Astro de novelas argentinas será investigado no Brasil por estupro
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra Juan Darthés, astro veterano de novelas argentinas, que está atualmente no Brasil. Ele é acusado de estupro pela atriz Thelma Fardin (“Sou Luna”). Nascido em São Paulo com o nome Juan Rafael Pacífico Dabul, o ator de 56 anos foi acusado formalmente pela Justiça da Nicarágua, onde o abuso teria acontecido em 2009, mas antes de ser detido voltou para a Argentina. Segundo a denúncia original, o ator se aproveitou da “relação de confiança” com Fardin para cometer a agressão sexual em um hotel em Manágua, durante a divulgação internacional da novela infantil “Patinho Feio” (2007-2008), que ambos protagonizavam. À época, Fardin tinha 16 anos e Darthés 45. Depois disso, ele estrelou mais quatro novelas na Argentina. Mas em 2018 o Ministério público argentino passou a colaborar com a Justiça nicaraguense e iniciou um processo penal contra o ator, que então resolveu se refugiar no Brasil, devido à sua cidadania. Na época, atrizes brasileiras, como Bruna Linzmeyer e Débora Falabella, iniciaram uma manifestação contra a vinda do ator ao país. Intocável no Brasil, Darthés foi denunciado nas redes sociais por Fardin, numa iniciativa que deu início ao movimento #MeToo na Argentina em 2018. Após o caso vir à público, outras quatro atrizes acusaram o ator de estupro. Agora, a situação mudou. Com a decisão do MPF, abre-se a possibilidade de Darthés ser julgado no Brasil — pela Constituição, o país não pode extraditar seus cidadãos, mas o Código Penal prevê que possam ser julgados em território brasileiro por crimes cometidos no exterior. Se ele fugir novamente, há um mandato internacional de captura pela Interpol. “Espero que a mensagem enviada pelo Brasil, não somente nesse caso particular, seja a de que o Brasil não pode servir de refúgio e de esconderijo para estupradores, ainda mais para um estuprador com pedido de captura internacional”, disse Fardin nesta quarta (7/4), em Buenos Aires, após um evento para anunciar a decisão do MPF. Thelma Fardin tem atualmente 29 anos e está em cartaz nos cinemas argentinos com “La Estrella Roja”, uma comédia com estrutura de falso documentário que tem arrancado elogios rasgados da crítica desde sua estreia em março passado.
Armie Hammer larga peça da Broadway e limpa agenda após acusação de estupro
Investigado por uma denúncia de estupro e agressão sexual, Armie Hammer perdeu mais um trabalho. O astro de “Me Chame Pelo Seu Nome” anunciou que não vai mais participar da estreia da peça “The Minutes” na Broadway. A peça de Tracy Letts devia ter realizado uma estreia formal em março de 2020, mas, após algumas pré-estreias, os planos foram frustrados devido à pandemia do coronavírus, que mantém os palcos da Broadway fechados desde então. Com o avanço da vacinação em Nova York, a reabertura dos teatros tornou-se iminente, fazendo com que o futuro de Hammer na produção precisasse ser definido. “Eu amei cada segundo em que trabalhei em ‘The Minutes'”, disse o ator em comunicado à imprensa. “Mas agora preciso me concentrar em mim e na minha saúde pelo bem da minha família. Consequentemente, não voltarei à Broadway com a produção”. A equipe da produção também emitiu uma nota, afirmando que a decisão de se afastar partiu de Hammer. “Armie continua um colega valioso para todos nós que trabalhamos com ele no palco e fora do palco em ‘The Minutes’. Desejamos apenas o melhor para ele e respeitamos sua decisão. ” Sem “The Minutes”, a agenda de Hammer agora está completamente livre de quaisquer projetos futuros. Ele também saiu ou foi saído dos filmes “Shotgun Wedding”, em que contracenaria com Jennifer Lopez, “Billion Dollar Spy”, uma parceria com o dinamarquês Mads Mikkelsen, “Gaslit”, com Sean Penn e Julia Roberts, e a série “The Offer”, sobre os bastidores do clássico “O Poderoso Chefão”. A carreira do ator implodiu no começo deste ano após o vazamento de mensagens em que ele supostamente se confessa canibal e com desejos típicos de um serial killer. Há duas semanas, ele também foi acusado de estupro e violência sexual, denúncia que está sendo investigada pelo Departamento de Polícia de Los Angeles.
Armie Hammer perde terceiro projeto após denúncias de violência sexual
O ator Armie Hammer (“Me Chame pelo seu Nome”) perdeu mais um projeto após mensagens privadas de violência sexual virem à tona. As acusações escalaram para uma denúncia de estupro há duas semanas. Hammer deveria estrelar “Billion Dollar Spy” ao lado do dinamarquês Mads Mikkelsen (“Druk – Mais uma Rodada”), mas não faz mais parte do elenco. A diretora Amma Asante e a produtora Walden Media não comentaram a mudança, que foi noticiada pela revista Variety. Antes de perder este papel, Hammer também alegou ter pedido afastamento do elenco de “Shotgun Wedding”, em que ele contracenaria com Jennifer Lopez, e foi dispensado da série “The Offer”, produção da Paramount Plus sobre os bastidores do filme “O Poderoso Chefão”. Ele também foi dispensado por sua agência de talentos e não tem nenhum projeto profissional agendado, mas completou dois filmes da ex-Fox/Disney antes do escândalo. São eles a superprodução “Morte no Nilo”, continuação do suspense “Assassinato no Expresso do Oriente”, que reúne o ator-diretor Kenneth Brannagh com um grande elenco, e a comédia “Next Goal Wins”, dirigida por Taika Waititi (“Jojo Rabbit”). A Disney já anunciou o adiamento da estreia de “Morte no Nilo” para o ano que vem.
Armie Hammer é acusado de estupro e agressão
Não foram apenas acusações de comportamento abusivo e conversas sadomasoquistas nas redes sociais. Armie Hammer está sendo acusado de estupro por uma mulher identificada como Effie, que seria a dona da conta House of Effie no Instagram, responsável pela exposição de mensagens violentas que supostamente seriam do ator. Quando expôs as mensagens, a dona do perfil alegou que viveu um relacionamento abusivo com Hammer enquanto ele era casado com Elizabeth Chambers. Além de prints de mensagens, ela também publicou fotos de machucados supostamente causados pelo ator de “Me Chame pelo Seu Nome”. A situação se tornou mais séria nesta quinta (18/3), quando a famosa advogada americana Gloria Allred anunciou ter entrado com uma queixa-crime contra Armie Hammer em nome de Effie. O Departamento de Polícia de Los Angeles confirmou ao site The Hollywood Reporter que o ator já está sendo investigado por uma denúncia de agressão sexual desde 3 de fevereiro. Allred e Effie deram uma entrevista coletiva para a imprensa americana, onde detalharam a acusação. “Em 24 de abril de 2017, Armie Hammer me estuprou violentamente por mais de quatro horas em Los Angeles”, disse Effie, que não revelou seu nome completo, mas foi descrita por Allred como uma “mulher de 24 anos que mora na Europa”. Durante o período do alegado estupro, Effie disse que Hammer bateu repetidamente sua cabeça contra a parede, resultando em hematomas em seu rosto, e “cometeu outros atos de violência contra mim, com os quais não concordei”. Ela descreveu que ele chicoteou seus pés. “Durante essas quatro horas, tentei fugir, mas ele não deixou. Achei que ele fosse me matar. Aí [ele] foi embora sem se preocupar com o meu bem-estar”, disse Effie. A mulher diz que conheceu Hammer no Facebook em 2016, quando tinha 20 anos, e entrou em um relacionamento intermitente com ele entre 2016 e 2020. “Ele abusou de mim mentalmente, emocionalmente e sexualmente”, disse Effie sobre o relacionamento. Ela afirma que teve pensamentos suicidas depois do alegado estupro, mas também tentou se convencer de que estava tudo bem: “Eu tentei tanto justificar suas ações, até o ponto de responder a ele de uma forma que não refletisse meus verdadeiros sentimentos”. E concluiu: “Ao falar sobre isso hoje, espero evitar que outras pessoas sejam vítimas dele no futuro”. “Mesmo que um parceiro sexual concorde com as atividades sexuais, ela tem o direito de, a qualquer momento, retirar seu consentimento”, acrescentou Allred na entrevista coletiva. Hammer nega as afirmações. Depois da coletiva, o advogado do ator, Andrew Brettler, emitiu um comunicado em que afirma que a “correspondência da própria Effie com o Sr. Hammer mina e refuta suas acusações ultrajantes. Recentemente, em 18 de julho de 2020, [Effie] enviou textos gráficos para o Sr. Hammer dizendo a ele o que ela queria que ele fizesse com ela. O Sr. Hammer respondeu deixando claro que não queria manter esse tipo de relacionamento com ela. ” Em resposta, Allred informou por comunicado que Effie forneceu evidências do alegado abuso sexual de Hammer para a polícia, observando que existem fotos de seus “ferimentos visíveis”. E desafiou a defesa de Hammer a “apresentar todas, não algumas, das suas comunicações com Effie ao Departamento de Polícia de Los Angeles e responder a todas as perguntas diretamente, em vez de por meio de seus advogados”. A campanha da conta House of Effie contra Hammer começou no início de janeiro, quando vários comentários e conversas perturbadores atribuídos ao ator surgiram nas redes sociais, descrevendo desejos canibais e predileção por violência sexual. As revelações foram repercutidas por comentários de ex-namoradas do ator, que confirmaram suas tendências sadomasoquistas. Paige Lorenze chegou a acusar o ator de forçá-la a um relacionamento sexual agressivo que a deixou com hematomas e mutilações. O advogado de Hammer rebate as acusações, afirmando que “essas afirmações sobre o Sr. Hammer são patentemente falsas. Todas as interações com essa pessoa, ou qualquer parceiro seu, foram completamente consensuais, pois foram totalmente discutidas, acordadas antecipadamente e mutuamente participativas. ” Os estúdios de Hollywood já se afastaram do ator, que saiu do filme “Shotgun Wedding”, com Jennifer Lopez, e foi cortado da série “The Offer”, sobre os bastidores das filmagens de “O Poderoso Chefão”, que estava em desenvolvimento na Paramont+. Ele também foi dispensado por sua agência de talentos e não tem nenhum projeto profissional agendado, mas completou dois filmes da ex-Fox/Disney antes do escândalo. São eles a superprodução “Morte no Nilo”, continuação do suspense “Assassinato no Expresso do Oriente”, que reúne o ator-diretor Kenneth Brannagh com um grande elenco, e a comédia “Next Goal Wins”, dirigida por Taika Waititi (“Jojo Rabbit”). A Disney ainda não revelou o que vai fazer com os dois lançamentos após a denúncia.
Gérard Depardieu volta a ser investigado por estupro
O veterano astro francês Gérard Depardieu, de 72 anos, voltou a ser investigado por “estupro” e “agressões sexuais” supostamente cometidos em 2018 contra uma jovem atriz, informou nesta quarta-feira (23/2) o jornal Le Parisien. O indiciamento ocorreu em dezembro, mas só veio à tona agora. A acusação partiu de uma atriz na casa dos 20 anos, estuprada em duas ocasiões por Depardieu. Os crimes teriam ocorrido nos dias 7 e 13 de agosto em uma das residências parisienses do ator, durante um momento que, na queixa original de agosto de 2018, foi descrito como uma “colaboração profissional”. A jovem teria sido abusada dentro do contexto de um ensaio informal de uma peça. Segundo a imprensa francesa, o ator e a jovem já se conheciam. Uma fonte próxima ao caso diz que Depardieu é amigo do pai da garota e teria tornado a atriz sua “protegida” na estreia de sua carreira. A princípio, a Justiça francesa encerrou a investigação preliminar por falta de provas. Em comunicado oficial, a promotoria disse que “diversas investigações foram feitas dentro do procedimento recomendado para este tipo de caso”, mas que não foi encontrada evidência significativa para sustentar um processo oficial. A jovem, porém, pediu que o caso fosse reconsiderado, o que acabou acontecendo em dezembro, com a reabertura das investigações. Depardieu nega a acusação. Contatado pela Agência France Presse (AFP), o advogado de Depardieu, Hervé Témime, “lamentou que esta informação tenha sido tornada pública”. O famoso e polêmico ator, que está em liberdade sem qualquer tipo de fiança, “rejeita totalmente os atos de que é acusado”, disse seu advogado.
Ator francês Richard Berry é acusado de incesto pela filha
O veterano ator francês Richard Berry, conhecido por sucessos como “Consentimento Mútuo” (1994), “Dupla Confusão” (2003), “22 Balas” (2010) e a série animada “Corto Maltese”, foi acusado por sua filha Coline de incesto. O Ministério Público de Paris anunciou nesta quarta (3/2) a abertura de uma investigação preliminar, após Coline Berry registrar uma queixa de “estupro, agressão sexual e corrupção de menores” contra o pai. Em uma publicação do Instagram, a denunciante de 44 anos contou como seu pai a “beijou com a língua” e a fez participar “de jogos sexuais em um contexto evidente de violência machista” durante a adolescência. Richard Berry reagiu à notícia com uma nota em que desmente “com firmeza e sem ambiguidade essas acusações imundas”. “Nunca tive relações inadequadas ou incestuosas com Coline, nem com nenhum de meus filhos”, afirmou o ator em um longo texto publicado em seu Stories do Instagram. Ele se defende dizendo que as “alegações (de sua filha) eram falsas” e “mudaram com o tempo”. Coline Berry também usou o Stories para rebater, explicando que “o que mudou foi a atitude do meu pai: no início ele se mostrou violento, e depois me pediu que virasse a página, que não o fizesse parecer um pedófilo”. Nascida em 1976, Coline Berry teria, segundo ela conta, “reconstruído sua história” após a publicação em janeiro do livro de Camille Kouchner, “La Familia Grande”, no qual revela os abusos sexuais que seu irmão gêmeo sofreu nas mãos do conhecido cientista político francês Olivier Duhamel. A publicação dessas acusações causaram uma grande comoção na França e provocaram uma chuva de depoimentos com a hashtag #MeTooInceste, que lembra o movimento #MeToo de 2017.
Asia Argento acusa diretor de Triplo X e Velozes e Furiosos de estupro
A atriz italiana Asia Argento, filha do cineasta Dario Argento e figura controversa do movimento #MeToo, acusou o diretor americano Rob Cohen, que a dirigiu no primeiro “Triplo X”, de abuso sexual em entrevista publicada na sexta (22/1) pelo jornal Corriere della Sera. Asia foi uma das primeiras mulheres a denunciar abusos sexuais no mundo do cinema, o que contribuiu para o surgimento da campanha #MeToo. Na primeira reportagem da revista New Yorker sobre os assédios de Harvey Weinstein, em novembro de 2017, ela declarou que o produtor americano a tinha estuprado em 1997, quando ela tinha 21 anos. Na nova entrevista ao jornal italiano, a atriz e diretora de 45 anos disse que Cohen a drogou e estuprou em 2002. “É a primeira vez que falo sobre Cohen. Ele abusou de mim me fazendo beber GHB, tinha uma garrafa”, afirmou, referindo-se a uma droga usada por estupradores. “Naquela época, não sabia muito bem o que era. Acordei de manhã nua em sua cama”, contou. Segundo a atriz, a agressão ocorreu na época em que ela filmava o longa “Triplo X”, que ela estrelou ao lado de Vin Diesel. Cohen também assinou o primeiro “Velozes e Furiosos”, em 2001. Por sua vez, o cineasta negou a acusação. “O senhor Cohen nega categoricamente a acusação completamente falsa de agressão sexual feita contra ele por Asia Argento”, diz um comunicado enviado à imprensa. “Tinham uma excelente relação de trabalho e Cohen a considerava uma amiga, motivo pelo qual essa acusação, que data de 2002, é desconcertante, principalmente se considerado o que foi dito dela nos últimos anos.” Asia Argento foi acusada em 2018 de agressão sexual pelo ator americano Jimmy Bennett, por fatos ocorridos em um hotel da Califórnia quando ele tinha 17 anos. Inicialmente, a atriz negou a relação sexual, mas depois se retratou, embora tenha desmentido a versão de Bennett. Ela dirigiu o jovem quando ele tinha oito anos, no filme “Maldito Coração” (2004). A nova acusação feita pela atriz consta de um livro que ela vai lançar no próximo dia 26 na Itália, “Anatomia di Un Cuore Selvaggio”.
Artistas se indignam com julgamento de “estupro culposo” em Santa Catarina
Uma reportagem do site The Intercept Brasil denunciou nesta terça (3/11) o aparente show de horrores praticado num tribunal de justiça de Santa Catarina para absolver o empresário André de Camargo Aranha da acusação de estupro da influencer Mariana Ferrer, de 23 anos, em Florianópolis. O artigo, acompanhado por vídeo, causou comoção nas redes sociais e levou várias artistas a se unirem, dando voz a uma grande indignação nacional. De acordo com a apuração do site, o empresário foi absolvido após o promotor declarar que a acusação era de “estupro culposo”, que seria um estupro sem intenção, algo inexistente no Código Penal. Além disso, o julgamento por videoconferência aconteceu com o advogado de defesa, Cláudio Gastão da Rosa Filho, ofendendo e humilhando a vítima sem parar na presença do juiz Rudson Marcos, que não o advertiu nem quando Mariana Ferrer começou a chorar e receber ainda mais humilhações por causa disso. Em post nas redes sociais, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes condenou a audiência, classificando as cenas reveladas pelo Intercept Brasil como “estarrecedoras” e ressaltou que a Justiça não deve ser instrumento de “tortura e humilhação”. O integrante do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) Henrique Ávila já pediu que a Corregedoria Nacional de Justiça abra um procedimento preliminar para investigar a conduta do juiz de Santa Catarina que presidiu a audiência do caso, também dizendo ver elementos de “tortura psicológica” no tratamento dado a Mariana durante a audiência. E a unanimidade do Senado Federal aprovou um voto de repúdio ao advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, ao juiz Rudson Marcos e ao promotor Thiago Carriço de Oliveira por deturparem fatos de um crime de estupro com base em acusações misóginas. Mas a repercussão mais representativa ocorreu entre atrizes, cantoras e celebridades femininas, que ajudaram a colocar as hashtags #JusticaporMariFerrer e #EstuproCulposoNãoExiste nos trending topics do Twitter. “‘Estupro culposo’ pqp”, escreveu Bruna Marquezine. “É revoltante essa história de estupro culposo. Revoltante!”, indignou-se Deborah Secco. “Vocês acham possível estuprar SEM QUERER? Estupro culposo é o ato de estuprar alguém sem intenção de estuprar ou de julgar alguém sem a intenção de condenar? #estuproculposonãoexiste”, afirmou a atriz Bruna Linzmeyer ao lado de Iza, que usou seu perfil no Twitter para frisar que “‘estupro culposo’ não existe”. Rafa Kalimann também desabafou: “‘Não teve a intenção de estuprá-la’. Ahn? Isso existe? Quantas? Quantas vezes? Quantas vezes mais? Quantos outros medos? Quantas outras agressões? Quantos outros estupros ‘sem querer’? Quanto tempo nós temos? Talvez nenhum. Não dá para esse medo continuar. Quantas escondem o estupro ou a agressão ou têm medo de expor e ninguém acreditar?”, escreveu. “Mano, o que o Brasil está virando? ‘Estupro Culposo’ não existe! Justiça por Mari Ferrer. Um país onde ser MC é crime e um estuprador é inocentado”, apontou MC Rebecca. “#justicapormariferrer eu tô com medo do que o Brasil tá virando”, ecoou Luísa Sonza. A cantora ainda acrescentou uma frase dita pela vítima e ignorada pelo juiz do caso: “Eu gostaria de respeito, doutor, excelentíssimo, eu estou implorando por respeito no mínimo. Nem os acusados, nem os assassinos são tratados da forma como eu estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente” E acrescentou: “A gente só gostaria de RESPEITO”. GKay resumiu: “Esse caso é uma derrota pra TODAS NÓS MULHERES!” Entre outras famosas, Laura Keller e Teresa Cristina também se manifestaram em apoio a Mariana Ferrer. Em 15 de dezembro de 2018, Mariana Ferrer, blogueira de moda conhecida como Mari Ferrer, trabalhava em um evento promovido por um estabelecimento, em Florianópolis, como embaixadora da casa — divulgando o espaço nas redes sociais. Segundo a mãe da jovem, ela chegou em casa do trabalho chorando muito, com o body e a calcinha que usava ensanguentados. A roupa que usava também estaria com forte odor de esperma. No dia seguinte, Mariana registrou um boletim de ocorrência por estupro. Em exame pericial feito com o esperma encontrado na roupa da jovem, foi constatado que o material era compatível com o DNA do empresário paulistano André de Camargo Aranha. Em julho de 2019, ele se tornou réu do caso, investigado como estupro de vulnerável. Veja abaixo o vídeo do Intercept Brasil e uma pequena mostra da reação das redes sociais. Ver essa foto no Instagram Brasil, 3 de novembro de 2020. Uma publicação compartilhada por Deborah Secco (@dedesecco) em 3 de Nov, 2020 às 10:12 PST É revoltante essa história de estupro culposo. Revoltante! — Deborah Secco (@dedesecco) November 3, 2020 “Estupro culposo” pqp https://t.co/GosbMusiCu — Bruna Marquezine (@BruMarquezine) November 3, 2020 Mano o que o Brasil tá virando? “Estupro Culposo” NÃO existe! #JusticaPorMariFerrer — Mc Rebecca #APretaÉBraba (@mcrebecca) November 3, 2020 vocês acham possível estuprar SEM QUERER?estupro culposo é o ato de estuprar alguém sem intenção de estuprar ou de julgar alguém sem a intenção de condenar?#estuproculposonãoexiste — bruna linzmeyer (@brunalinzmeyer) November 3, 2020 “Estupro culposo” não existe. — IZA (@IzaReal) November 3, 2020 Um país onde ser “mc” é crime e um estuprador é inocentado.. 😡 — Mc Rebecca #APretaÉBraba (@mcrebecca) November 3, 2020 Quantas ? Quantas vezes? Quantas vezes mais? Quantos outros medos? Quantas outras agressões? Quantos outros estupros “sem querer”? Quanto tempo nós temos? Talvez nenhum. Não dá pra esse medo continuar. — Rafa Kalimann ✨ (@rafakalimann_) November 3, 2020 Até quando isso? Mais uma mulher humilhada, desprotegida. Mais uma demonstração do quanto estamos vulneráveis diante do que deveria nos proteger, nos passar segurança. Até quando vamos ter medo por ser MULHER? — Rafa Kalimann ✨ (@rafakalimann_) November 3, 2020 “Eu gostaria de respeito, doutor, excelentíssimo, eu estou implorando por respeito no mínimo. Nem os acusados, nem os assassinos são tratados da forma como eu estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente.” A gente só gostaria de RESPEITO. #justicapormaribferrer pic.twitter.com/7tEwGUdVmc — Luísa Sonza | #FRienDdESemAnA (@luisasonza) November 3, 2020 #justicapormariferrer eu tô com medo do que o Brasil tá virando. — Luísa Sonza | #FRienDdESemAnA (@luisasonza) November 3, 2020 Esse caso é uma derrota pra TODAS NÓS MULHERES! #justicapormaribferrer — GKAY (@gessicakayane) November 3, 2020 Até quando nós mulheres seremos violadas e humilhadas? Se não lutarmos uma pela outra ninguém lutará!ESTUPRO CULPOSO NÃO EXISTE!!!!!#justicapormariferrer — Laura Keller (@eulaurakeller) November 3, 2020 As cenas da audiência de Mariana Ferrer são estarrecedoras. O sistema de Justiça deve ser instrumento de acolhimento, jamais de tortura e humilhação. Os órgãos de correição devem apurar a responsabilidade dos agentes envolvidos, inclusive daqueles que se omitiram. — Gilmar Mendes (@gilmarmendes) November 3, 2020
Danny Masterson começa a ser julgado por estupro nos EUA
O ator Danny Masterson, das séries “That ’70s Show” e “The Ranch”, fez sua primeira aparição no tribunal de Los Angeles, na sexta (18/9), para se defender das acusações de estupro movidas contra ele por três mulheres. Masterson chegou a ser preso em junho, mas pagou fiança de US$ 3,3 milhões para participar do julgamento em liberdade. Por meio de seu advogado, o ator declarou-se inocente e alegou que as acusações contra ele eram “políticas”, devido a sua ligação com a Igreja da Cientologia. Segundo o site Page Six, o advogado Tom Mesereau acusou a promotora distrital do condado de Los Angeles, Jackie Lacey, de apresentar as acusações com o objetivo de chamar atenção para si mesma, na véspera de eleições para ser reconduzida a seu posto, marcadas para novembro. “Houve repetidas tentativas de politizar este caso”, disse Mesereau, que também defendeu Michael Jackson contra alegações de má conduta sexual em um caso anterior. “Ele é absolutamente inocente e vamos provar isso.” O advogado de defesa também tentou impedir que câmeras pudessem entrar no tribunal, alegando que a presença da mídia seria prejudicial não só a Masterson, mas também aos jurados em potencial. Mas o juiz do Tribunal Superior, Miguel T. Espinoza, não só permitiu a cobertura da mídia como negou um pedido da defesa para colocar o caso em segredo de justiça, permitindo a polícia, promotores e testemunhas em potencial de revelar informações à imprensa. A defesa ainda apresentou documentos solicitando que a ação penal contra a Masterson fosse rejeitada por ser insuficiente e por ter prescrito. Uma audiência sobre o assunto será realizada na próxima aparição do ator no tribunal, marcada para o dia 19 de outubro. A prisão de Masterson aconteceu após uma investigação de três anos que resultou num raro processo contra um astro de Hollywood na era #MeToo. Apesar de dezenas de investigações, a maioria não resultou em nenhuma acusação, devido à falta de evidências ou por prescrição pela passagem de muito tempo. Mas o caso é muito anterior ao escândalo de Harvey Weinstein que originou o #MeToo. As primeiras denúncias contra o ator foram encaminhadas para a polícia no começo da década passada. Segundo o site Huffington Post, as autoridades não puderam agir na época devido à interferência da igreja da Cientologia, da qual o ator é adepto. As mulheres que o acusavam também eram integrantes da igreja, que tem como regra proibir colaboração com a polícia. De acordo com o relato do site, a instituição mobilizou 50 seguidores para darem testemunhos escritos favoráveis a Masterson e contrários às acusadoras. Além disso, o arquivo com os depoimentos e acusações formais desapareceu misteriosamente no começo do processo, fazendo com que a promotoria tivesse que recomeçar todo o caso do zero. Com isso, o caso só foi reaberto em 2017, após “evidências incriminadoras” terem sido recebidas pela promotoria. Quatro mulheres teriam tomado coragem para ir adiante com a denúncia após a atriz Leah Remini (série “King of Queens”) expor na TV abusos supostamente cometidos por integrantes da Igreja da Cientologia. O caso de Masterson apareceu na série que ela apresenta na TV paga americana – e a própria Remini compareceu à corte para acompanhar o julgamento nesta sexta. Uma das denúncias, porém, não foi levada adiante pela promotoria por ter prescrito. Masterson sempre negou veementemente todas as acusações. Mas após as acusações se tornarem públicas, ele foi demitido pela Netflix da série “The Ranch”, que co-estrelava com Ashton Kutcher. O vice-promotor distrital Reinhold Mueller, da Divisão de Crimes Sexuais, que está processando o caso, disse que todos os supostos crimes atuais ocorreram na casa do ator, entre 2001 e 2003. Se condenado, Masterson pode enfrentar uma possível sentença máxima de 45 anos de prisão.
Polanski perde processo para reverter expulsão da Academia
O cineasta Roman Polanski, que foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA por acusações de ter tido relações sexuais com menores, perdeu hoje uma ação judicial em que buscava ser reintegrado à organização. O diretor de “Chinatown” e “O Bebê de Rosemary” argumentou que não teve direito ao devido processo pela Academia quando esta decidiu expulsá-lo sob um novo código de conduta elaborado em resposta a alegações de abuso sexual contra dezenas de homens na indústria do entretenimento. A juíza Mary H. Strobel, do Tribunal Superior de Los Angeles, escreveu em sua decisão que Polanski teve “a oportunidade de apresentar qualquer evidência que considerasse relevante” para a Academia, incluindo um longo documento de seu advogado e uma declaração em vídeo. Polanski, que tem cidadania francesa e polonesa, fugiu dos Estados Unidos em 1978 depois de confessar ter estuprado uma menina de 13 anos e nunca mais voltou, continuando sua carreira na França. Nos últimos anos, várias outras mulheres o acusaram de má conduta sexual naquele período, mas o diretor, que assumiu a culpa da primeira denúncia, nega as novas acusações. Em sua defesa, o cineasta de 87 anos sustenta ter vencido um Oscar em 2003, por “O Pianista”, anos depois do caso ser conhecido. Na ocasião, ter assumido a culpa não foi considerado relevante para sua consagração, mas agora, sem nenhuma outra novidade no caso, além dos pedidos da vítima para deixarem Polanski em paz, ele foi simplesmente expulso. Após esta expulsão, Polanski ainda foi premiado como Melhor Diretor no César (o Oscar francês) por seu filme mais recente, “O Oficial e o Espião”. Este prêmio causou revolta em várias atrizes e arrastou a Academia Francesa para a maior crise de sua existência.
Promotoria de Paris pede reabertura de acusação de estupro contra Gérard Depardieu
A promotoria de Paris pediu a um juiz que investigue acusações de estupro contra o ator Gérard Depardieu, que foram reapresentadas pela segunda vez na justiça francesa. Segundo a Agência France-Presse, quem denuncia é uma atriz não identificada de cerca de 22 anos, que apresentou uma queixa com a constituição de uma parte civil para relançar este caso, que veio à tona em agosto de 2018, em meio ao movimento #MeToo, mas havia sido abandonado pela justiça há um ano. As denúncias com constituição de uma parte civil permitem abrir quase automaticamente um processo judicial e designar um juiz de investigação. Agora o juiz deverá decidir se abrirá uma investigação, o que costuma acontecer na grande maioria dos casos. A advogada Elodie Tuaillon-Hibon diz em comunicado que sua cliente “quer que a justiça e particularmente as autoridades judiciais (…) possam fazer seu trabalho com serenidade e calma”, e lamenta que a investigação anterior tenha terminado “inexplicavelmente arquivada”. Em junho de 2019 o MP, suspendeu sua investigação preliminar após nove meses, concluindo que “as diversas investigações realizadas” não permitiram “caracterizar as infrações denunciadas”. Segundo a atriz, os eventos ocorreram no palácio que Depardieu tem em Paris, nos dias 7 e 13 de agosto de 2018. O advogado de Gérard Depardieu, Hervé Témime, não quis comentar o caso. Mas quando a denúncia foi arquivada, ele reclamou que a justiça tinha estendido demais esse caso e disse que seu cliente sofreu “dano irreparável com a divulgação dessas acusações”. Na época, Témime também confirmou que Depardieu conhece a mulher, mas negou que os dois estiveram juntos nas datas mencionadas na denúncia. Depardieu, que completou 70 anos em dezembro, seria amigo do pai da jovem acusadora, que ele resolveu apadrinhar, aconselhando-a em seus primeiros passos como atriz. O ator nega qualquer abuso.
Ator da série The Ranch é indiciado por suposto estupro de três mulheres
A promotora distrital de Los Angeles, Jackie Lacey, anunciou nesta quarta (17/6) que o ator Danny Masterson (das séries “That ’70s Show” e “The Ranch”) foi formalmente indiciado pelo estupro de três mulheres em incidentes separados, acontecidos entre 2001 e 2003. Na verdade, as acusações envolviam cinco casos. A promotoria recusou uma das denúncias de agressão sexual contra Masterson por insuficiência de provas e a outra por já ter prescrito. A prescrição aconteceu devido a problemas na apuração do caso. As primeiras denúncias foram encaminhadas para a polícia no começo da década passada. Segundo o site Huffington Post, as autoridades não puderam agir na época devido à interferência da igreja da Cientologia, da qual o ator é adepto. As mulheres que o acusavam também eram integrantes da igreja, que tem como regra proibir colaboração com a polícia. De acordo com o relato do site, a instituição mobilizou 50 seguidores para darem testemunhos escritos favoráveis a Masterson e contrários às acusadoras. Além disso, o arquivo com os depoimentos e acusações formais desapareceu misteriosamente no começo do processo, fazendo com que a promotoria tivesse que recomeçar todo o caso do zero. Com isso, o caso só foi reaberto em 2017, após “evidências incriminadoras” terem sido recebidas pela promotoria. As mulheres teriam tomado coragem para ir adiante com a denúncia após a atriz Leah Remini (série “King of Queens”) expor na TV abusos supostamente cometidos por integrantes da Igreja da Cientologia. O caso de Masterson apareceu na série que ela apresenta na TV paga americana. Masterson sempre negou veementemente todas as acusações. Mas após as acusações se tornarem públicas, ele foi demitido pela Netflix da série “The Ranch”, que fazia com Ashton Kutcher. O vice-promotor distrital Reinhold Mueller, da Divisão de Crimes Sexuais, que está processando o caso, disse que todos os supostos crimes ocorreram na casa do ator. Se condenado, Masterson pode enfrentar uma possível sentença máxima de 45 anos de prisão. Actor Charged With Raping Three Women https://t.co/vX8fhCn6fD @LAPDHQ #LADAOffice — Jackie Lacey (@LADAOffice) June 17, 2020
Charlie Sheen nega ter abusado de Corey Haim e recebe apoio da mãe do ator
Charlie Sheen está negando de forma veemente a acusação feita por Corey Feldman em seu documentário, “(My) Truth: The Rape of Two Coreys”, que alega que a estrela de “Dois Homens e Meio” estuprou o falecido Corey Haim quando este era menor. Um porta-voz do ator emitiu um comunicado sucinto em que afirma: “Essas alegações doentes, distorcidas e estranhas nunca ocorreram. Ponto final. Peço a todos que considerem a fonte e leiam o que a mãe de Corey, Judy Haim, tem a dizer”. Judy, por sua vez, disse: “Eu sinto que essa é uma grande acusação sem nenhuma prova e sem o meu filho estar aqui para se defender. Eu estou firme em dizer que Charlie NÃO fez isso. Isso, é claro, nunca aconteceu. Infelizmente, Feldman perdeu a cabeça e o pior é que ele acha que essa é uma ótima maneira de comemorar os dez anos da morte do meu filho”. Corey Haim morreu em 2010 aos 38 anos. No documentário, Feldman alega que ele sofreu abuso de Sheen durante as filmagens de “A Inocência do Primeiro Amor” (1986), que ambos protagonizaram. Na época, Sheen tinha 19 anos, enquanto Haim tinha 13. A primeira vez que essas acusações surgiram foi em 2017, mas em outro contexto – teria sido por vontade própria de Haim. Na época, Sheen também negou as alegações e instaurou processos legais por difamação contra o responsável pela declaração – o ator Dominick Brascia (“Sexta-Feira 13 – Parte 5: Um Novo Começo”), que acabou morrendo em 2018. Judy Haim acredita que Dominick Brascia foi quem, na verdade, abusou de seu filho, e teria lançado essa cortina de fumaça para escapar da acusação. Brascia também é nomeado como suposto molestador de Haim no documentário de Feldman, lançado em Los Angeles na segunda-feira. Feldman ainda afirma ter sido, ele próprio, abusado sexualmente por outros três homens quando jovem: o ator Jon Grissom, o dono de boate Alphy Dominick e o empresário de jovens talentos Marty Weiss. “(My) Truth: The Rape of Two Coreys” deveria ter sido disponibilizado online para o grande público, mas isso não aconteceu.










