PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Filme

    Pesquisa revela que cinema brasileiro tem pouca diversidade racial

    6 de março de 2016 /

    A falta de diversidade no cinema não é um problema exclusivo de Hollywood. A questão racial, colocada em evidência no último Oscar, foi escancarada numa nova pesquisa sobre o cinema brasileiro. E o resultado desse levantamento mostra que o panorama é muito mais grave no Brasil. Realizada pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Geema), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a pesquisa mostra que as maiores bilheterias da última década foram escritas, dirigidas e estreladas por homens brancos. Nenhuma mulher negra escreveu ou dirigiu qualquer longa no período. E os negros são minoria absoluta em todas as funções criativas do cinema brasileiro. Separados por gênero e raça, os dados revelam que os homens brancos dominaram 45% dos papéis mais relevantes dos filmes lançados entre 2002 e 2014 no país. Depois vêm mulheres brancas (35%), homens negros (15%) e, por último, as mulheres negras (apenas 5%). Em 2002, 2008 e 2013, simplesmente nenhum filme analisado pelos pesquisadores foi protagonizado por uma mulher negra. A discrepância é ainda mais gritante quando se avalia os diretores e roteiristas do cinema nacional: 84% dos cineastas são homens brancos, 14% mulheres brancas, 2% homens negros e nenhuma mulher negra dirigiu uma produção sequer de destaque nos 13 anos analisados pelo estudo – 2002 a 2014. Também não assinou roteiro algum. Já os homens brancos foram responsáveis por 69% dos textos. “O que saltou aos olhos é que não é só uma problema racial, mas mais ainda de gênero”, disse Márcia Rangel Cândido, coautora do estudo, em entrevista ao jornal O Globo. “Vimos nos debates que a pesquisa suscitou que o problema é sério e pouco discutido, praticamente um tabu”, completou. Para piorar, a participação de negros no cinema brasileiro pode ter sido superdimensionada pela própria pesquisa, que considerou pardos e mestiços entre os negros. Este critério permitiu, por exemplo, o diretor Fábio Barreto (“Lula, o filho do Brasil”), de pele visivelmente clara, ser considerado negro. Além disso, a lista ainda confunde nacionalidades, listando o uruguaio Enrique Fernández (“O Banheiro do Papa”). Assim, os cinco diretores negros listados, na verdade, resumem-se a três: Jeferson De (“Bróder”), Estevão Ciavatta (“Made in China”) e Joel Zito Araújo (“Filhas do Vento”). Entrevistado por O Globo, Joel Zito Araújo ainda alertou que, se é difícil conseguir financiamento como diretor negro, mais difícil ainda é ser um diretor negro interessado em filmar artistas negros. Por isso, ele não conseguiu rodar mais nenhuma ficção desde que “Filhas do Vento” (2004) venceu sete prêmios no Festival de Gramado, inclusive de Melhor Direção, Ator, Atriz e Coadjuvantes, todos negros. Mas Zito concorda que o panorama tem mudado para melhor nos últimos anos, por causa de ações afirmativas e de discursos de celebridades proeminentes, como Lázaro Ramos (“O Vendedor de Passados”) e Taís Araújo (“Filhas do Vento”), que além de estrelarem novelas e séries têm ocupado protagonismo também no cinema. É o caso ainda de Cintia Rosa, protagonista de “O Fim e os Meios” (2014). Para a atriz, que interpretou uma jornalista negra, o fato da cor da pele ter sido irrelevante para a trama mostrou um caminho diferente, que precisa ser mais trilhado pelo cinema brasileiro. “Fui uma das poucas atrizes negras que protagonizaram um filme, além de não ter feito um papel estereotipado, como empregada ou bandida. A pele sequer era mencionada no roteiro. Portanto, considero esse trabalho um marco na minha carreira profissional”, ela disse ao jornal carioca. “E que fique de alerta para que os diretores escalem mais mulheres negras”, conclamou.

    Leia mais
  • Etc

    Diretor de Star Wars: O Despertar da Força assume compromisso por maior diversidade em seus filmes

    3 de março de 2016 /

    Declarando-se impressionado pela reação contra a falta de diversidade entre os artistas indicados ao Oscar, o diretor J.J. Abrams assumiu o compromisso de mudar a forma como sua produtora de cinema e TV, Bad Robot, contrata funcionários e colaboradores. Em memorando enviado a estúdios e agentes, ele anunciou que os roteiristas, diretores, atores e técnicos que forem considerados para seus novos projetos deverão “ser pelo menos representativas do país em que vivemos. O que basicamente significa: 50% de mulheres, 12% de negros, 18% de hispânicos e 6% de asiáticos.” No texto, ele explica que essa opção não tem a ver com cotas ou ser politicamente correto, mas simplesmente garantir que “o grupo de onde buscamos nossos talentos seja o mais rico e representativo possível”. Para completar, avalia que a iniciativa tem tudo para beneficiar a indústria. “Trata-se um daqueles momentos raros e maravilhosos nos quais o passo moralmente correto é também uma grande medida criativa”, conclui o documento. “A questão do Oscar foi o sintoma de um problema, não foi o problema”, disse o cineasta em entrevista ao jornal The New York Times, na qual explicou sua iniciativa. “O Oscar é a última parada do trem. A primeira é fazer o filme”, comparou. Ao mesmo tempo, ele fez questão de demonstrar que a diversidade também pode resultar em filmes melhores. “Acho que as melhores histórias virão das vozes mais inclusivas. Acredito que o público vai assistir a esses filmes. A base (de espectadores) vai aumentar, se beneficiar dessas inclusão.” Abrams, por sinal, já demonstrou como um elenco diversificado pode representar “A Força” de um negócio cinematográfico, visto que “Star Wars: O Despertar da Força”, que ele dirigiu e ajudou a escrever, fez mais de US$ 2 bilhões em bilheteria, tendo como protagonistas uma mulher (Daisy Ridley), um negro (John Boyega) e um latino (Oscar Isaac).

    Leia mais
  • Filme

    Spirit Awards: “Oscar indie” premia Spotlight e a diversidade que a Academia não viu

    28 de fevereiro de 2016 /

    O filme “Spotlight – Segredos Revelados”, em que jornalistas investigam padres pedófilos, foi o grande vencedor do Spirit Awards, considerado o “Oscar indie”, que premia filmes americanos feitos por produtores independentes com orçamento de até US$ 20 milhões. Além de Melhor Filme, o longa venceu nas categorias de Direção, Roteiro e Edição. Candidatos mais convencional ao prêmio, “Spotlight” foi dirigido por Tom McCarthy, que no mesmo ano também assinou a comédia bobalhona “Trocando os Pés”, estrelada por Adam Sandler. Ele venceu os indicados “Anomalisa”, “Beasts of No Nation”, “Carol” e “Tangerine”. Sempre realizado no dia anterior ao Oscar, o Spirit Awards se caracteriza por uma atmosfera oposta a da cerimônia da Academia. Não só pela seleção dos candidatos, mas por acontecer pela manhã, numa tenda à beira-mar – na praia de Santa Mônica, em Los Angeles. Este ano, porém, o contraste foi ainda maior. Diante da polêmica seleção do Oscar 2016, criticada pela falta de diversidade, o Spirit premiou três atores negros, entre quatro categorias possíveis. Dois deles se destacaram no filme “Beasts of No Nation”, produção da Netflix ignorada pela Academia. O jovem Abraham Attah, de apenas 15 anos, venceu como Melhor Ator e Idris Elba como Melhor Coadjuvante. O filme acompanha crianças que são obrigadas a virar soldados durante uma guerra civil num país da África ocidental. A premiação mais ousada, porém, ficou por conta da vitória da transexual negra Mya Taylor como Melhor Coadjuvante, por “Tangerine”. O filme segue o cotidiano de uma prostituta transgênero que descobre que seu namorado e cafetão está lhe traindo com uma mulher. Entre os intérpretes, a categoria de Melhor Atriz é a única com chances de ser repetida pelo Oscar. Deu Brie Larson, de “O Quarto de Jack”, que já havia vencido o troféu do Sindicato dos Atores – assim como Idris Elba, por sinal. Outros vencedores que também disputam o troféu da Academia são o longa estrangeiro “O Filho de Saul” (Hungria) e o documentário “O Peso do Silêncio”. Para completar, a produção com mais indicações, o drama “Carol”, sobre duas lésbicas que vivem um romance discreto nos anos 1950, venceu apenas a categoria de Melhor Fotografia. Vencedores do Independent Spirt Awards 2015 Melhor Filme “Spotlight – Segredos Revelados” Melhor Direção Tom McCarthy (“Spotlight”) Melhor Atriz Brie Larson (“O Quarto de Jack”) Melhor Ator Abraham Attah (“Beasts of No Nation”) Melhor Atriz Coadjuvante Mya Taylor (“Tangerine”) Melhor Ator Coadjuvante Idris Elba (“Beasts of No Nation”) Melhor Roteiro Tom McCarthy e Josh Singer (“Spotlight”) Melhor Roteiro de Estreia Emma Donoghue (“O Quarto de Jack”) Melhor Filme de Estreia “The Diary of a Teenage Girl” Melhor Fotografia “Carol” Melhor Edição “Spotlight” Melhor Documentário “O Peso do Silêncio” Melhor Filme Estrangeiro “O Filho de Saul” (Hungria) Prêmio John Cassavetes (Melhor Filme de até US$ 500 mil) “Krisha” Prêmio Robert Altman (Melhor Direção de Elenco) “Spotlight”

    Leia mais
Mais Pipoca 
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie