Criadora de Transparent substitui Bryan Singer na direção de Red Sonja
A cineasta indie Jill Soloway, mais conhecida como criadora da série “Transparent”, vai escrever e dirigir seu primeiro filme de grande orçamento. Ela foi contratada para substituir o cineasta Bryan Singer (“Bohemian Rhapsody”) à frente da adaptação dos quadrinhos de “Red Sonja”. Singer foi dispensado pelos produtores no começo do ano, após o surgimento de novas acusações de assédio sexual contra ele. O presidente da produtora Millennium, Avi Lerner, chegou a garantir a manutenção do diretor no projeto. Mas depois voltou atrás, quando o BAFTA (a Academia Britânica das Artes Cinematográficas e Televisivas) retirou o nome de Singer das indicações do filme “Bohemian Rhapsody” em seu prêmio anual. A mudança deve impactar a abordagem do filme. Os quadrinhos da Marvel já tiveram uma adaptação convencional em 1985, chamada de “Guerreiros de Fogo”, que foi estrelada por Brigitte Nielsen e Arnold Schwarzenegger. “Eu mal posso esperar para trazer o mundo épico de ‘Red Sonja’ para a tela”, disse Soloway em comunicado oficial. “Explorar essa mitologia poderosa, e poder evoluir o significado do heroísmo, é um sonho realizado para mim”. Apesar de viver no mesmo universo hiboriano de Conan, a guerreira ruiva não é uma criação literária de Robert E. Howard, o autor de Conan. Red Sonja foi criada pelo escritor e editor Roy Thomas, o substituto de Stan Lee na Marvel, como coadjuvante de uma história em quadrinhos de “Conan”, desenhada por Barry Windsor-Smith em 1973. Thomas se inspirou em diferentes personagens femininas de Howard – como a pirata Red Sonya de Rogatino – , mas sua criação é original e também teve grande contribuição do espanhol Esteban Maroto, que mais tarde desenhou o famoso biquíni de metal vestido pela heroína. Sua história pode ser resumida com o texto usado por Roy Thomas para introduzi-la nos anos 1970: “Cerca de 12 mil anos atrás, nos mesmos dias em que Conan da Ciméria caminhava sobre a Terra, surgiu Sonja, a Guerreira Hirkaniana de cabelos cor de fogo. Forçada a abandonar sua nação por ter assassinado um rei, ela fugiu para o leste… Onde tornou sua espada uma lenda e imortalizou seu nome em todos os reinos hiborianos”. Os leitores se apaixonaram e ela acabou promovida a protagonista de sua própria revista, que durou de 1975 a 1986. Vale observar que uma personagem com o mesmo nome voltou aos quadrinhos em 2005, editada pela Dynamite Comics. Mas não é a mesma heroína e sim uma parente distante da Red Sonja original. O projeto de refilmar Red Sonja começou a tomar corpo em 2008, quando o cineasta Robert Rodriguez (“Sin City”) escalou sua então namorada Rose McGowan (“Planeta Terror”) como a guerreira. Ilustrações da atriz no biquíni de bolinhas metálicas chegaram a ser divulgadas numa Comic-Con, mas o casal brigou e McGowan virou bruxa, literalmente, em “Conan, o Bárbaro” (2011). Rodriguez tentou manter o filme em pé, com Megan Fox (“As Tartarugas Ninja”) no papel principal. Mas a Millennium preferiu recomeçar do zero, contratando Simon West (“Lara Croft: Tomb Raider”) como diretor e Amber Heard (“3 Dias para Matar”) como Sonja. Os planos previam começar as filmagens logo após o lançamento de “Conan”, estrelado por Jason Momoa, mas não contavam com o fracasso daquele filme, que fulminou a produção. Uma ironia é que, seis anos depois, Amber Heard e Jason Momoa foram fazer par em “Liga da Justiça”. Quem estava escrevendo a nova versão do roteiro era Ashley Miller, de “Thor” e “X-Men: Primeira Classe”. Mas Jill Soloway deve filmar sua própria história. A contratação de Soloway representa uma reviravolta completa no filme, já que a personagem, que luta em trajes mínimos, é musa de fantasias adolescentes masculinas. Soloway é conhecida por trazer uma forte perspectiva feminina e por temas de gênero e inclusão em seus projetos. Além de criar “Transparent” e já cancelada “I Love Dick”, ambas na plataforma da Amazon, ela produziu várias séries, mas tem apenas um longa-metragem em seu currículo de direção: “As Delícias da Tarde” (2013), em que uma dona de casa estabelece amizade com uma adolescente dançarina de striptease.
Filme de Red Sonja é engavetado após denúncias contra o diretor Bryan Singer
A adaptação dos quadrinhos da “Red Sonja”, que seria dirigida por Bryan Singer (“Bohemian Rhapsody”), foi engavetada pela produtora Millennium Fims. Em comunicado oficial, o estúdio afirmou que o filme “não está na agenda no momento, e não vai ser vendido para distribuidoras” durante o Festival de Berlim, como estava anteriormente planejado. A Millennium não deixou claro se o engavetamento é permanente ou provisório. A decisão veio menos de um mês após o surgimento de novas acusações de abuso de menor contra Singer e após o presidente da Millennium, Avi Lerner, garantir a manutenção do diretor no projeto. Singer fechou um contrato milionário para dirigir “Red Sonja” e deveria receber em torno de US$ 10 milhões pelo trabalho. Ele se defendeu das acusações de abuso publicadas em janeiro pela revista The Atlantic acusando um dos repórteres de homofobia e revelando que a mesma denúncia tinha sido vetada por supostos problemas de apuração pela revista Esquire. Os autores da reportagem confirmaram que a editora da Esquire barrou a publicação original, mas disseram “não saber porquê”. Antes disso, porém, Singer foi alvo de duas ações legais por abuso sexual de menor. A mais recente é de 2017, quando foi acusado de estupro por Cesar Sanchez-Guzman. O jovem conta que tinha 17 anos quando compareceu a uma festa em um iate na qual Singer era um dos convidados. A ação ainda tramita na justiça americana. Mas chama atenção o fato de o advogado de Cesar Sanchez-Guzman ser Jeffrey Herman, o mesmo que representou Michael Egan em 2014, quando este também fez acusações de abuso sexual de menor contra vários figurões de Hollywood, inclusive Singer. Mais tarde, Egan voltou atrás nas denúncias, após inúmeras contradições em seus depoimentos. No caso de Singer, por exemplo, ele acusou o diretor de estuprá-lo numa viagem ao Havaí. Entretanto, Singer estava no Canadá filmando um dos longas dos “X-Men” no período apontado, e diante das evidências o caso foi retirado. Para defender a manutenção de Singer à frente de “Red Sonja”, Lerner citou “os mais de US$ 800 milhões arrecadados por ‘Bohemian Rhapsody'”, dizendo que eram “uma prova de sua notável visão e perspicácia”. “Eu sei a diferença entre fake news e realidade, e estou muito confortável com a decisão. Nos Estados Unidos, as pessoas são inocentes até que se prove o contrário”, completou o produtor. A permanência de Singer no projeto era uma decisão rara no clima que reina atualmente em Hollywood, considerando os inúmeros atores, produtores e executivos que foram demitidos após acusações menos graves ou similares. Mas a polêmica não esmoreceu, com o BAFTA (a Academia Britânica das Artes Cinematográficas e Televisivas) retirando o nome de Singer das indicações do filme “Bohemian Rhapsody” em seu prêmio anual. “O BAFTA considera o comportamento denunciado completamente inaceitável e incompatível com seus valores”, disse a instituição como justificativa para a exclusão. Diante da pressão negativa, o arquivamento de “Red Sonja” se tornou inevitável.
Apesar das denúncias de assédio, Bryan Singer está garantido como diretor de Red Sonja
As novas acusações de assédio e abuso de menor feitas contra o diretor Bryan Singer (de “X-Men” e “Bohemian Rhapsody”) não deverão impedi-lo de dirigir o filme da guerreira dos quadrinhos “Red Sonja” para a Millennium Films. Quem confirmou sua contratação foi o produtor executivo Avi Lerner, em entrevista à revista The Hollywood Reporter. “Eu continuo trabalhando em ‘Red Sonja’ e Bryan Singer está escalado no projeto”. “Os mais de US$ 800 milhões arrecadados por ‘Bohemian Rhapsody’ são uma prova de sua notável visão e perspicácia. Eu sei a diferença entre fake news e realidade, e estou muito confortável com a decisão. Nos Estados Unidos, as pessoas são inocentes até que se prove o contrário”, completou o produtor. A permanência de Singer no projeto é uma decisão rara no clima que reina atualmente em Hollywood, considerando os inúmeros atores, produtores e executivos que foram demitidos após acusações menos graves ou similares. Singer fechou um contrato milionário para dirigir “Red Sonja” e deverá receber em torno de US$ 10 milhões pelo trabalho. Ele se defendeu das acusações publicadas nesta semana pela revista The Atlantic acusando um dos repórteres de homofobia e revelando que a mesma denúncia tinha sido vetada por supostos problemas de apuração pela revista Esquire. Os autores da reportagem confirmaram que a editora da Esquire barrou a publicação original, mas disseram “não saber porquê”. Responsável pelo sucesso dos filmes dos “X-Men”, Singer pode agora iniciar uma nova franquia baseada em quadrinhos. O filme da “Red Sonja” se tornou prioridade da Millennium após o sucesso de “Mulher-Maravilha” nos cinemas. Apesar das aventuras da guerreira se passarem no mesmo universo hiboriano de Conan, a personagem não é uma criação literária de Robert E. Howard, o autor de Conan. Red Sonja foi criada pelo escritor e editor Roy Thomas, o substituto de Stan Lee na Marvel, como coadjuvante de uma história em quadrinhos de “Conan”, desenhada por Barry Windsor-Smith em 1973. Thomas se inspirou em diferentes personagens femininas de Howard – como a pirata Red Sonya de Rogatino – , mas sua criação é original e também teve grande contribuição do espanhol Esteban Maroto, que mais tarde desenhou o famoso biquíni de metal vestido pela heroína. Sua história pode ser resumida com o texto usado por Roy Thomas para introduzi-la nos anos 1970: “Cerca de 12 mil anos atrás, nos mesmos dias em que Conan da Ciméria caminhava sobre a Terra, surgiu Sonja, a Guerreira Hirkaniana de cabelos cor de fogo. Forçada a abandonar sua nação por ter assassinado um rei, ela fugiu para o leste… Onde tornou sua espada uma lenda e imortalizou seu nome em todos os reinos hiborianos”. Os leitores se apaixonaram e ela acabou promovida a protagonista de sua própria revista, que durou de 1975 a 1986. Neste período, Sonja também ganhou seu primeiro filme, “Guerreiros de Fogo” (Red Sonja) de 1985, vivida por Brigitte Nielsen. Uma personagem com o mesmo nome voltou aos quadrinhos em 2005, editada pela Dynamite Comics. Mas não é a mesma heroína e sim uma parente distante da Red Sonja original. O projeto de refilmar Red Sonja começou a tomar corpo por volta de 2008, quando o cineasta Robert Rodriguez (“Sin City”) escalou sua então namorada Rose McGowan (“Planeta Terror”) como a guerreira. Ilustrações da atriz no biquíni de bolinhas metálicas chegaram a ser divulgadas numa Comic-Con, mas o casal brigou e McGowan virou bruxa, literalmente, em “Conan, o Bárbaro” (2011). Rodriguez tentou manter o filme em pé, com Megan Fox (“As Tartarugas Ninja”) no papel principal. Mas a Millennium preferiu recomeçar do zero, contratando Simon West (“Lara Croft: Tomb Raider”) como diretor e Amber Heard (“3 Dias para Matar”) como Sonja. Os planos previam começar as filmagens logo após o lançamento de “Conan”, estrelado por Jason Momoa, mas não contavam com o fracasso daquele filme, que fulminou a produção. Uma ironia é que, anos depois, Amber Heard e Jason Momoa foram fazer par em “Liga da Justiça” e estourar juntos em “Aquaman”. Quem está escrevendo a nova versão do roteiro é Ashley Miller, de “Thor” e “X-Men: Primeira Classe”. Fontes ouvidas pelo THR justificaram a insistência da Millennium com Singer por considerarem que ele seja capaz de atrair os fãs dos “X-Men” para “Red Sonja”, apesar dos problemas que cercam o cineasta. Além das denúncias de abuso sexual de menores, o diretor sumiu durante as filmagens de “Bohemian Rhapsody” e foi demitido pela Fox.
Filho de Gary Oldman defende o pai contra acusações de abuso feitas por sua mãe
Gulliver Oldman, filho de Gary Oldman, vencedor do Oscar 2018 de Melhor Ator por “Destino de Uma Nação”, publicou uma carta aberta na terça (6/3) em defesa do pai, após o ressurgimento das acusações de abuso físico e moral feitas por sua mãe, Donya Fiorentino, ex-mulher do ator. A carta do jovem de 20 anos foi uma reação à entrevista de sua mãe ao site TMZ após o Oscar, em que ela voltou a atacar o ator. “Parabéns a Gary e à Academia por premiar dois abusadores. Pensei que tivéssemos evoluído”, afirmou ela, também se referindo ao ex-jogador de basquete Kobe Bryant, vencedor do Oscar de Curta Animado, que sofreu acusações de abuso no passado. “Foi preocupante e doloroso ver essas falsas acusações contra o meu pai sendo publicadas novamente, especialmente depois de tantos anos. Há boas razões para que essas acusações tenham sido encerradas anos atrás”, respondeu Gulliver. O intérprete de Winston Churchill em “O Destino de uma Nação” foi acusado de agredir a ex-esposa em 2001 na frente dos dois filhos. Apesar da agressão constar no processo de separação, Oldman sempre sustentou que as acusações estavam repletas de mentiras e meias verdades. Fiorentino detalhou o episódio numa entrevista de 2015. “Assim que peguei o telefone para ligar para a Polícia, Gary colocou as mãos no meu pescoço e apertou. Eu recuei com a base do telefone e tentei discar para o 911. Gary pegou o telefone da minha mão e me bateu no rosto com o aparelho por três ou quatro vezes. Meus dois filhos estavam chorando”, ela relatou, acusando-o também de abusar de drogas. Apesar desse relato, a justiça deu a guarda dos filhos para o ator. Segundo Gulliver, que citou em sua carta a entrevista publicada pela imprensa, as acusações são mentirosas. “Meu pai é minha única e verdadeira luz guia. Meu único herói”, escreveu ele, classificando mãe como uma pessoa deprimida e problemática ao longo da vida. As acusações de violência doméstica voltaram à tona logo após o Globo de Ouro 2018, quando Oldman apareceu como favorito a vencer todos os prêmios de interpretação da temporada. Mesmo assim, não impediram sua conquista no Oscar. Veja abaixo a íntegra da carta escrita por Gulliver Oldman. ❗️IMPORTANT – please read AND share!!Gulliver Oldman's statment about the totally false allegations against his father Gary Oldman. It saddens us he had to write this, but hopefully he'll be heard and understood.https://t.co/JKIDGiR793 pic.twitter.com/POJu8bUhTN — Gary Oldman Web ? (@GaryOldmanWeb) 5 de março de 2018
Vitória de Gary Oldman no Globo de Ouro 2018 resgata acusações de abuso e agressão
Enquanto os discursos femininos foram celebrados no Globo de Ouro 2018, os atores de cinema que venceram as estatuetas não tiveram a mesma sorte. Assim como James Franco, cuja vitória como Melhor Ator de Comédia disparou denúncias de assédio sexual, a consagração de Gary Oldman como Melhor Ator de Drama voltou a trazer à tona as acusações de violência que constam de seu divórcio. Os dois atores foram ao Globo de Ouro de preto e com o broche do movimento Time’s Up, em apoio ao empoderamento feminino, o que foi considerado intragável para usuários das redes sociais. O intérprete de Winston Churchill em “O Destino de uma Nação” foi acusado de agredir a ex-esposa Donya Fiorentino em 2001 na frente dos dois filhos. Apesar da agressão constar no processo de separação, Gary diz que as acusações estão repletas de mentiras e meias verdades. Mas numa entrevista de 2015, ao jornal New York Daily News, ela detalhou o episódio, que levou ao seu divórcio logo em seguida. “Assim que peguei o telefone para ligar para a Polícia, Gary colocou as mãos no meu pescoço e apertou. Eu recuei com a base do telefone e tentei discar para o 911. Gary pegou o telefone da minha mão e me bateu no rosto com o aparelho por três ou quatro vezes. Meus dois filhos estavam chorando. O ator também já se envolveu em outras polêmicas, como quando defendeu discursos antissemitas do amigo Mel Gibson. A premiação fez os usuários das redes sociais lembrarem da polêmica, tornando-a um dos assuntos mais comentados do Twitter. “Gary Oldman, um abusador, acaba de vencer um Globo de Ouro enquanto ostenta um broche do Time’s Up. Incrível”, escreveu a ilustradora que se identifica como F. gary oldman, an abuser, just won a golden globe while wearing a “time’s up” pin. incredible — f✍? (@surfinginthesky) January 8, 2018 “Gary Oldman é um abusador. Próximo”, resumiu uma usuária de Nova York. Gary Oldman is an abuser, next. — Michelle Collins (@michcoll) January 8, 2018 “Timothée Chalamet fez a interpretação do ano e Gary Oldman bateu na cara de sua mulher com um telefone”, disparou outro. Timothée Chalamet gave the performance of the year and Gary Oldman beat his wife in the face with a telephone — Simon Curtis (@simoncurtis) January 8, 2018 “Como você premia um abusador conhecido, Gay Oldman, e fala de canto de boca sobre justiça para mulheres…”, questionou mais um. “Depois de todo #MeToo e #ItsTime (sic) em volta de Hollywood nos últimos meses, os maiores vencedores da noite foram abusadores e predadores”. Once again, the Golden Globes prove their concern is only performative- how do you give an award to known domestic abuser, Gary Oldman, and speak out the side of your mouth about justice for women — Nerdy POC (@nerdypoc) January 8, 2018 Final Thoughts on the Golden Globes: After all the #MeToo and #ItsTime buzz surrounding Hollywood the last few months and in to tonight, the biggest winners tonight were abusers and predators. — Nerdy POC (@nerdypoc) January 8, 2018
Dustin Hoffman é acusado de abuso sexual por mais mulheres
O ator Dustin Hoffman foi alvo de novas acusações de abuso sexual. As revistas Variety e The Hollywood Reporter trouxeram novas denúncias contra o astro de “A Primeira Noite de um Homem” (1968), “Tootsie” (1982), “Rain Man” (1988) e muitos outros clássicos do cinema. Cori Thomas, amiga de uma das filhas do ator, diz que, em 1980, quando ela tinha 16 anos, Hoffman convenceu as duas a ir para seu quarto de hotel em Nova York. Logo depois, ele teria pedido à filha para ir embora. E então apareceu nu no quarto e pediu para a então adolescente fazer massagem em seu pé. Ela diz que ficou assustada na época e só recentemente contou sobre o caso a seus familiares. Hoje ela é uma autora teatral premiado Outras duas mulheres, que não tiveram os nomes revelados, afirmam que o ator colocou as mãos no meio de suas pernas, sem o consentimento delas. “Eu senti que fui estuprada. Não houve aviso. Eu não sabia que ele ia fazer isso”, disse uma delas à Variety. Por sua vez, o Hollywood Reporter reuniu as principais denúncias, incluindo algumas que ainda não tinham vindo à tona, como a de uma guia turística de Washington, que o ator requisitou para passar o dia com ele, durante a filmagem de “Todos os Homens do Presidente” em 1975. A jovem de 21 anos não pôde ir embora sem fazer sexo oral com o ator. Mais uma menor conta que tinha 15 anos quando trabalhava numa loja de roupas em 1973 e encantou Hoffman, que aproveitou a vontade da jovem de virar atriz para convidá-la à première de um de seus filmes, e depois à visitar sua casa, dizendo que sua filha estaria lá. Mas ao chegarem, ela percebeu que não havia ninguém. E ele se masturbou na sua frente. Foi o Hollywood Reporter quem publicou a primeira denúncia, em novembro, escrita em primeira pessoa pela produtora Anna Graham Hunter, que revelou ter sido assediada por Hoffman no set da adaptação televisiva de “A Morte de um Caixeiro Viajante” (1985). Na época, ela tinha 17 anos e era estagiária. Logo em seguida, a atriz Kathryn Rossetter também assinou um artigo para a revista afirmando que foi alvo de assédio sexual quando os dois atuaram na peça “A Morte de um Caixeiro Viajante”, na Broadway, em 1983. No texto, ela afirmou que o ator “abusa de seu poder e é um porco com as mulheres”. O trabalho mais recente do ator é o filme “Os Meyerowitz: Família Não se Escolhe”, da Netflix, que foi exibido no Festival de Cannes 2017.
Jornal do Vaticano elogia vitória de Spotlight no Oscar 2016
O Oscar de “Spotlight: Segredos Revelados”, eleito Melhor Filme pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, foi aplaudido pelo Vaticano. O filme, que retratou os bastidores da investigação jornalística que denunciou o abuso sexual de crianças por padres nos EUA, mereceu um elogioso artigo publicado na terça-feira (1/3) no jornal do Vaticano, o L’Osservatore Romano. Assinado por Lucetta Scaraffia, a primeira mulher editora do jornal, o artigo inicia com uma reposta aos críticos do filme que o taxaram de “anticatólico”. Pelo contrário, Scaraffia diz que ele “dá voz ao choque e à profunda dor dos fiéis ao confrontarem a descoberta dessas terríveis realidades”. A única ressalva feita pela jornalista é reservada ao roteiro de Josh Singer, que não teria se debruçado sobre os esforços feitos para combater a pedofilia empreendidos por Joseph Ratzinger, tanto como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e como Papa Bento XVI. Ainda assim, o artigo reconhece que “um filme não é capaz de esgotar um assunto”. Quando os casos de pedofilia ocorridos em Boston vieram à tona, a Igreja Católica passou por uma crise de grandes dimensões, obrigando a instituição a mudar sua antiga postura leniente com relação aos sacerdotes acusados de crimes sexuais. Em abril de 2002, o então Papa João Paulo II convocou os 13 cardeais americanos para discutir o escândalo, quase quatro meses após publicação da primeira reportagem, em uma atitude sem precedentes. Anteriormente, ele apenas havia falado na necessidade de educar adequadamente os acusados de pedofilia. Scaraffia ecoa a visão oficial do Vaticano, classificando como “extremamente graves” os atos de pessoas vistas como representantes de Deus que “usam essa autoridade e prestígio para explorar os inocentes”. Ela termina seu artigo citando o discurso de agradecimento do produtor Michael Sugar, que conclamou nominalmente o Papa Francisco a “proteger as crianças e restaurar a fé”. Para a jornalista, o chamado de Sugar é positivo, pois seria um sinal de que ainda haveria confiança na instituição. Não é a primeira vez que a Igreja Católica se manifesta favoravelmente ao filme. Em fevereiro deste ano, o Arcebispo de Malta, Charles J. Scicluna, disse ao jornal italiano La Repubblica que “todos os bispos e cardeais devem assistir a este filme porque eles precisam entender que são as denúncias que vão salvar a Igreja, não a omerta”, referindo-se ao código de silêncio. Em uma crítica publicada pelo serviço de notícias católicas, o filme é caracterizado como “dolorosamente preciso” e com o poder de “educar espectadores católicos maduros”, ressaltando que a temática é forte e inadequada a menores de 17 anos. Em uma entrevista ao jornal católico “America”, o diretor e roteirista Tom McCarthy mostrou entusiasmo com o Papa Francisco, a quem chamou de progressista. No entanto, ele afirmou que ainda é cedo para saber a extensão das mudanças que ele será capaz de promover.




