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  • Filme

    O Oficial e o Espião coloca Roman Polanski na berlinda

    13 de abril de 2020 /

    Recebido por piquetes feministas e manifestações de repúdio na França, o novo filme de Roman Polanski colocou o diretor na berlinda. Mas não por conta de cenas polêmicas, que inexistem. Na verdade, ele incomoda ativistas por algo que jamais explicita, apenas sugere sutilmente em seu subtexto. “O Oficial e o Espião” aborda o tema da inocência, o fato de alguém ser julgado e condenado por um crime que não cometeu. O problema, para muitas, é que o cineasta busca comparar o caso Dreyfus com seu próprio caso. Polanski foi condenado por estupro, admitiu o crime e fugiu dos EUA para a França para escapar da prisão nos anos 1970, situação que voltou à tona no bojo do movimento #metoo e após o surgimento de novas denúncias de supostas vítimas daquele período, acusações que mancharam definitivamente sua biografia. Mas o tema também se integra perfeitamente à fase mais recente dos filmes de Polanski, alimentada por uma dramaturgia humanista desde “O Pianista” (2002) e, refletindo os lançamentos mais próximos, calcada em diálogos – elementos enfatizados em “Deus da Carnificina” (2011) e “A Pele de Vênus” (2013), ambos baseados em peças de teatro. A obra atual ainda apresenta similaridades com “O Escritor Fantasma” (2010), que, como esta, também era uma adaptação de romance de Robert Harris, roteirizada pelo próprio autor. Formalmente falando, “O Oficial e o Espião” surge como um misto desses trabalhos, já que é centrado em conversas e contém poucas cenas de ação, mas também cria uma atmosfera de suspense e apreensão, levando em consideração o quanto o protagonista, o Coronel Georges Picquart (Jean Dujardin), vê-se envolvido em um jogo de cartas marcadas por membros antissemitas do corpo de superiores do exército francês, ao descobrir e tentar reparar uma injustiça: a prisão do oficial Alfred Dreyfus (Louis Garrel), o militar judeu mais proeminente do país, acusado de alta traição. A história reproduz um escândalo bastante conhecido na França e o título original, “J’Accuse”, refere-se ao editorial de mesmo nome escrito pelo romancista Émile Zola, que denunciou a conspiração por trás do envio de Dreyfus à prisão da Ilha do Diabo. O artigo foi publicado no jornal francês L’Aurore em 13 de janeiro de 1898 – e pode ser encontrado facilmente na internet – , três dias após o verdadeiro traidor, Esterhazy (no filme vivido por Laurent Natrella), ser inocentado pela justiça. Há muitos méritos artísticos no trabalho de Polanski. E não deixa de ser uma satisfação ver mais um trabalho do diretor, que é um verdadeiro mestre, pertence ao primeiro escalão e tem uma filmografia riquíssima, mostrando aos 88 anos um vigor artístico e uma capacidade técnica que muitos cineastas jovens jamais atingirão. Muitos pensam assim, tanto que Polanski foi premiado no Festival de Veneza e no César (o Oscar francês) como Melhor Diretor, justamente no momento em que o esforço para seu cancelamento atingiu o auge. O filme também se torna muitíssimo relevante nesses tempos de fake news, de pós-verdade. A trama mostra, de forma didática, como uma mentira vira verdade por imposição de forças superiores e essencialmente más. Na história, os inimigos de Dreyfus não se contentam em maltratar e manchar sua carreira; precisam também humilhá-lo. Nisso, entra a questão do antissemitismo, que na época já era forte, mas cresceria muito mais nos anos seguintes para se converter em ideologia política – o nazismo. Mas também poderia entrar, como ressaltam as contrariedades, a própria cultura do “cancelamento” social, que Polanski enxerga como o monstro que lhe acusam de ser. Por isso, fala-se mal de “O Oficial e o Espião”. Por isso, fala-se bem dessa obra, agora disponibilizada para locação virtual. Definitivamente, fala-se muito deste filme em que o nome de Roman Polanski parece ter sido grafado com caixa mais alta que o normal.

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  • Filme

    Veja as primeiras cenas oficiais do novo filme de Roman Polanski

    30 de agosto de 2019 /

    O novo filme de Roman Polanski, “An Officer and a Spy” (J’Accuse), teve duas cenas divulgadas durante sua participação no Festival de Veneza. Elas não tem legenda e são faladas em francês. A primeira sessão para a imprensa internacional aconteceu nesta sexta (30/8), com recepção entusiasmada. Ausente do festival, porque pode ser preso se sair da França, Polanski foi representado no evento pelo elenco e produtores, que o elogiaram muito durante a entrevista coletiva. O tema do estupro e outras acusações de abuso envolvendo o veterano diretor foram proibidas na conversa com a imprensa, que se concentraram em tecer paralelos entre o tema do filme e a perseguição sofrida por Polanski na mídia. Dois dias antes, a cineasta Lucrecia Martel (“Zama”), presidente do juri do Festival de Veneza, polemizou ao dizer que estava “incomodada” com a inclusão de um filme de Polanski no evento. O filme baseia-se numa história real, o mais famoso erro de Justiça na história francesa, que condenou um herói militar inocente à prisão no fim do século 19, inspirando uma campanha por sua libertação, acompanhada por denúncias de preconceito, perseguição e antissemitismo. O tema obviamente ecoa os últimos anos tumultuados da vida do diretor, que realmente se considera perseguido e vítima de uma injustiça, além de seu passado como sobrevivente do Holocausto. “An Officer and a Spy” é estrelado por Louis Garrel (“O Formidável”) no papel do célebre capitão Dreyfus, além de Jean Dujardin (“O Artista”), Mathieu Amalric e a esposa de Polanski, Emmanuelle Seigner, que atuaram juntos no premiadíssimo “O Escafandro e a Borboleta” (2007) e num dos filmes mais recentes de Polanski, “A Pele de Vênus” (2013). O roteiro foi escrito pelo romancista britânico Robert Harris, que também já trabalhou com Polanski: no aclamado “O Escritor Fantasma”, premiado com o troféu de Melhor Direção no Festival de Berlim de 2010.

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  • Filme

    Filme de Polanski rende polêmica com presidente do juri do Festival de Veneza

    28 de agosto de 2019 /

    A inclusão do novo filme de Roman Polanski na competição do Festival de Veneza vem gerando protestos de femininas. E a cineasta argentina Lucrecia Martel (“Zama”), que preside o juri do evento, juntou-se ao coro dos descontentes, alimentando ainda mais a polêmica. De fato, ela precisou emitir uma nota pós se manifestar, corrigindo comentários que teriam sido “profundamente mal compreendidos”. Chamado de “An Officer and a Spy” (J’Accuse), o novo filme de Roman Polanski baseia-se numa história real, o mais famoso erro de Justiça na história francesa, que condenou um herói militar inocente à prisão no fim do século 19, inspirando uma campanha na imprensa por sua libertação, acompanhada por denúncias de preconceito, perseguição e antissemitismo. O tema obviamente ecoa os últimos anos tumultuados da vida do diretor, que se considera perseguido e vítima de uma injustiça, além de seu passado como sobrevivente do Holocausto. Na entrevista coletiva de inauguração do festival nesta quarta (28/8), Martel disse que estava “incomodada” com a participação do cineasta, condenado por estupro nos anos 1970 nos Estados Unidos. E disse que não pretende assistir ao filme, para não se “levantar e aplaudir”, “porque represento muitas mulheres que lutam na Argentina por questões como essa”. Mas essa frase, segundo ela afirmou posteriormente, foi mal traduzida. Afinal, na mesma entrevista, ela também ponderou o desdobramento da questão. “Eu vi que a vítima considera o caso encerrado, não nega os fatos, mas acredita que Polanski já cumpriu o que ela e sua família pediram”, explicou Martel. “Se a vítima se sente compensada, o que vamos fazer? Executá-lo, impedi-lo de participar do festival, colocá-lo fora de competição para proteger o festival? Estas são conversas pendentes do nosso tempo. Tirar ou incluir, Polanski nos obriga a conversar. Não é algo simples de resolver”, reconheceu. “Eu não separo a obra do homem, mas acho que sua obra merece uma oportunidade por causa das reflexões que levanta”, acrescentou a cineasta. Em nota posteriormente enviada à imprensa, Martel resolveu deixar mais claro o seu ponto de vista. “Vendo alguns relatos depois da coletiva de imprensa de hoje, acredito que minhas palavras foram profundamente mal compreendidas. Como não separo o trabalho do autor, reconheço muita humanidade nos filmes anteriores de Polanski e não me oponho à presença de seu filme na competição. Eu não tenho nenhum preconceito em relação a isso e, claro, vou assistir ao filme como qualquer outro na competição. Se eu tivesse algum preconceito, teria renunciado à minha posição como presidente do júri”. O diretor do festival, Alberto Barbera, também se manifestou sobre a inclusão do novo filme do cineasta, chamando-o de “obra-prima” e reconstrução “extraordinária” de um evento histórico. “Eu não sou um juiz que deve se expressar com base em critérios e princípios da justiça, se ele deve ir, ou não, para a prisão. Sou um crítico de cinema que deve decidir se um filme merece, ou não, participar de uma competição. Foi isso que eu fiz. Meu trabalho termina aí”, afirmou. Polanski não vai comparecer à première de seu filme em Veneza, porque corre o risco de ser preso se sair da França. Ele tampouco dará entrevista coletiva por vídeo, como chegou a ser cogitado. Mas não há informações sobre a participação do elenco na divulgação do filme durante o festival. “An Officer and a Spy” é estrelado por Louis Garrel (“O Formidável”) no papel do capitão Dreyfus, além de Jean Dujardin (“O Artista”), Mathieu Amalric e a esposa de Polanski, Emmanuelle Seigner, que atuaram juntos no premiadíssimo “O Escafandro e a Borboleta” (2007) e num dos filmes mais recentes de Polanski, “A Pele de Vênus” (2013). O roteiro foi escrito pelo romancista britânico Robert Harris, que também já trabalhou com Polanski: no aclamado “O Escritor Fantasma”, premiado com o troféu de Melhor Direção no Festival de Berlim de 2010.

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    Roman Polanski reúne grandes astros franceses para seu próximo filme

    30 de setembro de 2018 /

    Expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, em meio ao surgimento de novas denúncias de abusos de adolescentes nos anos 1970, Roman Polanski prepara seu primeiro filme após a insurgência do movimento #MeToo. E ao contrário de Woody Allen, não encontra nenhuma dificuldade para escalar um elenco estelar. Polanski reuniu uma impressionante constelação de astros franceses para seu novo projeto, que levará para as telas o célebre caso Dreyfus, o mais famoso erro de Justiça na história francesa, que condenou um herói militar inocente à prisão, inspirando uma campanha na imprensa por sua libertação, acompanhada por denúncias de preconceito, perseguição e antissemitismo. O tema obviamente ecoa os últimos anos tumultuados da vida do diretor. Intitulado “J’accuse”, como a célebre carta-aberta-editorial escrita por Emile Zola, o filme vai trazer o vencedor do Oscar Jean Dujardin (“O Artista”) no papel do agente de contra-espionagem que provou que o capitão judeu Alfred Dreyfus havia sido erroneamente acusado de espionar para os alemães. O caso dividiu a França por mais de uma década a partir de 1894, e a amargura e as divisões que criou duraram até a 2ª Guerra Mundial. O papel de Dreyfus será interpretado por ninguém menos que Louis Garrel (“O Formidável”) e o elenco ainda inclui Mathieu Amalric e a esposa de Polanski, Emmanuelle Seigner, que atuaram juntos no premiadíssimo “O Escafandro e a Borboleta” (2007) e num dos filmes mais recentes de Polanski, “A Pele de Vênus” (2013). O roteiro foi escrito pelo romancista britânico Robert Harris, que também já trabalhou com Polanski: no aclamado “O Escritor Fantasma” (2010), premiado com o troféu de Melhor Direção no Festival de Berlim. “Eu venho querendo há muito tempo fazer um filme sobre Dreyfus, não como um drama de época, mas como um thriller de espionagem”, disse Polanski em 2012. A história, argumentou, era “absolutamente pertinente para o mundo de hoje — uma caça às bruxas contra uma minoria, paranoia sobre segurança, tribunais militares secretos e serviços de Inteligência fora de controle, governos mentirosos e uma imprensa enfurecida”. O novo filme será falado em francês e as filmagens começarão em breve em Paris.

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