Herdeiros de Michael Jackson processam HBO para impedir exibição de documentário polêmico
Os herdeiros de Michael Jackson deram entrada num processo contra o canal pago americano HBO, tentando impedir a exibição do documentário “Leaving Neverland”, que traz acusações de abuso sexual contra o cantor, feitas por dois homens que eram menores de idade na época dos eventos. Os advogados dos responsáveis pelo espólio do rei do pop alegam que “Leaving Neverland” quebra um contrato antigo, assinado pela HBO e por Michael Jackson em 1992. Nele, a emissora se comprometeu a não levar ao ar conteúdos prejudiciais ao cantor. O valor da ação pode passar de US$ 100 milhões, de acordo com a revista Variety. O contrato foi assinado durante as negociações para a HBO transmitir “Michael Jackson Live in Concert in Bucharest: The Dangerous Tour”, gravação de um show do cantor. Ele embutiu uma cláusula que impedia a emissora de exibir material prejudicial ao artista. O processo chamou atenção para o trecho do contrato que diz: “A HBO não deve fazer comentários prejudiciais ao artista ou a qualquer de seus representantes, agentes, e negócios, nem participar de atos que manchem sua reputação ou imagem pública”. A emissora manteve a exibição de “Leaving Neverland”, que segue marcada para 3 e 4 de março nos Estados Unidos. Dirigido por Dan Reed, o documentário traz depoimentos de Wade Robson, James Safechuck e de suas famílias, lembrando quando eles foram convidados a visitar o rancho de Neverland, lar de Jackson. “Ele me disse que se alguém descobrisse o que estávamos fazendo, nós iríamos para a cadeira para o resto de nossas vidas”, afirma Robson no trailer disponibilizado pela HBO, antes de concluir. “Eu quero poder falar a verdade tão alto quanto eu tive que mentir por tanto tempo”. O australiano Wade Robson conheceu Michael Jackson nos bastidores de um show em seu país como prêmio de um concurso em um shopping em que ele imitava o rei do pop. Ele foi convidado a ir ao hotel de Michael após o show e viajar com sua família para os Estados Unidos, hospedando-se no rancho de Neverland. Foi aí que Robson ficou sozinho pela primeira vez com Michael. Já James Safechuck conheceu Michael Jackson após gravar um comercial para a Pepsi junto com o cantor. Os dois ficaram amigos e Michael também o convidou a ir para Neverland. Ambos chegaram a depor a favor do cantor quando ele foi julgado por outra denúncia de abuso de menor, o que gerou a revolta dos administradores do espólio do artista, que chamam os rapazes de “mentirosos” e acusam o filme de mostrar apenas um lado. A família de Jackson definiu o documentário como “linchamento público”, mas o filme foi bastante aplaudido durante sua première mundial, no Festival de Sundance.
Novos – e provavelmente últimos – episódios de Arrested Development ganham pôster e fotos
A Netflix divulgou seis fotos e o pôster dos últimos episódios de “Arrested Development”. As imagens pertencem à segunda metade da 5ª temporada da série, que será exibida dez meses após o lançamento da primeira parte. O grande espaçamento reflete uma tentativa de se distanciar dos problemas envolvendo Jeffrey Tambor, intérprete do trambiqueiro patriarca da família Bluth. O ator não só foi demitido de “Transparent”, na Amazon, como ainda foi acusado de tumultuar as gravações da série da Netflix. A atriz Jessica Walker, que interpreta sua esposa na série, acusou-o de assédio verbal e intimidação psicológica nos bastidores da nova temporada da atração. Originalmente exibida de 2003 a 2006 na rede americana Fox, “Arrested Development” consagrou-se como uma das séries de comédia mais elogiadas pela crítica na década passada. Mesmo assim – e com um elenco de primeira – nunca conquistou grande audiência. Na verdade, a Fox ensaiou cancelá-la desde o final da 1ª temporada, mas os prêmios do Emmy e Globo de Ouro a mantiveram no ar por três anos. Fora do ar, virou cult. E acabou resgatada pela Netflix para uma 4ª temporada em 2013, seis anos após a exibição de seu último episódio na TV aberta americana. O começo da 5ª temporada, por sua vez, chegou ao streaming após novo hiato de cinco anos. E o final levou mais um ano de “desenvolvimento arrastado”. Os novos episódios continuarão a história de Michael Bluth (Jason Bateman), seu filho George Michael (Michael Cera), dos pais George Bluth Sr. (Jeffrey Tambor) e Lucille (Jessica Walter), dos irmãos George Oscar Bluth II (Will Arnett), Buster Bluth (Tony Hale) e Lindsay Funke (Portia de Rossi), do cunhado Tobias (David Cross) e da sobrinha Maeby (Alia Shawkat). Eles chegam ao streaming em 15 de março.
Documentário sobre supostas vítimas de abuso de Michael Jackson ganha primeiro trailer
A HBO divulgou o primeiro trailer oficial de “Leaving Neverland”, o polêmico documentário que acusa Michael Jackson de abuso sexual de menores. Conforme explica a sinopse, o filme conta como “no auge do seu estrelato, Michael Jackson começou relacionamentos duradouros com dois garotos de 7 e 10 anos. Agora com 30 anos, eles contam a história de como foram abusados sexualmente por Jackson e como eles chegaram a um acordo anos depois”. A prévia traz depoimentos de Wade Robson, James Safechuck e de suas famílias, lembrando quando eles foram convidados a visitar o rancho de Neverland, lar do rei do pop. “Os dias eram preenchidos com experiências mágicas da infância, víamos filmes, comíamos doces e chocolates”, conta Safechuck, antes do tom mudar radicalmente. “Ele me disse que se alguém descobrisse o que estávamos fazendo, nós iríamos para a cadeira para o resto de nossas vidas”, afirma Robson, antes de concluir. “Eu quero poder falar a verdade tão alto quanto eu tive que mentir por tanto tempo”. O australiano Wade Robson conheceu Michael Jackson nos bastidores de um show em seu país como prêmio de um concurso em um shopping em que ele imitava o rei do pop. Ele foi convidado a ir ao hotel de Michael após o show e viajar com sua família para os Estados Unidos, hospedando-se no rancho de Neverland. Foi aí que Robson ficou sozinho pela primeira vez com Michael. Já James Safechuck conheceu Michael Jackson após gravar um comercial para a Pepsi junto com o cantor. Os dois ficaram amigos e Michael também o convidou a ir para Neverland. Ambos chegaram a depor a favor do cantor quando ele foi julgado por outra denúncia de abuso de menor, o que gerou a revolta dos administradores do espólio do artista, que chamam os rapazes de “mentirosos” e acusam o filme de mostrar apenas um lado. A família de Jackson definiu o documentário como “linchamento público”. Dirigido por Dan Reed, “Leaving Neverland” será exibido em duas partes, nos dias 3 e 4 de março. A exibição foi marcada rapidamente para tirar proveito da notoriedade conseguida pela polêmica em torno da exibição em Sundance e ignora ameaças do advogado Howard Weitzman, representante dos herdeiros do astro do pop, que prometeu processar o canal caso siga em frente com seus planos. Os representantes de Jackson enviaram uma carta de 10 páginas para a HBO, em que afirmam que o documentário representará “o episódio mais vergonhoso” da história do canal.
Filme de Red Sonja é engavetado após denúncias contra o diretor Bryan Singer
A adaptação dos quadrinhos da “Red Sonja”, que seria dirigida por Bryan Singer (“Bohemian Rhapsody”), foi engavetada pela produtora Millennium Fims. Em comunicado oficial, o estúdio afirmou que o filme “não está na agenda no momento, e não vai ser vendido para distribuidoras” durante o Festival de Berlim, como estava anteriormente planejado. A Millennium não deixou claro se o engavetamento é permanente ou provisório. A decisão veio menos de um mês após o surgimento de novas acusações de abuso de menor contra Singer e após o presidente da Millennium, Avi Lerner, garantir a manutenção do diretor no projeto. Singer fechou um contrato milionário para dirigir “Red Sonja” e deveria receber em torno de US$ 10 milhões pelo trabalho. Ele se defendeu das acusações de abuso publicadas em janeiro pela revista The Atlantic acusando um dos repórteres de homofobia e revelando que a mesma denúncia tinha sido vetada por supostos problemas de apuração pela revista Esquire. Os autores da reportagem confirmaram que a editora da Esquire barrou a publicação original, mas disseram “não saber porquê”. Antes disso, porém, Singer foi alvo de duas ações legais por abuso sexual de menor. A mais recente é de 2017, quando foi acusado de estupro por Cesar Sanchez-Guzman. O jovem conta que tinha 17 anos quando compareceu a uma festa em um iate na qual Singer era um dos convidados. A ação ainda tramita na justiça americana. Mas chama atenção o fato de o advogado de Cesar Sanchez-Guzman ser Jeffrey Herman, o mesmo que representou Michael Egan em 2014, quando este também fez acusações de abuso sexual de menor contra vários figurões de Hollywood, inclusive Singer. Mais tarde, Egan voltou atrás nas denúncias, após inúmeras contradições em seus depoimentos. No caso de Singer, por exemplo, ele acusou o diretor de estuprá-lo numa viagem ao Havaí. Entretanto, Singer estava no Canadá filmando um dos longas dos “X-Men” no período apontado, e diante das evidências o caso foi retirado. Para defender a manutenção de Singer à frente de “Red Sonja”, Lerner citou “os mais de US$ 800 milhões arrecadados por ‘Bohemian Rhapsody'”, dizendo que eram “uma prova de sua notável visão e perspicácia”. “Eu sei a diferença entre fake news e realidade, e estou muito confortável com a decisão. Nos Estados Unidos, as pessoas são inocentes até que se prove o contrário”, completou o produtor. A permanência de Singer no projeto era uma decisão rara no clima que reina atualmente em Hollywood, considerando os inúmeros atores, produtores e executivos que foram demitidos após acusações menos graves ou similares. Mas a polêmica não esmoreceu, com o BAFTA (a Academia Britânica das Artes Cinematográficas e Televisivas) retirando o nome de Singer das indicações do filme “Bohemian Rhapsody” em seu prêmio anual. “O BAFTA considera o comportamento denunciado completamente inaceitável e incompatível com seus valores”, disse a instituição como justificativa para a exclusão. Diante da pressão negativa, o arquivamento de “Red Sonja” se tornou inevitável.
HBO vai exibir polêmico documentário sobre abusos de Michael Jackson em março
A HBO anunciou que vai exibir “Leaving Neverland”, polêmico documentário sobre Michael Jackson, que detalha denúncias de abusos sexuais de menores cometidos pelo cantor. A atração será dividida em duas partes na TV, previstas para os dias 3 e 4 de março. O canal pago americano adquiriu o documentário após sua première no Festival de Sundance 2019, onde foi recebido com aplausos pelo público presente em sua sessão, e por protestos dos fãs do cantor, numa manifestação realizada em frente ao cinema que o exibiu. A exibição foi marcada rapidamente para tirar proveito da publicidade conseguida pela polêmica em torno da produção e ignora ameaças do advogado Howard Weitzman, representante dos herdeiros do astro do pop, que prometeu processar o canal caso siga em frente com seus planos. Os representantes de Jackson enviaram uma carta de 10 páginas para a HBO, em que afirmam que o documentário representará “o episódio mais vergonhoso” da história do canal. Conforme explica a sinopse, o filme conta como “no auge do seu estrelato, Michael Jackson começou relacionamentos duradouros com dois garotos de 7 e 10 anos. Agora com 30 anos, eles contam a história de como foram abusados sexualmente por Jackson e como eles chegaram a um acordo anos depois”. Dirigido por Dan Reed, “Leaving Neverland” se concentra nos depoimentos de Wade Robson, James Safechuck e de suas famílias. O australiano Wade Robson conheceu Michael Jackson nos bastidores de um show em seu país como prêmio de um concurso em um shopping em que ele imitava o rei do pop. Ele foi convidado a ir ao hotel de Michael após o show e viajar com sua família para os Estados Unidos, hospedando-se no rancho de Neverland. Foi aí que Robson ficou sozinho pela primeira vez com Michael. Em um dos trechos do filme, ele descreve quartos secretos do rancho, onde os abusos ocorriam e que ele chegou a encenar uma cerimônia de casamento em um desses aposentos com o rei do pop. Robson se tornou um importante coreógrafo, tendo trabalhado com N’Sync e Brtiney Spears, e diz que ficou em silêncio esses anos todos porque temia pela sua carreira. Já James Safechuck conheceu Michael Jackson após gravar um comercial para a Pepsi junto com o cantor. Os dois ficaram amigos e Michael também o convidou a ir para Neverland. Os dois depoimentos revelam que o cantor os fazia acreditar que eles não podiam confiar nos próprios pais e nem nas mulheres. Ambos chegaram a depor a favor de Michael Jackson quando o cantor foi julgado por outra denúncia de abuso de menor, o que gerou a revolta dos administradores do espólio do artista, que chamam os rapazes de “mentirosos” e acusam o filme de mostrar apenas um lado. A família de Jackson definiu o documentário como “linchamento público”.
Chris Pratt confirma que Guardiões da Galáxia Vol. 3 usará roteiro de James Gunn
O ator Chris Pratt confirmou que “Guardiões da Galáxia Vol. 3” vai ser filmado com o roteiro deixado por James Gunn antes de ser demitido pelo chefão da Disney. Ele deu a notícia durante uma entrevista ao programa “MTV News”, ao ser perguntado se a Marvel pretendia aproveitar o trabalho de Gunn. “Sim. Eu li o roteiro, e é incrível. É tão, tão bom”, disse o ator. Dave Bautista chegou a dizer que não faria o filme se o roteiro fosse descartado após a demissão do cineasta. Além dele, vários integrantes da franquia manifestaram-se individualmente e o elenco se juntou numa manifestação coletiva de apoio, publicando uma carta aberta pedindo a recontratação de Gunn. Gunn foi demitido em 20 de julho pelo presidente da Disney, Alan Horn, após campanha da extrema direita dos Estados Unidos, que denunciou antigos tuítes ofensivos do diretor com “piadas” de dez anos atrás sobre pedofilia e estupro. Horn classificou as mensagens como “indefensáveis” e o diretor foi trabalhar com a DC na adaptação de “Esquadrão Suicida 2”. Pratt também comentou os “sentimentos complicados” sobre terminar a trilogia dos “Guardiões” sem o diretor. “Bom, eu amo James”, disse Pratt. “Eu sou leal a ele”. “Nós vamos entregar o filme, dar aos fãs o que eles merecem”, continuou. “Está na natureza dos ‘Guardiões da Galáxia’ se juntar e fazer o nosso trabalho, então é isso que faremos”.
Juliette Binoche defende “grande produtor” Harvey Weinstein no Festival de Berlim
A atriz francesa Juliette Binoche, que preside o júri do Festival de Berlim 2019, deu uma declaração polêmica na entrevista coletiva que abriu o evento. Ela disse achar que Harvey Weinstein “já sofreu o suficiente”. Reforçando que nunca teve problemas com o produtor acusado de assédio, abuso sexual e estupro por mais de 100 mulheres, ela afirmou: “As pessoas já se manifestaram, eu mesma me manifestei. Agora é a hora da Justiça fazer seu trabalho”. Ela justificou sua fala, dizendo que estava “se colocando no lugar” do ex-produtor, que perdeu seu status e foi afastado de suas funções desde que as denúncias ganharam força. “Eu nunca tive problemas com ele”, garantiu. “E não podemos esquecer que ele foi quase sempre um grande produtor”, acrescentou a atriz, que atuou em “O Paciente Inglês”, de 1996, e em “Chocolate”, de 2001, produzidos por Weinstein. Os filmes de Weinstein estão entre os mais premiados pela Academia. Mas ele também era conhecido, antes das denúncias atuais, por gritar com diretores, aterrorizar funcionários, interferir na edição de filmes, chantagear estrelas a usarem roupas da grife de sua mulher e lançar versões retalhadas de sucessos internacionais nos Estados Unidos. Weinstein será julgado em 6 de maio sob acusação de abuso sexual e estupro de duas mulheres, cujos casos não prescreveram. Mas uma centena de mulheres revelou ter sofrido assédio do ex-magnata de Hollywood desde os anos 1970. As denúncias contra ele deram origem ao movimento #MeToo, que foi o estopim para tirar do escuro diversos casos de assédio, abuso e outras formas de violência sexual na indústria cinematográfica, levando à queda de vários produtores e empresários. Entretanto, as atrizes francesas se manifestaram de forma contrária ao movimento, que taxaram de autoritário. Um abaixo-assinado de estrelas idosas do cinema francês, como Catherine Deneuve, Ingrid Caven e Catherine Robbe-Grillet – todas com mais de 70 anos – defendeu o direito dos homens de “importunarem” mulheres no ambiente de trabalho.
Woody Allen decide processar a Amazon por não lançar seu novo filme
O diretor Woody Allen decidiu processar a Amazon após o estúdio desistir de lançar o seu próximo filme, “A Rainy Day in New York”, quando ele já estava filmado e editado. O cineasta entrou com processo nesta quinta-feira (7/2), pedindo US$ 68 milhões de indenização. Os advogados de Allen alegam que a Amazon informou o diretor, em junho de 2018, que não lançaria mais o drama estrelado por Timothée Chalamet (“Me Chame Pelo Seu Nome”), Elle Fanning (“Malévola”) e a cantora Selena Gomez (“Spring Breakers”). Allen diz que cobrou explicações da Amazon sobre o cancelamento da estreia, e que o estúdio respondeu que os motivos para a quebra de contrato incluíam “o retorno à tona de acusações de abuso sexual” e “declarações polêmicas” feitas pelo diretor. “A Rainy Day in New York”, o 48º e até aqui derradeiro filme dirigido pelo cineasta, foi rodado em 2017 e se tornou dano colateral do movimento #MeToo. Curiosamente, a onda de protestos femininos nas redes sociais foi precipitada com a ajuda do filho do diretor, Ronan Farrow, autor da reportagem da revista New Yorker que denunciou o produtor Harvey Weinstein em outubro do ano passado. A filha de Allen, Dylan Farrow, aproveitou o movimento de denúncias de assédios sexuais para retomar suas acusações de pedofilia contra Allen. Na véspera do lançamento de “Roda Gigante”, último filme de Allen a chegar aos cinemas, Dylan publicou uma carta aberta no jornal The Los Angeles Times, questionando o tratamento diferenciado dado a ele em relação a Weinstein. “Qual o motivo de Harvey Weinstein e outras celebridades acusadas de abuso terem sido banidas de Hollywood enquanto Allen recentemente conseguiu um contrato milionário de distribuição para seu próximo filme?”, ela questionou, referindo-se, justamente, à Amazon. Embora a pergunta tenha sido retórica, a grande diferença entre Allen e Weinstein sempre foi que apenas Dylan acusa o diretor, enquanto Weinstein acumulou uma centena de acusadoras. Dylan sabe disso, a ponto de dizer: “Estou falando a verdade e acho importante que as pessoas entendam que uma vítima importa e é suficiente para mudar as coisas”, ela disse. O caso chegou a ir parar na Justiça nos anos 1990, durante a separação do diretor de sua ex-mulher Mia Farrow, mas nada foi provado. Allen sempre se disse inocente e culpou Mia por fazer lavagem cerebral em sua filha. Moses Farrow, outro filho do diretor, recentemente contestou a irmã, apontando inconsistências na denúncia, culpando a mãe por violência física e psicológica e testemunhando que Allen jamais ficou sozinho com Dylan durante o alegado abuso. Nenhuma atriz ou ator filmados por Woody Allen ao longo de meio século de carreira acusou o diretor de qualquer coisa que não fosse extremo distanciamento. No entanto, a campanha de Dylan fez vários deles dizerem que não voltariam a filmar com o diretor, inclusive os integrantes de “A Rainy Day in New York”. Timothée Chalamet e Rebecca Hall chegaram a doar seus salários após participarem do filme. Para complicar, “A Rainy Day in New York” tem tema controverso, contando a história do relacionamento entre um homem de 44 anos e uma adolescente de 15 anos. O que torna seu lançamento ainda mais delicado diante de toda a polêmica revivida por Dylan Farrow. Graças à campanha da filha, Woody Allen teve a carreira interrompida. O ano de 2018 foi o primeiro em quase quatro décadas que o diretor ficou sem realizar uma nova produção. O último hiato tinha sido em 1981, após o fracasso comercial de “Memórias” (1980), seu primeiro filme sem a parceira Diane Keaton. O contrato de Allen com a Amazon foi assinado em 2014, e o estúdio já havia lançado dois de seus filmes anteriores, “Café Society” e “Roda Gigante”, além da minissérie “Crisis in Six Scenes”. Além disso, havia previsão para outros títulos após “A Rainy Day in New York”.
Nome de Bryan Singer é retirado das indicações de Bohemian Rhapsody no “Oscar britânico”
A Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (conhecida pela sigla BAFTA) decidiu tirar o nome do diretor Bryan Singer das indicações de “Bohemian Rhapsody” em sua premiação anual, BAFTA Awards, considerada o “Oscar britânico”. Ele aparecia indicado na categoria de Melhor Filme, mas teve o nome removido, após sofrer novas denúncias de abuso sexual de menores. “Em vista das recentes e sérias alegações, o BAFTA informou a Bryan Singer que sua nomeação para o Bohemian Rhapsody foi suspensa, com efeito imediato”, disse o BAFTA em um comunicado, acrescentando que os nomes do produtor Graham King e do escritor Anthony McCarten permanecem. “O BAFTA considera o comportamento denunciado completamente inaceitável e incompatível com seus valores. A organização observa que o Sr. Singer nega as alegações. A suspensão de sua nomeação permanecerá em vigor até que as alegações tenham sido resolvidas”, acrescentou o texto. “Bohemian Rhapsody” ainda foi indicado nas categorias de Melhor Ator (Rami Malek), Direção de Fotografia, Edição, Maquiagem e Trilha Sonora. Singer foi demitido durante as filmagens de “Bohemian Rhapsody”, graças a atrasos e conflitos com a equipe. Embora tenha sido substituído por Dexter Fletcher (“Voando Alto”), permaneceu com o crédito final de direção e ainda pode ganhar US$ 40 milhões pelos lucros das bilheterias. O diretor se defendeu das acusações, publicadas pela revista The Atlantic, acusando um dos repórteres de homofobia e revelando que a mesma denúncia tinha sido vetada por supostos problemas de apuração pela revista Esquire. Os autores da reportagem confirmaram que a editora da Esquire barrou a publicação original, mas disseram “não saber porquê”. Anteriormente, Singer foi alvo de duas ações legais por abuso sexual de menor. A mais recente é de 2017, quando foi acusado de estupro por Cesar Sanchez-Guzman. O jovem conta que tinha 17 anos quando compareceu a uma festa em um iate na qual Singer era um dos convidados. A ação ainda tramita na justiça americana. Mas chama atenção o fato de o advogado de Cesar Sanchez-Guzman ser Jeffrey Herman, o mesmo que representou Michael Egan em 2014, quando este também fez acusações de abuso sexual de menor contra vários figurões de Hollywood, inclusive Singer. Mais tarde, Egan voltou atrás nas denúncias, após inúmeras contradições em seus depoimentos. No caso de Singer, por exemplo, ele acusou o diretor de estuprá-lo numa viagem ao Havaí. Entretanto, Singer estava no Canadá filmando um dos longas dos “X-Men” no período apontado, e diante das evidências o caso foi retirado. Apesar da demissão e das polêmicas, Singer sai fortalecido com o sucesso de “Bohemian Rhapsody” nas bilheterias e no Oscar 2019, onde o longa foi indicado a cinco prêmios, incluindo Melhor Filme. Ele também foi garantido pelo produtor Avi Lerner à frente da adaptação dos quadrinhos de “Red Sonja”, pelo qual assinou outro contrato milionário.
Animação O Parque dos Sonhos ganha novos trailers
A Paramount divulgou um novo trailer americano e o comercial do Super Bowl da animação “O Parque dos Sonhos” (Wonder Park). O filme conta a história de um parque de diversões criado pela imaginação de June, uma menina de 12 anos. Escrito pela dupla Josh Appelbaum e André Nemec (de “As Tartarugas Ninja”), o longa curiosamente não teve o nome do diretor divulgado. Isto porque Dylan Brown, animador de “Os Incríveis” e diretor do curta “Festa-Sauro Rex” (da franquia “Toy Story”), foi dispensado da função após surgirem denúncias de comportamento inapropriado. David Feiss (das séries animadas “A Vaca e o Frango” e “Eu Sou o Máximo”) teria assumido a direção, mas o estúdio não fez anúncio oficial. E este não foi o único contratempo da produção, que trocou um dos dubladores, Jeffrey Tambor, após ele ser demitido da série “Transparent” sob acusações de assédio. As vozes remanescentes são dubladas em inglês por Jennifer Garner (“Clube de Compra Dallas”), Matthew Broderick (o eterno Ferris Bueller de “Curtindo a Vida Adoidado”), Mila Kunis (“Perfeita É a Mãe”), Kenan Thompson (da série “Kenan & Kel”), Ken Jeong (“Se Beber, Não Case”), Norbert Leo Butz (série “Bloodline”), Ken Hudson Campbell (“Cruzeiro das Loucas”), o apresentador John Oliver e a menina Brianna Denski (“Desejo e Esperança”) como June. A estreia está marcada para 14 de março no Brasil, e logo em seguida o filme vai virar uma série no canal pago Nickelodeon.
Diretor demitido vai ganhar US$ 40 milhões de bônus pelo sucesso de Bohemian Rhapsody
O sucesso de “Bohemian Rhapsody” vai deixar Bryan Singer milionário, graças aos termos de seu contrato com o estúdio 20th Century Fox. De acordo com apuração da revista The Hollywood Reporter, Singer vai receber um “bônus” de US$ 40 milhões pelo desempenho do longa nas bilheterias. Apesar de ter sido demitido duas semanas antes do final das filmagens e substituído por Dexter Fletcher (“Voando Alto”), o contrato do diretor estabelecia uma compensação extra caso o filme atingisse algumas metas. “Bohemian Rhapsody” superou os US$ 800 milhões de faturamento mundial e se tornou a cinebiografia musical mais bem-sucedida de todos os tempos, além de ter vencido o Globo de Ouro – não como musical, mas na categoria de drama. Singer foi dispensado da produção graças a supostos conflitos com a equipe e o elenco, provocados por atrasos, sumiços e outros comportamentos pouco profissionais do cineasta. Segundo boatos, uma briga entre Singer e o ator Rami Malek, intérprete de Freddie Mercury, foi tão grave que o diretor jogou um adereço do cenário no ator. “Basicamente, Bryan teve alguns problemas pessoais”, se limitou a dizer o produtor ao comentar os motivos que levaram o cineasta da franquia “X-Men” a sair do filme sobre o Queen. A tensão nos bastidores foi exposta quando Singer não voltou para o trabalho após o feriado do Dia de Ação de Graças em 2017. O diretor alegou que enfrentava problemas com doença na família e pediu para só retomar as filmagens após os feriados de fim de ano, mas a Fox optou por dispensá-lo e contratar um substituto para encerrar a produção. O nome de Singer gerou ainda mais desgaste para o estúdio com o ressurgimento de novas denúncias contra ele, envolvendo sexo com menores de idade. O diretor se defendeu das acusações publicadas na semana passada pela revista The Atlantic acusando um dos repórteres de homofobia e revelando que a mesma denúncia tinha sido vetada por supostos problemas de apuração pela revista Esquire. Os autores da reportagem confirmaram que a editora da Esquire barrou a publicação original, mas disseram “não saber porquê”. Anteriormente, Singer foi alvo de duas ações legais por abuso sexual de menor. A mais recente é de 2017, quando foi acusado de estupro por Cesar Sanchez-Guzman. O jovem conta que tinha 17 anos quando compareceu a uma festa em um iate na qual Singer era um dos convidados. A ação ainda tramita na justiça americana. Mas chama atenção o fato de o advogado de Cesar Sanchez-Guzman ser Jeffrey Herman, o mesmo que representou Michael Egan em 2014, quando este também fez acusações de abuso sexual de menor contra vários figurões de Hollywood, inclusive Singer. Mais tarde, Egan voltou atrás nas denúncias, após inúmeras contradições em seus depoimentos. No caso de Singer, por exemplo, ele acusou o diretor de estuprá-lo numa viagem ao Havaí. Entretanto, Singer estava no Canadá filmando um dos longas dos “X-Men” no período apontado, e diante das evidências o caso foi retirado. Apesar da demissão e das polêmicas, Singer sai fortalecido com o sucesso de “Bohemian Rhapsody” nas bilheterias e no Oscar 2019, onde o longa foi indicado a cinco prêmios, incluindo melhor filme. Ele também foi garantido pelo produtor Avi Lerner à frente da adaptação dos quadrinhos de “Red Sonja”, pelo qual assinou outro contrato milionário.
Documentário sobre acusações de abuso contra Michael Jackson é aplaudido em pé em Sundance
O diretor e os acusadores de Michael Jackson no polêmico documentário “Leaving Neverland”, que relata com riqueza de detalhes o histórico de abusos de menores do cantor, foram aplaudidos de pé no Festival de Sundance, após a première do longa na sexta-feira (25/1), segundo relatos da imprensa americana. Conforme explica a sinopse, o filme conta como “no auge do seu estrelato, Michael Jackson começou relacionamentos duradouros com dois garotos de 7 e 10 anos. Agora com 30 anos, eles contam a história de como foram abusados sexualmente por Jackson e como eles chegaram a um acordo anos depois”. Dirigido por Dan Reed, “Leaving Neverland” se concentra nos depoimentos de Wade Robson, James Safechuck e de suas famílias. O australiano Wade Robson conheceu Michael Jackson nos bastidores de um show em seu país como prêmio de um concurso em um shopping em que ele imitava o rei do pop. Ele foi convidado a ir ao hotel de Michael após o show e viajar com sua família para os Estados Unidos, hospedando-se no rancho de Neverland. Foi aí que Robson ficou sozinho pela primeira vez com Michael. Em um dos trechos do filme, ele descreve quartos secretos do rancho, onde os abusos ocorriam e que ele chegou a encenar uma cerimônia de casamento em um desses aposentos com o rei do pop. Robson se tornou um importante coreógrafo, tendo trabalhado com N’Sync e Brtiney Spears, e diz que ficou em silêncio esses anos todos porque temia pela sua carreira. Já James Safechuck conheceu Michael Jackson após gravar um comercial para a Pepsi junto com o cantor. Os dois ficaram amigos e Michael também o convidou a ir para Neverland. Os dois depoimentos revelam que o cantor os fazia acreditar que eles não podiam confiar nos próprios pais e nem nas mulheres. Enquanto o filme chocava o público de Sundance, fãs de Michael Jackson organizaram um protesto diante do cinema em que ele foi exibido, na cidade de Park City. As reclamações ecoavam comentários dos herdeiros de Jackson, que acusam os rapazes de “mentirosos” e criticam o filme por mostrar apenas um lado. Eles alegam que rei do pop, que morreu em 2009, foi inocentado ainda em vida pela Justiça americana. Embora Jackson tenha ido a julgamento por acusação de abuso de outro menor, apenas agora relatos detalhados do que teria acontecido quando ele convidava crianças a dormir em Neverland vieram à tona, no filme de quatro horas dirigido por Dan Reed. “Leaving Neverland” ainda não tem previsão de estreia comercial.







