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    Chris Rock devolve tapa em Will Smith com piadas polêmicas em especial da Netflix

    5 de março de 2023 /

    O comediante Chris Rock estreou o primeiro especial ao vivo da Netflix, “Selective Outrage”, que foi ao ar na noite de sábado (4/3) e, como era esperado, direcionou críticas a seu desafeto Will Smith. O assunto mais esperado era seu comentário sobre o tapa que levou do ator na última cerimônia do Oscar. Rock revelou que o título de especial de humor, “indignação seletiva”, era uma referência ao comportamento de Smith. Para exemplificar a indignação seletiva, Rock fez uma piada polêmica. Ele começou dizendo que o tapa que Smith deu em seu rosto teria mais a ver com o que o ator enfrentava no próprio relacionamento com a esposa, Jada Pinkett Smith, do que com a piada feita na ocasião — quando comparou o visual careca da atriz, que sofre de alopecia, com o personagem de Demi Moore no filme “G.I Jane”. O casal Smith tinha um casamento aberto, que permitiu Jada a se relacionar com o rapper Alsina. Rock usou esse fato para atacar Smith “Will Smith pratica indignação seletiva, porque todo mundo sabe o que aconteceu, todo mundo sabe que eu não tive merda nenhuma a ver com aquela merda toda. Eu não tive nenhum ‘envolvimento’ [expressão usada por Jada pare se referir à sua relação com Alsina]. A esposa dele estava transando com o amigo do filho”, disse Rock. O humorista puxou então outro fato do relacionamento do casal. Algum tempo depois da relação entre Jada e Alsina chegar na mídia, Will foi convidado por Jada a discutir abertamente a questão no programa que ela apresenta no Facebook, “Red Table Talk”. “Normalmente, eu não falaria sobre essa merda. Mas, por algum motivo, esses dois colocaram essa porcaria na internet. Não faço ideia do motivo de duas pessoas famosas baixarem tanto o nível. Olhem essa p***a. Todo mundo já foi traído. Todo mundo aqui já foi traído. Ninguém aqui foi entrevistado pela pessoa que foi traído na televisão, tipo, ‘ei, eu chupei o p** de alguém, como você se sentiu?'”, descreveu. “Ela machucou ele muito mais do que ele me machucou”, afirmou o comediante, que a seguir atingiu o ponto mais controverso de seu discurso. “E ele bateu em quem? Em mim, um cara que ele dá conta de bater. Isso é uma merda imensa”, completou, insinuando que Will Smith deveria ter batido na esposa ou no amante dela. Chris Rock encerrou o especial abordando por que decidiu não revidar fisicamente a agressão que sofreu durante o Oscar: “Eu tenho pais. Porque fui educado. E sabe o que meus pais me ensinaram? Não brigue na frente de brancos”.

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    Chris Rock vai abordar tapa de Will Smith em especial da Netflix

    2 de março de 2023 /

    O tapa que Will Smith (“Aladdin”) deu em Chris Rock (“Gente Grande”) no Oscar 2022, que teve repercussão mundial e dividiu opiniões, será abordado num novo especial de comédia da Netflix. Segundo o site Deadline, Chris Rock guardou sua munição para este momento, quando finalmente falará sobre o infame incidente. “Chris Rock: Selective Outrage” será transmitido ao vivo no próximo Chris Rock às 00h, na Netflix. O projeto, como já havia sido anunciado, será o primeiro especial de comédia ao vivo da plataforma. E, por coincidência, será transmitido uma semana antes da cerimônia do Oscar 2023 (marcada para 12 de março). Enquanto a mídia discutia o ataque do Oscar, Will Smith tentou se explicar de várias maneiras, mas Rock se manteve em silêncio. Ele chegou a compartilhar algumas piadas durante suas apresentações de stand-up comedy, mas nunca se aprofundou sobre o assunto. Há boatos de que ele tenha recusado apresentar novamente a cerimônia do Oscar e também não quis aparecer em um comercial do Super Bowl ao lado de Will Smith. O comediante afirmou que estava guardando sua opinião sobre o assunto. Mas piadas sobre o momento começaram a pipocar recentemente nos shows de Chris Rock. Em uma apresentação em janeiro, ele teria abordado o assunto por bastante tempo e comentado sobre a comoção coletiva que aconteceu após a cerimônia do Oscar. “A coisa que as pessoas querem saber: doeu? Claro que sim. Ele interpretou o Muhammad Ali! Mesmo em filmes de animação, eu sou uma zebra e ele é um maldito de um tubarão”, teria dito Rock na apresentação. Em outra fala, o comediante falou sobre a diferença de tamanho entre os dois atores: “Will Smith é um cara grande. Eu não sou. Ele fica sem camisa em seus filmes. Se você me ver em algum filme fazendo uma cirurgia de coração aberto, eu vou usar um suéter.” Rock também relatou que odiou assistir ao último filme de Will Smith, o drama “Emancipation” (2022), do diretor Antoine Fuqua (“Invasão à Casa Branca”). Na trama, Will interpreta um ex-escravo que foi brutalmente afastado de sua família após ser capturado ilegalmente por capangas de seu antigo senhor. Tentando fazer piada com o trabalho de Smith, Chris comentou que só assistiu ao longa “para ver Will ser chicoteado”. De acordo com o Deadline, essas tiradas foram ensaios para o especial da Netflix. Smith tentou, de todas as formas, pedir desculpas para o humorista. E todas foram ignoradas. “Entrei em contato com Chris e a mensagem que recebi é que ele não está pronto para falar e, quando estiver, ele entrará em contato”, disse Smith em um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais. Em um show na O2 Arena, Rock respondeu ao vídeo do ator de forma singela: “F*da-se você e o seu vídeo de refém”.

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    Netflix anuncia data de estreia de seu primeiro programa ao vivo

    26 de dezembro de 2022 /

    A Netflix divulgou o pôster e o teaser do show de humor de Chris Rock, que será o primeiro artista a se apresentar ao vivo na plataforma de streaming. O material anuncia que o especial de stand-up, batizado de “Selective Outrage” (ultraje seletivo), será transmitido pelo serviço em 4 de março. “Chris Rock é uma das vozes cômicas mais icônicas e importantes de nossa geração”, disse Robbie Praw, vice-presidente de formatos de comédia e stand-up da Netflix, em um comunicado sobre a atração. “Estamos entusiasmados por o mundo inteiro poder assistir a um evento de comédia ao vivo de Chris Rock e isso fazer parte da história da Netflix. Este será um momento inesquecível e estamos muito honrados por Chris estar carregando essa tocha”. O projeto será o segundo especial de stand-up de Rock na Netflix. Seu primeiro, “Chris Rock: Tamborine”, estreou em fevereiro de 2018. O comediante veterano, que já teve uma série baseada em sua vida (“Todo Mundo Odeia o Chris”), dominou as manchetes do humor norte-americano em 2022 após contar uma piada sobre a careca da atriz Jada Pinket Smith no Oscar passado e ver o marido dela, Will Smith, subir no palco para lhe dar um tapa na cara durante a transmissão ao vivo.

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    Chris Rock fará primeiro programa ao vivo da Netflix

    10 de novembro de 2022 /

    A Netflix anunciou nesta quinta-feira (10/11) que Chris Rock será o primeiro artista a se apresentar ao vivo na plataforma de streaming. Ele fará um especial de stand-up que será transmitido pelo serviço no começo de 2023. “Chris Rock é uma das vozes cômicas mais icônicas e importantes de nossa geração”, disse Robbie Praw, vice-presidente de formatos de comédia e stand-up da Netflix, em um comunicado. “Estamos entusiasmados por o mundo inteiro poder assistir a um evento de comédia ao vivo de Chris Rock e isso fazer parte da história da Netflix. Este será um momento inesquecível e estamos muito honrados por Chris estar carregando essa tocha”. O projeto será o segundo especial de stand-up de Rock na Netflix. Seu primeiro, “Chris Rock: Tamborine”, estreou em fevereiro de 2018. A transmissão ao vivo será realizada após a Netflix experimentar a produção de um festival de humor, “Netflix is ​​a Joke: The Festival”, que aconteceu no terceiro trimestre do ano e contou com mais de 330 comediantes em 295 shows em Los Angeles, incluindo o primeiro evento de stand-up no Dodger Stadium. O evento vendeu mais de 260 mil ingressos. O serviço de streaming também anunciou que planeja realizar outras transmissão ao vivo em breve. Comediante veterano que já teve uma série baseada em sua vida (“Todo Mundo Odeia o Chris”), Rock dominou as manchetes do humor norte-americano deste ano após contar uma piada sobre a careca da atriz Jada Pinket Smith no Oscar passado e ver o marido dela, Will Smith, subir no palco para lhe dar um tapa na cara durante a transmissão ao vivo.

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    Funcionários transexuais processam Netflix após especial com piadas transfóbicas

    30 de outubro de 2021 /

    A Netflix vai enfrentar um processo trabalhista devido ao controverso especial de comédia de David Chappelle, em que o humorista fez piadas transfóbicas. Dois funcionários transexuais foram ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA para acusar a empresa de streaming de retaliação por terem criticado o especial “Encerramento” (The Closer). O ex-gerente de programas B. Pagels-Minor, demitido enquanto organizava uma manifestação de funcionários trans, e Terra Field, uma engenheira de software suspensa após criticar o especial, são os responsáveis pela queixa. Eles afirmam que as ações da Netflix foram projetadas para impedir que os trabalhadores protestassem, impedindo discussões sobre um ambiente seguro para os funcionários LGBTQIAP+. “Esta acusação não é apenas sobre B. e Terra, e não é sobre Dave. Trata-se de tentar mudar a cultura e ter um impacto para os outros”, diz a advogada deles, Laurie Burgess. “A acusação é um ação coletiva. Trata-se de apoiar colegas de trabalho e defender coisas que você se importa.” B. está grávido de 35 semanas e prestes a perder o plano de saúde. “Em meio a todo o estresse, estou tentando tirar um dia de cada vez e focar na minha saúde”, disse ele à revista. “Como é uma gravidez de alto risco, eu tenho que ter cuidado. Nem sabemos qual é a nossa situação de plano de saúde, e estamos programados para estar em um hospital tendo um bebê em menos de 30 dias.” No caso de Terra, uma das primeiras a denunciar as ofensas do especial, ela chegou a ser ameaçada de morte e teve seus dados pessoais vazados. “Isso é o que acontece com as pessoas trans – somos tolerados desde que fiquemos quietos, mas se protestarmos por algo somos assediados”. A Netflix, por sua vez, nega ter tomado qualquer atitude para silenciar os funcionários. “Reconhecemos a mágoa e a dor causadas aos nossos colegas trans nas últimas semanas”, disse um porta-voz do streamer em comunicado à imprensa. “Mas queremos deixar claro que a Netflix não tomou nenhuma ação contra os funcionários por reclamarem ou protestarem.” A plataforma justifica a demissão de B. Pagels-Minor por vazamento de informação sensível à imprensa, acusação que ele nega, e a suspensão de Terra Field por invadir uma reunião de diretores da empresa.

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    Netflix enfrenta protesto de funcionários e da comunidade LGBTQIAP+

    20 de outubro de 2021 /

    A Netflix enfrentou uma mobilização de seus próprios funcionários e de ativistas da causa LGBTQIAP+ nesta quarta (20/10), que se reuniram para protestar contra a exibição de um especial de comédia com piadas transfóbicas. Eles acusaram a plataforma de streaming de lucrar com conteúdo que incentiva o ódio contra a comunidade LGBTQIAP+. Os protestos surgiram após o lançamento do especial de comédia “Encerramento” (The Closer), estrelado por Dave Chappelle. Polemista politicamente incorreto, Chappelle costuma achar engraçado defender outros ofensores. Em 2019, ele atacou os criadores dos documentários que denunciaram os cantores Michael Jackson e R. Kelly por abusos. Além disso, uma mulher transexual citada numa piada de “Stick and Stones” (2019) suicidou-se dois meses após a chegada do programa ao streaming. Mesmo com esse antecedente, ele voltou a fazer piadas às custas das pessoas trans. O motivo foi uma defesa de J.K. Rowling, criadora da franquia “Harry Potter” e transfóbica assumida. Em seu monólogo, o comediante fez diversas afirmações consideradas transfóbicas, além de reafirmar estereótipos de gêneros e dar declarações problemáticas. Uma das líderes da manifestação desta quarta, B. Pagels-Minor, foi demitida da Netflix na semana passada, acusada de supostamente vazar informações confidenciais sobre o especial do humorista para a imprensa, o que ela nega. Ela leu uma carta do grupo de funcionários endereçado a Ted Sarandos, chefe de conteúdo da plataforma. “Acreditamos que esta empresa pode e deve fazer melhor em nossa busca para entreter o mundo e que o caminho a seguir deve incluir vozes mais diversificadas para evitar causar mais danos”, diz um trecho do documento. O próprio Sarandos admitiu ter falhado ao considerar o impacto do especial, em declaração feita na noite de terça, durante evento com acionistas. “Cometi um erro”, ele assumiu. “Eu deveria ter primeiro reconhecido que um grupo de nossos funcionários estava sofrendo, e que eles estavam realmente feridos por uma decisão que tomamos na empresa”, disse o executivo. Foi a reação inicial de Sarandos aos protestos que levou ao confronto. Na semana passada, enquanto grupos LGBTQIAP+ se manifestavam contra o especial, citando estudos que relacionavam piadas preconceituosas à agressões na vida real, o diretor de conteúdo divulgou um memorando interno que afirmava o contrário, que “o conteúdo na tela não se traduz diretamente em agressão no mundo real” e enfatizou a importância de defender “a liberdade artística”. Na ocasião, ele ainda alertou a equipe sênior da empresa de que “alguns talentos podem se juntar a terceiros para nos pedir para remover o especial nos próximos dias, o que não faremos”. Com o vazamento do memorando, vários artistas da comunidade LGBQIA+ se juntaram ao protesto, incluindo Elliot Page (“The Umbrella Academy”), Angelica Ross (“Pose”), Jonathan Van Ness (“Queer Eye”), Alexandra Billings (“Transparent”), Sara Ramirez (“Grey’s Anatomy”), Colton Haynes (“Arrow”), Eureka O’Hara (“AJ and the Queen”), Jameela Jamil (“The Good Place”), TS Madison (“Zola”), Our Lady J (“Pose”) e Joey Soloway (“United States of Tara”). Além disso, Jaclyn Moore, a showrunner da série “Cara Gente Branca” (Dear White People), encerrada em 22 de setembro, anunciou no Twitter que nunca mais trabalharia com a Netflix devido aos “comentários transfóbicos e perigosos” difundidos pelo especial. Diante da escalada conflituosa, a Netflix emitiu um comunicado antes do protesto desta quarta. “Respeitamos a decisão de qualquer funcionário que decide protestar e admitimos que temos muito mais trabalho pela frente na Netflix e em nosso conteúdo”, informou a plataforma, ressaltando ainda que “compreende o profundo dano que causou”. A organizadora do protesto, Ashlee Marie Preston, disse que o objetivo da manifestação não foi apenas o especial, mas para demonstrar que qualquer piada preconceituosa pode ter um efeito danoso. “Estamos aqui hoje não porque não saibamos lidar com uma piada, mas porque nos preocupa que as piadas custem vidas. Não é engraçado”, disse, em vídeo que viralizou nas redes sociais. Veja abaixo. A drag Eureka O’Hara de “Ru Paul’s Drag Race”, foi outra que participou da manifestação e destacou: “Se você promove ódio e discriminação, é diretamente a causa”. A manifestação também atraiu vários fãs e defensores de Dave Chappelle, que apareceram com cartazes. “As piadas são engraçadas”, diziam alguns deles.

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    Artistas LGBTQIAP+ se juntam a protesto contra Netflix

    18 de outubro de 2021 /

    Vários artistas LGBTQIAP+ se uniram a um protesto organizado por funcionários da Netflix contra o especial de comédia “Encerramento” (The Closer), de Dave Chappelle, que desde que foi disponibilizado em 5 de outubro virou alvo de polêmica e dor de cabeça para a plataforma. Entre os astros que apoiam o movimento para tirar o especial do catálogo da Netflix estão Angelica Ross (“Pose”), Jonathan Van Ness (“Queer Eye”), Alexandra Billings (“Transparent”), Sara Ramirez (“Grey’s Anatomy”), Colton Haynes (“Arrow”), Eureka O’Hara (“AJ and the Queen”), Jameela Jamil (“The Good Place”), TS Madison (“Zola”), Our Lady J (“Pose”) e Joey Soloway (“United States of Tara”). Eles se juntaram em solidariedade ao movimento iniciado internamente na empresa após três funcionários serem suspensos ao invadirem uma reunião para cobrar satisfação do CEO Ted Sarandos, que defendeu o especial num memorando, afirmando que a Netflix não iria tirá-lo do ar. Uma das pessoas afastadas foi Tara Field, mulher trans que iniciou uma campanha contra o especial de Chappelle em sua conta pessoal no Twitter. A repercussão negativa fez Sarandos voltar atrás e “suspender as suspensões”. Mas logo em seguia um funcionário foi demitido por vazar informações sigilosas sobre os custos do especial e sua comparação com outros produtos similares, mostrando que a Netflix não lucrou com a defesa das opiniões indefensáveis do humorista. Polemista politicamente incorreto, Chappelle costuma achar engraçado defender outros ofensores. Em 2019, ele atacou os criadores dos documentários que denunciaram os cantores Michael Jackson e R. Kelly por abusos. Além disso, uma mulher transexual citada numa piada de “Stick and Stones” (2019) suicidou-se dois meses após a chegada do programa ao streaming. Mesmo com esse antecedente, ele voltou a fazer piadas às custas das pessoas trans. O motivo foi uma defesa de J.K. Rowling, criadora da franquia “Harry Potter” e transfóbica assumida. “Cancelaram J. K. Rowling, Meu Deus. Efetivamente, ela disse que gênero era um fato. A comunidade trans ficou furiosa e começou a chamá-la de TERF [sigla em inglês para feminista radical trans-excludente]. Eu sou time TERF. Concordo. Gênero é um fato”. Em seu monólogo, o comediante faz diversas outras afirmações consideradas transfóbicas, além de reafirmar estereótipos de gêneros e repetir declarações problemáticas. A comunidade LGBTQIAP+ ficou enfurecida por Chappelle ser reincidente e a Netflix continuar a lhe dar espaço para reforçar o tipo de preconceito que tem levado ao assassinato e suicídio de pessoas inocentes. A GLAAD, principal organização LGBTQIAP+ voltada à mídia, também se posicionou em meio à polêmica. “A Netflix tem uma política de que conteúdo ‘projetado para incitar ódio ou violência’ não é permitido na plataforma, mas todos nós sabemos que conteúdo anti-LGBTQ faz exatamente isso”, manifestou-se em comunicado. “Embora a Netflix seja o lar de histórias LGBTQ inovadoras, agora é a hora de seus executivos ouvirem os funcionários LGBTQ, líderes do setor e o público e se comprometerem a seguir seus próprios padrões.”

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    Netflix fica mal com comunidade LGBTQIAP+ por especial de humor

    11 de outubro de 2021 /

    A Netflix se envolveu numa grande polêmica com a comunidade LGBTQIAP+ por conta de um especial de humor. Sem saber como reagir às críticas, seus executivos disseram frases e tomaram decisões que pioraram muito a situação, transformando algo que poderia ser solucionado com um simples pedido de desculpas num pesadelo de relações públicas. O problema começou com o lançamento de um novo especial de comédia de Dave Chappelle na semana passada. O humorista já havia criado mal-estar quando uma mulher transexual citada em seu especial anterior, “Stick and Stones” (2019), suicidou-se dois meses após a disponibilização do programa em streaming. Mesmo com esse antecedente, seu novo especial, “Encerramento” (The Closer), voltou a fazer piadas às custas das pessoas trans. Polemista politicamente incorreto, Chappelle costuma achar engraçado defender outros ofensores. Em 2019, ele atacou os criadores dos documentários que denunciaram os cantores Michael Jackson e R. Kelly por abusos. Agora, agrediu a comunidade trans para defender J.K. Rowling, criadora da franquia “Harry Potter” e também transfóbica assumida. “Cancelaram J. K. Rowling, Meu Deus. Efetivamente, ela disse que gênero era um fato. A comunidade trans ficou furiosa e começou a chamá-la de TERF [sigla em inglês para feminista radical trans-excludente]. Eu sou time TERF. Concordo. Gênero é um fato”. Em seu monólogo, o comediante faz diversas outras afirmações consideradas transfóbicas, além de reafirmar estereótipos de gêneros e fazer outras declarações problemáticas. Imediatamente após o especial chegar no catálogo da Netflix, Jaclyn Moore, a showrunner da série “Cara Gente Branca” (Dear White People), encerrada em 22 de setembro, anunciou no Twitter que nunca mais trabalharia com a Netflix devido aos “comentários transfóbicos e perigosos” de Dave Chappelle em seu especial. Além dela, outros funcionários da Netflix e organizações de direitos LGBTQIAP+ e da comunidade negra protestaram nas redes sociais. A organização não governamental GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation) foi taxativa, afirmando que “a marca de Dave Chappelle se tornou sinônimo de ridicularizar pessoas trans e outras comunidades marginalizadas”. “As várias críticas negativas e a condenação ruidosa de seu último especial é uma mensagem para a indústria de como o público não apoia mais injúrias anti-LGBTQIA+.” David Johns, diretor executivo da National Black Justice Coalition (NBJC), também criticou Chappelle e pediu para a Netflix remover o especial de seu catálogo. “É profundamente decepcionante como a Netflix permite que a transfobia e homofobia preguiçosa e hostil de Dave Chappelle vá ao ar”, declarou em comunicado. “Com 2021 a caminho de ser o ano mais mortal para pessoas trans nos EUA – cuja maioria é formada por transgêneros negros – a plataforma deveria saber melhor. Perpetuar transfobia perpetua violência.” Encurralada por várias críticas, a Netflix começou a reagir nesta segunda (11/10). E foi a pior reação possível. A empresa afastou uma funcionária transexual e mais dois que protestaram contra os comentários transfóbicos de Chappelle. A engenheira Tara Fied criou uma thread no Twitter que se tornou viral, sobre a forma como o comediante ataca pessoas trans e o próprio significado do que é ser transexual. No especial, Chappelle também diz que a comunidade LGBTQIAP+ se tornou “sensível demais”. Ao viralizar, a thread provocou um debate sobre os limites da liberdade de expressão e a cultura do cancelamento. Fied quis levar a discussão para a empresa e acabou suspensa, após tentar comparecer a uma reunião para a qual não tinha sido convidada com mais dois funcionários. Diante disso, outro funcionário trans teria se demitido em solidariedade. A situação começou a sair de controle, levando a empresa a se manifestar. Um comunicado explicou que a suspensão não foi por causa dos tuítes, mas pela tentativa de invasão da reunião agendada entre os principais executivos da plataforma. “Nossos empregados são encorajados a manifestarem abertamente qualquer contrariedade, e nós apoiamos o seu direito de fazê-lo”, garantiu o texto. O detalhe é que a decisão de Fied foi reação a um memorando assinado pelo chefão da empresa, Ted Sarandos, obtido pelo site The Hollywood Reporter, que alertou a equipe sênior de que “alguns talentos podem se juntar a terceiros para nos pedir para remover o especial nos próximos dias, o que não faremos”. O memorando também defendeu o comediante. “Chappelle é um dos comediantes de stand-up mais populares da atualidade e temos um contrato de longa data com ele… Assim como acontece com nossos outros talentos, trabalhamos muito para apoiar sua liberdade criativa – mesmo que isso signifique que sempre haverá conteúdo na Netflix que algumas pessoas acreditam ser prejudicial, como ‘Mignonnes’, ‘365 Dias’, ’13 Reasons Why’ ou ‘Nada Ortodoxa”, escreveu Sarandos. O texto segue, ainda mais polêmico. “Vários de vocês também perguntaram onde traçamos o limite do ódio. Não permitimos títulos na Netflix destinados a incitar o ódio ou a violência e não acreditamos que ‘Encerramento’ ultrapasse essa linha. Reconheço, no entanto, que distinguir entre comentário e dano é difícil, especialmente com a comédia stand-up, que existe para ultrapassar os limites. Algumas pessoas acham que a arte do stand-up é mesquinha, mas nossos membros gostam dela, e é uma parte importante de nossa oferta de conteúdo. ” Sarandos continua, falando que o compromisso da Netflix com a inclusão pode ser aferido por algumas das séries disponíveis em seu catálogo, como a popular “Sex Education”, e o documentário “Disclosure”, que retrata o impacto da indústria do entretenimento na imagem das pessoas trans. Só que, ao ver sua obra citada no contexto do especial, o diretor de “Disclosure” deixou claro que a Netflix nunca investiu para produzir seu documentário como fez com Chapelle e ainda pagou barato para exibi-lo. A GLAAD também voltou a se manifestar após a suspensão de funcionários e do memorando controverso. “A Netflix tem uma política de que conteúdo ‘projetado para incitar ódio ou violência’ não é permitido na plataforma, mas todos nós sabemos que conteúdo anti-LGBTQ faz exatamente isso. Embora a Netflix seja o lar de histórias LGBTQ inovadoras, agora é a hora de seus executivos ouvirem os funcionários LGBTQ, líderes do setor e o público e se comprometerem a seguir seus próprios padrões.” Os especiais de comédia de Dave Chappelle continuam disponíveis no catálogo da Netflix.

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