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    Estreias de cinema apresentam remake fracassado e comédia bem-sucedida

    10 de maio de 2018 /

    A programação de cinema recebe 11 novos lançamentos nesta quinta (10/5), mas, ainda sob impacto de “Vingadores: Guerra Infinita”, nenhum tem perfil de blockbuster. Os mais amplos são “Desejo de Matar” e “A Noite do Jogo”. O primeiro é remake do clássico de vingança dos anos 1970, com Bruce Willis no papel que eternizou Charles Bronson. Fracassou nas bilheterias norte-americanas e tem apenas 17% de aprovação no site Rotten Tomatoes – podrão. O segundo é um dos besteiróis mais bem-avaliados dos Estados Unidos nos últimos anos, com 82% de aprovação e direção dos roteiristas do blockbuster “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” (2017). Ainda na dúvida sobre qual ver? Todos os demais preenchem o circuito alternativo, com direito a nada menos que quatro documentários. A lista destaca a nova comédia britânica do diretor Richard Loncraine (“Wimbledon: O Jogo do Amor”), o novo drama japonês de Naomi Kawase (“O Segredo das Águas”) e um velho drama francês filmado em preto e branco por Philippe Garrel – uma estreia de 2015, ou seja, anterior ao igualmente preto e branco “Amante por um Dia” (2017) do mesmo diretor, lançado há dois meses no Brasil. Confira abaixo todos os filmes, com sinopses oficiais e trailers, que estreiam nesta semana nos cinemas. Desejo de Matar | EUA | Ação Um homem gentil tem sua vida transformada quando sua família é abalada por um ato de violência que machuca a todos. Em busca de justiça, ele se transforma em uma máquina mortífera, para conseguir fazer justiça com as próprias mãos. A Noite do Jogo | EUA | Comédia Max (Jason Bateman) e Annie (Rachel McAdams) participam de um grupo de casais que organizam noites de jogos. O irmão de Max, Brooks (Kyle Chandler), chega decidido a organizar uma festa de assassinato e mistério e acaba sequestrado, levando todos a acreditarem que o sumiço faz parte da misteriosa brincadeira. Os seis amigos competitivos precisam então resolver o caso para vencer o jogo, cujo rumo vai se tornando cada vez mais inesperado. Acertando o Passo | Reino Unido | Comédia Casada há 40 anos, Lady Sandra Abbott (Imelda Staunton) descobre que seu marido tem tido um caso amoroso com sua melhor amiga. Ela decide começar a fazer aulas de dança comunitária junto da irmã e acaba descobrindo um novo sopro de diversão e romance em sua vida. À Sombra de Duas Mulheres | França, Suiça | Drama Pierre e Manon formam um casal de documentaristas que sobrevivem fazendo trabalhos temporários para poder dar suporte aos filmes que desejam realizar. Apesar de estar apaixonado por Manon, Pierre acaba conhecendo Elizabeth e, a partir daí, deseja manter o relacionamento com as duas mulheres. No entanto, as coisas não sairão como ele espera. Esplendor | Japão | Drama Misako (Ayame Misaki) é uma cineasta apaixonada pelas versões cinematográficas destinadas a deficientes visuais. Durante a exibição de um dos seus filmes, ela conhece Masaya Nakamori (Masatoshi Nagase), um fotógrafo que está perdendo a sua visão, mas que guarda um acervo de fotografias que atrairá Misako e fará com que ela se conecte com seu passado. Attack On Titan: Fim do Mundo | Japão | Ação Eren Jäeger continua lutando na guerra entre os Titãs e os humanos sobreviventes. À medida que a batalha continua, ele descobre que tem a habilidade de se transformar em um Titã. Agora, as pessoas que Eren Jurou proteger o consideram mais um dos monstros que precisam derrotar. Para ter Onde Ir | Brasil | Drama No Pará, a história de três amigas inseparáveis e completamente diferentes: Eva Maués, uma mulher formal e madura cheia de incertezas; Melina Ribeiro, uma mulher livre que busca o grande amor; e Keithylennye, que por infortúnios da vida teve que abandonar sua adorada função de dançarina de tecnobrega. Hare Krishna! O Mantra, o Movimento e o Swami que Começou Tudo | EUA | Documentário Fundador do movimento espiritual Hare Krishna, Srila Prabhupada chegou aos Estados Unidos em 1965 com 70 anos e praticamente nenhum dinheiro ou contatos. Morando em Nova Iorque, ele começou a dar palestras interpretando antigos sânscritos indianos na época do auge da contracultura, e os jovens hippies, inclusive George Harrison dos Beatles, rapidamente se juntaram. O swami foi um incansável promotor até sua morte em 1977, tendo viajado por todo o mundo para espalhar sua mensagem. Todos os Paulos do Mundo | Brasil | Documentário A carreira de Paulo José como ator é revista a partir de seus filmes, dos icônicos “Todas as Mulheres do Mundo” a “Macunaíma”, passando ainda por “O Padre e a Moça”, “Juventude” e “O Palhaço”. Ícone do cinema brasileiro, a trajetória de Paulo José serve também como retrato de uma era no audiovisual do país. Chega de Fiu Fiu | Brasil | Documentário Através de imagens coletadas por câmeras escondidas, o dia a dia de três mulheres com vidas distintas é retratado, mostrando como a violência de gênero é constantemente praticada no espaço público urbano. Dessa forma, as diretoras Amanda Kamanchek Lemos e Fernanda Frazão procuraram especialistas para discutir sobre o assunto, buscando encontrar respostas e alternativas para a uma questão fundamental: Será que as cidades foram feitas para as mulheres? O Renascimento do Parto 2 | Brasil | Documentário O Brasil é o país com o maior número de cesáreas no mundo. O documentário busca elucidar os mitos em torno do parto normal e divulgar os cuidados para a realização dele.

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    Lara Croft enfrenta Maria Madalena nas estreias de cinema da semana

    15 de março de 2018 /

    Não há muitas estreias amplas na semana, apesar do circuito receber 12 lançamentos. Nada menos que cinco produções da lista são documentários. Há mais três filmes europeus, além de uma animação japonesa agendada para um único dia de exibição. Assim, é natural que o frequentador dos shoppings só note três novidades – e uma delas com algum esforço. Clique nos títulos abaixo para ver os trailers de toda a programação. “Tomb Raider” tem a maior distribuição, em 600 telas, numa aposta no reconhecimento da “marca” entre o público. Mas não escapa da sina das adaptações de games em Hollywood. Já faz 25 anos que os grandes estúdios insistem em transformar jogos eletrônicos em filmes dispendiosos. E o resultado tem sido sempre o mesmo: produções cheia de saltos, corridas, lutas e obstáculos, que tentam evocar o ritmo frenético dos games. Mas, sem interatividade, não passam do “modo demonstração”, sem conseguir replicar a emoção que o gamer sente ao jogar. Pois o longa da heroína Lara Croft é o típico filme de videogame, com muitas corridas e saltos, e já taxado de medíocre pela crítica americana, com 50% de aprovação na média do site Rotten Tomatoes. A nota só não é pior porque as considerações negativas foram equilibradas com elogios à atriz sueca Alicia Vikander. Após vencer o Oscar por “A Garota Dinamarquesa” (2015), ela mostrou versatilidade e potência física para convencer como heroína de ação. Entretanto, houve quem reclamasse do tamanho dos seus seios – menores que o da Lara Croft dos primeiros games. A piada de ter uma modelo siliconada de revista masculina no papel principal, poderia ajudar o filme a assumir-se como trash total, em vez de tentar disfarçar-se de entretenimento empoderador com uma atriz talentosa no papel de um pixel. Outra adaptação de “marca” famosa e “heroína” conhecida, “Maria Madalena” decepciona por motivos diferentes. Maior produção sobre o Novo Testamento desde “A Paixão de Cristo” (2004), de Mel Gibson, o filme tem elenco grandioso, com destaque para Rooney Mara (“Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres”) no papel-título e Joaquin Phoenix (“Vício Inerente”) como Jesus, e toma grande cuidado ao abordar os dogmas cristãos, mesmo quando se desvia dos textos oficiais em busca de uma abordagem politicamente correta. Na prática, o filme transforma a personagem icônica, considerada prostituta na tradição evangélica, em feminista e principal seguidora de Jesus Cristo. O resultado, porém, não é o “Evangelho de Maria Madalena” (manuscrito encontrado junto com outros textos do cristianismo primitivo em escavações do Egito e só publicado em 1955), mas a atualização dos ensinamentos cristãos que a própria Igreja Católica tem pregado sob o Papa Francisco. A visão do passado é sempre filtrada pelo presente, e isto resulta em anacronismos que diferem entre as décadas. Se Jesus Cristo era loiro de olhos azuis em “A Maior História de Todos os Tempos” (1965), agora Pedro, supostamente o primeiro Papa, é negro (vivido por Chiwetel Ejiofor). Isto reflete a visão “de inclusão” do filme, seu maior pecado para os tradicionalistas, mas, assim como em “Lion” (2016), o filme anterior – e igualmente inclusivo – do diretor Garth Davis, o “politicamente correto” chega até ao meio do caminho, retrocedendo quando se espera que ouse maiores avanços. A violência e o aramaico de “A Paixão de Cristo” foram muito mais subversivos. “12 Heróis” é um filme de guerra estrelado por Chris Hemsworth (“Thor: Ragnarok”) e Michael Shannon (“A Forma da Guerra”), com direito a patriotismo banal, mas também cenas de ação intensas. A trama é inspirada na história real da primeira equipe militar dos Estados Unidos enviada ao Afeganistão após o ataque de 11 de setembro de 2001: 12 soldados americanos que têm que aprender a montar a cavalo para avançar pelas montanhas, apenas para descobrir que suas montarias os tornam alvos melhores para tiros de tanques. Como típica produção patriota de guerra, não há nuances ou a menor profundidade em sua história, o que lhe rendeu cotação medíocre de 54% no Rotten Tomatoes. Cinema europeu premiado O circuito limitado destaca três produções europeias premiadas, que fizeram suas pré-estreias mundiais no Festival de Cannes 2017. Por coincidência, a opção mais acessível também aborda terrorismo e muçulmanos, mas conta um lado dessa história que Hollywood ignora vergonhosamente, no tremular nacionalista de bandeiras. Um dos longas mais aplaudidos de Cannes, “Em Pedaços” ilumina a face do terrorismo que tem olhos azuis e ataca muçulmanos. A produção alemã acompanha o desespero e a impotência de uma mulher, após seu marido e filho serem vítimas de um atentado à bomba. Loira ariana, ela era casada com um turco, o que fez sua família virar alvo de grupos de ódio. Depois do período de luto e espera por justiça, ela decide agir contra os neonazistas, transformando seu drama pessoal num thriller de vingança. Quem precisa de remake de “Desejo de Matar” quando se tem um filme desses? Dirigido pelo alemão Fatih Akin (“Soul Kitchen”), filho de turcos, o longa venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira e rendeu o prêmio de Melhor Atriz em Cannes para Diane Kruger (“Bastardos Inglórios”). Acabou ignorado pelo Oscar, mas agradou a crítica americana, com 73% no Rotten Tomatoes. O ódio contra estrangeiros e uma noção de nacionalismo bandeiroso também alimenta a trama de “Western”, outra produção alemã exibida em Cannes e premiada no circuito dos festivais. Escrito e dirigido por Valeska Grisebach, que foi consultora de roteiro do sucesso “Toni Erdmann” (2016), acompanha, com abordagem semidocumental, um grupo de trabalhadores alemães, contratados para obras numa região rural da Bulgária. Sem entender a língua e vivendo choque cultural constante, eles se indispõem com os moradores locais, expondo preconceitos e a mentalidade hooligan das classes baixas. Tem impressionantes 92% de aprovação no Rotten Tomatoes. “Amante por um Dia” evoca a nouvelle vague em seu foco em relacionamentos modernos, slogans e filmagem em preto e branco. A trama acompanha uma jovem que volta para casa, após terminar um namoro, e encontra o pai se relacionando com uma mulher da sua idade. Os três passam a conviver sem crises, mas – como o pai é professor de Filosofia, tudo é pretexto para – muitas conversas. Dirigido pelo veterano Philippe Garrel (“Um Verão Escaldante”) e estrelado por sua filha, Esther Garrel (“Me Chame pelo Seu Nome”), foi igualmente exibido e premiado em Cannes, na mostra da Quinzena dos Realizadores. Registros do Brasil brasileiro A programação se completa com cinco documentários, sobre os mais diferentes assuntos nacionais, da pesquisa histórica a discussões atuais. Curiosamente, nenhum deles opta pela hagiografia, que costuma marcar o segmento. O que não significa que faltem personagens marcantes. “A Luta do Século” é o mais consagrado. Venceu o Festival do Rio, na categoria de Melhor Documentário, ao registrar a rivalidade de mais de 20 anos entre os boxeadores Luciano Todo Duro e Reginaldo Holyfield, ídolos do esporte no Nordeste na década de 1990. Em seu auge, eles fizeram seis combates, com três vitórias para cada lado. E para desempatar, os dois ex-atletas, já com mais de 50 anos de idade, resolveram se enfrentar uma última vez. O resultado é uma vitória cinematográfica com grande força emotiva – e o melhor trabalho do diretor Sergio Machado desde sua estreia, em “Cidade Baixa” (2005). “Imagens do Estado Novo – 1937-45” traz outro cineasta renomado, Eduardo Escorel, que na obra demonstra sua habilidade com a edição de imagens. Montador de inúmeros clássicos do cinema nacional – “Terra em Transe” (1967), “Macunaíma” (1969), “São Bernardo” (1972), “Joanna Francesa” (1973), “Eles Não Usam Black-Tie” (1981), etc – , Escorel resgata a história da primeira ditadura assumida do Brasil, o Estado Novo de Getúlio Vargas, com imagens de arquivo, que mostram o carnaval do país que convivia com bandeiras nazistas e ataques à imprensa. Um documento importante para quem não tem memória, como a maioria dos “trabalhistas” brasileiros. Já os diretores de “Híbridos – Os Espíritos do Brasil” são franceses. Vincent Moon e Priscilla Telmon fazem um registro de diferentes cultos religiosos do país, do candomblé à missa evangélica, mostrando a força da fé nacional. O trabalho é belíssimo, graças à opção por colocar a câmera entre os fiéis para mergulhar nos transes e emergir com imagens potentes. Não há entrevistas, mas o registro é tão sublime que passa toda a experiência necessária. Apenas no final, cada religião representada é identificada, evidenciando como se aproximam, o que é a base do decantado sincretismo brasileiro. “O Silêncio da Noite É que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras” oferece o oposto. É um filme que não cala, feito para destacar palavras e rimas, no registro de uma tradição quase extinta, que sobrevive na fronteira de Pernambuco com a Paraíba. O documentário de Petrônio Lorena (“O Gigantesco Imã”) registra a tradição repentista do sertão, por meio de histórias poéticas e da cantoria de seus entrevistados, em meio à beleza de um Brasil profundo e pouco explorado. “Rio do Medo” aborda a violência do Rio de Janeiro sob a perspectiva dos Policias Militares. Mais convencional da seleção, é feito de entrevistas como um trabalho televisivo, em que PMs de diferentes gerações relatam suas experiências dentro da corporação, marcadas pela violência, corrução e desconfiança do povo. O filme terá exibição única no Estação Net Rio na terça, dia 20 de março. Programação extra Para completar, o Cinemark também exibe a animação japonesa “Fireworks: Luzes no Céu” num única dia, igualmente em 20 de março. A fantasia adolescente segue uma premissa de efeito borboleta, ao inserir um artefato misterioso, capaz de reescrever a história, nas mãos de uma garota que quer salvar seu relacionamento com o menino de seus sonhos. Mas quanto mais ela zera o passado, mais distante fica seu final feliz. Um dos diretores, Nobuyuki Takeuchi, foi um dos principais animadores do Studio Ghibli, trabalhando com o mestre Hayao Miyazaki em inúmeros filmes – inclusive no vencedor do Oscar “A Viagem de Chihiro” (2001).

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    Estreias da semana incluem alguns dos piores e melhores filmes americanos do ano

    19 de outubro de 2017 /

    A quinta (19/10) enxuta tem apenas oito estreias nos cinema, das quais sete são americanas. É consequência da Mostra de São Paulo, que monopolizou o circuito alternativo com uma programação que beira 400 obras neste ano. Apesar disso, entre os americanos há produções indies geniais, que se destacaram no circuito dos festivais internacionais. Mas quem prefere filmes genéricos de Hollywood também estará bem servido, com a opção de assistir alguns dos piores lançamentos do ano. Clique nos títulos de cada filme para ver os trailers de todas as estreias da semana. A distribuição mais ampla pertence a “Tempestade – Planeta em Fúria”, que chega ao mesmo tempo nos cinemas dos EUA. Mistura de “O Dia Depois de Amanhã” (2004) e “Armageddon” (1998), é tão fraco que foi escondido da imprensa norte-americana, para não abrir com avaliações podres no Rotten Tomatoes. O filme marca a estreia na direção do roteirista Dean Devlin, que escreveu “Independence Day” (1994), marco do cinema de catástrofe em escala apocalíptica. Na trama, uma rede de satélites criados para controlar o clima é hackeada e passa a desencadear tempestades pelo mundo inteiro, num efeito em cadeia que eventualmente levará à destruição da Terra. O elenco conta com Gerard Butler (“Invasão à Casa Branca”), Abbie Cornish (“Sucker Punch”), Ed Harris (série “Westworld”), Jim Sturgess (“Um Dia”), Katheryn Winnick (série “Vikings”) e Andy Garcia (“Caça-Fantasmas”). Ainda pior, “Além da Morte” é o terror mais mal-avaliado do ano, com rejeição unânime da crítica – após também ter sido escondido da imprensa. Ele chegou a ter 0% de aprovação no site Rotten Tomatoes, um consenso absoluto, ficando com avaliação final de 5%. Remake/reboot de “Linha Mortal” (Flatliners), conta a mesma história, mas sem o apelo visual do longa de 1990. Um grupo de médicos residentes – liderados por Ellen Page (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”) e Diego Luna (“Rogue One”) – , decide investigar o que há após a morte, experimentando morrer por alguns minutos e voltar para compartilhar o que viram. O resultado é uma versão sobrenatural dos “12 passos” dos Alcoólatras Anônimos, com assombrações do além forçando arrependimentos e pedidos de desculpas por atos cometidos pelos médicos em seus passados. O nível se mantém com a única estreia nacional da semana, “A Comédia Divina”, que lembra a comédia da Globo “Vade Retro”, tanto pelo tema como pela participação da atriz Monica Iozzi. É a primeira comédia de Toni Venturi, que até então tinha feito só filmes sérios como “Cabra-Cega” (2004) e “Estamos Juntos” (2011), além de documentários premiados. Apesar do título, não se trata de uma versão besteirol de “A Divina Comédia” de Dante Alighieri, mas de outra obra literária, o conto de Machado de Assis “A Igreja do Diabo”, atualizado para os dias de hoje. Murilo Rosa (“Área Q”) vive o diabo, que resolve melhorar sua imagem com o projeto de abrir sua igreja na Terra e ocupar um canal de TV para conquistar mais fiéis. Para isso, conta com a ajuda de uma repórter ambiciosa, vivida por Monica Iozzi, e o samba enredo ainda inclui Zezé Motta (a eterna “Chica da Silva”) no papel de Deus. A programação inclui mais três comédias. A fraquinha “De Volta para Casa” traz Reese Witherspoon (“Belas e Perseguidas”) como uma mãe divorciada de duas meninas, que resolve comemorar seu aniversário de 40 anos ficando com um rapaz com idade para ser seu filho. Para complicar, sua mãe chega de surpresa e convida o jovem e mais dois amigos para morar com elas. E é claro que o ex-marido também reaparece morrendo de ciúmes. 31% no Rotten Tomatoes. As demais são produções independentes elogiadíssimas. Com 84% de aprovação, “A Guerra dos Sexos” recria os bastidores da partida de tênis intersexual que quebrou o recorde de audiência da TV americana nos anos 1970. O jogo lendário aconteceu em 1973, entre a jovem tenista Billie Jean King, 2ª melhor jogadora do mundo naquele ano, e o tenista aposentado Bobby Riggs, de 55 anos, ex-campeão de Wimbledon. E foi mesmo uma guerra dos sexos, colocando em jogo duas visões distintas de mundo. De um lado, o machismo que se recusava a admitir a possibilidade da igualdade feminina, e do outro a luta pioneira do feminismo, que ainda precisava provar a capacidade das mulheres para o mundo. Os papéis principais são interpretados por Emma Stone (“La La Land”) e Steve Carell (“A Grande Aposta”), que voltam a contracenar após o sucesso da comédia “Amor a Toda Prova” (2011). O roteiro é de Simon Beaufoy (“Quem Quer Ser um Milionário?”) e a direção do casal Jonathan Dayton e Valerie Faris (a dupla de “Pequena Miss Sunshine”). Já “Doentes de Amor”, escrita e estrelada por Kumail Nanjiani (série “Silicon Valley”), venceu os prêmios do público nos festivais de SXSW e Lonarno. O filme usa o romance como comentário cultural, acompanhando o protagonista paquistanês que, diante do adoecimento da namorada, precisa conviver com a família dela. A aprovação é de impressionantes 98% no Rotten Tomatoes. Curiosamente, há outro filme sobre romance e doença na programação. Mas se trata de um melodrama fraquinho, “Uma Razão para Recomeçar”. Só 40% de aprovação. Completa a lista, o filme mais impressionante da semana: “Bom Comportamento”, que é um banho de adrenalina, com 89% no Rotten Tomatoes. Filmado pelos irmãos Safdie (“Amor, Drogas e Nova York”) nas ruas de Nova York, numa tática de guerrilha, o thriller traz Robert Pattinson inspiradíssimo – o ator arrancou elogios rasgados por seu desempenho no Festival de Cannes deste ano. Pattinson vive um jovem trapaceiro que usa seu carisma e capacidade de improvisação para se safar em momentos de pressão. Após um roubo a uma agência bancária dar errado, seu irmão e cúmplice com problemas mentais (vivido pelo diretor Ben Safdie) acaba preso e o protagonista precisa correr contra o tempo para levantar dinheiro para a fiança e evitar que ele morra de tanto apanhar na detenção. Conforme o tempo passa, os golpes se acumulam e a ação não para.

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    Alien: Covenant é o maior lançamento da semana nos cinemas

    11 de maio de 2017 /

    Estreia de cinema mais ampla desta quinta (11/5), “Alien: Covenant” chega ao Brasil uma semana antes de seu lançamento nos Estados Unidos, numa continuação da história de “Prometheus” (2012) e num retorno ao clima de terror espacial do primeiro “Alien” (1979). O diretor é o mesmo nos três filmes, o veterano Ridley Scott, que, se não leva a franquia a novas direções nem entrega a história que se espera, também não desaponta com sustos, sangue e tensão. Com 75% de aprovação (provisória) no Rotten Tomatoes, desembarca em cerca de 800 salas. Terceira parceria entre o diretor Peter Berg e o ator Mark Wahlberg (após “O Grande Herói” e “Horizonte Profundo: Desastre no Golfo”), “O Dia do Atentado” combina thriller e drama na reconstituição do atentado à bomba da Maratona de Boston de 2013 e da caçada aos terroristas que cometeram o crime. Bem feito, inclusive em seus clichês, o filme tem 80% de aprovação no Rotten Tomatoes, mas não obteve o sucesso esperado nos Estados Unidos, onde rendeu apenas US$ 31,8 milhões em cinco meses, contra um orçamento de US$ 45 milhões. Pode-se culpar a ausência de surpresas e o final conhecido. Como curiosidade, destaca-se a participação de Melissa Benoist, a intérprete da Supergirl loiraça da TV, como uma muçulmana radical. Igualmente baseado em fatos reais e com ainda mais clichês, “A Promessa” conta uma história bem menos conhecida. Na verdade, sua intensão é justamente chamar atenção para um fato histórico que a Turquia se esforçou em esconder do mundo: o genocídio dos armênios. A trama se passa durante os últimos dias do Império Otomano e da 1ª Guerra Mundial, quando o governo decidiu exterminar a raça armênia, originando um verdadeiro holocausto. E este contexto torna ainda mais difícil aceitar a trama como um romance épico, com Christian Bale (“A Grande Aposta”) na pele de um repórter americano apaixonado por uma bela armênia, que Oscar Isaac (“Star Wars: O Despertar da Força”) também tenta salvar. A crítica americana considerou um desperdício (48% de aprovação) e o público preferiu ignorar (só US$ 8 milhões de arrecadação). Maior preciosidade do circuito limitado nesta semana, “O Cidadão Ilustre” é prato cheio para fãs de comédias de humor negro. A produção argentina gira em torno de um escritor famoso, vencedor do Nobel, que volta a sua cidade natal para receber uma homenagem. Mas a satisfação do reconhecimento logo é substituída por velhos rancores e a recepção calorosa se transforma num pesadelo. Vencedor do troféu Goya (o Oscar espanhol) de Melhor Produção Iberoamericana do ano e o prêmio de Melhor Ator para o protagonista (Oscar Martínez) no Festival de Veneza, “O Cidadão Ilustre” tem ainda uma avaliação impressionante de 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Para quem prefere suspense, “Uma Dama de Óculos Escuros com uma Arma no Carro”, é um remake francês do clássico homônimo de 1970, último filme do mestre do cinema noir Anatole Litvak (“Uma Vida por um Fio”), baseado no romance de Sébastien Japrisot (“Verão Assassino”). Mais conhecido como diretor de animações, Joann Sfar (“O Gato do Rabino”, “O Profeta”) não consegue superar o original, mas chega perto (80% de aprovação) ao caprichar na fotografia, acompanhando a viagem misteriosa da mulher do título, desta vez vivida pela jovem Freya Mavor (revelada na série teen britânica “Skins”). A programação se completa com dois documentários nacionais, que abordam o Brasil do século passado. “Crônica da Demolição” revela as consequências da ordem e do progresso da ditadura militar na arquitetura e na história do Rio de Janeiro, enquanto “Taego Ãwa” aponta as mazelas que se perpetuam há décadas entre a comunidade indígena, a partir do resgate de imagens dos anos 1970 da tribo Ãwa e o reencontro com os sobreviventes da época, ainda esperando a demarcação de suas terras. Clique nos títulos dos filmes para ver todos os trailers das estreias da semana.

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    Estreias de Power Rangers e Fragmentado dominam o circuito

    23 de março de 2017 /

    Os heróis de “Power Rangers” e o vilão de “Fragmentado” vão se enfrentar nas telas de cinema, numa disputa por público a partir desta quinta (23/3). A adaptação da franquia televisiva dos anos 1990 foi considerada superficial e medíocre (49% de aprovação) pela crítica americana, enquanto o terror original de M. Night Shyamalan, que retoma o universo do cult “Corpo Fechado” (2000), foi recebida com elogios rasgados (76% de aprovação) e a segunda maior bilheteria do gênero em todos os tempos. Nenhum dos dois, porém, chegará em mais de mil cinemas. “Power Rangers” tem lançamento em 801 salas e “Fragmentado” em 618. Afinal, o circuito já está superlotado com “A Bela e a Fera”, “Logan” e “Kong: A Ilha da Caveira”, que ocupam os três primeiros lugares no ranking das bilheterias nacionais. A briga de blockbusters hollywoodianos faz com que um dos lançamentos mais esperados do ano seja despejado em ridículas 30 salas. Até capitais ficarão de fora do circuito de “T2 Trainspotting”, continuação do filme cultuadíssimo de 1996, que volta a reunir o elenco, o diretor e o roteirista do original. O menosprezo só evidencia a falta de cultura cinematográfica dos distribuidores de cinema do país. Dois dramas brasileiros tentam respirar nas salas que sobram. “Travessia” traz Chico Díaz e Caio Castro como pai e filho que vivem uma relação conflituosa, e “Todas as Cores da Noite” é um suspense psicológico, centrado na interpretação claustrofóbica de Sabrina Greve, cercada por mortos e memórias de fantasmas. Este filme só chega em quatro estados – Pernambuco, Goiás, Acre, Sergipe e Paraná. Completa o circuito a comédia francesa “Imprevistos de uma Noite em Paris”, a luta para salvar um teatro parisiense, lançada em cinco capitais: São Paulo, Rio, Recife, Porto Alegre e Curitiba. Clique nos títulos destacados de cada filme para ver os trailers de todas as estreias da semana.

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    Logan é a principal estreia de cinema da semana – e talvez do ano

    2 de março de 2017 /

    Principal estreia de cinema nesta quinta (2/3), “Logan” é o segundo filme de super-heróis da Marvel/Fox lançado para maiores de 16 anos no Brasil. O primeiro foi “Deadpool”, no ano passado, completamente diferente em tom. Enquanto o filme estrelado por Ryan Reynolds era insanamente divertido, o último longa de Hugh Jackman como Wolverine aposta na seriedade. Tendo em vista como as produções da DC Comics/Warner se equivocam ao se levar a sério, o acerto de “Logan” abre um novo caminho, deixando claro o que realmente faz diferença. E é bem simples. Desde sua concepção, o longa dirigido por James Mangold evitou se limitar ao mundinho dos fanboys adolescentes. O que a Warner esqueceu, ao buscar um tom mais sombrio para seus filmes, foi que a própria DC Comics buscou o público adulto quando promoveu sua grande guinada rumo a histórias sombrias nos anos 1980. Já faz 30 anos que os quadrinhos de super-heróis se sofisticaram, com o lançamento de graphic novels e o fim do código de ética, um selinho que garantia conteúdo infantil. “Logan” é a versão de cinema dessa revolução. Um filme de super-heróis maduro, influenciado pelo western e passado num mundo tão violento quanto os quadrinhos se tornaram. Não é que “Logan” se afasta dos quadrinhos para se tornar um filme para maiores. Ao contrário. Ele é o primeiro filme que realmente compreendeu o que aconteceu nos quadrinhos nas últimas três décadas. O filme mostrou sua carta de intenções ao fazer uma première num local inusitado: um festival de cinema europeu, em Berlim, onde produções sérias e dramáticas têm prioridade. E acabou sendo a obra mais aplaudida e comentada de todo o evento. A crítica mundial caiu para trás. Nos EUA, onde “Logan” estreia na sexta, os elogios renderam 93% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Nem “Deadpool”, que chegou a ganhar indicações a prêmios dos prestigiosos sindicatos de Hollywood, agradou tanto (84%). Tendo isso em vista, “Logan” ganha sua devida perspectiva. Não é apenas a principal estreia da semana. Pode ser o mais importante lançamento do ano. Seu sucesso ou fracasso influenciará inúmeras decisões sobre o futuro das adaptações de super-heróis em Hollywood. Por via das dúvidas, chega em 1,2 mil salas, num empurrão para virar blockbuster. Apenas mais duas estreias completam o circuito. Uma delas, inclusive, já estava em cartaz em circuito de “pré-estreias pagas”. Último longa americano do Oscar 2017 a estrear no Brasil, “Um Limite entre Nós” rendeu a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante a Viola Davis, um prêmio que ela vinha ensaiando vencer desde 2009. A atriz já tinha conquistado o equivalente teatral, o Tony Awards, pelo mesmo papel, como uma mãe sofredora nos anos 1950, casada com um lixeiro orgulhoso, numa família endurecida pelo racismo da época, que tenta ensinar a vida para o filho. Denzel Washingon é seu parceiro, indicado ao Oscar e favorito de muita gente ao prêmio – venceu o troféu do Sindicato dos Atores dos EUA (SAG Award). Ele também dirigiu o longa, adaptado postumamente para o cinema pelo autor da peça, August Wilson. O menor lançamento é “Waiting for B”, que, apesar do título, é um documentário nacional sobre a vinda de Beyoncé ao Brasil. O filme se foca no público, sua obsessão pela estrela e a dedicação que leva fãs a acampar diante de uma bilheteria dias antes da data marcada para o show. Foi exibido com sucesso em vários festivais internacionais.

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