Netflix aposta em nova “Bridgerton” com adaptação de “A Idade da Inocência”
Plataforma encomenda minissérie inspirada no clássico de Edith Wharton com roteiro da criadora de "The White Queen"
Apple TV+ renova “Os Bucaneiros” para 2ª temporada
A Apple TV+ renovou a série “Os Bucaneiros” (The Buccaneers) para uma 2ª temporada. “Tem sido uma emoção total ver pessoas de todo o mundo se apaixonarem por esses personagens, que ganharam uma vida tão vibrante por nosso elenco espetacular”, disse a criadora da série Katherine Jakeways (“Tracey Ullman’s Show”), em comunicado. “Sabemos que a 1ª temporada deixou o público desesperado para saber o que vem por aí para nossos bucaneiros, então estou absolutamente encantada por ter a oportunidade de explorar as novas aventuras desta irmandade inteligente, alegre e confusa”. Quem são os bucaneiros? Lançada em novembro, a série é uma adaptação da obra inacabada de mesmo nome, escrita por Edith Wharton (1862-1937). Os bucaneiros do título – significa piratas ou saqueadores – , na verdade, são um erro de tradução em português, já que as protagonistas são mulheres. A trama passa nos anos 1870 e acompanha cinco jovens americanas endinheiradas que, buscando ascender socialmente, atravessam o Atlântico rumo à sociedade londrina para encontrar maridos aristocratas. A história avança com as peripécias e os choques culturais enfrentados por essas mulheres, que buscam não apenas maridos, mas também autonomia e aceitação em um contexto de rigidez social. A presença delas na alta sociedade britânica causa alvoroço e admiração, e suas experiências vão desde a descoberta de identidades sexuais até a confrontação de violências domésticas. A produção se destaca por sua abordagem moderna, com uma trilha sonora contemporânea que contrasta com o cenário de época e um elenco jovem e atraente, onde Kristine Froseth (“Quem É Você, Alasca?”) brilha no papel de Nan St. George, a protagonista da narrativa. Vale apontar que o drama de época tem bastante em comum com “Bridgertown”, uma vez que ambos retratam bailes de debutantes e contratos de casamento. No entanto, a atração da Apple TV+ tem clima mais moderno e as histórias de amor enfocadas vão além de romances, destacando a forte amizade entre as protagonistas – a verdadeira história de amor da série. As personagens principais são retratadas com uma complexidade que vai além do esperado para o gênero, desafiando as expectativas e apresentando uma crítica social implícita na própria trama. Nesse contexto, o casamento de Conchita Closson (Alisha Boe, de “13 Reasons Why”) com Lord Richard Marable (Josh Dylan, de “Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”) é apenas o início de uma série de eventos que colocam em cheque as normas culturais e sociais da época. Confira o trailer da temporada inaugural.
Sofia Coppola vai desenvolver série para a Apple
A cineasta Sofia Coppola (“O Estranho que Nós Amamos”) vai criar, escrever e dirigir uma nova atração para a Apple TV+. Intitulada “The Custom of the Country”, a produção será uma minissérie baseada no livro homônimo de Edith Wharton, publicado em 1913. A trama acompanha a vida de Undine Spragg, uma jovem do interior que busca ascensão na sociedade de Nova York. “Undine Spragg é minha anti-heroína literária favorita e estou animada em trazê-la para a tela pela primeira vez”, disse Coppola, em comunicado. Edith Wharton pertencia a uma das famílias mais ilustres de Nova York. Ela atingiu popularidade como escritora em 1905, quando seu romance “The House of Mirth” se tornou best-seller e atraiu interesse da então nascente indústria cinematográfica – foi adaptado para o cinema em 1918. Ao longo da vida, ela publicou mais de 40 títulos, entre romances, contos, poesias e ensaios, tornando-se a primeira mulher a ganhar o Prêmio Pulitzer. Vários de seus livros já foram filmados, incluindo sua obra mais famosa, “A Época da Inocência”, publicada em 1920, que ganhou três versões, a mais recente com direção de Martin Scorsese (em 1993). Apesar disso, a produção de Coppola será a primeira adaptação de “The Custom of the Country”. A obra se destaca por trazer uma personagem que costuma ser descrita como uma das heroínas mais cruéis da literatura. Undine Spragg é tão bela quanto inescrupulosa, e sua ascensão de nova rica à dama da alta sociedade é uma jornada pouco louvável de alpinismo social, ganância, materialismo e ambição desmensurada. Ainda não há previsão para o começo das gravações ou para a estreia da produção.


