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    Edd Byrnes (1933 – 2020)

    9 de janeiro de 2020 /

    O ator Edd Byrnes, mais conhecido pela série clássica “77 Sunset Strip”, morreu nesta quinta (9/1) de causas naturais aos 87 anos. Byrnes chegou em Hollywood em 1955, logo após a morte de James Dean, e conseguiu várias papéis pequenos de “rebelde”, entre eles no clássico de reformatório juvenil “Reform School Girl” (1957). Logo conseguiu se destacar como um assassino que penteava compulsivamente seus cabelos em “Uma Vida em Perigo” (1958). Seu destino era trágico naquele filme, que acabou servindo de ponto de partida para a série “77 Sunset Strip” (1958-1964), mas os produtores gostaram do ator e decidiram mantê-lo – e seu pente – na atração que estavam desenvolvendo, só que em outro papel: Gerald Lloyd Kookson III, o Kookie. O novo personagem era um atendente de estacionamento do clube localizado ao lado da agência dos detetives Stuart Bailey (Efrem Zimbalist Jr.) e Jeff Spencer (Roger Smith), na Sunset Strip de Los Angeles. E quando não estava manobrando conversíveis, costumava aparecer estalando os dedos e penteando o topete rockabilly, numa tentativa de imitar Elvis Presley. De personalidade folgada, mas legal, Kookie foi o protótipo de Fonzie, que surgiria duas décadas depois em “Happy Days”. E virou um fenômeno de popularidade, com muitas fãs adolescentes – ele bateu o recorde de número de cartas recebidas nos estúdios da Warner – e inspirou até uma música, “Kookie, Kookie, Lend Me Your Comb”, que virou disco de ouro em 1959, em gravação de Connie Stevens. Uma vez, Byrnes contou ter aparecido em 26 capas de revistas diferentes… na mesma semana. Mas, infelizmente, não pôde aproveitar essa popularidade. Seu contrato o proibia de assumir papéis de protagonista no cinema. Assim, decidiu abandonar a série. Mas a carreira não decolou como ele imaginava – seu melhor papel foi como coadjuvante de Clint Walker no western “A Lei do Mais Valente” (1959) – , mergulhando no alcoolismo. Assim, acabou negociando um retorno à série, num papel mais destacado, agora como sócio da agência de detetives – e trajando paletó e gravata. Ao final da série, ele filmou um thriller de espionagem com Roger Corman (“A Invasão Secreta”, 1964) e protagonizou “Farra Musical” (Beach Ball, 1965), seu papel mais importante no cinema, dentro do ciclo dos chamados “beach movies”. Neste filme, Byrnes vivia um roqueiro que tenta juntar dinheiro para comprar sua guitarra e acaba entrando em contato com muitos artistas de verdade, via participações especiais das Supremes, The Righteous Brothers, The Four Seasons, The Hondells e até “o sensacional novo grupo” Walker Brothers. Só a trilha sonora já garante a fama de cult da produção. Depois disso, mudou-se para a Europa, onde estrelou vários spaghetti westerns. Sua trajetória, inclusive, inspirou parte da história de “Era uma Vez em Hollywood”. Ele voltou aos EUA nos anos 1970, mas jamais repetiu seu sucesso, reduzindo seu trabalho a diversas aparições em séries – de “As Panteras” a “Ilha da Fantasia”. Mesmo assim, ainda teve um último papel famoso no cinema, embora pequeno, como Vince Fontaine no musical “Grease: No Tempo da Brilhantina” (1978). O personagem era o apresentador (inspirado em Dick Clark) de um concurso televisivo de danças na escola Rydel High. Relembre abaixo. Byrnes continuou aparecendo em séries até os anos 1990 e seu último trabalho foi uma volta ao rock’n’roll, no bem-avaliado telefilme “Shake, Rattle and Roll: An American Love Story” (1999), sobre uma banda fictícia na era de ouro do rock.

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  • Etc,  Filme

    Sid Haig (1939 – 2019)

    23 de setembro de 2019 /

    O ator Sid Haig, lenda do cinema B americano, morreu no sábado (21/9), aos 80 anos. A morte foi anunciada por sua esposa, Susan L. Oberg, no Instagram: “Isto veio como um choque para todos nós. Como família, nós pedimos privacidade e tempo para que nosso luto seja respeitado”. Segundo a Variety, Haig faleceu de uma infecção pulmonar, após complicações respiratórias causadas por uma queda, sofrida semanas atrás. A vasta filmografia do ator tem quase 150 títulos, a maioria de temática violenta. Mas antes de encarar as telas, ele tentou a música. Na adolescência, foi baterista da banda T-Birds e chegou a gravar um hit, “Full House”, que atingiu o 4º lugar na parada de sucessos em 1958. Graças a essa experiência, conseguiu um de seus primeiros papéis no cinema, aparecendo como baterista dos Righteous Brothers no filme “Farra Musical” (1965). A tendência de viver monstros, psicopatas, assassinos e degenerados teve início no mesmo ano num episódio da sitcom “The Lucy Show”, de Lucille Ball, em que encarnou uma múmia. Mas foi por diversão, assim como sua passagem pelos quadrinhos, como capanga do Rei Tut (Victor Buono) na série clássica “Batman” (em 1966), e pela sci-fi, como alienígena na 1ª temporada de “Jornada nas Estrelas” (em 1967). Os primeiros papéis aproveitavam-se de seu visual exótico. Descendente de armênios, ele tinha um ar de estrangeiro perigoso. Ao decidir raspar a cabeça, também adquiriu uma aparência demente. Mas sua transformação definitiva em astro de filmes sanguinários se deu pelas mãos do cineasta Jack Hill. O primeiríssimo trabalho de Haig como ator foi num curta universitário de Hill, feito em 1960 como parte do currículo da UCLA. Assim, quando conseguiu financiamento do rei dos filmes B, Roger Corman, o diretor o convocou para participar de seu primeiro longa oficial, “O Rastro do Vampiro” (1966), cujo título original era mais explícito em relação ao tom da produção – “Blood Bath”, literalmente “banho de sangue”. De todo modo, foi o filme seguinte de Hill, “Spider Baby” (1967), que transformou ambos, diretor e ator, em ícones do cinema B americano. Lançado sem fanfarra, “Spider Baby” saiu da obscuridade para se tornar um dos filmes mais cultuados dos anos 1960, ao ser redescoberto pelas novas gerações. A história girava em torno do personagem vivido pelo veterano astro de terror Lon Chaney (“O Lobisomem”), um cuidador de três irmãos mentalmente perturbados, que tenta proteger os jovens de primos gananciosos. De olho na velha mansão da família em que eles vivem, os parentes resolvem trazer advogados para despejá-los da propriedade. Mas a situação sai do controle, com violência generalizada, culminando na explosão da residência por parte do cuidador, numa mistura de ato de desespero, misericórdia e suicídio. Haig viveu o único irmão homem, incapaz de falar, mas capaz de atos terríveis, como o estupro de sua prima. Ator e diretor continuaram a pareceria em outros gêneros de filmes B, como o cultuado filme de prisão feminina “As Condenadas da Prisão do Inferno” (1971) e dois dos maiores clássicos da era blaxploitation “Coffy: Em Busca da Vingança” (1973) e “Foxy Brown” (1974), todos estrelados por Pam Grier. Essa conexão, por sinal, fez com que Haig fosse lembrado por Quentin Tarantino em sua homenagem ao gênero, “Jackie Brown” (1997), protagonizado pela mesma atriz. Sem abandonar violência, Haig também apareceu em clássicos do cinemão classe A, como “À Queima-Roupa” (1967), de John Boorman, “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971), de Guy Hamilton, “O Imperador do Norte” (1973), de Robert Aldritch, e até “THX 1138” (1971), primeira sci-fi de um jovem visionário chamado George Lucas (sim, o criador de “Star Wars”). Mas as produções que costumavam escalá-lo com frequência eram mesmo de baixo orçamento, e elas entraram em crise com o fim das sessões duplas noturnas e dos drive-ins na metade final dos anos 1970. Por conta disso, o ator passou boa parte desse período fazendo séries. Chegou a viver nove vilões diferentes em “Missão Impossível”, quatro em “Duro na Queda”, três em “A Ilha da Fantasia”, dois em “MacGyver”, além de enfrentar “As Panteras”, “Police Woman”, “Buck Rogers”, “Os Gatões”, “Esquadrão Classe A”, “O Casal 20″m etc. Ele anunciou oficialmente sua aposentadoria em 1992, dizendo-se cansado de viver sempre o vilão que morria no episódio da semana. Assim, quando Tarantino o procurou para viver Marcellus Wallace em “Pulp Fiction” (1994), ele se recusou. O papel acabou consagrando Ving Rhames. Mas Tarantino não desistiu de tirar Haig da aposentadoria. Ele escreveu o personagem do juiz de “Jackie Brown” pensando especificamente no ator. E ao insistir foi bem-sucedido em convencê-lo a atuar novamente. Após aparecer em “Jackie Brown”, Haig foi convidado a participar de um clipe do roqueiro Rob Zombie, “Feel So Numb” (2001). E a colaboração deu início a uma nova fase na carreira de ambos. Zombie resolveu virar diretor de cinema e escalou Haig em seu papel mais lembrado, como o Capitão Spaulding, guia turístico de “A Casa dos 1000 Corpos” (2003), filme francamente inspirado em “Spider Baby”, entre outras referências de terror ultraviolento. O nome Capitão Spaulding também era citação a outro personagem famoso, o grande contador de “lorotas” vivido por Groucho Marx na célebre comédia “Os Galhofeiros” (1930). Spaulding voltou a matar, acompanhado por seus parentes dementes, na continuação “Rejeitados pelo Diabo” (2005), melhor filme da carreira de Rob Zombie. E Haig seguiu participando dos filmes do roqueiro cineasta, como “Halloween: O Início” (2007), “The Haunted World of El Superbeasto” (2009) e “As Senhoras de Salem” (2012). Ele ainda trabalhou em “Kill Bill: Volume 2” (2004), de Tarantino, no cultuado western de terror “Rastro de Maldade” (2015), de S. Craig Zahler, e em dezenas de títulos de horror lançados diretamente em vídeo na fase final de sua carreira. Para completar sua prodigiosa filmografia, vai se despedir das telas com o personagem que mais viveu, retomando o Capitão Spaulding em “Os 3 Infernais”, final da trilogia de Rob Zombie, que tem estreia prevista para outubro.

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