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    Hugh Hudson, diretor de “Carruagens de Fogo”, morre aos 86 anos

    10 de fevereiro de 2023 /

    O cineasta britânico Hugh Hudson, que dirigiu o filme vencedor do Oscar “Carruagens de Fogo” (1981), morreu nessa sexta-feira (10/2) em Londres, aos 86 anos. A família de Hudson emitiu uma declaração dizendo: “Hugh Hudson, 86 anos, querido marido e pai, morreu no hospital Charing Cross em 10 de fevereiro após uma doença curta. Ele é sobrevivido por sua esposa Maryam, seu filho Thomas e sua primeira esposa Sue.” Hudson nasceu em 25 de agosto de 1936, em Londres. Após a sua dispensa do exército, ele começou a trabalhar com audiovisual editando documentários, mas não demorou até que formasse uma sociedade com Robert Brownjohn e David Cammell, para fundar sua própria produtora e desenvolver seus próprios documentários. Depois de ter feito vários curtas-metragens, Hudson se arriscou no comando de um longa-metragem com o documentário “Fangio: Una vita a 300 all’ora” (1980), sobre o campeão de Fórmula Um Juan Manuel Fangio. E logo no ano seguindo realizou sua obra mais conhecida e premiada: “Carruagens de Fogo”, seu primeiro longa de ficção. O filme narra a rivalidade entre dois corredores britânicos, um judeu e um cristão, que acabam se unindo no time britânico de atletismo dos Jogos Olímpicos de 1924. “Carruagens de Fogo” rendeu a Hudson a indicação ao Oscar de Melhor Diretor. E embora ele não tenha vencido, o filme foi contemplado com quatro estatuetas, incluindo Melhor Filme e Melhor Trilha Sonora – composta por Vangelis, também recentemente falecido. A música-tema do filme é lembrada até hoje e, na época, foi uma escolha arriscada, por se tratar de uma composição eletrônica, que poderia não combinar com um filme de época. O sucesso de “Carruagens de Fogo” abriu várias portas para o diretor, que fez em seguida o projeto grandioso “Greystoke: A Lenda de Tarzan, o Rei da Selva” (1984). A versão revisionista da história de Tarzan dividiu opiniões na época do seu lançamento e não foi o sucesso esperado. Ainda assim, o pior veio em seguida, quando Hudson dirigiu “A Revolução” (1985), sobre a luta da independência dos EUA, estrelado por Al Pacino. Com um orçamento de cerca de US$ 28 milhões, a obra rendeu apenas US$ 400 mil nos EUA. Depois do fracasso de “A Revolução”, o cineasta reduziu a escala dos seus projetos e fez o filme intimista “De Volta Para Casa” (1989), sobre a vida de um adolescente alienado que mora em Los Angeles. Praticamente uma produção indie, o filme era estrelado por Adam Horovitz, mais conhecido como o rapper MCA dos Beastie Boys. O filme foi selecionado para o Festival de Cannes e foi bastante elogiado pela crítica, mas sua carreira nunca recuperou o brilho de “Carruagens de Fogo”. Nos 10 anos seguintes, Hudson comandou alguns especiais de TV, curtas-metragens e um segmento da antologia “Lumière e Companhia” (1995). Até que, quase duas décadas após “Carruagens de Fogo”, voltou a se reunir com o produtor David Puttnam no filme “Tempo de Inocência” (1999), outra obra passada na década de 1920, estrelado por Colin Firth. Assim como o filme seguinte, “África dos Meus Sonhos” (2000), com Kim Basinger, a volta aos longas não teve muita repercussão, e a falta de sucesso o deixou outra década longa do cinema. Ele voltou em 2011 com um documentário, “Rupture: A Matter of Life OR Death”, sobre a luta da ex-Bond Girl Maryam d’Abo contra uma doença hemorrágica, e se despediu com a ficção “Altamira” (2016), estrelada por Antonio Banderas e focada na descoberta de cavernas com pinturas pré-históricas na Espanha.

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    Alan Parker (1944 – 2020)

    31 de julho de 2020 /

    O cineasta britânico Alan Parker, que marcou época no cinema com obras como “O Expresso da Meia-Noite” (1978), “Fama” (1980) e “The Wall” (1982), morreu nesta sexta-feira (31/7) em Londres, aos 76 anos. A notícia foi confirmada pelo Instituto Britânico de Cinema, citando que Parker sofria há anos de uma doença não especificada. Apesar de sua filmografia abranger vários gêneros, Parker é mais lembrado como “especialista” em musicais. Além do popular “Fama”, também assinou “The Wall” (1982), inspirado no disco clássico do Pink Floyd, “Evita” (1996), estrelado por Madonna, “Bugsy Malone – Quando as Metralhadoras Cospem” (1976) e “The Commitments: Loucos pela Fama” (1991). “Se você pode usar música e imagens juntos, é muito poderoso”, observou ele em 1995. Apesar dessa relação íntima com a música, foi por dois dramas inspirados em fatos reais que o diretor foi reconhecido pela Academia. Sua primeira indicação ao Oscar veio por “O Expresso da Meia-Noite” (1978), com roteiro de Oliver Stone sobre um jovem americano preso por tráfico de drogas na Turquia, e a segunda por “Mississippi em Chamas” (1988), sobre a investigação do desaparecimento de ativistas do movimento dos direitos civis, no sul racista dos EUA durante os anos 1960. Filho único, Parker nasceu em 14 de fevereiro de 1944 em Islington, barro da classe trabalhadora de Londres. Sua mãe, Elise, era costureira e seu pai, William, foi jornaleiro e pintor de casas. Criativo desde jovem, seu primeiro emprego foi como redator de publicidade nas agências Maxwell Clarke, PKL e depois CDP, de onde progrediu para a direção de comerciais. “Minhas ambições não eram ser diretor de cinema, tudo que eu queria era me tornar diretor de criação no CDP… até que de repente os comerciais de televisão se tornaram muito importantes e a agência se transformou”, afirmou ele, numa longa entrevista sobre sua vida e carreira para Instituto Britânico de Cinema há três anos. “Eu estava no momento em que o [CDP] fez os melhores comerciais e tive a sorte de fazer parte desse mundo”. Parker fundou uma produtora para criar comerciais, mas acabou se dedicando ao cinema, antecipando uma tendência posteriormente seguida por outros de seus contemporâneos – Ridley Scott, Tony Scott, Adrian Lyne, etc. Em seu caso, a mudança de rumo teve um empurrão de David Puttnam. Com o encorajamento do futuro produtor de “Carruagens de Fogo” (1981), ele escreveu o roteiro de “Quando Brota o Amor” (1971), seu primeiro musical, que usava músicas dos Bee Gees para ilustrar um romance adolescente inspirado em seus dias de escola. Puttnam produziu esse filme (que foi dirigido por Waris Hussein), assim como os primeiros longas do diretor, e os dois permaneceram amigos por toda a vida. “Como fui o primeiro a fazer a transição do mundo dos comerciais para os longas-metragens, acho que fui mais sensível às críticas de que, de alguma maneira, não éramos legítimos, apenas um grupo de vendedores vulgares que vendiam produtos com frágeis credenciais intelectuais”, ele disse em uma entrevista de 2017. “Então parei de fazer comerciais para ser levado a sério como cineasta”. Parker ganhou o primeiro de seus seis prêmios BAFTA em 1976, ao estrear como diretor de longas no telefilme “The Evacuees”, uma produção da BBC sobre dois meninos, passada durante os bombardeios da 2ª Guerra Mundial. Sua estreia no cinema aconteceu no mesmo ano e também foi estrelada por crianças. Com o inventivo “Bugsy Malone – Quando as Metralhadoras Cospem”, Parker filmou um musical de época, ambientado em 1929 na cidade de Nova York durante a Lei Seca. Só que os intérpretes dos gângsteres americanos eram todos astros mirins, entre eles uma Jodie Foster de 13 anos de idade e o futuro diretor de “Rocketman”, Dexter Fletcher, com 10. A ideia veio da publicidade, num período em que Parker fazia muitos comerciais com crianças. Além disso, ele tinha quatro filhos, todos com menos de 9 anos na época. Seu filme seguinte foi o oposto completo daquele projeto divertido. Denso, maduro e sombrio, “O Expresso da Meia-Noite” (1978) abordava violência e homossexualidade na prisão. A mudança tão radical atendia o desejo do diretor de não ficar marcado por nenhum tipo específico de filme. “Gosto de fazer coisas diferentes como forma de manter a criatividade”, afirmou. Ele seguiu nessa gangorra por toda a carreira. Em seu filme seguinte, “Fama”, voltou ao universo musical e juvenil para retratar os sonhos e aspirações dos alunos de uma escola de artes em Nova York. A produção se tornou seu primeiro grande sucesso comercial, puxado por uma trilha sonora vibrante, e sua influência foi brutal, inspirando até uma série de TV de mesmo nome. Mas, como muitas realizações da carreira de Parker, seu devido reconhecimento como pioneiro de um revival de filmes musicais, que atingiu seu auge nos anos 1980, foi minimizado pelos críticos da época. Depois das coreografias de “Fama”, Parker filmou um divórcio em “A Chama que não Se Apaga” (1982), antes de voltar à música com “The Wall” (1982) – desta vez sem danças, mas com grande influência dos videoclipes, levando ao surgimento do termo “estética MTV”. “The Wall” fez sucesso enorme entre fãs de rock, alimentando Sessões da Meia-Noite por anos, além de ter cenas transformadas, de fato, em clipes da MTV. Mas, inconformado com as críticas negativas, o diretor acabou se afastando do gênero por um longo período, trabalhando em filmes de temática mais dramática. O cineasta venceu o Prêmio do Júri de Cannes com “Asas da Liberdade” (1984), sobre amizade e traumas de guerra. Mas seu filme seguinte deu ainda mais o que falar. Único terror de sua carreira, “Coração Satânico” (1987) tornou-se cult devido à fotografia estilosa e pela escalação de Robert DeNiro como o diabo e Mickey Rourke como um detetive noir, em meio ao jazz e ao vudu de Nova Orleans. Os dois atores quebraram o pau nos bastidores, mas o maior desafio de Parker foi conseguir enfrentar a censura, que queria classificar o filme como “X” (basicamente pornô) após a transformação de Lisa Bonet, menina recatada da série familiar “The Cosby Show” – e futura mãe de Zoë Kravitz – em sex symbol. Em “Mississippi em Chamas” (1988) e “Bem-Vindos ao Paraíso” (1990), ele abordou o racismo americano, filmando casos históricos: o assassinato de ativistas dos direitos civis nos anos 1960 e os campos de concentração para japoneses nos anos 1940. Mas, depois de temas tão pesados, o diretor finalmente decidiu voltar à música, concebendo “The Commitments” (1991), sobre artistas amadores de Dublin que decidem formar uma banda de soul. Foi novo sucesso a extrapolar as telas. O filme vencedor do BAFTA transformou os atores em músicos de verdade, que fizeram turnês e gravaram discos após a repercussão nos cinemas, e ainda foi adaptado como espetáculo de teatro. Parker não foi tão feliz com a comédia “O Fantástico Mundo do Dr. Kellogg” (1994), o que o levou de volta, pela última vez, a seu gênero favorito, com a adaptação de “Evita”, versão da Broadway para a vida de Eva Peron, estrelada por Madonna e Antonio Banderas. Mais uma vez, a obra foi além dos cinemas, com Parker assinando dois clipes de Madonna extraídos da trilha sonora. Ele encerrou a carreira com mais dois longas, ambos de teor dramático, “As Cinzas de Ângela” (1999) e “A Vida de David Gale” (2003). O último, estrelado por Kevin Spacey e Kate Winslett, recebeu as críticas mais negativas de sua filmografia. Alan Parker nunca conseguiu agradar à imprensa. Sua carreira como diretor de comerciais lhe deu um apuro estético que causava estranheza entre os defensores do cinema mais tradicional. Mas a quantidade de obras cultuadas de seu currículo reflete, em retrospecto, como esteve à frente de seu tempo e como seu valor foi sempre reconhecido com atraso, em revisões críticas. Ironicamente, Parker acabou presidindo o Instituto Britânico de Cinema a partir de 1998. E por suas realizações e impacto cultural, foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico e, em 2002, cavaleiro pela rainha Elizabeth II. Ele também venceu quatro BAFTAs (o Oscar britânico) e recebeu, em 2013, um BAFTA honorário pela carreira da Academia Britânica. “Eu vivi uma vida encantada”, disse. “Tive controle absoluto do meu trabalho, mesmo trabalhando em uma área muito difícil de expressar qualquer individualidade, como em Hollywood. Eles não interferiram no que eu fiz e, portanto, se meus filmes agradaram ou não, não é culpa de ninguém, apenas minha”. Parker deixa a mulher, a produtora Lisa Moran, e cinco filhos — entre eles, o roteirista Nathan Parker (“Lunar”).

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