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    De Longe Te Observo confirma bom momento do cinema latino-americano

    3 de agosto de 2016 /

    O venezuelano “De Longe Te Observo”, primeiro longa de Lorenzo Vigas, foi o vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza e chegou a ser exibido na 39ª. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo com seu título original, “Desde Allá”. O filme navega num universo em que a homossexualidade como desejo traz à tona uma série de questões e constrói uma narrativa complexa, muito forte, que surpreende. Tem uma estrutura consistente, que inclui a realidade social dos meninos de rua, mexe e brinca com preconceitos estabelecidos. E envereda por uma trama que tem elementos policiais e suspense. Faz tudo isso de forma bem concatenada. A narrativa se centra no relacionamento entre Armando (Alfredo Castro), um homem que paga para que jovens fiquem nus para ele se masturbar sem tocá-los, e Elder (Luís Silva), adolescente em situação de rua, que lidera uma gangue juvenil. A relação se dá por meio do dinheiro, mas se estabelece de forma complicada, trazendo muitos elementos. O dinheiro aparece como roubo, meio de agressão, chantagem, afeto ou solidariedade. Traz mistérios que envolvem o passado de Armando e o pai dele, que entrarão nessa relação, vinculando dois personagens que, a rigor, só estariam em contato em função de interesses imediatos e fugazes. Assim como o personagem Armando, a câmera observa as situações, passeia pela vida deles e de seus encontros, dá tempo para que entendamos o contexto e as variáveis que os envolvem, mantendo um clima seco, duro e algo misterioso. O que está para ser revelado nunca sabemos muito bem o que é, do que se trata realmente. A trama conta especialmente com os dois protagonistas em ótima atuação, sutil e contida, que ajudam a prender a nossa atenção para o que vai se desenrolar em camadas sucessivas. A história original que serviu de base para o roteiro do diretor é do escritor e roteirista mexicano Guillermo Arriaga, de trabalhos como “Babel” e “Amores Brutos”. O filme é coproduzido pelo México. E resultada num belo trabalho do cinema venezuelano, que confirma a observação de um grande momento criativo para a sétima arte na América Latina.

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    Estreias: Jason Bourne luta com O Bom Gigante Amigo por destaque nos cinemas

    28 de julho de 2016 /

    Com o circuito abarrotado de blockbusters, o thriller de ação “Jason Bourne” e o infantil “O Bom Gigante Amigo” chegam em metade dos cinemas que normalmente atingiriam. Mesmo com distribuição similar, em torno de 440 salas, o longa para crianças se destaca no circuito 3D (360 salas). “O Bom Gigante Amigo” volta a reunir o diretor Stephen Spielberg com a roteirista Melissa Mathison, recriando a parceria do clássico “E.T. – O Extraterrestre” (1982). Foi o último trabalho de Mathison, que morreu antes da estreia. Mas a adaptação da obra de Roald Dahl (autor de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”) fez mais sucesso com a crítica (76% de aprovação no Rotten Tomatoes) que com o público, amargando o pior desempenho da Disney em 2016 e um inesperado fracasso na carreira de Spielberg (US$ 72 milhões de arrecadação mundial para um orçamento de US$ 140 milhões). “Jason Bourne” chega em estreia simultânea com os EUA, onde foi considerado pela crítica um dos títulos mais fracos da franquia. Com 57% de aprovação, só supera os 56% de “O Legado Bourne” (2012), rodado sem o protagonista original. A produção marca o retorno de Matt Damon ao papel-título e também do diretor Paul Greengrass ao comando da ação, e entrega exatamente o esperado, com muita correria, tiroteios e perseguições. A comédia “Os Caça-Noivas” completa o circuito dos shoppings, com lançamento em 147 salas. Besteirol americano, acompanha dois irmãos (Zac Efron e Adam Devine), que após estragarem muitas festas da família recebem um ultimato: só poderão aparecer no casamento da irmã acompanhados por namoradas. Logicamente, eles fazem o que qualquer idiota faria: vão à internet anunciar sua busca por pretendentes, atraindo duas jovens bagunceiras (Anna Kendrick e Aubrey Plaza), que vêem nos trouxas a chance de ganhar uma viagem de graça para o Havaí, onde o matrimônio acontecerá. A crítica americana torceu o nariz (39%), mas também viu na trama uma inversão de papeis mais engraçada e eficiente que a versão feminina de “Caça-Fantasmas”. Com cada vez menos salas disponíveis, o circuito limitado tem cinco estreias. Em 30 salas, a comédia francesa “A Incrível Jornada de Jacqueline” acompanha um fazendeiro argelino apaixonado por sua vaca Jacqueline, que realiza seu sonho ao viajar com ela para Paris, para participar de uma grande freira agrícola, aprendendo importantes lições de vida pelo caminho. Em tom de fábula, o filme não aprofunda, mas toca em alguns tópicos relevantes, como a questão da imigração na Europa atual, o que diferencia a obra de histórias similares. Premiado no Festival de Cannes do ano passado, o drama iraniano “Nahid – Amor e Liberdade” leva a 11 telas a história de uma mulher que, após o divórcio, recebe a guarda do filho sob a condição de não se casar novamente. Marcando a estreia da cineasta Ida Panahandeh, o longa se destaca pela rara oportunidade de mostrar um ponto de vista feminino sobre a posição de inferioridade que as mulheres possuem na sociedade islâmica. Vencedor do último Festival de Veneza, o drama venezuelano “De Longe te Observo” divide opiniões ao tratar de temas polêmicos, como homossexualidade e voyeurismo. Na trama, um gay de meia-idade que paga para jovens ficarem nus é agredido e roubado por um deles, dando início a um complexo relacionamento. Lento e repleto de silêncios, o filme também permite um vislumbre do cotidiano caótico venezuelano, como longas filas e a situação de pobreza e criminalidade da juventude. Estreia em sete salas. Completam o circuito dois filmes brasileiros. O terror “O Diabo Mora Aqui” combina a narrativa típica de casa mal-assombrada com o passado escravagista brasileiro, num resultado intrigante e bem acabado, distribuído em apenas quatro salas. A dupla de cineastas Rodrigo Gasparini e Dante Vescio já chamou atenção de produtores americanos, que incluirão um de seus curtas na vindoura antologia “O ABC da Morte 2.5”. Por fim, o documentário “Miller & Fried – As Origens do País do Futebol” resgata a importância de Charles Miller e Arthur Friedenreich para o futebol brasileiro no final do século 19 em duas salas (no Caixa Belas Artes e no Cine Odeon).

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