O Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro está investigando as gravações da série “Cidade de Deus” em São Paulo. Segundo a colunista Fábia Oliveira, a produção da HBO Max envolve mais de 30 pessoas sem registro profissional. O presidente Hugo Gross afirmou ter ciência sobre a participação dos “atores” sem o famoso DRT e garantiu que o sindicado está averiguando a situação. Ele destacou que houve falta de respeito com a categoria. “Eu ouvi dizer isso e mandei levantar e averiguar. Se realmente for verídico [as pessoas atuando sem DRT], vamos colocar o Ministério Público em cima. Ele entra e a gente resolve isso”, ele declarou ao Metrópoles. “É uma falta de respeito com a categoria, com as pessoas que estudam, com as pessoas que têm direito ao registro, a documentação…”, enfatizou Gross, que deixou claro que a instituição tomará todas as medidas cabíveis. “A gente utiliza a instituição Sated para defender esses direitos. Com certeza vamos tomar todas as medidas cabíveis, porque virou uma chacota, né? As pessoas acham que podem fazer o que querem e não podem”, completou o presidente do Sindicato.   A nova série A série “Cidade de Deus” está sendo gravada na comunidade 12 do Cinga, localizada em São Paulo, portanto fora da jurisdição do sindicato carioca. Só depois a produção iria ao Rio de Janeiro gravar cenas locais. A história é uma continuação do filme homônimo lançado em 2002. Com produção da O2 Filmes e direção de Aly Muritiba (“Deserto Particular”) e Bruno Costa (“Mirador”), a série tem como ponto de partida as memórias de Buscapé (Alexandre Rodrigues, reprisando seu papel do filme) e se passa no início dos anos 2000. Vale lembrar que, nos últimos dias, a equipe foi abordada por policiais militares na região do Parque Novo Mundo, zona norte paulista, enquanto gravava uma cena de ação criminosa. Um figurante e uma integrante da produção teriam sido agredidos durante a ação.