Em clima de “Extermínio”: Seleção reúne os 50 melhores filmes de apocalipse zumbi já feitos
Lançamento de “Extermínio: A Evolução” inspira relação que mostra como os filmes de zumbis evoluíram de “A Noite dos Mortos-Vivos” até o terror contemporâneo
Clássico “A Noite dos Mortos-Vivos” vai ganhar continuação de roteirista de “The Walking Dead”
O terror “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968), dirigido por George A. Romero, vai ganhar uma nova continuação. Segundo o site Deadline, o novo filme será escrito por LaToya Morgan (roteirista de “The Walking Dead”) e dirigido por Nikyatu Jusu (do elogiado terror “Nanny”). No clássico de 1968, um grupo de pessoas se abriga em uma casa abandonada durante o início do apocalipse zumbi. O filme foi um divisor de águas dentro do gênero, tanto por reformular a figura do zumbi (que antes era fruto de magia negra) quanto por trazer um protagonista negro, o ator Duane Jones. O personagem de Jones foi revolucionário por fugir dos estereótipos normalmente associados às pessoas negras no cinema de terror, que antes eram mostradas apenas como vítimas ou vilãs. E, complementando o comentário social, o filme termina com o protagonista sobrevivendo aos zumbis, somente para ser morto por um grupo de caçadores – brancos – que o confunde com um morto-vivo. “A Noite dos Mortos-Vivos” abriu caminho para o diretor George A. Romero construir grande parte da sua carreira em cima do tema dos zumbis, sempre abordando-o por meio de uma temática social. Ele também dirigiu os filmes “Despertar dos Mortos” (1978), “Dia dos Mortos” (1985), “Terra dos Mortos” (2005), “Diário dos Mortos” (2007) e “A Ilha dos Mortos” (2009) O projeto será supervisionado por Christine Romero, viúva do cineasta. “Estou muito empolgada com essa equipe visionária de contadores de histórias que se uniram para expandir a premissa do filme original”, disse ela em comunicado. “Revisitar o mundo que George e seus colaboradores criaram será um deleite para os fãs. George teria ficado tão feliz em ver isso acontecer!” Detalhes sobre a trama ainda estão sendo mantidos em segredo, mas é possível que o comentário social do filme seja mantido na continuação. A roteirista e a diretora, duas mulheres negras, não são estranhas a essa temática. Morgan já escreveu e produziu episódios de “The Walking Dead” e Jusu chamou atenção com o curta-metragem “Suicide by Sunlight”, que mostrava vampiros negros capazes de andar sob a luz do sol devido à proteção causada pela melanina nos seus corpos. “A versão original de ‘A Noite dos Mortos-Vivos’ ainda é muito ressonante até hoje”, disse Jusu. “Toda era tem o zumbi de que precisa e, agora, os zumbis refletem a maneira como os humanos tratam uns aos outros e nos mostram quem é realmente o monstro.” O novo “A Noite dos Mortos-Vivos” ainda não tem previsão de estreia. O filme mais recente de Jusu, “Nanny”, conta a história de uma imigrante negra que trabalha como babá de uma família rica em Nova York. Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Sundance, “Nanny” estreia em 16 de dezembro no serviço de streaming Amazon Prime Video. Assista abaixo ao trailer de “A Noite dos Mortos-Vivos”.
Viúva quer filmar último roteiro de zumbis de George A. Romero
Suzanne Romero, viúva do cineasta George A. Romero, está tentando viabilizar a produção do último roteiro do diretor, que criou o gênero dos zumbis modernos em 1968 com o clássico “A Noite dos Mortos-Vivos” (Night of the Living Dead). Intitulado “Twilight of the Dead”, o filme seria o sétimo longa de zumbis de Romero e o final de sua longa saga. O projeto estava sendo desenvolvido pelo diretor em parceria com o ator Paolo Zelati (“O Segredo da Borboleta”) e, após a morte de Romero em 2017, Zelati pediu a Suzanne Romero permissão para finalizá-lo, trazendo os roteiristas Joe Knetter (“Blind – Eu Estou Aqui”) e Robert L. Lucas (do documentário “One for the Fire: The Legacy of ‘Night of the Living Dead'”) para ajudar. “Eu dei a ele minha total bênção, contanto que eu pudesse estar lá a cada passo do caminho para que permanecesse fiel à visão de George”, disse Suzanne Romero ao site The Hollywood Reporter. “Tivemos um tratamento sólido e o início do roteiro. Posso dizer que George ficaria incrivelmente feliz em ver isso continuar. Ele queria que essa fosse sua marca final no gênero zumbi.” “Twilight of the Dead” deverá explorar a ideia do zumbi inteligente, que Romero introduziu em “Dia dos Mortos” (1985) e aprofundou em “Terra dos Mortos” (2005). “Tudo começou com a minha pergunta para ele: ‘Para onde vão os zumbis no final da Terra dos Mortos ?’”, disse Zelati sobre a origem do projeto. George A. Romero dirigiu mais dois filmes de zumbis após “Terra dos Mortos” – “Diário dos Mortos” (2007) e “A Ilha dos Mortos” (2009) – , mas não considerava estes dois como parte da história global que ele começou a contar com “A Noite dos Mortos Vivos” e no igualmente cultuado “Despertar dos Mortos” (1978). “Não é nenhum segredo que ‘Diário’ e ‘A Ilha’ não eram o final que ele imaginava para a saga”, observa Zelati. “’Twilight of the Dead’ seria seu adeus ao gênero que ele criou e queria lançar um filme poderoso”. Enquanto os três roteiristas trabalhavam, eles também assistiam a vídeos de George A. Romero sugerindo como seria a história. “Eu pude ver como George estava feliz, quase tonto”, Joe lembra Knetter. “Isso nos fez focar ainda mais em trazer a história à vida da maneira que ele gostaria.” Fã dos filmes do diretor, Robert L. Lucas disse que a experiência de “desenvolver a peça final do quebra-cabeça no universo morto-vivo” foi um sonho que se tornou realidade. A viúva de Romero agora busca o diretor certo (e o financiamento) para completar a saga de zumbis de seu falecido marido. “Este é o filme que ele queria fazer. E embora outra pessoa carregue a tocha como diretor, será mais um filme de George A. Romero”, ela acredita.
Joseph Pilato (1949 – 2019)
Joseph Pilato, que ficou conhecido dos fãs de terror como o Capitão Rhodes do clássico “Dia dos Mortos” (1986), morreu na terça-feira (25/3) aos 70 anos de idade, enquanto dormia. Pilato era originalmente assistente de efeitos de maquiagem dos filmes de zumbis do mestre George A. Romero. Ele estreou diante das câmeras fazendo figuração como policial no cultuadíssimo “Despertar dos Mortos” (1978), mesmo filme que lançou a carreira de ator de seu chefe no departamento (Tom Savini). Os dois ainda trabalharam juntos em “Cavaleiros de Aço” (1981), novamente dirigidos por Romero. Mas em “Dia dos Mortos”, Pilato foi incentivado a assumir um papel maior, aproveitando bem sua pose de canastrão. Ele viveu o militar que comandava um abrigo subterrâneo em que cientistas buscavam uma cura para epidemia zumbi. Até que a claustrofobia do lugar e a paranoia crescente o levam a se voltar contra os civis, com consequências trágicas. “Eu sempre fui um cara de esquerda, politicamente”, disse o ator em entrevista recente. “Eu protestei contra a guerra do Vietnã, fui perseguido e agredido pela polícia em Boston e em Washington. Então, Rhodes era tudo o que eu abominava, o que fez com que interpretá-lo ficasse mais fácil” A morte do personagem, devorado vivo, estabeleceu um novo patamar para efeitos gore (sanguinolência extrema) e foi o ponto alto da carreira do ator, que, aliás, não foi curta. Após “Dia dos Mortos”, Pilato participou de inúmeros filmes B. Mas também foi lembrado por Quentin Tarantino para uma pequena aparição em “Pulp Fiction: Tempo de Violência”, que, entretanto, ficou fora da versão que foi parar nos cinemas. A maior parte de sua filmografia é composta por títulos de terror, entre eles “Segredos do Passado” (1992) e “O Mestre dos Desejos” (1997). Mas ele também esteve na comédia “Atração Irresistível” (1998), estrelada por Jude Law e foi dublador de desenhos animados e videogames. Era dele a voz em inglês de MetalGreymon na série animada (e no filme) “Digimon”, febre infantil da virada do século. Pilato continuou trabalhando até os últimos anos de vida. E além de atuar em horrores lançados direto em streaming, envolveu-se no desenvolvimento de uma publicação de terror em quadrinhos, chamada “Bottom Feeder”, cedendo seu visual para um personagem – e gravando frases do texto para a divulgação.
George A. Romero (1940 – 2017)
O diretor George A. Romero, que criou o conceito dos zumbis modernos com o clássico “A Noite dos Mortos-Vivos”, morreu no domingo (16/7). Ele faleceu durante o sono, enquanto lutava contra um câncer de pulmão, aos 77 anos. Foi Romero quem concebeu a ideia de um apocalipse zumbi, no distante ano de 1968, com seu primeiro longa-metragem. Até então, zumbis eram personagens de filmes sobre vudu, relacionados à sacerdotes sobrenaturais do Haiti – como Bela Lugosi em “Zumbi, A Legião dos Mortos” (1932). Romero tirou os elementos mágicos da história, trocando-os por ficção científica. Uma contaminação e não um ritual mágico transformava as pessoas em seu clássico. E a origem dessa contaminação era vaga – um satélite vindo do espaço? O diretor nem sequer usa a palavra zumbi em seu filme, para evitar a comparação com o vudu. Eram mortos-vivos. E os protagonistas aprendiam os fatos básicos sobre as criaturas junto do público, via noticiário televisivo: os mortos-vivos eram lentos e famintos por carne humana, uma mordida ou arranhão podia transformar qualquer pessoa num deles, assim como a morte, e eles só paravam com um tiro na cabeça. Além dos elementos de terror, a trama adentrava o inesperado terreno da crítica social, ao fazer de um negro e uma mulher branca seus principais protagonistas. A combinação era inusitada para a época, quando casais inter-raciais ainda eram vistos com reprovação no mundo real. A ideia tornava-se mais impactante pelo final, em que o personagem do ator Duane Jones era morto por um caipira. Para fazer sua estreia como diretor, Romero juntou todas as suas economias, conseguidas com trabalho em comerciais, rodando o filme com apenas US$ 114 mil. Para economizar, optou pelo preto-e-branco, uma estética de documentário e apenas catchup e carne de açougue como efeito especial. O porão da fazenda, em que parte da trama acontecia, era o porão de seu próprio escritório. Amigos eram convidados a viver mortos-vivos. Tudo o que podia ser barateado, foi. “A Noite dos Mortos-Vivos” virou um fenômeno. Mas o diretor não recuperou o investimento. Afinal, o filme foi registrado sob o título original, “The Night of the Flesh-Eaters” (a noite dos canibais). Quando os produtores optaram por um nome menos sensacionalista, os direitos autorais caíram no limbo, colocando o longa em domínio público. Romero nunca viu nenhum centavo dos lançamentos em vídeo. Arrasado, ele resolveu mostrar que era um diretor sério, filmando uma comédia romântica (“There’s Always Vanilla”, em 1971), que foi um fracasso. Também tentou misturar drama e sobrenatural numa história de dona de casa que se envolve com bruxaria (“Season of the Witch”, em 1972). Nenhum desses filmes despertou o mesmo interesse de sua estreia. Assim, decidiu retomar conceitos de seu clássico. Seu quarto filme voltou a lidar com infecção, claustrofobia, ataque de contaminados enraivecidos e a reação desumana do governo federal. “O Exército do Extermínio” (1973) mostrou um vírus que transformava a população de uma cidadezinha da Pensilvânia em assassinos alucinados. Desta vez, porém, não bastava enfrentar os infectados. O terror também vinha dos militares que cercavam o local, forçando uma quarentena para impedir a fuga dos sobreviventes. O longa virou cult e ganhou um remake em 2010 (“Epidemia”), mas na época não rendeu o suficiente para que Romero continuasse a se aventurar no cinema de forma independente. Ele foi, então, dirigir documentários esportivos para a TV. Fez até um filme sobre um jovem esportista em ascensão, chamado O.J. Simpson. Mas só conseguiu ficar cinco anos tempo longe de sua paixão. Ao voltar, fez outro cult, “Martin” (1978), história de um rapaz obcecado por sangue, um serial killer que acreditava ser um vampiro. Tornou-se o filme favorito do diretor, ainda que não tenha feito sucesso nas bilheterias. A esta altura, a influência de “A Noite dos Mortos-Vivos” já tinha chegado ao cinema europeu. Um grupo de investidores italianos procurou Romero, interessado em produzir um novo filme de zumbis, entre eles o cineasta Dario Argento (“Suspiria”). Romero ganhou seu primeiro grande orçamento e carta branca para escrever e dirigir como quisesse. E o resultado foi sua obra-prima visceral. Para “Despertar dos Mortos” (1978), o diretor quis mostrar como a epidemia zumbi afetava um grande centro urbano. Juntou uma produtora de telejornal, um piloto de helicóptero e dois policiais da tropa de choque em fuga de uma metrópole infestada, com zumbis irrompendo em estúdios televisivos, em cortiços superlotados e… num shopping center. Ao concentrar a ação no shopping gigante dos subúrbios de Pittsburgh, o filme estabeleceu um dos cenários mais famosos do terror, ao mesmo tempo em que superou seu próprio gênero, inserindo comentário social de humor negro na materialização de zumbis consumistas, que continuavam a demonstrar fervor materialista após a morte. Perguntado porque os zumbis estavam reunidos ali, um personagem responde: “Algum tipo de instinto. Memória do que costumavam fazer. Este era um lugar importante nas suas vidas”. Foi durante a produção que Romero descobriu que perdera direito ao título “Mortos-Vivos”. Um produtor lançaria uma nova franquia com este nome, referenciando “A Noite dos Mortos Vivos” e espalhando ainda mais o gênero – a partir de “A Volta dos Mortos-Vivos” (1985). O próprio “Despertar dos Mortos” originou outra saga, ao ganhar uma continuação de seus produtores italianos, chamada “Zumbi 2 – A Volta dos Mortos” (1979). Alheio à proliferação dos filmes de zumbis, Romero rodou “Cavaleiros de Aço” (1981), sobre gangues de motoqueiros que se portavam como se fossem cavaleiros medievais, estrelado por Tom Savini – que liderou a gangue de motoqueiros de “Despertar dos Mortos”. A ideia bizarra também virou cult. Para sacramentar sua fama como diretor de terror, ele ainda firmou uma parceria com o escritor Stephen King, que escreveu um de seus raros roteiros originais para o diretor: “Creepshow – Show de Horrores” (1982), uma homenagem aos antigos quadrinhos de terror da editora EC Comics (que publicava, entre outros, “Tales of the Crypt”). Ao perceber que os mortos-vivos tinham virado febre, ele retomou as criaturas em “Dia dos Mortos” (1985), passado num bunker militar. Mais claustrofóbico que nunca e igualmente influente, o filme tratou de mostrar que a ameaça humana podia ser tão ou mais perigosa que o ataque das criaturas, num mundo em que os sobreviventes se tornavam psicopatas. De quebra, o longa rendeu o primeiro trabalho da carreira de Greg Nicotero, futuro produtor da série “The Walking Dead”, como assistente de Tom Savini na criação das maquiagens dos zumbis. A reputação conquistada com a trilogia zumbi levou Romero a produzir uma série de TV, “Galeria do Terror” (Tales from the Darkside), que durou quatro temporadas, e também o aproximou dos grandes estúdios. O thriller “Instinto Fatal” (1988) foi uma produção da Orion, distribuída por Fox e Warner no exterior. Mas a história do macaco que aterrorizava seu dono paraplégico teve mais mídia que público. Ele voltou a colaborar com Dario Argento em “Dois Olhos Satânicos” (1990), que levou às telas dois contos distintos de Edgar Allan Poe – um dirigido por Romero, outro por Argento. E com Stephen King, na adaptação de “A Metade Negra” (1993), outra produção grandiosa para os padrões do diretor. Apesar da expectativa, os filmes não agradaram à crítica e nem renderam as bilheterias esperadas. Assim, Romero não encontrou as mesmas facilidades para realizar novos projetos. Só foi retomar a carreira sete anos depois com “A Máscara do Terror” (2000), uma história original sobre um homem deformado, que não teve impacto algum. Mas lá atrás, em 1990, ele se envolveu em algo que lhe daria dividendos. O próprio Romero produziu e roteirizou o primeiro remake de “A Noite dos Mortos-Vivos”, desta vez realizado à cores e com um final bem diferente. A produção foi um sucesso e inaugurou a tendência de refilmagens de sua obra. Em 2004, Zack Snyder fez o remake de “Despertar dos Mortos”, lançado no Brasil com o título de “Madrugada dos Mortos”. E a obra fez tanto sucesso que muita gente passou a perguntar porque Romero não fazia mais filmes de zumbis. A própria Universal Pictures, que distribuiu o filme de Snyder, procurou Romero interessada em saber sua disposição para retomar o gênero. O diretor se viu com o maior orçamento de sua carreira para filmar “Terra dos Mortos” (2005). Ele não esqueceu do amigo Dario Argento e convidou a filha do cineasta, Asia Argento, para estrelar a produção, ao lado de astros como o veterano Dennis Hopper, John Leguizamo e Simon Baker. Para completar, diversos figurantes famosos viveram zumbis na produção, como Simon Pegg e o diretor Edgar Wright, que recém tinham feito a comédia zumbi “Todo Mundo Quase Morto” (2004), sem esquecer de Savini e Nicotero. Desta vez, a trama se passava numa cidade-fortaleza, com milionários encastelados e proletários lutando para manter os privilégios da classe dominante. A mensagem não agradou muito o estúdio, que aproveitou a baixa bilheteria para limar o projeto de continuação, que Romero pretendia rodar com os sobreviventes da história. Seria sua primeira sequência a retomar personagens. A febre dos filmes de “found footage” (imagens encontradas) inspirou Romero a produzir mais um filme de zumbis, desta vez com baixíssimo orçamento, como no começo de sua carreira, na base da câmera na mão e um tiro na cabeça. Com “Diário dos Mortos” (2007), ele ainda revisitou os primeiros dias da epidemia. Mas por mais barato que tenha sido, o filme não se pagou. Não rendeu nem US$ 1 milhão na América do Norte. O cineasta rodou um último filme a partir de algo que sempre lhe questionaram: por que os sobreviventes não vão para uma ilha? “A Ilha dos Mortos” (2009) explicou porquê, com direito a uma cena trash fantástica, de luta entre zumbi e tubarão. Apesar de ter retomado os zumbis em seus últimos filmes, ele via com desgosto a popularização do gênero. Não gostava de zumbis velozes, como os mostrados no remake de “Madrugada dos Mortos”. Recusou até um convite para dirigir um episódio de “The Walking Dead”, porque dizia que a série era “uma novela com zumbis” e achava que sua participação poderia “legitimá-la”. Ele também escreveu para videogames e quadrinhos, e buscava tirar do papel seu sétimo filme de zumbis via crowdfunding. Romero chegou a finalizar o roteiro, intitulado “Road of the Dead” (estrada dos mortos), que previa corridas de carros malucas, em que zumbis competiam para a diversão de humanos ricos. A ideia era lançar o filme em 2018, quando “A Noite dos Mortos-Vivos” completaria 50 anos.




