plataformas de participarem da competição da Palma de Ouro, com a justificativa de que os filmes precisam passar nos cinemas. Entretanto, vários títulos premiados de Cannes já foram adquiridos pela plataforma após sua passagem pelo festival e lançados diretamente em streaming. Antes de chegar ao streaming, o filme terá um lançamento comercial nos cinemas. A estreia está marcada para 17 de novembro nos EUA, mas a distribuição no Brasil ficou só para em 18 de janeiro – data que é posterior ao lançamento da Netflix.
Teaser traz Natalie Portman e Julianne Moore em novo drama do diretor de “Carol”
A Netflix divulgou o primeiro teaser de “May December”, novo filme de Todd Haynes (“Carol”), protagonizado por Natalie Portman (“Thor: Amor e Trovão”) e Julianne Moore (“Kingsman: O Círculo Dourado”). A narrativa segue uma atriz (Portman) que viaja até o Maine para estudar a vida de uma mulher da vida real (Moore), que ela vai interpretar em um filme. A personagem de Moore era uma mulher casada que teve um romance com um adolescente de 13 anos. Depois de ir para a prisão e cumprir pena judicial, ela se casou com o jovem, vivido por Charles Melton (de “Riverdale”), e se mudou para o subúrbio, tentando levar uma vida discreta. Mas nem duas décadas de distância fizeram o escândalo ser esquecido e agora sua vida é revirada pela estranha em sua casa. A interação entre a atriz e o casal traz à tona questões emocionais até então adormecidas. Do Festival de Cannes para o streaming O filme teve première mundial em maio passado, no Festival de Cannes, onde recebeu uma salva de palmas do público em pé por oito minutos. As primeiras reações dos críticos também foram bastante positivas, com 90% de aprovação no Rotten Tomatoes e elogios as performances dos atores e a direção cuidadosa de Haynes. Com esse prestígio, a produção rendeu uma disputa acirrada por seus direitos, que foram adquiridos pela Netflix por US$ 11 milhões após a exibição na França. Com isso, “May December” se tornou um dos poucos filmes norte-americanos adquiridos pela Netflix ao longo de sua tumultuada relação com Cannes. Normalmente, a plataforma de streaming aposta em títulos de fora dos Estados Unidos. Vale apontar a ironia por trás desse negócio. O Festival de Cannes impede produções da Netflix e outras plataformas de participarem da competição da Palma de Ouro, com a justificativa de que os filmes precisam passar nos cinemas. Entretanto, vários títulos premiados de Cannes já foram adquiridos pela plataforma após sua passagem pelo festival e lançados diretamente em streaming. Antes de chegar o streaming, o filme ainda será exibido na abertura do Festival de Cinema de Nova York no dia 29 de setembro. A estreia comercial está marcada para 17 de novembro nos cinemas dos Estados Unidos e 1 de dezembro na Netflix em todo o mundo.
Johnny Depp fratura tornozelo e adia shows de sua banda, Hollywood Vampires
O ator Johnny Depp (“Jeanne du Barry”) está com um ferimento que o levou a adiar as apresentações com a sua banda, os Hollywood Vampires. Em seu Instagram, o artista explicou que, devido a uma fratura no tornozelo que piorou “em algum lugar entre Cannes e o Royal Albert Hall”, as apresentações que ocorreriam nesta semana foram canceladas. “Meus queridos amigos, eu sinto muito por dizer que fraturei meu tornozelo, o que é uma droga! Começou como uma pequena fissura, mas em algum lugar entre Cannes e o Royal Albert Hall piorou em vez de melhorar”, avisou Depp. “Diversos médicos sugeriram fortemente que eu evitasse qualquer e toda atividade no momento e então infelizmente estou incapaz de viajar desta vez”, continuou. Ele finalizou sua mensagem desculpando-se novamente e prometendo que haverá uma ótima performance quando ele se recuperar. “Os caras e eu sentimos muito por perder vocês em New Hampshire, Boston e Nova York, mas não temam. Eu prometo que levaremos um show incrível para todos vocês na Europa e daremos todo o nosso melhor para a Costa Leste mais tarde nesse verão e compensaremos com aqueles que pagaram por esses shows. Novamente, sinceras desculpas”, completou. Johnny Depp será visto em breve no cinema em “Jeanne du Barry”, filme que abriu o Festival de Cannes sob aplausos. Na ocasião, ele ironizou os que chamaram o filme de seu retorno ao cinema, afirmando que “não foi a lugar nenhum”.
Leonardo DiCaprio encontra Sonia Guajajara e Célia Xakriabá no Festival de Cannes
A Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara e a deputada federal Célia Xakriabá encontraram-se com o ator Leonardo DiCaprio durante o Festival de Cannes, na França. “Foi uma honra encontrar Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas do Brasil, e Célia Xakriabá, deputada da Câmara dos Deputados do Brasil”, disse o premiado ator em suas redes sociais. O encontro ocorreu no âmbito do Re:Wild, um evento organizado por DiCaprio que congrega milhares de representantes indígenas para dialogar sobre soluções ambientais. DiCaprio ressaltou: “Este evento é um apoio aos povos indígenas que lideram a conservação da floresta amazônica. Minha organização @rewild e nossos parceiros apoiam os mais de 900.000 indígenas de 300 grupos indígenas do Brasil”. O evento também foi prestigiado pela atriz indígena americana Lily Gladstone, que vive a esposa de DiCaprio em “Assassinos da Lua das Flores”, de Martin Scorsese. Com performance muito elogiada no Festival de Cannes, Gladstone já é aposta no Oscar 2023 como Melhor Atriz. Guajajara viajou à França para o lançamento do programa Amazônia Fund Alliance, destinado à captação de recursos para a proteção e o desenvolvimento sustentável do bioma. Ela e Xakriabá foram convidadas pelo Better World Fund para comparecerem ao Festival de Cannes. Durante o evento, Guajajara foi homenageada com um prêmio reconhecendo sua contribuição na proteção das florestas e na luta contra a crise climática. Em suas redes sociais, ela destacou: “Fomos premiadas pelo trabalho realizado em defesa dos povos indígenas e da floresta, mas é um prêmio que também representa os mais de 1,5 milhão de cocares em nosso país. É uma honra para todos os povos indígenas do mundo, que preservam 80% da biodiversidade do planeta”. This event was to support the Indigenous people leading the conservation of the Amazon rainforest. My organization @rewild and our partners stand with Brazil's +900,000 Indigenous people from 300 Indigenous groups. 📷: Leo Otero pic.twitter.com/jhIxixZX3T — Leonardo DiCaprio (@LeoDiCaprio) May 22, 2023
Público de Cannes passa mal com cena de vômito em “Club Zero”
A estreia de “Club Zero”, estrelado por Mia Wasikowska (“A Colina Escarlate”), deixou algumas pessoas enojadas no 76º Festival de Cinema de Cannes. Isso porque, em uma das cenas, uma adolescente vomita seu jantar no prato e em seguida o come, diante de seus pais. A première ocorreu nesta segunda-feira (22/5) e, apesar de revoltar estômagos, o filme foi ovacionado por cinco minutos após a exibição. A audiência não fez questão de disfarçar a surpresa. Segundo relatos da imprensa internacional, enquanto alguns riam de nervoso durante a cena, uma pessoa perguntou, fechando os olhos: “já terminou?”. Antes da apresentação, o longa apresentava um alerta de gatilho para distúrbios alimentares e nos créditos finais constava uma nota informando que nenhum ator perdeu peso para as filmagens. O longa traz Wasikowska como Miss Novak, que “se junta à equipe de um internato internacional para dar aulas de alimentação consciente” e “ensina que comer menos é saudável”, de acordo com a sinopse oficial. Ainda conforme a descrição, os outros professores da escola demoram a perceber o que está acontecendo e, quando os pais começam a notar, o Club Zero já virou realidade. O filme é dirigido por Jessica Hausner, que também assina o roteiro ao lado de Géraldine Bajard (ambas de “Little Joe: A Flor da Felicidade”). O elenco conta ainda com Sam Hoare (“Capitão América: O Primeiro Vingador”) e Sidse Babett Knudsen (“Westworld”). Em uma nota da diretora incluída no material de imprensa do festival, Hausner escreveu que o filme visa questionar como os pais podem saber o que ocorre nas escolas de seus filhos quando “não têm nem o tempo nem os recursos necessários” para isso. “Vivemos em uma meritocracia que nos faz trabalhar cada vez mais… [o filme] se passa em um internato para enfatizar a dependência dos pais em relação aos professores”, escreveu Hausner. Hausner acrescentou que a ideia de comer muito pouco era predominante entre seus colegas quando ela frequentou uma escola católica exclusivamente feminina na década de 1980. “Naquele tempo, só mastigávamos chicletes sem açúcar e ficávamos enojadas com uma garota que comia um sanduíche de ovo durante o intervalo”, relatou a diretora. “Secretamente, a admirávamos porque ela não se importava com o que pensávamos. Era uma dinâmica interessante”, acrescentou. A crítica considerou o longa extremamente audacioso, para o bem e para o mal. Muitos lamentaram a forma superficial com que o roteiro usa táticas de choque e lida com o tema central. Habitué de Cannes, Hausner já teve obras premiadas no festival: “Inter-View” recebeu o prêmio especial Cinefondation em 1999 e “Little Joe: A Flor da Felicidade” rendeu o prêmio de Melhor Atriz para Emily Beecham em 2019. “Club Zero” ainda não tem previsão de estreia comercial.
Ator de “Riverdale” pode concorrer ao Oscar após elogios no Festival de Cannes
O longa “May December”, dirigido por Todd Haynes (“Carol”), estreou no último sábado (20/5) no Festival de Cannes e teve uma recepção calorosa da crítica. Após a exibição, o drama romântico recebeu uma ovação de palmas do público em pé durante seis minutos. O elenco formado por Natalie Portman (“Thor: Amor e Trovão”), Julianne Moore (“Para Sempre Alice”) e Charles Melton (“Riverdale”) foi bastante elogiado, rendendo uma possível candidatura ao Oscar. A trama acompanha Elizabeth (Natalie Portman), uma atriz de Hollywood que viaja para a Geórgia para pesquisar sobre a vida de Gracie (Julianne Moore), uma mulher que se tornou notícia após começar um relacionamento com Joe (Charles Melton ), um homem 23 anos mais novo que ela. Enquanto se prepara para o filme sobre o passado do casal, a atriz observa o casamento de Gracie e Joe, 20 anos depois do relacionamento virar fofoca nacional. Com o sucesso no festival, “May December” se tornou um dos favoritos para a próxima temporada de premiações. De acordo com a Variety, o desempenho de Melton está a altura de uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, que tem sido um espaço acolhedor para os novatos de Hollywood. Conhecido pelo seu papel como Reggie na série teen “Riverdale” (2017), a ator teve uma performance que “quase rouba o filme”, segundo o veículo. “As escolhas de Melton para incorporar um homem que nunca teve realmente a chance de ser um adolescente são executadas de forma notável, evidenciando o toque surpreendente de Haynes com seus atores e o que ele pode extrair deles”, pontuou o crítico Clayton Davis, da Variety. Embora tenha ganhado notoriedade pelo longa, Melton já esteve em outros filmes de sucesso, como a adaptação de “O Sol Também é uma Estrela” (2019) e em “Bad Boys 3” (2020), além de fazer pequenas aparições em outras produções. “May December”, que concorre à prêmio Palma de Ouro deste ano no festival francês, também marca a quinta parceria entre o diretor Todd Haynes e a atriz Julianne Moore. Os dois já trabalharam juntos em “Safe” (1995), “Longe do Paraíso” (2002), “Não Estou Lá” (2007) e “Sem Fôlego” (2017). Com a estreia no festival, o filme procura um estúdio para conduzir a distribuição nos Estados Unidos e internacionalmente. Até o momento, o longa não tem previsão de estreia no Brasil. Com 20 críticas positivas e duas negativas computadas pelo site Rotten Tomatoes, “May December” atingiu 91% de aprovação. Confira abaixo uma cena do longa. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Festival de Cannes (@festivaldecannes)
Para Karim Aïnouz, “Firebrand” é denúncia do machismo histórico: “O patriarcado precisa parar”
Katherine Parr, a sexta, última e única esposa a sobreviver Henrique VIII, foi de certa forma ofuscada pelas anteriores que tiveram fim tráfico, especialmente Ana Bolena e Catarina Howard, ambas decapitadas dramaticamente. Mas “Firebrand”, primeiro filme em inglês do brasileiro Karim Aïnouz, pretende resgatar o interesse na rainha esquecida como denúncia contra o machismo histórico. “Eu estava realmente interessado no fato de que muitas coisas foram feitas sobre Henrique e suas outras esposas, mas nada sobre Katherine”, disse o cineasta ao site Deadline, durante a première do filme neste domingo (21/5) no Festival de Cannes. Na entrevista, a atriz Alicia Vikander, que interpreta Katherine, destacou que a história desta rainha é fascinante. “Uma das primeiras coisas que surgiu na minha pesquisa foi que ela foi a primeira mulher a publicar um livro sob seu próprio nome na história britânica”, apontou a atriz sueca. Ela tinha ideias feministas, era contra o conservadorismo e enfrentou e venceu a ira do sanguinário rei inglês. “É como se, apenas porque ela sobreviveu, não fosse tão interessante”, apontou Vikander, para quem a maior importância dada às outras esposas de Henrique VIII dizem mais sobre o prazer mórbido de ver mulheres sofrerem. A narrativa do filme é uma história de abuso doméstico e a luta de Katherine para sobreviver. E Jude Law, que interpreta o rei com uma perna protética e uma bengala, destacou que a trama vai além dos livros de História. “Acho que a abordagem que Karim teve me envolveu imediatamente. Ele viu isso como um filme sobre este casamento e esta sobrevivência a um casamento, em vez de vê-lo como uma fábula histórica intocável,” disse o ator britânico. Vikander também expressou a profundidade emocional que o papel exigiu, dizendo que houve momentos em que ela se sentiu próxima ao puro terror de ser uma mulher enfrentando a brutalidade. “Eu tive um senso profundo do que muitas mulheres passam”, comentou, “um medo que nunca, nunca passa”. Aïnouz espera que o filme promova uma compreensão da violência que as mulheres têm suportado ao longo dos séculos. Ele vê essa história como um chamado para o fim de sistemas patriarcais opressores, afirmando: “certas coisas precisam acabar. O patriarcado precisa parar, e os tiranos precisam ir embora.” Aplaudido por nove minutos em Cannes, “Firebrand” ainda não tem título em português nem previsão de estreia.
Aplaudido e elogiado, novo filme de Scorsese já é considerado favorito ao Oscar
Depois de aplausos de quase 10 minutos no Festival de Cannes, o novo filme de Martin Scorsese (“O Irlandês”) ganhou críticas estelares. “Assassinos da Lua das Flores” atingiu 96% de aprovação no Rotten Tomatoes – com apenas uma das 27 críticas sendo negativa. O filme é uma adaptação do livro homônimo de David Grann (autor de “Z: A Cidade Perdida”), que disseca assassinatos cometidos durante o boom do petróleo da década de 1920 na região de Oklahoma. Os direitos do livro foram adquiridos por US$ 5 milhões em 2016 por Scorsese e Leonardo DiCaprio (“O Lobo de Wall Street”) e o roteiro foi escrito pelo veterano Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”). A trama gira em torno do massacre da nação Osage, tribo indígena dos EUA, durante a década de 1920. Considerado “um dos crimes mais chocantes da história americana”, a morte de quase todos os membros da tribo ocorreu pouco depois da descoberta de petróleo em suas terras. O caso gerou uma das primeiras grandes investigações da história do FBI, fundado em 1908. Robert De Niro vive o vilão (“O Irlandês”), o fazendeiro William Hale, determinado a obter direitos de petróleo. E para isso com a ajuda de seu sobrinho, Ernest Burkhart, papel de Leonardo DiCaprio, que era casado com Mollie Burkhart (Lily Gladstone), membro da tribo cujos familiares foram assassinados por Hale e seus associados. Apesar da presença dos dois astros famosos, que nunca tinham contracenado antes, os elogios dos críticos se concentraram na performance de Gladstone, que inclusive já sendo cotada para uma potencial indicação ao Oscar de Melhor Atriz. A crítica do The Hollywood Reporter observa que “muitos de nós estivemos esperando impacientemente que Gladstone conseguisse um papel substancial desde seu trabalho sensível em ‘Certas Mulheres’ (2016) de Kelly Reichardt. E coube a um diretor frequentemente criticado por sua escassez de personagens femininas dimensionais não apenas fornecer esse papel, mas torná-la o coração ferido de seu filme.” “Ela tem a atuação mais extraordinária de uma mulher em qualquer um dos filmes de Scorsese”, exaltou o jornal britânico The Independent. Leonardo DiCaprio também parece ser um candidato forte para uma possível indicação de Melhor Ator, com vários críticos dizendo que o papel, contrário ao tipo que o ator costuma desempenhar, é uma vitrine impressionante. O IndieWire chega a ponto de dizer que o filme contém “a melhor performance de toda a carreira de Leonardo DiCaprio… Sua interpretação matizada e inflexível como o repugnante Ernest Burkhart extrai novas maravilhas da longa falta de vaidade do ator.” Alguns críticos comentaram que Scorsese optou por não se concentrar muito na investigação do FBI sobre os assassinatos, mencionando que Jesse Plemons (“Ataque dos Cães”), que interpreta o agente real do FBI Tom White, só se torna proeminente na última hora, e outros atores de renome, como John Lithgow (“The Crown”) e Brendan Fraser (“A Baleia”), só têm pequenos papéis, mas os mesmos críticos também observam que focar a narrativa nos Burkharts foi a decisão mais acertada do diretor. “A sensação é de uma ferida aberta até o fim”, escreveu o Vulture. Considerado o primeiro western da carreira de Scorsese, o filme também foi elogiado como um dos melhores westerns já feitos pelo London Evening Standard: “Eu até colocaria minha bota de cowboy em risco e declararia que este é um dos melhores westerns já feitos e quase certamente o melhor filme de 2023 até agora”. “Assassinos da Lua das Flores” também está já sendo considerado, precocemente, como um dos favoritos ao Oscar 2024 de Melhor Filme. O longa foi exibido fora de competição no Festival de Cannes e estreia em 19 de outubro nos cinemas brasileiros, antes de seu lançamento na Apple TV+.
Novo filme de Kleber Mendonça Filho é aplaudido de pé em Cannes
O diretor Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”) foi aplaudido de pé no 76º Festival de Cannes após a exibição de seu novo filme, o documentário “Retratos Fantasmas”, que foi exibido na sexta-feira (19/5). A première mundial da produção do cineasta pernambucano ocorreu em Sessão Especial da Seleção Oficial, fora do circuito de competição. O documentário é a quarta obra do cineasta a ser exibida em Cannes. “Retratos Fantasmas” mostra a história do centro de Recife desde o século 20 por meio de suas salas de cinema. A inspiração parte das memórias de Kleber, que se mudou na adolescência para o bairro de Setúbal. Dividida em três atos, a obra traz na segunda parte a observação do diretor sobre como os cinemas já fizeram parte da vida das pessoas e da cultura das cidades. Em tom de crônica, a narração de Mendonça Filho tem um aspecto pessoal que aborda a relação dos espectadores com os cinemas. O longa ainda traz uma reflexão sobre como os letreiros dos filmes eram verdadeiros marcos de suas épocas. Durante a sessão francesa, o diretor fez questão de homenagear a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, que estava presente no evento. “Ela é a responsável pela política audiovisual do Ministério da Cultura. Pensamos que deveríamos dar esta informação por que isso é bom e é normal ter alguém do governo nos apoiando e basicamente dizendo ‘o que vocês estão fazendo é bom’. A gente não teve isso por sete anos. Então, muito obrigado!”, afirmou Mendonça Filho. Thierry Frémaux, diretor geral do Festival, fez um paralelo com Martin Scorsese (“O Irlandês”) e Bertrand Tavernier (“O Palácio Francês”) ao apresentar “Retratos Fantasmas”. “O filme visita a história do Brasil e da cidade de Recife. Como Martin Scorsese filmou Nova York, como Bertrand Tavernier filmou Lyon, em sua forma de introspecção pessoal de juventude, que ultrapassa o pessoal para se tornar universal. É um filme magnífico que eu penso que vai inspirar muitos cineastas”, exaltou. O festival francês teve início na terça-feira (16/5) e vai até o dia 27 de maio. “Retratos Fantasmas” estreia nos cinemas brasileiros no segundo semestre, ainda sem data exata definida.
Johnny Depp tem orgulho dos “dentes podres”, que viralizaram em Cannes
Fotos de Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) com “dentes podres”, durante a première de seu novo filme, “Jeanne Du Barry”, no Festival de Cannes viralizaram na internet, fazendo muitos questionarem os cuidados do ator com a saúde. De fato, não é de hoje que ele mantém o sorriso amarelo. A controvérsia trouxe à tona uma entrevista de 1995 em que ator afirmava ter orgulho do fato de não tratar os dentes, incluindo suas cáries e manchas. Em conversa com a revista francesa Première, Depp chegou a se gabar dos dentes que fugiam aos padrões daquela época – e muito mais dos dias de hoje. “Eu tenho um monte de cáries”, exibiu-se. “Fiz um canal radicular há oito anos que está inacabado. É como um pequeno toco podre”, prosseguiu. No Twitter, os usuários fizeram piada da situação. “Você não entende, Johnny Depp precisava daquele dinheiro do julgamento com Amber para comprar pasta de dentes”, zombou um deles, referindo-se ao processo de Depp contra Amber por difamação após as acusações de abuso da atriz. Outra pessoa também comentou a situação retuitando um post que diz “saudades da odontologia assim” com duas fotos de dentes exageradamente podres. “Os dentes de Johnny Depp”, comparou, em tom de deboche. Um terceiro internauta ainda comentou: “Toda vez que alguém vem me falar que o Johnny Depp é bonito eu sempre questiono: Você já viu os dentes daquele homem?”, criticou. O ator ainda não se pronunciou sobre a repercussão de suas fotos em Cannes. 🚨 VEJA: Johnny Depp aparece com seus dentes “podres” em festival de Cannes e é duramente criticado na internet. pic.twitter.com/pH3COKIq6t — POPTime (@siteptbr) May 18, 2023 you don't understand johnny depp needed that amber trial money to get toothpaste — Stella (@StellaDelSpears) May 19, 2023 Os dentes do Johnny Depp https://t.co/FIq5VwjYPw — K.🌎🕊 (@Heterogenica) May 19, 2023 Toda vez que alguém vem me falar que o Johnny Depp é bonito eu sempre questiono: Você já viu os dentes daquele homem? — C*R*LHO, EU TÔ MUITO NOVELEIRA (@pqppriscila_) May 18, 2023











