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    Maria Madalena traz um olhar feminino para a vida de Jesus

    24 de março de 2018 /

    Há tantos filmes sobre Jesus que os realizadores ainda interessados no tema buscam mudar um pouco o foco, o ponto de partida, o recorte ou mesmo o ponto de vista. Temos o caso recente de “Últimos Dias no Deserto”, de Rodrigo García, que fazia um recorte do período de sete dias em que Cristo jejuou e combateu tentações. “Maria Madalena”, de Garth Davis, é um pouco mais ousado em sua proposta: quer contar a história pelo ponto de vista de Madalena. É interessante como, até os dias de hoje, a imagem de Maria Madalena ainda é associada a uma prostituta. Ou, no mínimo, a uma mulher com uma sexualidade muito forte. O próprio filme de Martin Scorsese, “A Última Tentação de Cristo”, em sua adaptação do romance homônimo de Nikos Kazantzákis, misturava a personagem de Madalena com a prostituta que seria apedrejada e é salva pelo nazareno. Por isso, pode causar estranheza ver uma Madalena mais dedicada ao mestre do que os apóstolos Pedro (Chiwetel Ejiofor) e Judas (Tahar Rahim), para citar os que mais aparecem na narrativa. Rooney Mara está ótima como uma Madalena que acredita ser possuída por demônios – seus familiares acham que são os demônios que a impedem de querer se casar com um forte pretendente. Como ela não nutre amor pelo homem, quer mesmo é seguir aquele estranho e intrigante profeta que tem arrebanhado cada vez mais pessoas por onde passa. Mas demora um pouco para aceitarmos Joaquin Phoenix como Jesus, embora, aos poucos, sua abordagem desperte maior envolvimento. Inclusive nas escolhas do filme em mostrá-lo sorrindo, junto com Madalena, em cenas que compartilham juntos. Passa uma leveza que normalmente não se vê em obras que tratam da vida de Jesus. Até as cenas da crucificação são rápidas, o que não quer dizer que não sejam dolorosas. O que também parece novidade é o diferencial no que se refere à ressurreição de Jesus, trazendo dúvidas sobre seu ressurgimento real e material do sepulcro. Afinal, ele aparece apenas para Madalena e é ela a portadora da boa nova, de que Jesus vive – ao contrário dos evangelhos canônicos, onde ela é apenas a primeira a ver Jesus ressuscitado. Algo que fica no ar é um certo clima de amor romântico não consumado que parece haver entre Madalena e Jesus. Porém, este tipo de impressão pode dizer mais do espectador do que filme em si, já que não é de maneira nenhuma explicitado. Talvez a impressão seja consequência da beleza esplendorosa de Rooney Mara, de seu olhar e de seu sorriso, ao olhar para o mestre. Longe de sugerir volúpia, mas sim uma figura cheia de energia e amor, o que pode confundir. De todo modo, esse tipo de confusão está de acordo com certo diálogo entre Pedro e outro apóstolo: os dois acreditam que a entrada de Madalena no corpo de apóstolos não seria bom para o grupo. Quanto à narrativa, é bom termos um filme narrado sem pressa, sem um particular interesse em conquistar um grande público. É um trabalho quase sensorial, no modo como brinca com a luz e com os olhares e os diálogos lentos dos personagens. “Maria Madalena” pode até não ser um grande filme, mas certamente está bem longe de ser uma obra ordinária ou esquecível, e ainda tem como vantagem o fato de dialogar com o atual momento de empoderamento feminino.

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    Weinstein Company suspende todos lançamentos, incluindo Maria Madalena

    21 de janeiro de 2018 /

    A empresa dos irmãos Weinstein, The Weinstein Company, desistiu de manter seu cronograma de lançamentos, após o escândalo que envolveu seu proprietário Harvey Weinstein. Enquanto negocia com possíveis compradores, o estúdio decidiu suspender suas estreias futuras, inclusive de títulos que já tinha começado a divulgar, como “Maria Madalena”. O filme religioso, que traz Rooney Mara no papel-título e Joaquin Phoenix como Jesus, tinha estreia prevista para 30 de março, no fim de semana da Páscoa. Também foram suspensas a comédia “War with Grandpa”, com Robert De Niro, e “The Upside”, remake do sucesso francês “Intocáveis” (2011) com Bryan Cranston e Kevin Hart, agendados para fevereiro e março, respectivamente. Eles se juntam ao adiamento anterior de “A Batalha das Correntes” (The Current War), em que Benedict Cumberbatch vive Thomas Edison. Previsto para 24 de novembro nos Estados Unidos, o filme não tem mais expectativa de estreia. Não está claro como ou se a decisão da TWC afetará a distribuição internacional desses filmes. Dos quatro citados, apenas “Maria Madalena” tem estreia marcada no Brasil, para o dia 15 de março.

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    Primeiro trailer legendado de Maria Madalena provoca com polêmica religosa

    29 de novembro de 2017 /

    A Universal (o estúdio, não a igreja) divulgou o primeiro trailer legendado de “Maria Madalena”, e a prévia revela uma produção bastante polêmica. Considerada uma das personagens mais controvertidas do Novo Testamento, ela é vivida por Rooney Mara como um dos apóstolos, seguindo os textos gnósticos. Não só isso, surge como a discípula predileta de Jesus, herdeira de sua palavra, responsável inclusive por batizados e por trazer as mulheres para o cristianismo, mas após sua morte é proibida de falar em nome dele por Pedro, que os católicos consideram o primeiro papa. Esse confronto é descrito no “Evangelho de Maria Madalena”, manuscrito encontrado junto com outros textos do cristianismo primitivo em escavações do Egito e só publicado em 1955. No trailer, o embate ganha matizes de luta de gênero. Pedro, por sinal, é interpretado por um ator negro, Chiwetel Ejiofor (“12 Anos de Escravidão”), o que também pode render questionamentos. O elenco ainda destaca Joaquin Phoenix (“Vício Inerente”) como Jesus e Tahar Rahim (“O Passado”) como Judas. Nos cinemas, Maria Madalena já foi interpretada por grandes atrizes como Barbara Hershey (“A Última Tentação de Cristo”), Juliette Binoche (“Maria”) e Monica Bellucci (“A Paixão de Cristo”). E todas seguiram, mais ou menos, a versão popularizada pela Igreja Católica de que Maria Madalena foi uma prostituta salva por Jesus Cristo após se arrepender de seus pecados, visão sustentada até hoje em produtos como os DVDs da “Coleção Bíblia Sagrada”. Entretanto, muitos teólogos contestam essa versão, já que nenhum apóstolo afirma isso categoricamente. O próprio Papa Francisco publicou um texto neste ano em que chama Maria Madalena de Apóstola da Esperança, dando reconhecimento a sua importância original, ainda que mantendo a história de que ela “mudou de vida” após ver Jesus ressuscitado. Mas há abordagens mais controvertidas ainda, como a apresentada na adaptação do best-seller “O Código Da Vinci” (2006), que mostrou uma descendente de Jesus e Maria Madalena, razão pela qual a produção foi rechaçada pela Igreja. Dirigido por Garth Davis, que já tinha trabalhado com Rooney Mara em “Lion” (2016), o filme tem roteiro de Helen Edmundson (telefilme “An Inspector Calls”) e Philippa Goslett (“Poucas Cinzas: Salvador Dalí”), e está sendo apresentado como “um retrato autêntico e humanista” de uma figuras mais enigmáticas e incompreendidas do Novo Testamento. A estreia está marcada para 22 de março no Brasil, uma semana antes do lançamento nos Estados Unidos.

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