Jamie Lee Curtis diz que Eliza Dushku trouxe à tona o abuso de crianças em Hollywood
A atriz Jamie Lee Curtis, que interpretou a mãe da personagem de Eliza Dushku em “True Lies” (1994), revelou que a amiga tinha lhe contado sua história de abuso sexual “há alguns anos atrás” e que, apesar disso, continuava a ficar chocada e entristecida com o relato “até hoje”. Curtis escreveu um artigo para o site Huffington Post neste domingo (14/1), ponderando o novo horror que a denúncia de Dushku representava. “Todos começamos a despertar para o fato de que abusos terríveis, que agora viraram notícias diárias, aconteciam o tempo inteiro no passado”, ela apontou. “Estes relatos freqüentemente são acompanhados por contestações dos perpetradores de que, como adultas, as vítimas teriam consentido com os atos. Mas a história de Eliza agora nos desperta do nosso sono de negação para uma realidade nova e horrível. O abuso de crianças”. Dushku revelou ter sido abusada aos 12 anos de idade, durante as filmagens de “True Lies”, pelo coordenador de dublês Joel Kramer, num texto publicado em seu Facebook no sábado (13/1). “Lembro-me de como ele me deitou na cama e me prendeu com seu corpo gigantesco, e começou a se esfregar em mim”, escreveu a atriz, acrescentando ter se sentido ameaçada para não contar nada, chegando a sofrer um “acidente” durante as filmagens, depois que Kramer, responsável por sua segurança nas cenas de ação, descobriu que ela falou para sua agente. Lembrando do acidente, Curtis considerou que a história de Dushku era agravada pelo fato de o agressor acusado ser alguém que “estava literalmente encarregado de nossas vidas, nossa segurança”. Ela ainda aponta que “muitos de nós envolvidos em ‘True Lies’ somos pais. Jim, Arnold e eu. Pais de filhas. O que alegadamente aconteceu com Eliza, longe do nosso alcance, é uma coisa terrível, difícil de saber e de aceitar”. “A verdade nos libertará”, ela completa. “Espero que essa liberdade [de contar a verdade] traga uma nova capacidade para se denunciar abuso e, quando esse abuso ocorrer, gerar ações rápidas e consistentes, para que ninguém mais precise esperar 25 anos para que sua verdade seja ouvida”.
Testemunhas de Eliza Dushku acusam produtora de True Lies de saber dos abusos e não fazer nada
Duas pessoas próximas de Eliza Dushku na época dos abusos denunciados pela atriz, sua agente JoAnne Colonna e sua guardiã nas filmagens, Sue Booth-Forbes, confirmaram a veracidade da acusação contra o coordenador de dublês Joel Kramer durante a produção de “True Lies” (1994). Na época, a atriz tinha 12 anos. Num longo texto publicado em seu Facebook no sábado (13/1), a atriz relatou como foi abusada por Kramer. “Lembro-me de como ele me deitou na cama e me prendeu com seu corpo gigantesco, e começou a se esfregar em mim”, contou Eliza em seu Facebook. E de como se sentiu ameaçada para não falar nada, chegando a sofrer um “acidente” durante as filmagens, depois que o coordenador de dublês, responsável por sua segurança nas cenas de ação, descobriu que ela contou o abuso para sua agente. Colonna representava Dushku quando a jovem conseguiu o papel em “True Lies”, para viver a filha de Arnold Schwarzenegger e Jamie Lee Curtis, e se apresentou como a “amiga adulta” que ela menciona em seu relato, a quem havia confiado seu “terrível segredo”. Ao saber da história, a agente peitou o coordenador de dublês e denunciou o caso à produção do filme. O resultado? Uma repreensão da produtora Rae Sanchini, responsável pelas filmagens, que teria lhe dito: “O que uma menina de 12 anos estava fazendo com a equipe tarde da noite?”. “Ninguém fez nada”, Colonna relatou. Sue Booth-Forbes também levou o caso a Sanchini e a denúncia “não chegou em lugar nenhum”. Ou melhor, como Dushku contou, rendeu um acidente muito suspeito logo em seguida, durante uma cena de ação sob controle de Kramer. “Eu fui com ela ao hospital e posso garantir que ela se feriu e fraturou as costelas. Certamente, existem registros médicos em algum lugar para provar isso”, afirmou, contrariando declaração de Kramer, que disse que ela reclamava de um “machucadinho”. Diante da repercussão da denúncia, Sanchini divulgou uma declaração em que nega qualquer conhecimento prévio do abuso – o que é contrariado pelas testemunhas de Eliza. “Fiquei chocada e entristecida por ler a história de Eliza sobre o abuso sexual que sofreu durante a filmagem de ‘True Lies’. Ela tem meu apoio total e simpatia”, disse Sanchini, acrescentando: “Eu quero declarar que, até ontem, eu não sabia de nenhum caso ou acusação de assédio sexual ou ataque contra Eliza. Se eu soubesse, teria tomado medidas imediatas e vigorosas”. JoAnne Colonna e Sue Booth-Forbes afirmam que procuraram a produtora para denunciar Kramer. Ela foi informada. E não tomou “medidas imediatas e vigorosas”. Na verdade, não tomou medida alguma. O diretor James Cameron, que comandou o filme, também veio à público neste domingo (14/1) afirmar que não sabia de nada e que teria agido “sem piedade” se soubesse do abuso. Sanchini trabalha nos filmes de Cameron desde “True Lies” – foi produtora de “Titanic” (1997) e consultora de “Avatar” (2009). Ela nunca mais contratou os serviços de Joel Kramer após o longa de 1994.
James Cameron aplaude coragem de Eliza Dushku e diz que agiria “sem piedade” se soubesse do abuso
O diretor James Cameron se manifestou após a denúncia de Eliza Dushku de que sofreu abuso sexual durante as filmagens de “True Lies”, clássico do cinema de ação. Ela interpretou a filha de Arnold Schwarzenegger e Jamie Lee Curtis na produção de 1994 e acusa Joel Kramer, coordenador de dublês do filme. Na época, ela tinha 12 anos. Cameron disse que teria agido “sem piedade” se ele soubesse o que Eliza Dushku passou no set de seu filme. A afirmação foi feita durante o evento de imprensa semestral da TCA (Television Critics Association), em que Cameron apresentou seu projeto “Visionaries”, que contará a história da ficção científica. “Acabei de ouvir sobre isso, mas, obviamente, Eliza é muito corajosa por falar, e acho que todas as mulheres que estão denunciando querem um acerto de contas agora”. Expressando uma necessidade de mudança em todo o quadro, Cameron continuou: “Eu acho que isso tem sido endêmico em todos os sistemas humanos, e não apenas em Hollywood. A diferença é que Hollywood vitimou mulheres que eram desconhecidas há 10, 15, 20 anos atrás, mas hoje elas são famosas e conseguem ter uma voz mais alta quando se apresentam, então parabéns para elas por fazê-lo, e eu estou feliz que Eliza tenha feito isso. Mas é simplesmente doloroso o que aconteceu com ela”. Cameron lembra do homem que Dushku está acusando de molestá-la. “Eu conheço a outra parte, não tão bem, porque ele não trabalhou mais para mim desde então”, disse ele, “mas o fato de que isso estava acontecendo sob nossos narizes, e nós não sabíamos disso…” O diretor disse que não tinha ideia do que estava acontecendo porque ele sempre se distanciou de relacionamentos interpessoais nos sets, já que geralmente fica muito focado em seu processo criativo. “Os diretores são historicamente muito alheios às coisas interpessoais que estão acontecendo nos sets”, disse ele. “Se eu soubesse disso, não haveria piedade. Agora, especialmente que eu tenho filhas, realmente não teria tido piedade”. Claramente, Cameron sentiu-se perturbado a nível pessoal pelo testemunho de Eliza, apesar da esperança de que as coisas mudem em todas as indústrias. “Eu acho que este é um ótimo momento na história, infelizmente baseado em tragédias pessoais para tantas dessas mulheres. Isso não é um julgamento sobre Hollywood, isso não é um julgamento sobre os americanos, este é um julgamento sobre a raça humana. Esta merda vem acontecendo desde o primeiro dia…” “Espero que possamos criar uma nova prática na indústria para fazer o máximo que pudermos para mudar isso”, ele apontou. “É importante para todas as indústrias e, certamente, Hollywood, criar uma forma segura para que as pessoas possam denunciar qualquer um que possa ser um predador ou um agressor, e que isso seja encorajado e não haja vergonha por isso, haja consequências”.
Eliza Dushku revela ter sofrido abuso sexual nas filmagens de True Lies, quando tinha 12 anos
A atriz Eliza Dushku, estrela das séries clássicas “Buffy: A Caça-Vampiros” e “Dollhouse”, revelou ter sido abusada sexualmente nos anos 1990, enquanto filmava “True Lies”, do diretor James Cameron. Ela interpretou a filha de Arnold Schwarzenegger e Jamie Lee Curtis na produção de 1994 e acusa Joel Kramer, coordenador de dublês do filme. Na época, ela tinha 12 anos. “Eu me lembro como Joel Kramer me fez sentir especial, como ele metodicamente construiu a minha confiança e a dos meus pais por meses; exatamente como ele me atraiu para o seu quarto de hotel ao prometer para os meus pais que me levaria para nadar na piscina com o restante do elenco. Lembro vividamente como ele metodicamente diminuiu as luzes; como ele deixou o ar-condicionado em uma temperatura congelante; como ele desapareceu no banheiro e depois voltou nu, usando apenas uma toalha de rosto na frente. Lembro-me de como ele me deitou na cama e me prendeu com seu corpo gigantesco, e começou a se esfregar em mim”, contou Eliza em seu Facebook. Além do relato, Eliza afirmou que sofreu um acidente no set de filmagem logo após uma integrante mais velha do elenco ter confrontado Kramer sobre o abuso. A atriz quebrou algumas costelas e passou uma noite no hospital. “Para deixar claro, Joel Kramer era o responsável pela minha segurança no filme, que na época foi um marco no cinema de ação. Diariamente, ele pendurava o meu corpo de 12 anos em fios. Minha vida estava literalmente em suas mãos: ele me erguia ao ar livre, em uma torre ou no topo de um prédio. Para quem deveria ser o meu protetor, ele era meu abusador”. Em entrevista ao site The Wrap, Kramer negou as acusações. “Uau, isso é novidade para mim. Eu nunca a abusei. Ela era uma garota doce. Todos nós cuidamos dela, então isso é surpreendente. Estou chocado. Não sei por que ela está dizendo isso. Nós a levamos para jantar e depois a levamos para nadar na piscina do nosso hotel”. “Eu gostava da Eliza. Agora ela pode acabar com a minha carreira”, completou Kramer. A atriz foi vista recentemente nas séries “Banshee” e “Bull”, e participou de um piloto recusado para coestrelar o remake da série clássica “The Saint” (O Santo).
Banshee: Veja o trailer da última temporada da série mais violenta da TV americana
O canal pago americano Cinemax divulgou o trailer da 4ª e última temporada de “Banshee”, a série mais violenta – e subestimada – da TV americana. A prévia promete muitos ajustes de contas, tiros, explosões e incêndios, além de lidar com a verdade sobre a identidade do xerife vivido por Anthony Starr (“Desafiando os Limites”). Criada pelos estreantes Jonathan Tropper e David Schickler, e com produção de Alan Ball (criador de “True Blood”), a série se passa na cidadezinha do título, que convive com uma reserva indígena e uma comunidade Amish, para onde se muda um criminoso (Starr) que assume a identidade do novo xerife local. Administrando a lei da forma que bem entende, ele acaba ganhando respeito entre as forças criminais e desconfiança da justiça local. Suas atitudes, porém, levam a um acirramento de ânimos e, na última temporada, rendeu cenas de ultraviolência nunca antes vistas na TV. A 4ª temporada será a menor de toda a série, com apenas oito episódios, e contará com a participação da atriz Eliza Dushku (séries “Buffy” e “Dollhouse”), vista brevemente no trailer, no papel de uma agente do FBI. A atração volta a ser exibida no dia 1º de abril nos Estados Unidos.



