Estreia no Brasil a série sobre Hugo Chávez que foi proibida na Venezuela
O canal pago TNT estreia nesta segunda (6/3) no Brasil a série “Hugo Chávez – O Comandante”, que criou polêmica e foi proibida na Venezuela. Simpatizantes do ex-presidente venezuelano alegam que a atração produzida pela Sony suja a imagem de Chávez. Entre os críticos estão Nicolás Maduro, seu sucessor, e Marisabel Chávez, sua viúva. O Conatel, órgão que regula as telecomunicações venezuelanas, até criou a campanha “Aqui não se fala mal de Chávez” ao proibi-la. Na verdade, a produção da Sony Pictures Television foi mal-vista desde seu anúncio, a começar pela escolha do ator que interpreta Chaves, o colombiano Andrés Parra, que ficou conhecido na América Latina por ter interpretado o narcotraficante Pablo Escobar na série “Pablo Escobar: O Senhor do Tráfico”. Maduro chegou a anunciar que seu governo faria um filme e uma série de televisão sobre Hugo Chávez em resposta à iniciativa “abusada” dos imperialistas de Hollywood. A série da Sony, entretanto, avisa que a atração é uma ficção, apesar de baseada em fatos reais. Antes de trazer qualquer imagem, alerta que alguns fatos podem não ter acontecido e que há episódios inventados. Entre os fatos abertos a debate estão, logo no primeiro episódio, a participação de Chávez no malsucedido golpe militar de 1992. Além de ser visto como falastrão, Chavez aparece titubeando quando o exército do governo Carlos Andrés Pérez ataca os homens que comandava, dando a entender que se acovardou. “Estamos fazendo uma história baseada em fatos reais, mas buscamos o drama. É entretenimento”, disse o diretor Henry Rivero ao site mexicano Cinepremiere. E um entretenimento com orçamento de superprodução. Gravada na Colômbia, a atração usou mais de 200 cenários e investiu em muitos efeitos visuais. Mas nem toda a polêmica ajudou a atração a decolar na audiência. “El Comandante” é atualmente a série menos vista da televisão colombiana. Veja abaixo dois vídeos de bastidores da produção:
El Comandante: Trailers da série mostram Hugo Chávez violento e sedutor
Surgiram os primeiros trailers de “El Comandante”, a série baseada na vida do Hugo Chávez. As cenas retratam o ex-presidente venezuelano com um homem violento e sedutor, capaz de mobilizar massas e conquistar mulheres, o que desagradou frontalmente aos chavistas. Na verdade, a produção da Sony Pictures Television foi mal-vista desde seu anúncio, a começar pela escolha do ator que interpreta Chaves, o colombiano Andrés Parra, que ficou conhecido na América Latina por ter interpretado o narcotraficante Pablo Escobar na série “Pablo Escobar: O Senhor do Tráfico”. O presidente Nicolás Maduro chegou a anunciar que seu governo faria um filme e uma série de televisão sobre Hugo Chávez em resposta à iniciativa “abusada” dos imperialistas de Hollywood. Mas até a oposição viu problemas nas prévias, já que as cenas picantes e heroicas poderiam promover a idealização do ex-presidente. Superprodução gravada em quatro países, a séria será composta por 60 capítulos e terá distribuição internacional. Na América do Sul, a exibição estará a cargo do canal pago TNT, mas ainda não há previsão para a estreia.
Governo da Venezuela vai produzir filme e série sobre Hugo Chavez
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que seu governo fará um filme e uma série de televisão sobre a vida de Hugo Chávez em resposta à iniciativa “abusada” da Sony Pictures, que também prepara um programa sobre o ex-“comandante” do país, falecido em 2013. “Decidimos fazer o filme e a série de Hugo Chávez a partir da terra e do espírito original. Não vai vir uma transnacional para desfigurar o nosso Hugo Chávez”, declarou Maduro, em tom de denúncia e jactação, durante ato oficial transmitido pela televisão pública venezuelana. Em maio, a Sony Pictures anunciou no Twitter o início das gravações da série televisiva “Hugo Chávez, o Comandante” e divulgou o cartaz promocional com o slogan “o poder da paixão e a paixão pelo poder”, causando revolta, entre outros detalhes, pela escalação do ator colombiano Andrés Parra como Chavez. É que ele interpretou Pablo Escobar numa série sobre a vida do traficante… O filme chapa branca será dirigido pelo cineasta venezuelano Román Chalbaud e o roteiro está a cargo do escritor Luis Britto García. Os dois fizeram juntos “Zamora: Tierra y Hombres Libres”, cinebiografia de Ezequiel Zamora, comandante da revolução federalista e um dos mais populares líderes venezuelanos do século 19. O Brasil já teve uma experiência bem sucedida de cinebiografia usada como propaganda política. “Lula, o Filho do Brasil” foi financiado por três empreiteiras “camaradas” durante o governo do próprio homenageado. Melhor que isso, também foi escolhido – e por unanimidade! – pela comissão do Ministério da Cultura do mesmo governo Lula para representar o país no Oscar. Para completar, chegou aos cinemas em 2010, ano de eleição presidencial. Tudo, claro, democraticamente, como costumam dizer.
Sony anuncia série sobre Hugo Chavez e cria polêmica na Venezuela
A Sony anunciou a produção de “El Comandante”, uma série sobre a vida de Hugo Chavez, ex-presidente da Venezuela, cuja popularidade só não foi maior que as polêmicas em que se envolveu e a crise econômica em que mergulhou seu país. Polêmicas que continuam mesmo após sua morte, agora envolvendo esta produção. A atração será estrelada pelo colombiano Andrés Parra, que interpretou Pablo Escobar em uma série sobre a vida do traficante, e terá 60 episódios. Chamando a oportunidade de “papel de sua vida”, Parra já divulgou um pôster da produção, que só começará a ser gravada a partir de junho. O material inclui a frase: “O poder da paixão e a paixão pelo poder”. A vice-presidente sênior e diretora-geral de produção da Sony Pictures Television para a América Latina e a comunidade hispânica nos Estados Unidos, Angelica Guerra, afirmou que “El Comandante” será uma das produções mais ambiciosas do canal, com centenas de figurantes e locações em vários países. Grandioso, o projeto deve movimentar gerar muitos empregos e envolver diversos parceiros, movimentando a economia da América do Sul. Menos, claro, a economia em estado falimentar da Venezuela. A obra não deve ganhar permissão para ser gravada no país e será contestada judicialmente. O deputado governista Diosdado Cabello, um dos principais líderes do chavismo, já informou, durante seu programa de televisão no canal estatal VTV, que está investigando se o estúdio tem o direito de produzir a atração. Cabello alegou que, para fazer uma produção como esta, o mínimo necessário deveria ser a autorização do personagem ou de seus familiares, algo que, segundo ele, não foi feito. Além disso, Cabello declarou que a escolha do intérprete de Chavez, o mesmo de Pablo Escobar, já era uma “provocação”. Segundo ele, a intenção da série é “tentar causar prejuízo à memória do comandante Hugo Chávez, e nós devemos defender Hugo Chávez”. “Tenho certeza que o imperialismo está metido nisto”, sintetizou o deputado governista, exatamente como faria uma caricatura de político de esquerda da América Latina nos anos 1960. Confira o cartaz abaixo. Ou grite “Abaixo o imperialismo”, “Não Passarão” e “Não vai ter golpe”.


