Globo de Ouro vai homenagear carreira de Ellen DeGeneres
A comediante americana Ellen DeGeneres receberá um Globo de Ouro em reconhecimento à sua carreira de 25 anos na televisão dos Estados Unidos, anunciaram nesta segunda-feira (4/11) os integrantes da Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), responsável pela premiação. DeGeneres será a segunda homenageada do Prêmio Carol Burnett, oferecido à própria Burnett na cerimônia de janeiro do Globo de Ouro. Uma das celebridades LGBTQIA+ mais proeminentes dos Estados Unidos, DeGeneres iniciou a carreira no stand-up e depois migrou para a TV, onde fez história à frente do sitcom “Ellen” (1994–1998), ao se assumir lésbica na trama e na vida real, numa época em que isso ainda poderia prejudicar sua carreira. Depois disso, ainda dublou a peixinha neurótica Dory nas animações “Procurando Nemo” (2003) e “Procurando Dory” (2016), e atualmente comanda o talk show “The Ellen DeGeneres Show”, um dos programas mais populares da TV americana. “Além de seu sucesso na televisão, ela é uma ativista e filantropa, emprestando sua voz àqueles que não a têm e espalhando gentileza e alegria graças ao poder de sua plataforma”, disse Lorenzo Soria, presidente da HFPA. A atriz e apresentadora de de 61 anos já recebeu as duas maiores honrarias dos Estados Unidos: a Medalha Presidencial da Liberdade e o Prêmio Mark Twain de Humor Americano. O Prêmio Carol Burnett foi criado pela HFPA no ano passado como contraponto televisivo ao Prêmio Cecil B. DeMille, que desde 1951 homenageia carreiras cinematográficas. A cerimônia do Globo de Ouro, que premiará atrações da TV e do cinema, será realizada em Los Angeles no dia 5 de janeiro de 2020.
Ellen DeGeneres recebe condecoração de Barack Obama por sua coragem e pioneirismo
A comediante Ellen DeGeneres não conteve as lágrimas ao receber das mãos do presidente Barack Obama, a Medalha da Liberdade, a maior honraria concebida a civis pela Casa Branca. Ela e o ex-jogador de basquete Michael Jordan foram as celebridades mais destacadas pelo discurso do presidente americano, na cerimônia realizada na terça (22/11), que também condecorou os atores Tom Hanks, Robert Redford, Robert De Niro e o cantor Bruce Springsteen. Enquanto Michael Jordan foi celebrado como sinônimo de excelência, Ellen foi lembrada como ícone da coragem. “É fácil esquecer agora, em que chegamos tão longe e há igualdade no casamento perante à lei, a coragem que foi necessária para Ellen se assumir há quase 20 anos”, lembrou o chefe de estado dos Estados Unidos, evocando a iniciativa da comediante em se assumir lésbica publicamente, em sua então popular série de comédia “Ellen” (1994–1998). Ele declarou que a coragem da atriz impactou a todos, e não só a comunidade LGBTQ. “Como isso foi importante. Ver alguém tão repleta de bondade e luz, alguém de quem gostamos muito, alguém que poderia ser nosso vizinho, nosso colega ou nossa irmã, desafiar as nossas próprias suposições nos lembrando que temos mais em comum do que percebemos”, destacou. “E que fardo impressionante para ser carregado. Arriscar a sua carreira dessa forma. As pessoas geralmente não fazem isso. E então ter a esperança de milhões em seus ombros”, continuou Obama, celebrando o pioneirismo da atriz, que, embora tenha sofrido rejeição do grande público nos primeiros anos, resultando na queda de audiência e cancelamento de “Ellen”, deu a volta por cima conquistando seu próprio programa de entrevistas, que lidera a audiência das tardes da TV americana, horário mais assistido pelo público feminino nos EUA. Ellen DeGeneres se emocionou muito ao ouvir as palavras de Obama e, em seu Twitter, falou brevemente sobre a homenagem. “Que dia maravilhoso”, resumiu. Ao todo, Barack Obama reuniu 21 pessoas para realizar sua última homenagem a seus ídolos como presidente dos EUA. “Todo mundo neste palco conseguiu me comover pessoalmente de uma forma muito poderosa, de formas que provavelmente não podem ser imaginadas. Me ajudaram a ser quem sou”, ele disse, ao concluir a cerimônia na Ala Leste da Casa Branca.

