Mary Tyler Moore (1936 – 2017)
Morreu a atriz Mary Tyler Moore, estrela da série pioneira que levava seu nome, vencedora de seis prêmios Emmy e indicada a um Oscar de Melhor Atriz por “Gente como a Gente” (1980). Ela faleceu nesta quarta (25/1), aos 80 anos. “Hoje, nosso amada e icônica Mary Tyler Moore faleceu aos 80 anos na companhia de amigos e de seu marido por 33 anos, Dr. S. Robert Levine”, disse sua agente Mara Buxbaum em comunicado. “Uma grande atriz, produtora e apaixonada defensora da Fundação pela Pesquisa da Diabetes Juvenil, Mary vai ser lembrada como uma destemida visionária que transformou o mundo com seu sorriso.” O sorriso marcante da atriz era mencionado na música-tema (“Quem pode ligar o mundo com seu sorriso?”) da série batizada com seu nome. Mas muito antes disso já chamava a atenção na TV. Afinal, sua carreira começou como atriz mirim, em comerciais dos anos 1950. Nascida no Brooklyn, em Nova York, em 1936, Mary se mudou com a família para Los Angeles quando tinha 8 anos. O sonho de infância de virar dançarina acabou se tornando seu primeiro papel, escalada como bailarina em diversas séries e filmes, antes de ter direito às primeiras falas. Ela rodopiou por inúmeras atrações sem chamar atenção, até cair nas graças do produtor Carl Reiner, que lhe deu seu primeiro personagem fixo na série “The Dick Van Dyke Show”. Mary despontou para o estrelato ao interpretar uma dona de casa suburbana, apesar de ter só 25 anos, casada com Dick Van Dyke, 11 anos mais velho que ela. Exibida entre 1961 e 1966, na rede americana CBS, “The Dick Van Dyke Show” também marcou seu primeiro choque com o conservadorismo americano. Afinal, ela aparecia na série de calças capri, em vez de vestidos. Os mais velhos reclamaram. E as calças viraram moda. Sucesso de público, a personagem Laura Petrie lhe rendeu sua primeira indicação ao Emmy em 1963, seguida por duas vitórias na premiação, em 1964 e 1966, que abriram as portas de Hollywood. E foi amor à primeira vista. O famoso sorriso de Mary chegou a roubar as cenas de Julie Andrews na comédia “Positivamente Millie” (1967), seduzir George Peppard em “À Caça de um Clandestino” (1968) e encantar até Elvis Presley em “Ele e as Três Noviças” (1969). A fama atingiu proporções tão grandes que os produtores da rede CBS lhe propuseram um negócio que poucas mulheres poderiam esperar naquela época: sua própria série, com seu nome, com ela própria produzindo, a partir de sua empresa, que ela ainda não tinha. Se o negócio a transformava numa das mulheres mais poderosas da indústria do entretenimento, “The Mary Tyler Moore Show”, que no Brasil foi exibida simplesmente como “Mary Tyler Moore”, também impressionou pela ousadia de sua temática feminista. O título confundia muita gente no Brasil, já que a personagem se chamava Mary Richards. Mas a mensagem não deixava dúvidas: aquela Mary era uma mulher sensacional. Ainda era 1970, e enquanto a maioria das atrizes da TV interpretava donas de casa, Mary era definitivamente solteira e não buscava um marido como objetivo de vida. Ao contrário, sua dedicação era ao trabalho e às amigas, ainda que a descrição da personagem dizia que ela não tinha “sorte no amor”. Primeira mulher independente da TV americana, Mary Richards era uma jornalista recém-chegada na cidade de Minneapolis, que conseguia um emprego numa estação de TV local. Na verdade, era tão incomum ver mulheres trabalhando em redações de telejornais, que Mary foi a primeira profissional feminina do programa fictício da série, e precisou enfrentar muito machismo para ser levada a sério. Sua personagem inclusive cobrava igualdade salarial aos colegas de trabalho do sexo masculino. Mas “Mary Tyler Moore” também mostrava a vida da personagem nas horas de folga, revelando a amizade com a senhoria idiossincrática, a vizinha fashionista e outras mulheres em diferentes estágios de vida, apresentando temas até então inéditos na TV, como – escândalo! – o uso de anticoncepcionais. O programa virou ícone feminista, mas também representou como poucos o zeitgeist da década de 1970. O mais impressionante é que o pioneirismo não espantou o público. Ao contrário, “Mary Tyler Moore” ficou no ar entre 1970 e 1977, rendendo grande audiência e mais prêmios para atriz. Ela concorreu ao Emmy durante todos os anos em que a série foi exibida, vencendo em mais três oportunidades. O sucesso foi tanto, que se desdobrou numa coleção de spin-offs, dedicados à amiga fashionista Rhoda (Valerie Harper), à senhoria Phyllis (Cloris Leachman) e ao editor Lou Grant (Edward Asner). Logo ao final da produção, a atriz despontou no cinema, vivendo uma mãe amargurada pela morte do filho mais velho no drama “Gente como a Gente” (1980), estreia na direção do ator Robert Redford. Pelo papel, foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz. A produção acabou vencendo o Oscar de Melhor Filme e Direção, e não falta, até hoje, quem considere estes prêmios um equívoco provocado pelo carisma de Redford, querido em Hollywood – “Gente como a Gente” e Redford venceram simplesmente a obra-prima “O Touro Indomável” e seu cineasta, Martin Scorsese. Em paralelo à produção, Richie, seu filho do primeiro casamento, morreu devido ao disparo acidental de uma espingarda, aos 24 anos. “Gente como a Gente” virou gente como Mary Tyler Moore. E ela sentiu o baque. Seja por qual motivo, o fato é que, o que parecia um começo promissor para sua carreira cinematográfica, acabou dando em nada. Ela teve apenas outro papel de protagonista no cinema, em “Só Entre Amigas” (1986), de Allan Burns, e pouquíssimos trabalhos de coadjuvante. A atriz também não conseguiu emplacar outra série de sucesso, mesmo usando seu nome (“The Mary Tyler Moore Hour” e “Mary”) como chamariz. Entretanto, sempre que a CBS produzia um especial de reencontro do elenco da “Mary Tyler Moore” original, a audiência disparava. Foram vários, entre eles um especial de aniversário de 20 anos, exibido em 1991, e um telefilme de duas horas, “Mary and Rhoda” (2000), que mostrava o que tinha acontecido com as duas grandes amigas, 30 anos depois. O sucesso desta produção rendeu nova reunião com todo o elenco, dois anos depois. A verdade é que a TV continuou cultivando a idolatria da série por anos a fio, a ponto de realizar um reencontro informal há pouquíssimo tempo, com todo as atrizes originais num episódio do sitcom “Calor em Cleveland” (Hot in Cleveland), exibido em 2013. Além de trabalhar como atriz, Mary experimentou colocar em prática o modo de vida que pregava diante das câmeras. Virou uma empresária bem-sucedida, após a companhia que criou para produzir “Mary Tyler Moore” em 1970, a MTM Enterprises, lançar novos sucessos nos anos 1980, como as séries aclamadas “Bob Newhart Show” e “Hill Street Blues”, além de produzir vários espetáculos na Broadway. O negócio foi vendido em 1988 por US$ 320 milhões, quando ela decidiu se “aposentar”. Com o dinheiro, passou a trabalhar apenas por prazer, fazendo o que realmente tivesse vontade. Com o tempo livre, Mary escreveu duas autobiografias, em que revelou os bastidores de sua tumultuada vida pessoal, reconhecendo ser alcóolatra, além de relatar o perigo que isso representava por sofrer de diabetes. Em 2011, ela foi diagnosticada com um tumor no cérebro, passou por uma cirurgia para a retirada de um meningioma – tumor benigno que se desenvolve nas meninges – , e parecia recuperada. A causa de sua morte não foi informada. Relembre abaixo o episódio piloto de “Mary Tyler Moore” e a versão punk rock de Joan Jett para a música-tema da atração.
Francine York (1938 – 2017)
Morreu a atriz Francine York, que participou de diversas séries clássicas, enfrentando até Batman na TV. Ela tinha 80 anos e faleceu na sexta (6/1) num hospital em Van Nuys, na Califórnia, após uma longa batalha contra o câncer. Nascido em Aurora, uma cidadezinha mineira de Minnesota em 1938, York disputou concursos de beleza e trabalhou como showgirl antes de virar modelo em comerciais de carros, no final dos anos 1950. Sua estreia na ficção foi num pequeno papel de recepcionista num episódio da série “Rescue 8”, de 1959. A maior parte de sua carreira foi composta por figurações na TV e no cinema. Uma dessas ocasiões foi um papel descrito como “sexy girl” em “Detetive Mixuruca”, comédia estrelada por Jerry Lewis em 1962. A pequena participação foi suficiente para Lewis convencer o estúdio a contratá-la para aparecer de seus próximos cinco filmes, entre eles sua melhor comédia, “O Professor Aloprado” (1963), em que York viveu uma estudante universitária. Logo, ela se viu contracenando até com Elvis Presley, no filme “Cavaleiro Romântico” (1965). Mas estes papeis em comédias de sucesso mal lhe permitiam falar em cena. Ela só foi conseguir destaque em filmes trash, alguns dos quais ganharam culto como “Wild Ones on Wheels” (1962), em que foi vítima de uma gangue de motoqueiros, “Mutiny in Outer Space” (1965), como capitã de uma nave espacial, e “The Doll Squad” (1973), no qual liderou uma equipe de espiãs internacionais. Pouco vistos na época, os filmes B não a transformaram em estrela. Mas ajudaram a popularizá-la no casting de TV, transformando York numa das figurantes favoritas dos estúdios televisivos. Ela participou de dezenas de séries clássicas, de “Os Intocáveis” a “Jeannie É um Gênio”, até começar a se destacar com aparições marcantes: como a alienígena Niolani em “Perdidos no Espaço”, como a deusa Vênus em “A Feiticeira”, como Miss Amanda Agnew, a parceira recorrente de Robert Wagner na série “O Rei dos Ladrões”, e principalmente como Lydia Limpet, capanga do vilão Traça (Roddy McDowell) na série “Batman”. Estes papéis foram o auge de sua carreira, mas mesmo pequenos marcaram a infância de gerações de fãs. Curiosamente, mesmo sem fazer grande sucesso, ela nunca se aposentou, aparecendo até como a sogra de Nicolas Cage no filme “Um Homem de Família” (2000). As figurações continuaram até recentemente, em séries como “Lois & Clark – As Novas Aventuras do Superman”, “Barrados no Baile”, “Las Vegas”, “O Rei do Queens”, “No Calor de Cleveland” e “Projeto Mindy”. No ano passado, ela participou do fanflic “Star Trek: Progeny” e estava dando os retoques finais em sua biografia quando morreu.
Sandra Giles (1932 – 2016)
Morreu Sandra Giles, atriz e pin-up de Hollywood, que estrelou diversos filmes de rock’n’roll e juventude transviada. Ela tinha 84 anos e morreu em 25 de dezembro, após uma longa batalha com uma doença autoimune. Loira platina, ao estilo de Marilyn Monroe, ela foi descoberta por um caçador de talentos enquanto trabalhava numa delicatessen, em Los Angeles. Num golpe bem orquestrado de marketing, acabou roubando os flashes dos paparazzi na première do filme “Um Amor de Professora” (1958), descendo de um cadillac inteiramente revestido de pelúcia rosa para o tapete vermelho. Ao ser mais fotografada que os astros do longa, chamou atenção da revista Life que lhe dedicou um ensaio fotográfico, intitulado “Como se tornar uma estrela”. A publicidade lhe rendeu seu primeiro papel no cinema, em “Daddy-O” (1958), um filme B em que contracenou com o cantor Dick Contino e dançou rock’n’roll. Ela apareceu em outro trash cultuado de juventude transviada, “Lost, Lonely and Vicious” (1958). E até conheceu Elvis Presley, ao participar de “Loiras, Morenas e Ruivas” (1963) num pequeno papel. Sua curta carreira ainda inclui dois outros filmes curiosos, “Sede de Crime” (1969), em que Rachel Welch era uma go-go dancer perseguida por um psicopata, e “O Justiceiro Negro” (1972), blaxploitation estrelada por Jim Brown. Mas ela fez muito mais séries que filmes, coadjuvando episódios de séries clássicas como “Peter Gunn”, “A Lei de Burke”, “The Odd Couple” e “Terra de Gigantes”. Mesmo assim, nada superou seus golpes publicitários, entre eles uma pintura nua que foi revelada na reabertura do Hotel Frontier em Las Vegas em 1966. Para completar, ela namorou o tenista Bobby Riggs durante a época da Batalha do Sexo, a partida de tênis histórica com Billie Jean King, que vai virar filme.
Minissérie sobre Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Johnny Cash ganha primeiro trailer
O canal pago americano CMT divulgou o primeiro trailer da minissérie “Sun Records”, anteriormente identificada como “Millon Dollar Quartet”, dedicada à primeira geração do rock. Como a prévia destaca, a trama se passa no começo dos anos 1950 e gira em torno dos artistas mais famosos da gravadora Sun: Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Johnny Cash. A minissérie pretende contar a história da Sun Records, que deu origem ao rock’n’roll, destacando seus artistas, desde as primeiras sessões de Ike Turner e o surgimento do rockabilly com Carl Perkins, refletindo também a época, marcada por grandes mudanças políticas e agitação social. Chad Michael Murray (série “Agent Carter”) é o nome mais conhecido da produção, como o produtor Sam Phillips, dono da Sun Records. O resto do elenco foi preenchido com testes abertos, realizados na escola em que Elvis estudou em Memphis, cidade onde a trama acontece. Drake Milligan, que já viveu Elvis num curta de 2014, repetirá a dose na minissérie, Kevin Fonteyne (série “Masters of Sex”) será Johnny Cash, Dustin Ingram (“Cabana do Inferno”) atuará como Carl Perkins e os gêmeos Christian Lees e Jonah Lees (ambos de “O Conto dos Contos”) viverão Jerry Lee Lewis e seu primo pastor Jimmy Swaggart. A produção está a cargo de Leslie Greif, criador da série clássica de ação “Walker, Texas Ranger”, estrelada por Chuck Norris nos anos 1990. A estreia vai acontecer em 23 de fevereiro nos EUA. Além da minissérie, também está em desenvolvimento um filme sobre o mesmo tema, que pode trazer Leonardo DiCaprio (“O Regresso”) no papel de Sam Phillips.
Al Caiola (1920 – 2016)
Morreu o guitarrista Al Caiola, que tocou em trilhas clássicas do cinema e da TV. Ele tinha 96 anos e morreu de causas naturais na quarta (9/11), em uma casa de repouso em Nova Jersey. Versátil, Caiola tocou com alguns dos pioneiros do rock, como Buddy Holly, Elvis Presley e Del Shannon (é dele a melodia da guitarra do hit “Runaway”), e também com crooners como Frank Sinatra e Tony Bennett. No final dos anos 1950, assinou com a United Artists para trabalhar como músico das produções do estúdio, tornando-se celebrado pelas palhetadas melódicas ouvidas na trilha do famoso western “Sete Homens e um Destino” (1960) e na abertura da série “Bonanza” (1959 -1973). Também tocou no suspense “Escravas do Medo” (1962) e fez a guitarra principal da canção “Mr. Robinson”, de Simon & Garfunkel, grande sucesso da trilha de “A Primeira Noite de um Homem” (1967). Mas sua fama acabou mesmo ligada às produções de western, graças à iniciativa da UA em lhe encomendar versões “pop” dos temas do gênero. Por conta disso, ele lançou vários discos com gravações de músicas de séries como “Chaparral”, “Caravana”, “Paladino do Oeste” e outras. Aproveite e relembre abaixo alguns de seus maiores sucessos de cinema, além de conferir um vídeo recente de uma de suas últimas apresentações ao vivo.
Leonardo DiCaprio vai descobrir Elvis Presley e inventar o rock na cinebiografia de Sam Phillips
Leonardo DiCaprio vai viver “o homem que inventou o rock’n’roll” na cinebiografia de Sam Phillips. Segundo o site The Wrap, a Paramount Pictures adquiriu os direitos do livro “Sam Phillips: The Man Who Invented Rock‘N’Roll” para o astro produzir e estrelar. O filme será desenvolvido pela produtora Appian Way, de DiCaprio, e contará a história de como o dono de uma pequena gravadora do interior dos EUA descobriu Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Roy Orbison, Johnny Cash, Carl Perkins, Ike Turner e muitos outros, gravando um som que ninguém nunca tinha ouvido antes. A história de Sam Phillips é metade fato e metade ficção. Virou folclore oral, de tantos causos que originou. Desde a premissa de que ele ficaria milionário se encontrasse um branco que cantasse música negra, numa deixa para a entrada acidental de Elvis em sua empresa, querendo gravar um disco de presente para sua mãe, até a origem do primeiro compacto do rock, “Rocket 88”, que registou som distorcido porque o amplificador de Ike Turner caiu do carro a caminho do estúdio. O fato é que os discos lançados pela pequena Sun Records, no Memphis, mudaram a história da música popular americana. Ou melhor, a música do planeta. E se há dois filmes sobre o estouro do blues via Chess Records, já era hora de alguém contar a origem do rock nos anos 1950, tendo como guia a discografia da Sun Records. Embora um roteirista ainda não tenha sido contratado, a boa notícia é que autor do livro é Peter Guralnick, um dos maiores especialistas na história da música popular americana e maior autoridade crítica sobre Elvis Presley, graças a duas obras obrigatórias, “Last Train to Memphis: The Rise of Elvis Presley” e “Careless Love: The Unmaking of Elvis Presley”, sobre a ascensão e a queda do Rei do Rock. Curiosamente, antes de virar livro, “Sam Phillips: The Man Who Invented Rock‘N’Roll” foi filme: um documentário do canal pago americano A&E, exibido em 2000, com roteiro do próprio Guralnick e direção de Morgan Neville, vencedor do Oscar de Melhor Documentário por “A Um Passo do Estrelato” (2013). O livro só foi publicado no ano passado.
Elvis Presley casa Shia LaBeouf e Mia Goth em Las Vegas. E há um vídeo para provar
Os atores Shia LaBeouf e Mia Goth se casaram em uma capela de Las Vegas na segunda-feira (10/10), numa cerimônia íntima, ministrada por um imitador de Elvis Presley. Só vendo o vídeo para acreditar. Apesar da fantasia do “padre”, o casamento é legal. Shia e Mia namoram desde 2012. Os dois se conheceram durante as filmagens de “Ninfomaníaca”, de Lars von Trier e, inclusive, já vieram juntos ao Brasil. E também já brigaram publicamente e grandiosamente diante de testemunhas com celulares e contas no YouTube.
Lenda do rock Roy Orbison vai ganhar cinebiografia
O lendário roqueiro Roy Orbison vai ganhar uma cinebiografia. O site Deadline informou que os herdeiros do cantor de “Oh, Pretty Woman”, “In Dreams”, “Only the Lonely” e outros hits eternos se juntaram para produzir o filme, que está sendo escrito pela dupla Ray Gideon e Bruce Evans, responsável pelos clássicos “Starman – O Homem das Estrelas” (1984) e “Conta Comigo” (1985), além do bom suspense “Instinto Secreto” (2007). Intitulado “The Big O: Roy Orbison”, o filme vai lidar com uma história cheia de tragédias e triunfos, sobre um cantor que tinha uma voz tão perfeita que causava inveja em Elvis Presley e até em roqueiros atuais como Bruce Springsteen, e foi tão popular que teve sua turnê inglesa dos anos 1960 aberta pelos Beatles! Roy Orbison era um dos poucos pioneiros do rock’n’roll que ainda não tinha recebido atenção de Hollywood. Seus companheiros de gravadora Johnny Cash (“Johnny and June”) e Jerry Lee Lewis (“A Fera do Rock”) já ganharam filmes e Elvis Presley teve duas produções televisivas sobre sua vida. Os quatro, mais o rockabilly Carl Perkins, popularizaram o rock nos anos 1950, a partir de lançamentos da pequena gravadora Sun Records, em Memphis, no Tennessee. Cada um dos dos pioneiros teve um destino diferente. No caso de Orbison, não foi o vício (Cash), o escândalo sexual (Lewis), um acidente de moto (Eddie Cochran), de avião (Buddy Holly) ou o excesso de remédios (Elvis) que custou sua carreira, mas a depressão. Ele sofreu um grande baque nos anos 1960 devido a uma série de tragédias pessoais, com a morte de sua esposa Claudette em um acidente de moto, que ele presenciou, e de seus filhos mais velhos em um incêndio em casa, enquanto estava em turnê. O cantor levou quase duas décadas para se recuperar, mas deu a volta por cima, com um novo casamento e sendo redescoberto por uma nova geração, graças ao modo espetacular com que David Lynch usou “In Dreams” no filme “Veludo Azul” (1986) e à formação de uma superbanda com Bob Dylan, Tom Petty, Jeff Lynne e George Harrison, chamada Traveling Wilburys, em 1988. Orbison voltou a fazer sucesso já cinquentão. Mas, infelizmente, sofreu um ataque cardíaco fulminante quando estava se preparando para lançar seu disco de retorno, aos 53 anos de idade. O álbum rendeu “You Got It”, um dos maiores sucessos de sua carreira, que o colocou de volta no Top 10 da Billboard após 25 anos. Para completar, dois anos depois de sua morte, o filme “Uma Linda Mulher” (1990) relançou o hit “Oh, Pretty Woman” em todas as rádios do mundo. “A história de meu pai é uma viagem fantástica”, disse Alex Orbison. “Ele era tão inspirador como pessoa, porque, depois de tudo o que passou, o bom e o mau, ele ainda tinha uma visão positiva da vida, e era gentil e maravilhoso. O filme irá espelhar a história como uma música Roy Orbison: entre triunfo e tragédia, às vezes perdendo a menina e, por vezes, ficando com a menina, e terminando numa nota alta. A história de vida de nosso pai tem uma qualidade cinematográfica inegável e sentimos que a narração está em mãos extremamente capazes com Bruce e Ray”.







