Xuxa é primeira convidada do talk show de Rafael Portugal
O primeiro episódio de “Portugal Show”, novo talk show de Rafael Portugal, terá a participação especial de Xuxa Meneghel. A estreia está marcada para dia 16 de outubro, às 22h15, no Multishow e no Globoplay+ Canais. A eterna Rainha dos Baixinhos será a primeira convidada para uma entrevista divertida, que será ambientada num parque de diversões. Já ao longo da semana, “Portugal Show” terá a presença de Fábio Porchat, Dani Calabresa, Gaby Amarantos e Gil do Vigor. “Rafael Portugal é um dos artistas mais completos da nova geração. Faz de tudo um pouco e faz muito bem. Torço por ele com o coração e com a alma, ainda vamos ouvir falar muito mais desse nome: é um cara simples, rápido e muito talentoso. Espero ter mais oportunidades de gravar com ele apenas para dizer o quanto eu o admiro. Estou superfeliz por ter sido convidada para o seu novo programa, me diverti demais e espero que as pessoas também se divirtam muito”, afirmou Xuxa à revista Quem. Mais detalhes A atração terá participação de outros comediantes, como Estevam Nabote, Ed Gama, Lil Vinicinho, Rafael Saraiva, Rafaela Azevedo, Thamyris Borsan e Yas Fiorello, que completam o elenco nos 20 episódios da temporada. O talk show ainda receberá outros nomes importantes, como Baco Exu do Blues, Diego Defante, Evelyn Castro, Fátima Bernardes, João Vicente de Castro, Marisa Orth, Natuza Nery, Paulinho Serra, Pequena Lô, Pedroca Monteiro, Pepita, Tiago Abravanel, Sérgio Loroza, Silvero Pereira e Welder Rodrigues. “Portugal Show” será exibido de segunda a sexta-feira, a partir do dia 16 de outubro.
Marcius Melhem admite pensamentos sombrios após virar réu por assédio sexual
O humorista Marcius Melhem, que virou réu por assédio sexual em agosto, revelou ter pensado em suicídio. A revelação foi feito durante entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. “É uma dor que não passa. Você quer gritar para o mundo que não é aquela pessoa, que não fez aquilo, que tem provas. Mas ninguém quer te ouvir”, disse Melhem. O humorista vem realizando sessões de psicoterapia diárias e afirma que psiquiatras têm prescrito tratamentos mais intensivos em dias alternados para que ele consiga enfrentar a atual fase. Ele foi à Justiça contra Dani Calabresa em janeiro de 2021, meses após as acusações surgirem na imprensa no final de 2020. Com isso, as acusadoras entraram na Justiça, que só tornou o humorista réu no mês passado. A promotoria, que inicialmente citava 11 vítimas, incluindo as que se diziam testemunhas, levou adiante acusações de apenas três pessoas, afirmando que as demais – inclusive de Dani Calabresa – tinham prescrito. As acusadoras são as atrizes Carol Portes e Georgiana Coutinho Goes, e uma editora da TV Globo. A versão de Melhem Melhem se diz vítima de uma “junção de ressentimentos e de vinganças”. “As oito que me acusam são amigas, se conhecem, são de um mesmo grupo. Fica escancarado que houve uma combinação”, argumenta. Segundo sua versão, ele desmentiu todas as mulheres cujas acusações teriam prescrito. “É por isso que me dá desespero. Eu vejo que a coisa não para. Quantas mentiras eu tenho que provar para encerrar esse caso?”, questiona. “Mesmo numa guerra, há regras de humanidade. O que fizeram comigo foi desumano. Uma execração pública sem nenhuma prova, sem nenhum nome. É uma covardia muito cruel”, desabafou. “Eu provo que a Dani Calabresa mente, e ninguém nunca vai perguntar para ela por que ela mentiu. Você [a colunista] está aqui me perguntando milhões de coisas. Mas ninguém nunca pergunta nada a elas”. Abatido, ele não poupa críticas ao sistema judicial. Ressalta que antes da atual promotora, “quatro delegadas e cinco promotoras analisaram esse caso. E eu não fui indiciado nem denunciado por nenhuma delas.” Apoio O humorista destaca que o mais importante agora é o apoio de sua família, especialmente suas filhas Nina e Manuella. “Vamos, porque a vida é maior”, compartilhou ele, citando uma conversa com Joana, sua ex-mulher e mãe de suas filhas. “Com tudo o que aconteceu, ela está do meu lado. Porque ela viveu isso. Ela viu essas pessoas na minha casa. Ela sabe das mentiras”, finalizou o diretor. Se você está passando por um momento difícil e precisa de ajuda, ligue para o CVV (Centro de Valorização a Vida) pelo número 188. O serviço é gratuito e sigiloso.
Dani Calabresa prepara estreia culinária em “Que Bela Pizza!”
Dani Calabresa está prestes a estrear como apresentadora de “Que Bela Pizza!”, um novo reality culinário do GNT. A atração terá seis episódios temáticos em que três participantes se esforçam para conquistar o título de melhor pizzaiolo do dia. A humorista afirmou que tem altas expectativas para a estreia marcada para 18 de agosto. “Programa literalmente delicioso, leve, divertido e feito com muito carinho”, disse Calabresa sobre seu trabalho “mais diferente de todos”. Que bela pizza! Entre as temáticas, os participantes terão que reproduzir as pizzas mais vendidas no Brasil, bordas recheadas, pizzas doces, além do polêmico ketchup na versão carioca. Os competidores ainda terão que saber a origem das pizzas, limites de combinações e até controvérsias sobre esse tipo de comida. A avaliação do reality fica por conta do jurado Fellipe Zanuto, sócio e chefe de “A Pizza da Mooca”, e da consultora gastronômica Danni Camilo. “Acho que as pessoas vão se divertir muito, vão se envolver com as histórias dos participantes”, analisou Calabresa. “Tanto quem sabe cozinhar quanto quem não cozinha vai gostar de assistir ao programa, vai ficar com vontade de comer pizza. Essa é a parte sofrida. As pessoas vão querer ligar e pedir as pizzas, mas não qualquer uma, as que vão estar sendo preparadas no programa. Acho que a gente, inclusive, tem que ter um delivery na segunda temporada”, brincou a apresentadora.
Marcius Melhem chama Dani Calabresa de “vingativa, cínica e mentirosa”
O ex-diretor da Globo Marcius Melhem fez uma live em seu canal do YouTube nesta quarta-feira (9/8) para rebater a denúncia de assédio e importunação sexual do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e apontar o que chama de mentiras no processo. Ele também aproveitou para responder diretamente a Dani Calabresa, que publicou uma nota no Instagram sobre a ação. A humorista foi uma das mulheres que denunciou Melhem, mas teve seu caso arquivado pelo Ministério Público. Melhem questionou a postura de Calabresa, argumentando: “Quando vocês viram uma entrevista da Dani Calabresa dizendo ‘eu quero que o meu caso seja julgado’? Pelo contrário, ela só dava entrevista dizendo ‘por mim, não tinha chegado até isso, por mim eu me conformava com a coisa da Globo ter visto uma conduta inadequada dele’. Ela diz isso de ‘conduta inadequada’ agora, porque a Globo cravou que não teve assédio”. Melhem confronta Calabresa Melhem expressou sua insatisfação com o processo e ironizou a acusação de Calabresa, que o chamou de assediador em sua nota: “Ela não pode me chamar de assediador, a senhora mente ao dizer que eu sou assediador, porque nem a Globo diz que eu sou assediador da senhora, nem o Ministério Público levou seu caso adiante. Então, a senhora que tem que dormir com esse barulho, de saber que não é possível dizer que eu a assediei”. Ele continuou: “Todo mundo verá, porque uma hora isso se tornará público, todas as mentiras, inconsistências e incongruências da sua acusação. Já viram boa parte e verão. Eu não sou assediador, estou lhe processando, inclusive, por isso, na esfera cível, em São Paulo. A senhora é mentirosa”. Para finalizar, Melhem deixou uma espécie de alerta para o público, acusando Calabresa de ser “vingativa, cínica e mentirosa”. Ele afirmou: “Agora eu quero falar com vocês que tão me vendo nessa live: Dani Calabresa é vingativa, cínica e mentirosa. Fala mal de todo mundo pelas costas, falava de mim, mas falava de todo mundo. Algumas já vieram a público, mas tem muitas outras. Ela é cínica e mentirosa. Chegou a dizer que a Globo comprovou assédio, agora ela muda pra conduta inadequada”. Motivo do arquivamento e sequência do processo Dani Calabresa explicou que seu caso contra Melhem foi arquivado porque o crime já prescreveu e porque o ocorrido em 2017 foi tratado como importunação sexual, um crime só descrito na lei a partir de 2018. Apesar do arquivamento do caso de Calabresa, Melhem continua sendo investigado pelo Ministério Público. O processo iniciou com oito queixas, mas caiu para sete quando uma das supostas vítimas disse que era apenas testemunha, até ser reduzindo para três na acusação formal do MPF-RJ na terça-feira (8/8) O Ministério Público denunciou Marcius Melhem por assédio sexual com base no depoimento de duas atrizes subordinadas pelo ator e uma terceira mulher que não quis ser identificada – mas acabou nomeada na live. A primeira delas é Carol Portes, que contou que foi assediada quando fazia parte do humorístico “Tá No Ar”. Ela prestou depoimento na Delegacia da Mulher em abril. O outro depoimento usado como base foi da atriz Georgiana Góes, também ouvida pela Justiça, que considerou que houve abuso na conduta do então diretor do núcleo de humor da emissora. Defesa de Melhem Em sua live, Melhem afirmou que as três “entraram para fazer número” no processo. Ele mostrou elogios e torcidas públicas de Georgiana a seu favor durante a investigação do Compliance da Globo e citou declarações de Carol “de fevereiro de 2020, que diz que me ama”. O humorista também questionou a prescrição das demais acusadoras, mas não das três, citando que a própria Carol Porter diz no próprio processo não ter acusações recentes. “Quem fez a denúncia, feita às pressas, obviamente não teve tempo de ler e ver tudo”, ele apontou. “Mas a gente aqui leu e viu tudo”. “Esta escolha do que fica ou que sai, lá na denúncia, não obedece a critério nenhum”, ele acusa. “Esta história de que todas as outras denúncias caíram por prescrição, isto é uma lorota. Isto foi combinado”, seguiu. O humorista também questionou o vazamento de partes da denúncia do MPF-RJ na imprensa, apontando que fatos denunciados não constam dos autos e sim de uma reportagem da revista Piauí, que, inclusive, é alvo de processo movido por ele. “Você tão lembrados dessa história de ‘vou conferir esse figurino de maiô’? Isto que está na acusação não está nos autos, porque isto que tá na acusação saiu só na Piauí. Quando isso foi desmentido por mim publicamente, elas mudaram a história. Aliás a própria Piauí assume que isso não aconteceu. Dani Calabresa, em audiência que já vazou também, assume que esta história não aconteceu. A frase é mentira, foi assumida que não aconteceu, e faz parte da denúncia!”, ele aponta. “A história do sexo oral, do boquete, do maiô e outras coisas que tão publicando aí da denúncia será tudo desmoralizado. Por que é mentira”, completou. Veja abaixo a íntegra da live, que durou mais de duas horas.
Dani Calabresa explica porque sua denúncia contra Marcius Melhem foi arquivada
A humorista Dani Calabresa veio a público para falar sobre o arquivamento da denúncia feita por ela contra Marcius Melhem, por assédio e importunação sexual. Melhem tornou-se réu por assédio sexual contra três vítimas na terça-feira (8), mas o caso envolvendo Calabresa foi arquivado. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), a investigação que tinha a atriz e outras cinco mulheres como vítimas foi arquivada “em razão da prescrição punitiva dos fatos”. Declarações de Calabresa Calabresa comentou em seu Instagram as decisões da Justiça e expressou que o acusado se tornar réu é um reconhecimento da seriedade das acusações. “A decisão do Ministério Público de denunciar meu ex-chefe por assédio sexual é um reconhecimento da seriedade das acusações apresentadas pelas vítimas. Um segundo reconhecimento, porque a TV Globo já havia demitido-o por conduta inadequada após eu levar o caso ao compliance da emissora no início de 2020”, escreveu. Ela também lamentou que seu caso e de outras mulheres tenham sido arquivados, mas entendeu os motivos. “É uma pena que alguns casos tenham sido arquivados porque os crimes já prescreveram. No meu caso, eram duas acusações: uma, de assédio sexual e outra de importunação sexual, que é um crime ainda mais grave. Só que a importunação aconteceu em 2017, e isso só passou a ser oficialmente um crime em 2018. E o assédio infelizmente também já prescreveu”, explicou. A famosa ainda afirmou que o arquivamento das denúncias sempre foi a intenção de Melhem ao atacar a reputação das vítimas nos últimos anos. “Foi por isso, para ganhar tempo e apostar na prescrição, que o assediador passou os últimos anos atacando a reputação de suas vítimas”, contou. Por fim, Dani expressou sua confiança na Justiça e solidariedade às mulheres envolvidas. “O que importa, para mim e para todas as mulheres que tiveram a coragem de falar, é que o assédio foi reconhecido pelo Ministério Público. Continuo a confiar na Justiça, apoiar essas 3 mulheres tão corajosas e estarei sempre ao lado delas. Nada justifica o assédio!”, finalizou. O início do caso Melhem é investigado desde dezembro de 2019, quando Dani Calabresa e outras mulheres o denunciaram como “assediador” no compliance da Globo. O caso se tornou público no mesmo mês, numa nota do colunista Leo Dias. Em março de 2020, o comitê de compliance do Grupo Globo absolveu o comediante das denúncias. Mesmo assim, a empresa encerrou o contrato com o então chefe de departamento da emissora, divulgando um texto elogioso sobre o profissional em agosto. Em outubro de 2020, as acusações contra Melhem deixaram de ser boatos e assumiram o peso de denúncia de uma advogada, Mayra Cotta, que se apresentou como representante das mulheres supostamente assediadas nas páginas do jornal Folha de S. Paulo. Em dezembro, a revista Piauí publicou a primeira reportagem sobre o caso, repleta de informações detalhadas – algumas desmontadas – sobre os casos de assédio de Melhem contra ex-funcionárias, especialmente Dani Calabresa. A publicação gerou ira nas redes sociais contra Melhem, que entrou na justiça contra a revista, a advogada, Calabresa e vários colegas comediantes que o chamaram de assediador. O caso chama especial atenção por conta desse detalhe. Não foram as supostas vítimas, mas o acusado que decidiu tirar tudo à limpo, ao fazer, em dezembro de 2020, uma interpelação extrajudicial para que Dani Calabresa confirmasse ou desmentisse o teor da reportagem da revista Piauí, que não cita fontes nem usa declarações entre aspas. Foi só depois disso que a advogada entrou com ação criminal por assédio contra o humorista. Melhem então passou a dar entrevistas e apresentar as mensagens trocadas com Calabresa como prova de sua versão dos fatos. As mensagens apresentadas à Folha e à rede Record demonstravam que os dois mantinham uma relação íntima e amigável entre os anos de 2017 e 2019, época em que, segundo a revista Piauí, ele teria assediado a atriz moral e sexualmente. Dois dias depois, a defesa de Calabresa entrou na Justiça para impedir a divulgação dos textos e áudios, e com um pedido de indenização por danos morais por Melhem ter revelado conversas privadas. A alegação é que a atriz estava tendo sua “vida íntima devassada”. Além disso, a defesa das atrizes alegou que as peças estavam sendo tiradas do contexto e usadas para tentar constrangê-las. Passaram-se quase dois anos, mas a Justiça negou o pedido de Calabresa, dando direito a Melhem de se defender na mídia, onde estava sendo atacado. Apesar do inquérito ter apresentado inicialmente relatos de oito mulheres, uma das envolvidas afirmou que nunca se apresentou como vítima. Suzana Pires declarou ser apenas uma testemunha disposta a continuar colaborando, o que reduziu para sete denúncias. O MP acabou descartando mais acusações, incluindo de Dani Calabresa, antes de denunciar Melhem formalmente por assédio sexual na terça-feira (8/8). Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Daniella Giusti 🍕☎️ CAT BBB23 (@danicalabresa)
Ex-diretor da Globo, Marcius Melhem é denunciado criminalmente por assédio sexual
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) ofereceu, na tarde desta terça-feira (8/8), a primeira denúncia oficial contra Marcius Melhem, ex-chefe do humor da Globo, por assédio sexual. A promotora Isabela Jourdan, cuja atuação no caso é questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela defesa do acusado, deu aval à denúncia. A decisão ainda precisa ser homologada pela juíza do caso, Juliana Benevides de Barros Araújo. Entre as vítimas está a atriz Carol Portes, que já havia relatado ter sido assediada por Melhem, então idealizador, ator e redator final do programa “Tá no Ar”, exibido pela TV Globo. Além de Carol Portes, a denúncia é baseada nos depoimentos da atriz Georgiana Góes e de outra funcionária, M.T.C.L., que preferiu ter a identidade preservada. As acusações foram feitas por oito mulheres e ganharam notoriedade quando a atriz Dani Calabresa, uma das mais conhecidas vítimas, denunciou o ex-diretor. No entanto, a denúncia feita por Calabresa, que causou maior repercussão pública, foi arquivada, segundo a revista Veja. Apesar disso, o Ministério Público decidiu prosseguir com outros três casos que constam do mesmo inquérito. Globo contesta assédio sexual Na época das denúncias, a rede Globo fez sua própria investigação interna e afirma que o suposto assédio sexual não foi comprovado pelo setor de Compliance da emissora e do Ministério Público Federal, afastando a hipótese. A empresa está atualmente enfrentando uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), que alega que ela permitiu casos de assédio no ambiente de trabalho ao longo dos últimos anos. Essa informação foi revelada em um documento de 2,5 mil páginas obtido pela revista Veja e divulgado em maio passado. Após avaliar os materiais apresentados tanto a favor quanto contra Marcius Melhem, o Compliance da Globo concluiu, segundo o documento, que “restou, de fato, constatada a inadequação do artista com seus subordinados, sem que fosse possível comprovar prática deliberada de assédio sexual, dados os contornos legais que a conduta exige para sua caracterização”. Polêmica envolvendo a promotora Durante uma live em julho, Marcius Melhem afirmou que as acusadoras teriam realizado uma “reunião secreta” com Luciano Mattos, procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro. Ele argumenta que o encontro teria favorecido a escolha de uma nova promotora, Isabela Jourdan da Cruz Moura, após dois anos de trabalhos sem que houvesse encontrado mérito para aceitar a denúncia de assédio. A defesa de Melhem levou a questão para o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo os advogados do ex-diretor da Globo, a escolha de Jourdan viola o princípio do promotor natural, que determina que o promotor de justiça deve ser o primeiro na lista de antiguidade na respectiva entrância ou promoção. A reclamação está nas mãos do ministro Gilmar Mendes desde 17 de julho. Se o ministro acatar a reclamação, os atos da promotora poderão ser anulados. Em resposta, o Ministério Público afirmou que a reunião de fato aconteceu, mas não foi secreta. “Não houve reunião secreta em relação ao caso, que se encontra em investigação em inquérito policial. A reunião foi formalizada a pedido do Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV/MP-RJ), órgão que promove a ligação das vítimas com os promotores e que solicitou uma audiência do procurador-geral com as inúmeras vítimas. Elas solicitaram celeridade na análise por parte da instituição”, informou o comunicado oficial. Além disso, o órgão confirmou que não houve incoerência na escolha da nova promotora. “A designação foi feita com base nas leis e no regramento interno, que concede tais poderes ao PGJ, não havendo qualquer violação ao promotor natural”, alegou. Desde que foi instaurado, o inquérito já teve quatro delegados diferentes e trocou de promotor três vezes, sem conseguir formalizar denúncia. Promotora descarta opinião da delegada De acordo com a revista Veja, a primeira atitude de Jourdan foi requisitar a remessa eletrônica dos autos que estão na Delegacia de Atendimento à Mulher no Rio de Janeiro (Deam). A titular responsável pelo inquérito, Alriam Miranda Fernandes, vinha prometendo nos bastidores que faria um relatório para se posicionar a respeito do inquérito, sem se curvar a qualquer tipo de pressão. Assim, a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Melhem abriu mão da opinião da delegada que estava à frente da investigação. Além disso, Jourdan iniciou dentro do Ministério Público outra investigação contra Melhem, fora dos autos do inquérito na Deam. Segundo nota oficial do MPRJ, foi instaurado por ordem dela um Procedimento Investigativo Criminal (PIC) para apuração de caso envolvendo violência psicológica. Segundo o MPRJ, a denúncia foi enviada para lá pelo Ministério Público de São Paulo. A defesa de Melhem A defesa de Melhem ainda não comentou a denúncia por assédio sexual feita na tarde desta terça. A respeito do caso do PIC, por meio de uma nota, os advogados dele afirmaram que não tinham conhecimento da investigação, acrescentando o seguinte: “Só podendo imaginar tratar-se de mais uma tentativa de dar uma sobrevida às inverídicas acusações feitas no Inquérito 912-01533/2021, que está perto de completar três anos e no qual Marcius Melhem refutou, com farto conteúdo probatório, cada uma das acusações que lhe foram feitas. Além disso, houvesse qualquer desvio de conduta desta natureza por parte de Melhem no curso da investigação, tal desvio deveria ser levado ao Juízo natural, onde há uma medida protetiva que o impede de fazer qualquer contato, por qualquer meio, com as supostas vítimas. Isso não foi feito”. Início do caso Melhem é investigado desde dezembro de 2019, quando Dani Calabresa e outras mulheres o denunciaram como “assediador” no compliance da Globo. O caso se tornou público no mesmo mês, numa nota do colunista Leo Dias. Em março de 2020, o comitê de compliance do Grupo Globo absolveu o comediante das denúncias. Mesmo assim, a empresa encerrou o contrato com o então chefe de departamento da emissora, divulgando um texto elogioso sobre o profissional em agosto. Em outubro de 2020, as acusações contra Melhem deixaram de ser boatos e assumiram o peso de denúncia de uma advogada, Mayra Cotta, que se apresentou como representante das mulheres supostamente assediadas nas páginas do jornal Folha de S. Paulo. Em dezembro, a revista Piauí publicou a primeira reportagem sobre o caso, repleta de informações detalhadas – algumas desmontadas – sobre os casos de assédio de Melhem contra ex-funcionárias, especialmente Dani Calabresa. A publicação gerou ira nas redes sociais contra Melhem, que entrou na justiça contra a revista, a advogada, Calabresa e vários colegas comediantes que o chamaram de assediador. O caso chama especial atenção por conta desse detalhe. Não foram as supostas vítimas, mas o acusado que decidiu tirar tudo à limpo, ao fazer, em dezembro de 2020, uma interpelação extrajudicial para que Dani Calabresa confirmasse ou desmentisse o teor da reportagem da revista Piauí, que não cita fontes nem usa declarações entre aspas. Foi só depois disso que a advogada entrou com ação criminal por assédio contra o humorista. Melhem então passou a dar entrevistas e apresentar as mensagens trocadas com Calabresa como prova de sua versão dos fatos. As mensagens apresentadas à Folha e à rede Record demonstravam que os dois mantinham uma relação íntima e amigável entre os anos de 2017 e 2019, época em que, segundo a revista Piauí, ele teria assediado a atriz moral e sexualmente. Dois dias depois, a defesa de Calabresa entrou na Justiça para impedir a divulgação dos textos e áudios, e com um pedido de indenização por danos morais por Melhem ter revelado conversas privadas. A alegação é que a atriz estava tendo sua “vida íntima devassada”. Além disso, a defesa das atrizes alegou que as peças estavam sendo tiradas do contexto e usadas para tentar constrangê-las. Passaram-se quase dois anos, mas a Justiça negou o pedido de Calabresa, dando direito a Melhem de se defender na mídia, onde estava sendo atacado. Dificuldades do processo Apesar do inquérito ter apresentado inicialmente relatos de oito mulheres, uma das envolvidas afirmou que nunca se apresentou como vítima. Suzana Pires declarou ser apenas uma testemunha disposta a continuar colaborando, o que reduziu para sete denúncias. O MP acabou descartando mais acusações, incluindo de Dani Calabresa. Segundo a Veja, as acusadoras representadas pela advogada Mayra Cotta enfrentaram o desafio de provar a consistência das denúncias realizadas. A situação engloba um assunto bastante complexo e discutido na mídia. Apesar disso, a falta de casos similares para análise judicial no Brasil dificulta ainda mais o processo.
Sarah Aline relata encontro desastroso com boy chorão: “Virou terapia”
Sarah Aline participou do novo episódio do podcast “Posso Mandar Áudio?” de Dani Calabresa, onde a ex-sister assumiu ter vivido um encontro desastroso que acabou em choradeira. A ex-BBB explicou que deu uma chance para um contatinho de aplicativo de relacionamento, já que o rapaz era bonito, tinha um papo legal e havia convidado para jantar. No entanto, ele mudou de ideia e decidiu levá-la para um parque antes do pôr-do-sol. “Achei esquisito porque o dia estava completamente nublado. Já bateu a paranoia, o medo. Fui fazendo a minha oração interna”, brincou Sarah Aline, lembrando de algumas conversas aleatórias do companheiro. Era melhor ficar em casa Sarah Aline não deu ouvidos às intuições e acabou se arrependendo, já que começou a chover assim que chegaram no tal parque. A situação piorou ainda mais quando ela tentou ir embora e o rapaz ficou furioso com a decisão. “Eu tive que inventar uma desculpa porque queria voltar pra casa. Ele ficou bravo e levou uns 15 minutos até a gente entrar [no carro] e colocar o cinto de segurança. Do nada, ele começou a mexer embaixo do banco. Aí ele tirou o quê? Um lencinho de papel e começou a chorar”, ela relatou. Por fim, a psicóloga afirmou que o encontro “virou do nada uma [sessão de] terapia” enquanto ele recordava seus fracassos românticos. “Sim, eu assumi a postura da amiga conselheira”, brincou. O episódio de Sarah Aline, intitulado “Primavera”, está disponível na plataforma do Spotify.
Vigor é cancelada por comercial com Dani Calabresa: “Não cai bem no estômago”
A marca de laticínios Vigor sofreu um cancelamento por conta de um comercial de Dani Calabresa, lançada no final de junho. Nas redes sociais, os internautas rasgaram críticas à comediante envolvida nas denúncias de assédio contra Marcius Melhem. Segundo a lógica dos consumidores, Calabresa estaria mentindo sobre seu amor pelos produtos da marca assim como teria feito durante as investigações. A credibilidade da Vigor também pesou, já que a empresa andou apagando alguns comentários negativos. “Se pode mentir em inquérito policial, imagina em propaganda paga”, esbravejou uma usuária do Instagram. “O marketing lacrador acabando com a marca! Colocar pessoas que mentem e incriminam pessoas falsamente é absurdo”, pontuou outro perfil. “Produto Vigor com Calabresa não cai bem no estômago”, ironizou mais um. Na última sexta-feira (14/7), o jornalista Ricardo Feltrin, que apontou dúvidas nas denúncias da atriz, mostrou-se impressionado com o volume de postagens contrárias à campanha feita pela Vigor. O canal Tribo Urbana também se surpreendeu com o cancelamento da empresa, num vídeo publicado no YouTube. A Vigor e a agência DM9 ainda não emitiram nenhum comunicado sobre o assunto. Propagandas de Calabresa Por ironia ou não, a participação de Dani Calabresa no comercial das Óticas Diniz não se tornou alvo dos ataques digitais. A campanha foi lançada na semana passada. A publicação com a atriz, no entanto, teve baixíssima visualização e conseguiu apenas 470 likes no perfil oficial da empresa no Instagram. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Vigor Brasil (@vigorbrasil)
Marcius Melhem reclama de manipulação em denúncia de assédio
Marcius Melhem se mostrou indignado com a nova atualização no processo contra Dani Calabresa e outras mulheres que o acusam de assédio sexual. Segundo uma reportagem publicada pela Veja, a promotora Isabela Jourdan da Cruz Moura foi incluída no processo para auxiliar no caso. O humorista e ex-ator da Globo afirma que a decisão foi tendenciosa. Durante uma live na última quarta-feira (12/7), Melhem afirmou que as acusadoras teriam realizado uma “reunião secreta” com Luciano Mattos, procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro. Ele argumenta que o encontro teria favorecido a escolha da nova promotora. “Aconteceu alguma coisa no caso que justificasse essa intempestiva nomeação?”, questionou na live. “O que aconteceu após uma reunião em que as advogadas das acusadoras tiveram com a procuradoria? […] Elas também foram recebidas em Brasília. […] Levaram até câmera, pessoal de documentário. Tudo divulgado com antecedência, com fotos e vídeos de cada reunião. Por que a reunião delas com a procuradoria ficou escondida, já que era republicana?”, continuou. Melhem é investigado desde 2019 pelas acusações feitas pelo grupo de mulheres. Para que o ator se torne réu, a Justiça terá que aceitar uma denúncia feita pela nova promotora. “Não é a primeira pessoa que vai entrar na ação predisposta a me acusar. Elas geralmente leem e saem. Por que ninguém dá um fim, que seria o arquivamento? A verdade é que a pressão é muito grande”, argumentou. Na reportagem da Veja, a equipe de defesa de Melhem destacou a questão como desfavorável ao humorista. “A designação de uma promotora para atuar em um inquérito específico de outra promotoria, na qual há um promotor em exercício, viola frontalmente a garantia constitucional do promotor natural”, afirmaram. “Essa designação especial, sem justa causa, fere princípio fundamental do devido processo legal, na medida em que se está permitindo que o Estado escolha quem vai acusar o cidadão investigado, de acordo com a conveniência da situação”. Reunião esclarecida Em resposta às queixas de Melhem, o Ministério Público do Rio de Janeiro esclareceu que a reunião com suas acusadoras realmente aconteceu, mas não foi secreta. “A reunião foi formalizada a pedido do Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV/MP-RJ), órgão que promove a ligação das vítimas com os promotores e que solicitou uma audiência do procurador-geral com as inúmeras vítimas”, disse o órgão em comunicado. “Elas solicitaram celeridade na análise por parte da instituição”. O órgão público ainda afirmou que a inclusão de Isabela Jourdan da Cruz Moura, delegada titular da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Violência Doméstica da área Oeste/Jacarepaguá no Rio de Janeiro, não fere a legislação. “A designação foi feita com base nas leis e no regramento interno, que concede tais poderes ao PGJ, não havendo qualquer violação ao promotor natural”, concluiu o texto. Da mesma forma, a procuradoria geral do RJ se manifestou em defesa da inclusão da promotora para auxiliar na ação. “Considerando que o promotor titular está afastado, a designação do membro que irá atuar é do procurador-geral de Justiça, que poderá escolher o substituto. […] Ela foi nomeada para prestar auxílio especificamente no procedimento”, comunicou a procuradoria. Pronunciamento das acusadoras O grupo de mulheres encabeçado por Dani Calabresa também se posicionou e ressaltou a gravidade da situação. “O caso reúne quase duas dezenas de pessoas, homens e mulheres, entre vítimas e testemunhas, e será um grande exemplo da resposta que a Justiça pode dar à sociedade em casos de assédio sexual”, disseram. “Entendemos e respeitamos que o processo tem tempo próprio, mas confiamos no Judiciário brasileiro para que, dois anos e meio depois da abertura do inquérito, esta resposta venha logo, à altura do que um caso emblemático como esse exige para as vítimas e para a sociedade”, completaram. Início do caso O caso Melhem veio a à tona em dezembro de 2019, numa nota do colunista Leo Dias. Em março de 2020, o comitê de compliance do Grupo Globo absolveu o comediante das denúncias. Mesmo assim, a empresa encerrou o contrato com o então chefe de departamento da emissora, divulgando um texto elogioso sobre o profissional em agosto. Em outubro de 2020, as acusações contra Melhem deixaram de ser boatos e assumiram o peso de denúncia de uma advogada, Mayra Cotta, que se apresentou como representante das mulheres supostamente assediadas nas páginas do jornal Folha de S. Paulo. Em dezembro, a revista Piauí publicou a primeira reportagem sobre o caso, repleta de informações detalhadas – algumas desmontadas – sobre os casos de assédio de Melhem contra ex-funcionárias, especialmente Dani Calabresa. A publicação gerou ira nas redes sociais contra Melhem, que entrou na justiça contra a revista, a advogada, Calabresa e vários colegas comediantes que o chamaram de assediador. O caso chama especial atenção por conta desse detalhe. Não foram as supostas vítimas, mas o acusado que decidiu tirar tudo à limpo, ao fazer, em dezembro de 2020, uma interpelação extrajudicial para que Dani Calabresa confirmasse ou desmentisse o teor da reportagem da revista Piauí, que não cita fontes nem usa declarações entre aspas. Foi só depois disso que a advogada entrou com ação criminal por assédio contra o humorista. Melhem então passou a dar entrevistas e apresentar as mensagens trocadas com Calabresa como prova de sua versão dos fatos. As mensagens apresentadas à Folha e à rede Record demonstravam que os dois mantinham uma relação íntima e amigável entre os anos de 2017 e 2019, época em que, segundo a revista Piauí, ele teria assediado a atriz moral e sexualmente. Dois dias depois, a defesa de Calabresa entrou na Justiça para impedir a divulgação dos textos e áudios, e com um pedido de indenização por danos morais por Melhem ter revelado conversas privadas. A alegação é que a atriz estava tendo sua “vida íntima devassada”. Passaram-se quase dois anos, mas a Justiça negou o pedido de Calabresa, dando direito a Melhem de se defender na mídia, onde estava sendo atacado. Últimas atualizações Apesar do inquérito ter apresentado inicialmente relatos de oito mulheres, uma das envolvidas afirmou que nunca se apresentou como vítima. Suzana Pires declarou ser apenas uma testemunha disposta a continuar colaborando, o que reduziu para sete denúncias. Ela continua envolvida no processo, mas não é mais representada pela equipe do grupo. Segundo a Veja, as acusadoras representadas pela advogada Mayra Cotta enfrentam o desafio de provar a consistência das denúncias realizadas. Enquanto isso, o relatório do inquérito ainda está sendo realizado por Alriam Miranda Fernandes, delegada na Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAM). A situação engloba um assunto bastante complexo e discutido na mídia. Apesar disso, a falta de casos similares para análise judicial no Brasil dificulta ainda mais o processo.
Dani Calabresa diz que Globo comprovou assédio de Marcius Melhem e ele rebate
Dani Calabresa afirmou no podcast “Quem Pode, Pod” que a rede Globo comprovou que ela foi assediada por Marcius Melhem. A humorista explicou que a emissora chegou a investigar o caso antes de demiti-lo. Segundo a artista, a emissora reconheceu que as denúncias de assédio eram reais. “A empresa viu que é inadmissível, investigaram, comprovaram, resolveram, graças a Deus“, declarou ela. Na sequência, Dani afirmou que “conta muito com a Justiça” para que o comediante seja responsabilizado pelos seus atos criminosos. A humorista ainda disse que passou por “uma coisa muito absurda, injusta, desleal” ao ter sua voz silenciada. “Todo assediador, abusador, tem a mesma estratégia de culpar as mulheres. [Ele diz:] ‘mas essa ela ria, mas essa ela estava bêbada, ela deu mole, mas essa eu peguei’, como se alguma dessas coisas descredibilizasse assédio.” A humorista ainda esclareceu as estratégias adotadas por assediadores antes de jogar a responsabilidade para as vítimas. “Até pra mim eu pensava também quando alguém vinha me contar, eu pensava: ‘mas essa pessoa ficou com ele?’. Depois fui entendendo que você pode ficar com uma pessoa. Só que, assim, a pessoa não chega no dia seguinte e enfia a mão na sua bunda”, analisou. “O não é não! Você pode ser casado com a pessoa, você pode namorar… Ninguém pode passar do limite, e essa é a estratégia do assediador. Nada autoriza assédio. Nenhuma brincadeira. Estou aprendendo isso nesse momento de dor, agora fortalecida, porque não sou só eu, é um grupo de mulheres, a gente teve que vir a público”, ela seguiu. Ainda na entrevista, Dani Calabresa contou que pensou em se demitir da Globo, mas recebeu apoio da atriz Maria Clara Gueiros. A ajuda da colega de trabalho foi essencial para ela criar coragem para denunciar Marcius Melhem. “Tem coisas que a gente só mexe quando não tem mais opção. Não dá pra ir trabalhar chorando. Eu não conseguia passar o crachá na portaria 3. Eu só me via feliz quando saía da empresa. Se tornou uma situação insuportável e insustentável”, lembrou a humorista. “A Maria Clara Gueiros pegou na minha mão e quis dizer: ‘você não tá louca’. Porque a gente normaliza tantos comportamentos bizarros, inadmissíveis, que às vezes a gente não entende o que é machismo e o que é assédio, é meio normalizado o homem ser tarado”, pontuou. Dani Calabresa também pontuou que a sociedade precisa aprender a lidar com casos de assédio. “Espera aí, onde que a gente normaliza isso? Onde que a gente tem que sacar na hora? Porque a gente não quer estragar. Se você está feliz, gravando, acontece um problema, você quer solucionar. Às vezes, você não tem condições de lidar com aquilo naquele momento”, opinou. A artista acrescentou ter sido vítima de Melhem durante uma fase conturbada, quando ela estava se divorciando de Marcelo Adnet. Na época, Dani tentava se apegar ao trabalho como fonte de “alegria”. “Então, passar por uma situação no trabalho, eu não queria nem enxergar, só que chegou uma hora que foi tão bizarro, estava tão óbvio, e afetou tanto a minha saúde, que a Maria Clara falou para mim: ‘Isso não existe, não é brincadeira, é serio, você tem que falar, tem que denunciar, eu vou com você’. Eu abriria mão da minha carreira”, afirmou Dani Calabresa. Apesar das dificuldades, Dani Calabresa disse que acertou na decisão de não se manter calada. Contudo, a humorista não queria que o assunto fosse parar na imprensa. “Eu não queria comprar essa briga. Não quero que esse assunto faça parte da minha vida, não queria jamais que isso fosse para a imprensa”, lamentou. “Não queria nunca ter que responder isso, ser marcada com o nome de uma pessoa que não faz parte da minha vida, que eu nunca tive nada, que eu nunca fiquei nem sozinha com essa pessoa e tenho agora matérias com o nome, provocação, é um absurdo, é uma loucura, e é difícil.” A defesa de Marcius Melhem rebateu as declarações e alegou que a comediante “mente desde o início”. Eles afirmam que a Globo enviou um documento à Justiça que comprovaria que não foi atestado a prática de assédio nos bastidores. “Sua calculada vingança já está muito clara para todos. Segue mentindo agora tentando dizer que a TV Globo demitiu Marcius Melhem por assédio na semana em que vem a público um documento em que a própria Globo diz à Justiça, com todas as letras, que não comprovou assédio nenhum”, afirmou. A defesa acrescentou que outras declarações da humorista foram caluniosas. “Dani Calabresa já teve sua série de mentiras expostas há tempos. Vale sempre lembrar que o que ela hoje chama de ‘assédio’, antes era tratado como ‘vantagem’”, concluiu. Dani Calabresa no Quem Pode, Pod parte 1 pic.twitter.com/uPemChjnOs — WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) May 24, 2023 Dani Calabresa no Quem Pode, Pod parte 2 pic.twitter.com/WqvLvIR0ic — WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) May 24, 2023 Dani Calabresa no Quem Pode, Pod parte 3 pic.twitter.com/fu4VhA1zTu — WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) May 24, 2023
Luís Miranda é acusado de assédio sexual por três atores da Globo
Depois de apoiar Dani Calabresa nas acusações de assédio sexual contra Marcius Melhem, o ator Luís Miranda se tornou alvo de denúncias pelo mesmo motivo. Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, o artista teria assediado ao menos três atores homens da Globo. De acordo com a reportagem, as vítimas, que preferiram não ser identificados, relataram incômodo com as atitudes inadequadas de Luís Miranda durante o trabalho na emissora, como toques na cintura e conversas ao pé do ouvido. Um deles também acusou dois diretores. Os casos teriam ocorrido entre 2013 e 2015. Na época, a Globo não havia o compliance, departamento que deu voz às denúncias de Calabresa. Portanto, os atores não prestaram queixas com medo de perder o emprego. Hoje, apenas uma das vítimas continua na emissora. Além disso, uma das supostas vítimas disse ter feito um relato público sobre o caso durante as gravações da novela “Geração Brasil” (2014). Na trama, Luís Miranda interpretou a socialite transgênero Dorothy Benson. Luís Miranda, por sua vez, rebateu às acusações e afirmou tratar todos os funcionários com respeito. Além de negar as acusações, o ator disse “que isso é coisa plantada e jogo sujo de Melhem”, que teria se revoltado com sua defesa de Dani Calabresa. No entanto, o jornalista Ricardo Feltrin afirmou que os atores da Globo não eram do mesmo núcleo do ex-diretor da área de humor.
Globo diz à Justiça que assédio de Marcius Melhem não foi provado
No desenrolar do caso de suposto assédio envolvendo o comediante e ex-chefe do Departamento de Humor da Globo Marcius Melhem (“Tá no Ar”), a emissora atestou que a acusação não foi provada, de acordo com seu setor de Compliance. A empresa está atualmente enfrentando uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), que alega que a Globo permitiu casos de assédio no ambiente de trabalho ao longo dos últimos anos. Essa informação foi revelada em um documento de 2,5 mil páginas obtido pela revista Veja e divulgado nesta quarta-feira (17/5). Após avaliar os materiais apresentados tanto a favor quanto contra Marcius Melhem, o Compliance da Globo concluiu, segundo o documento, que “restou, de fato, constatada a inadequação do artista com seus subordinados, sem que fosse possível comprovar prática deliberada de assédio sexual, dados os contornos legais que a conduta exige para sua caracterização”. Questionada pela imprensa, a assessoria da Globo afirmou que a empresa não comenta questões relacionadas a Compliance e que todas as informações sobre o caso já foram fornecidas às autoridades competentes. Até o momento, o escritório Tenório da Veiga Advogados, que representa a emissora, não se pronunciou sobre o assunto. Em relação ao processo em si, a assessoria do MPT ressaltou que o caso está sob sigilo, e seu setor de imprensa adicionou que não possui mais detalhes a serem divulgados. Marcius Melhem foi acusado de assédio por Dani Calabresa e outras 10 mulheres, entre vítimas e testemunhas, num processo que corre na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) do centro do Rio de Janeiro. Por meio de sua assessoria de imprensa, o humorista comentou a revelação do documento da Globo: “A declaração da Globo trazida na matéria da Veja não causa surpresa, pois não pode ser comprovado algo que nunca existiu. Cada vez mais se confirma o que digo desde o início: nunca cometi assédio sexual. A verdade continua aparecendo.” Até o momento, Dani Calabresa e sua advogada, Mayra Cotta, que também representa outras denunciantes, não se pronunciaram sobre a declaração.










