Heloisa Périssé encerra contrato com a TV Globo
Heloisa Périssé encerrou seu contrato fixo com a TV Globo após quase 25 anos de parceria. A primeira participação da atriz na emissora foi na novela “De Corpo e Alma” (1993). “Eu amo a Globo. Sou gratíssima a ela pelos 24 anos que passei lá. Agora é momento de alçar novos voos”, afirmou a artista, que está em cartaz com a peça teatral “A Iluminada”. A jornada da artista foi extensa e marcada por passagens em produções como “Escolinha do Professor Raimundo” (1994), “Você Decide” (1995), “Zorra Total” (1999). Ela ainda apareceu em “Brava Gente” (2000), “Os Normais” (2001), “Sob Nova Direção” (2004) e mais recentemente em “Cine Holliúdy”. Nas novelas, Heloísa encarou papéis variados nas tramas de “Cama de Gato” (2009), “Avenida Brasil” (2012), “Boogie Oogie” (2014), entre outros. Atualmente, Heloisa Périssé está no elenco do quadro “Dança dos Famosos”, exibido no “Domingão com Huck”.
Ator veterano é condenado por abandonar gravações de minissérie da Globo
Depois de duas décadas, a Justiça condenou Ewerton de Castro por abandonar as gravações da minissérie “O Quinto dos Infernos”, em 2002. Na época, o ator justificou sua decisão dizendo que estava sendo desrespeitado pela rede Globo. Com quase 20 anos na emissora, Castro teria se incomodado ao descobrir que seu personagem “não tinha a menor importância” na história da minissérie. Na trama, o ator interpretava o comerciante Cauper. “Não fui respeitado artisticamente. Meu personagem não tinha falas e quase nunca era enquadrado pela câmera. Não pensei que eles chamariam a mim, um profissional com 34 anos de carreira, para fazer praticamente uma figuração”, afirmou ele, que rompeu o contrato sem pestanejar. Depois que o ator abandonou as gravações, a Globo abriu um processo e exigiu o pagamento de uma multa pela quebra de contrato. A emissora destacou que foi pega de surpresa e que sofreu transtornos com a ausência de Castro. “Diante do inexplicável desaparecimento de um de seus personagens, foi preciso alterar o roteiro, reescrevendo vários capítulos, tentando, de alguma forma, não prejudicar o conteúdo da obra”, declarou a empresa na Justiça. A Globo ainda reforçou que não houve falta de respeito com Castro, pois o ator havia sido contratado para um papel coadjuvante. “Por mais famoso que seja, um ator não pode interferir nos critérios de direção e de produção de uma obra”, pontuou a emissora. Passado tanto tempo da exibição da atração, a Justiça finalmente deu razão à emissora, considerando que o ator recebeu previamente o roteiro da minissérie e que estava ciente da relevância do personagem. Na sentença, o juiz Rogério Arruda disse que o artista deixou a produção por “descontentamento e arrependimento”, mas que a Globo teria cumprido os termos acertados. O ator foi condenado e terá que pagar a multa contratual de cerca de R$ 210 mil, já com os devidos juros e correção monetária. O cálculo extraoficial ainda será confirmado pela Justiça. Ewerton de Castro ainda pode recorrer da decisão. Na Globo, o ator desempenhou papéis importantes nas novelas “Roque Santeiro”, “Fera Ferida” e “De Corpo e Alma”. Após sua briga com a Globo, ele passou a aparecer em novelas da Record TV, como “Escrava Isaura”, “Bicho do Mato”, “Chamas da Vida” e “A História de Ester”.
Marilu Bueno (1940-2022)
A atriz Marilu Bueno, conhecida por diversas novelas da Globo, morreu nesta quarta-feira (22) no Rio de Janeiro, aos 82 anos. Ela estava internada no Hospital Municipal Miguel Couto, na Zona Sul carioca, desde o início de junho. Na semana passada, a atriz passou por uma cirurgia no abdômen e estava em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do local. A causa da morte não foi divulgada pela família. Com vários papéis no teatro, ao longo de mais de 60 anos de carreira, ela apareceu nas telas pela primeira vez em 1960, no longa-metragem “O Cupim”, dirigido por Carlos Manga. A estreia em novelas foi em 1972, com “O Bofe”, e desde então foi presença constante na Globo. Em “Guerra dos Sexos”, de 1983, teve papel tão marcante como a divertida empregada Olívia que acabou escalada também para o remake exibido em 2012, revivendo a mesma personagem. Suas participações geralmente representavam o destaque de humor das tramas. Foi assim com a Mariinha de “Estúpido Cupido” (1976), a Tetê de “A Gata Comeu” (1986) e principalmente com a fada Margarida, da novelinha matinal “Caça Talentos”, estrelada por Angélica em 1996. Mas nem sempre seus trabalhos foram marcados por alegria. Em “De Corpo e Alma”, de 1992, interpretou a mãe da jovem Yasmin, papel de Daniela Perez, que foi assassinada em meio à produção. Entre seus papéis mais recentes estão os de Narcisa em “Êta Mundo Bom!” (2016), de Walcyr Carrasco, e Dulce Sampaio em “Salve-se quem Puder” (2020), de Daniel Ortiz. Ela também participou de séries como “Escolinha do Professor Raimundo”, “Sítio do Picapau Amarelo” e “A Grande Família”. E filmou os clássicos “Dias Melhores Virão” (1989), de Cacá Diegues, “Lua de Cristal” (1990), de Tizuka Yamasaki, e “O Homem do Ano” (2003), de José Henrique Fonseca. Por atuar ao lado de Xuxa (“Lua de Cristal”) e Angélica (“Caça Talentos”) no auge do sucesso das duas apresentadoras, e ainda ter encarnado a Dona Carochinha do “Sítio do Picapau Amarelo”, Marilu Bueno é especialmente lembrada pelo sorriso largo que marcou a infância de milhões de brasileiros.
Marcos Manzano (1959 – 2020)
O ator e empresário Marcos Manzano, criador do Clube das Mulheres no Brasil, morreu nesta sexta (13/11), aos 61 anos. O falecimento foi anunciado nas redes sociais do Clube das Mulheres, sem informar a causa, mas seu sócio no clube indicou que ele foi submetido a uma cirurgia cardíaca e não resistiu. Ele começou a ficar conhecido ao aparecer na novela “Vale Tudo” em 1988, ao contracenar com Gloria Pires e Carlos Alberto Ricceli nos capítulos finais da trama, como um príncipe italiano. Mas foi em “De Corpo e Alma”, de Gloria Perez, que sua popularidade disparou. Na novela de 1992, o protagonista, vivido por Victor Fasano, fazia strip-tease no Clube das Mulheres e tinha a companhia do então modelo em várias cenas. As gravações promoveram a casa de strip-tease masculino fundada em 1990 em São Paulo, com Manzano consagrando-se na novela na mesma função que exercia na vida real, como apresentador e dançarino do clube. Além dos papéis nas duas novelas da Globo, ele também participou do trash “A Rota do Brilho” (1990), filme policial de baixo orçamento, em que viveu um detetive parceiro de Alexandre Frota na investigação de assassinatos de garotas de programa. A produção, que também incluía a cantora Gretchen, foi o último filme do diretor Deni Cavalcanti, que não conseguiu fazer a transição da pornochanchada para a fase de retomada do cinema nacional de qualidade. Manzano também marcou presença constante em programas da TV aberta da época, o que se estendeu até os anos 2000. Durante este período, ele chegou a lançar músicas e ser considerado um dos homens mais bonitos do Brasil por algumas mídias. Embora o auge de sua popularidade tenha passado, Manzano continuou fazendo aparições esporádicas na televisão. A última aconteceu em fevereiro passado, no humorístico “A Praça É Nossa”, do SBT. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Clube das Mulheres Oficial (@clubedasmulheres_oficial)
Beatriz Segall (1926 – 2018)
A atriz Beatriz Segall morreu nesta quarta-feira (5/9), aos 92 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em consequência de problemas respiratórios. Ela marcou a história da TV brasileira com uma das maiores vilãs já vistas numa novela, Odete Roitman, a personagem mesquinha, vaidosa e arrogante de “Vale Tudo” (1988), principal sucesso de sua carreira – e de todos os envolvidos na produção, inclusive o autor Gilberto Braga. Mas para chegar lá, teve que lutar contra a própria família, que não queria vê-la seguir carreira de atriz. Fazer teatro nos anos 1950 era algo mal visto para mocinhas da classe média como Beatriz de Toledo, seu nome de batismo. Ela só virou Beatriz Segall após se destacar na companhia teatral Os Artistas Unidos, da atriz francesa Henriette Morineau, receber uma bolsa do governo francês para cursar língua e teatro na Sorbonne, em Paris, e lá conhecer, se apaixonar e se casar com Mauricio Segall, filho do famoso pintor Lasar Segall. O casamento aconteceu em 1954 e também a transformou em mãe de três filhos, entre eles o diretor de cinema Sérgio Toledo (que fez “Vera”, longa de 1986 que valeu a uma estreante Ana Beatriz Nogueira o Urso de Ouro de melhor atriz em Berlim). A maternidade afastou-a da carreira artística até 1964, quando substituiu Henriette Morineau em “Andorra”, do Teatro Oficina, dirigida por José Celso Martinez Corrêa. O acirramento trazido pelo golpe militar no período fez com que o teatro se tornasse uma opção de vida, inspirando o projeto de reerguer, ao lado do marido, o Theatro São Pedro, em São Paulo. Mas a preferência por peças de teor político acabou colocando os Segall na lista daqueles considerados subversivos, o que culminou na prisão e tortura de Mauricio em 1970, supostamente por sua ligação com a ANL, grupo que aderiu à luta armada contra o regime militar. Com a carreira voltada ao teatro e pouca experiência em cinema (onde estreou em 1951, em “A Beleza do Diabo”, do francês Romain Lesage), Beatriz teve sua trajetória completamente alterada ao ser escalada para a primeira novela das 20h de Gilberto Braga. Ao viver a Celina de “Dancin Days” (1978), ela conheceu o sucesso de massa e reinventou sua trajetória como estrela da Globo. “Até fazer ‘Dancin Days’, eu execrava televisão. Achava tudo muito pobre, sem recursos. A partir de ‘Dancin Days’ me dei conta de que não podia mais ignorar o veículo, a TV tinha melhorado muito”, comentou dez anos depois, em entrevista ao jornal O Globo. A partir do verdadeiro fenômeno cultural que foi “Dancin Days”, influenciando música, moda e comportamento, Beatriz passou a emendar uma novela atrás da outra. Seguiram-se papéis em “Pai Herói” (1979), “Água Viva” (1980), “Sol de Verão” (1982), “Champagne” (1983), “Carmen” (1987), “Barriga de Aluguel” (1990), “De Corpo e Alma” (1992), “Sonho Meu” (1993) e “Anjo Mau” (1997), além de, claro, a famosa Odete Roitman de “Vale Tudo” (1988). A vilã virou ícone por representar o desprezo da elite contra os mais pobres. Mas apesar das maldades, Beatriz adorava as frases escritas por Gilberto Braga, em que destilava também algumas verdades sobre o país. “A Odete diz coisas que são consideradas impatrióticas, mas que são verdades”, disse na época, na entrevista já citada. “Isso provoca alguns tipos de ações ou reações”, acrescentou, explicando que, por causa disso, “todo mundo se envolveu muito com a Odete Roitman”. Mas a maldita era tão odiada que acabou assassinada na trama. No entanto, isto só ajudou a entronizá-la no inconsciente coletivo nacional. O mistério noveleiro em torno de quem matou Odete Roitman chegou a parar o Brasil. O sucesso na TV lhe deu grande visibilidade. Até a filmografia curta deu uma espichada, e com papéis em filmes históricos como “Os Amantes da Chuva” (1979), de Roberto Santos, “Pixote: A Lei do Mais Fraco” (1981), de Hector Babenco, e “Romance” (1988), de Sergio Bianchi. O ritmo de trabalho só foi diminuir nos anos 2000, quando o hiato entre as novelas aumentou e ela se dedicou cada vez mais ao teatro. Mesmo assim, fez “O Clone” (2001), “Esperança” (2002), “Bicho do Mato (2006) e “Lado a Lado” (2012), além dos filmes “Desmundo” (2002) e “Família Vende Tudo” (2011), ambos de Alain Fresnot. Em 2013, a atriz caiu em um buraco em uma calçada do bairro da Gávea, no Rio, machucando-se seriamente. Na ocasião, ela chegou a receber uma ligação e um pedido de desculpas do prefeito Eduardo Paes. Mas isso impactou sua carreira e ela só foi voltar a interpretar um último papel dramático na TV em 2015, no primeiro episódio da série “Os Experientes”, da Globo. Apesar da saída de cena definitiva, Beatriz continua no ar até hoje, eternizada como Odete Roitman pelo canal pago Viva, que está reprisando “Vale Tudo”. E não só a personagem, como a própria trama da novela permanece assustadoramente atual. Passados 30 anos, o Brasil ainda mostra a mesma cara de 1988. Aguinaldo Silva, que ajudou a escrever “Vale Tudo”, despediu-se da amiga com uma reflexão, em depoimento para O Globo. “Beatriz foi uma grande atriz de teatro também, mas ficou conhecida pelas figuras mágicas que interpretou na TV. Ela era completamente diferente dos personagens que fazia, mas sabia fazer uma vilã muito bem. Odete Roitman, criação genial do Gilberto, está marcada entre as cinco maiores vilãs da TV brasileira. O trabalho dela foi meticuloso ao longo da vida, e talvez não tenha sido reconhecida como merecia, embora respeitada. A vida segue e as vilãs renascem, mas Odete será sempre inesquecível.
Desirée Vignolli (1965 – 2018)
Morreu a atriz Desirée Vignolli, vítima de um infarto fulminante no domingo (21/1), no Rio de Janeiro. Conhecida pelo trabalho em novelas de sucesso da Globo, especialmente “Que Rei Sou Eu?” (de 1989), Desirée nasceu em Nova York, nos Estados Unidos, filha de uma diplomata e de um advogado, e cresceu . Além de viver a sedutora Denise de “Que Rei Sou Eu?”, a atriz também se projetou em “Mico Preto” (1991), no papel de Lucilene, e “De Corpo e Alma” (1992), na qual interpretou Mércia. Sua última novela da Globo foi “O Mapa da Mina”, em 1993. Ela passou os anos seguintes na “geladeira” da emissora. E, após ser cortada da minissérie “Chiquinha Gonzaga” em 1998, acabou presa por furtar a bolsa de uma colega de academia. Disse, em entrevista ao jornal Extra, que vivia com dificuldades financeiras. Após o incidente, foi contratada para a novela “Vidas Cruzadas” (2000), da Record, seu último papel. A atriz foi casada com o ator Luís Gustavo, com quem teve uma filha, Jéssica. Desirée também era mãe de Antônio e Anna Camilla. Em seu perfil no Facebook foi postada a seguinte mensagem: “Rezem, amigos, por Desirée e lembrem-se dela por sua grandiosidade e amor”.





