Após protestos, Mulher Maravilha perde o título de Embaixadora da ONU
Uma mulher à menos na política. E desta vez por pressão de feministas. O jornal inglês The Guardian informou que a Mulher Maravilha perderá o título de Embaixadora de ONU (Organização das Nações Unidas), dois meses depois de ser nomeada, após protestos de feministas. Dezenas de funcionários da ONU protestaram no dia da nomeação da personagem, que aconteceu com a presença de Diane Nelson, presidente da DC Entertainment, a Mulher Maravilha do cinema Gal Gadot e a intérprete da heroína na série dos anos 1970 Lynda Carter. Desde então, uma petição contra a escolha reuniu 45 mil assinaturas, exigindo sua demissão. A razão, segundo o texto é que, “embora os criadores possam ter pretendido criar uma mulher guerreira e independente, a realidade é que hoje a personagem foi reduzida a uma mulher branca, de seios enormes e proporções impossíveis, espremida num maiô minúsculo”. A ONU não explicou o motivo da perda do título, mas o porta-voz Jeffrey Brez disse que campanhas que usam personagens de ficção muitas vezes não duram mais do que alguns meses. Ele citou que os “Angry Birds” foram representantes da ONU para o clima por um dia apenas. A DC, no entanto, disse em comunicado que estava satisfeita com a exposição da personagem para estimular a igualdade de gênero, assim como elevar a conversa global sobre empoderamento feminino. A Mulher-Maravilha foi criada nos anos 1940 por William Moulton Marston, psicólogo inventor do polígrafo, inspirado em seu relacionamento com duas mulheres: sua esposa e também psicóloga Elizabeth Holloway Marston e sua assistente e amante Olive Byrne. A história por trás desse relacionamento a três, compartilhado de comum acordo, vai virar filme com Luke Evans (“Drácula: A História Nunca Contatada”), Rebecca Hall (“Homem de Ferro 3”) e Bella Heathcote (“Orgulho e Preconceito e Zumbis”), ainda sem previsão de estreia.
Mulher Maravilha vira Embaixadora da ONU e ganha novos inimigos: feministas
A Mulher-Maravilha, personagem famosa dos quadrinhos da editora DC, foi nomeada na sexta-feira (21/10) embaixadora da ONU para promover os direitos das mulheres. Apesar do caráter simbólico e do alcance global da personagem, especialmente entre crianças, a cerimônia aconteceu em meio a críticas de organizações feministas e de membros da própria ONU. A cerimônia aconteceu na sede da ONU em Nova York e contou com a presença das atrizes Lynda Carter, que encarnou a Mulher-Maravilha na série de TV da década de 1970, e Gal Gadot, que interpreta a super-heroína no filme “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça” e na produção solo da personagem que estreia em 2017. Foi a primeira vez que as duas se encontraram num evento público, mas pareciam amigas de longa data. De acordo com a organização, a Mulher-Maravilha foi escolhida por ser “símbolo da paz, justiça e igualdade”. Agora, a personagem irá colocar seus super-poderes a serviço da campanha anual da ONU para promover a emancipação de meninas e mulheres. Em seu discurso, Gadot valorizou o aspecto simbólico da escolha: “Às vezes, precisamos de algo ou alguém para aspirar, para ajudar a informar nossas escolhas e dar o exemplo. Esse exemplo pode ser um super-herói como Mulher Maravilha, que pode nos inspirar a ser mais, exigir mais e fazer mais”. Mas a escolha não agradou, surpreendendo a comunidade geek. Durante a cerimônia, uma dezena de manifestantes, de ambos os sexos, deram as costas e alguns ergueram o punho. Um grupo de 350 funcionários da ONU também firmou uma petição para que Ban Ki-moon desista do projeto. O secretário-geral da ONU, entretanto, não compareceu ao evento. Shazia Rafi, dirigente do movimento She4SG, que luta pela nomeação de uma mulher para o cargo de secretária-geral da ONU, considerou “ridícula” a escolha de uma personagem de ficção. “Há tantas mulheres muito reais que poderiam ter sido eleitas”. A funcionária da ONU Cass Durant, que segurava uma placa dizendo “mulheres reais merecem embaixadoras reais” falou que as manifestantes “não acreditam que uma ficção em quadrinhos, com uma mulher vestida como ‘coelhinha da Playboy’, pode passar a mensagem correta para meninas e meninos sobre o que realmente importa”. Para completar, um site criado por manifestantes acusa a Mulher-Maravilha de ser uma pin-up, “a encarnação da garota do calendário – branca, de seios generosos e medidas improváveis – e ainda se veste com a bandeira dos Estados Unidos”. O lançamento da campanha da ONU coincide com o 75º aniversário da primeira aparição da Mulher-Maravilha nos quadrinhos, durante a 2ª Guerra mundial, e ajuda a promover o filme da Warner Bros. que está em produção.
Sweet/Vicious: Vigilantes feministas combatem o crime sexual no trailer da nova série da MTV
A MTV americana divulgou o primeiro trailer de sua nova série “Sweet/Vicious”. A prévia mostra a origem de uma dupla diferente de vigilantes. A série acompanha duas garotas universitárias, que resolvem se unir para se vingar, com máscara e roupas pretas, dos estudantes machistas, estupradores e abusivos, levando o combate ao crime a era do empoderamento feminino. A série é estrelada por Eliza Bennett (série “Broadchurch”) como Jules, jovem vítima de abuso sexual que é uma típica estudante de fraternidade feminina de dia e justiceira faixa preta de noite. Durante uma surra de kung fu num predador masculino, ela encontra Ophelia, a personagem de Taylor Dearden (série “101 Ways to Get Rejected”), que é uma maconheira antissocial de quem ninguém gosta. Impressionada com a capacidade de Jules de chutar bundas, ela insiste até se tornar sua parceira no combate ao crime sexual. Criada pela roteirista estreante Jennifer Kaytin Robinson, “Sweet/Vicious” estreia em 15 de novembro nos EUA.


