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    Irrfan Khan (1967 – 2020)

    29 de abril de 2020 /

    Irrfan Khan, o ator veterano de Bollywood que estrelou “Quem Quer Ser um Milionário?”, “A Vida de Pi” e “Jurassic World”, morreu nesta quarta-feira (29/4) em Mumbai, aos 53 anos. Khan foi diagnosticado com um câncer raro, neuroendócrino de alto grau, em março de 2018 e passou um tempo em Londres sendo tratado antes de voltar ao trabalho no ano passado. Ele estava internado num hospital em Mumbai desde o início desta semana devido a uma infecção no cólon. Em sua carreira, que durou mais de 30 anos, o ator viveu muitos vilões, mas se destacou mais por sua versatilidade, além da humanidade e intensidade que trouxe para cada papel. Nascido em Rajasthan, Khan foi inspirado a seguir a carreira de ator por seus heróis Dilip Kumar e Marlon Brando, e começou a trabalhar em produções televisivas antes de fazer sua estréia no cinema em 1988, no aclamado drama “Salaam Bombay”, de Mira Nair, indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Especializando-se em interpretar vilões, ele recebeu elogios da crítica como o líder de um gangue estudantil no cultuado “Haasil” (2003), de Tigmanshu Dhulia, além de chamar atenção como o ambicioso protagonista de “Favorite” (2003), de Vishal Bhardwaj, uma adaptação de “Macbeth”, de Shakespeare, passada no mundo do crime indiano. Por curiosidade, ele ainda estrelou o “Hamlet” indiano, “Haider”, também dirigido por Bhardwaj. Sua carreira internacional começou em 2001, quando protagonizou o filme de estreia do diretor britânico Asif Kapadia, “Um Guerreiro Solitário”. O drama existencial, ambientado no Rajastão feudal, venceu o BAFTA de Melhor Filme Britânico e apresentou Khan ao público ocidental. Ele voltou a trabalhar com Mira Nair nos EUA, em “Nome de Família” (2006) e num segmento da antologia “Nova York, Eu Te Amo” (2008). Contracenou com Angelina Jolie em “O Preço da Coragem”(2007), de Michael Winterbottom, e participou do filme indiano de Wes Anderson, “Viagem a Darjeeling” (2007). Mas a grande maioria do público ocidental só começou a notá-lo após o fenômeno “Quem Quer Ser um Milionário?” (2008), de Danny Boyle, no qual interpretou o inspetor de polícia que interroga o personagem de Dev Patel. O sucesso da produção britânica lhe credenciou a participar de blockbusters americanos, como “O Espetacular Homem-Aranha” (2012), de Marc Webb, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” (2015), de Colin Trevorrow, “Inferno” (2016), de Ron Howard, e principalmente “As Aventuras de Pi” (2012), de Ang Lee, que venceu quatro Oscars. O ator demonstrou sua versatilidade em comédias com grandes sucessos indianos, como “Piku” (2015), de Shoojit Sircar, e “Hindi Medium” (2017), de Saket Chaudhary. Este último bateu o recorde de maior bilheteria de estreia na Índia e ainda registrou a segunda maior abertura de um filme indiano na China. Além de fazer rir, ele também fez chorar, ao apaixonar o público com o popular drama romântico “The Lunchbox” (2013), de Ritesh Batra, premiado nos festivais de Cannes e Toronto. Graças à popularidade de seus filmes, Khan se tornou o ator indiano mais conhecido do público ocidental. Seu último trabalho foi “Angrezi Medium”, uma sequência de “Hindi Medium” lançada em março, que também foi o último filme a ser exibido nos cinemas indianos antes de o país entrar em “lockdown” devido ao surto do novo coronavírus. “O carisma que você trouxe para tudo o que fez foi pura mágica”, tuitou a atriz Priyanka Chopra (“Baywatch”) sobre seu colega. Os dois trabalharam juntos na comédia “7 Khoon Maaf” (2011), do diretor Vishal Bhardwaj. “Você inspirou muitos de nós.” Colin Trevorrow, que dirigiu o astro indiano em “Jurassic World” – Khan viveu o dono do parque – lembrou-o como “um homem pensativo que encontrava beleza no mundo ao seu redor”. E o ator Riz Ahmed (“Venom”) simplesmente declarou que ele era um de seus heróis e “um dos maiores atores de nosso tempo”.

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    Krzysztof Penderecki (1933 – 2020)

    29 de março de 2020 /

    Morreu Krzysztof Penderecki, um dos maiores compositores e maestros da Polônia, que ficou mundialmente conhecido pela trilha de dois dos maiores clássicos do terrores de Hollywood, “O Exorcista” e “O Iluminado”. Ele tinha 86 anos e faleceu neste domingo (29/3) em sua casa em Cracóvia, no sul da Polônia, após uma longa doença, segundo sua família. Seu cuidador foi diagnosticado com covid-19. Krzysztof Penderecki estudou violino e composição no Conservatório de Cracóvia, inspirado pelo pai, que adorava tocar o instrumento. Quando se formou, em 1958, foi nomeado professor e depois reitor do conservatório. De 1972 a 1978, ele também lecionou na Escola de Música da Universidade de Yale, nos EUA. Sua carreira como compositor iniciou-se logo após a formatura, em 1959. Aos 25 anos, ganhou os três principais prêmios em uma competição depois de enviar uma partitura escrita com a mão direita, outra com a esquerda e uma terceira copiada por um amigo para ocultar sua caligrafia. Foram os primeiros de muitos troféus, incluindo três Grammys de música erudita. Ele começou a colaborar com cineastas em 1961, ao compor a trilha de um curta escrito por outro compatriota famoso, o escritor Stanislaw Lem (autor de “Solaris”). Após dois longas do diretor Wojciech Has, fez sua estreia no cinema francês, compondo a trilha do clássico da nouvelle vague “Eu te Amo, Eu te Amo” (1968), de Alain Resnais. Mas sua estreia em Hollywood se deu de forma casual, quando o diretor William Friedkin decidiu incluir cinco músicas de seu repertório em “O Exorcista” (1973), incluindo uma partitura de seu mais controverso trabalho, “The Devils of Loudon”, de 1969. Baseada em um romance de Aldous Huxley sobre a Inquisição, “The Devils of Loudon” chegou a ser condenado pelo Vaticano, que pediu ao compositor que parasse as apresentações. Apesar da polêmica, ele se recusou a tirar a música de seus concertos. O compositor se tornou ainda mais popular depois que Stanley Kubrick fez uso extensivo de seu trabalho, incluindo 13 faixas de seus discos na trilha de “O Iluminado” (1980). David Lynch foi outro fã assumido, que espalhou músicas de Penderecki em “Coração Selvagem” (1990), “Império dos Sonhos” (2006) e na série “Twin Peaks”. Sua música, geralmente inspirada por temas religiosos ou apocalípticos, como a bomba de Hiroshima, também apareceram na animação clássica “Heavy Metal – Universo em Fantasia” (1981), no terror “As Criaturas Atrás das Paredes” (1991), de Wes Craven, na sci-fi “Filhos da Esperança” (2006), de Alfonso Cuaron, e no suspense “Ilha do Medo” (2020), de Martin Scorsese. Penderecki também criou música especialmente para o cinema. Além dos trabalhos iniciais citados, ele compôs trilhas de filmes de alguns dos maiores cineastas do Leste Europeu, como “Hands Up!” (1981), de Jerzy Skolimowski, “A Voz Solitária do Homem” (1987), de Aleksandr Sokurov, “Tishina” (1991), de “Dimitar Petkov”, “Katyn” (2007), de Andrzej Wajda, e o recente “Demon” (2015), de Marcin Wrona. Em 2012, Penderecki ainda colaborou com Jonny Greenwood, guitarrista da banda Radiohead e compositor dos filmes de Paul Thomas Anderson, num disco elogiadíssimo, que curiosamente não tem título – as faixas “Threnody for the Victims of Hiroshima”, “Polymorphia”, “Popcorn Superhet Receiver” e “48 Responses to Polymorphia” batizam o álbum. Entre os muitos reconhecimentos a seu talento contavam-se ainda o prêmio de Melhor Compositor Vivo no evento de música Cannes Midem Classic, em 2000, e a maior distinção da Polônia, a Ordem da Águia Branca, concedida em 2005. O ministro da Cultura da Polônia, Piotr Glinski, disse que, com a morte de Penderecki, a cultura do país “sofreu uma perda enorme e irreparável”. Veja abaixo Penderecki reger sua composição mais aterradora, “Polymorphia”, usada tanto na trilha de “O Exorcista” quanto em “O Iluminado”.

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