Band estuda retorno do “CQC” após 10 anos fora do ar
Emissora avalia relançar o humorístico em 2026 com parte do elenco original, incluindo Marcelo Tas
Filhas de Eva: Série com Renata Sorrah, Giovanna Antonelli e Vanessa Giácomo estreia em 2021
A Globoplay anunciou a previsão de lançamento de sua próxima série nacional em streaming: “Filhas de Eva” vai chegar à plataforma em 2021. Estrelada pelas atrizes Renata Sorrah (a eterna Nazaré de “Senhora do Destino”), Giovanna Antonelli (“S.O.S.: Mulheres ao Mar”) e Vanessa Giácomo (“Divã a 2”), a série “convida o público a pensar sobre mudanças na vida”, segundo a apresentação, mas sua sinopse sugere uma novela tradicional. Na trama, Stella (Renata Sorrah) decide pedir o divórcio ao marido, Ademar (Cacá Amaral, de “O Mecanismo”), durante a festa de bodas de ouro do casal. A decisão inesperada afeta a filha deles, Lívia (Giovanna Antonelli), mas também Cléo (Vanessa Giácomo), que até então não conhecia a família e está na festa apenas como responsável por levar o bolo. A partir daí, os caminhos das três acabam se cruzando. A partir desta premissa, “Filhas de Eva” pretende conta a trajetória dessas três mulheres que estão presas a padrões que não as fazem felizes. Stella repete o destino de sua geração, que abriu mão de sonhos pelo casamento e pela maternidade. Lívia tem sua carreira, mas sofre por não ter o controle da vida afetiva que idealizou. Já Cléo, com sua baixa autoestima, precisa garantir teto e sobrevivência antes de pensar em qualquer realização pessoal. Além das três, a história também acompanha Dora (Debora Ozório, de “Me Chama de Bruna”), neta de Stella e filha de Lívia, que se debate entre os modelos familiares e o feminismo das jovens de hoje. O roteiro é de Adriana Falcão (“O Inventor dos Sonhos”), Jô Abdu (“Linda de Morrer”), Martha Mendonça (“As Canalhas”) e Nelito Fernandes (“Tá no Ar”), a direção é assinada por Leonardo Nogueira (“Malhação”) e o elenco tem ainda Dan Stulbach (“O Vendedor de Sonhos”), Stênio Garcia (“O Beijo no Asfalto”), Erom Cordeiro (“A Divisão”), Marcos Veras (“O Shaolin do Sertão”), Analu Prestes (“TOCs de Dalila”) e Cecília Homem de Mello (“Sessão de Terapia”).
Carcereiros – O Filme tem ritmo e ação impressionantes, mas história fraca
“Carcereiros – O Filme” é uma adaptação da série de TV produzida pela Globoplay. A proposta desta versão cinematográfica é narrar uma história curta, que funcione tanto para os fãs da atração quanto para quem não a conhece. Espécie de “Operação – Invasão” (2011) brasileiro, o longa-metragem dirigido por José Eduardo Belmonte (“Alemão”) aposta em um ritmo frenético e ação quase ininterrupta, numa trama que se desenrola no período de uma única noite. O resultado técnico atesta a maturidade que o cinema de gênero – no caso, o thriller de ação – vem atingindo no Brasil. Escrito por Marçal Aquino, Fernando Bonassi, Dennison Ramalho e Marcelo Starobinas, o roteiro acompanha Adriano (Rodrigo Lombardi), um carcereiro acostumado a caminhar pela linha tênue que separa as grades do presídio e a violência dos prisioneiros. Adriano procura sempre resolver os conflitos por meio do diálogo, tratando os presos com respeito e dignidade. Além disso, ele respeita as “leis” que regem o interior da prisão, local que ele próprio compara ao microcosmo de um país, com governos distintos e diferença de classes. A própria arquitetura do espaço serve para reforçar tal ideia. Existem aqueles que ficam no topo e aqueles que ficam embaixo. As brigas entre as diferentes facções não afetam os “gravatas”, indiferentes a quem se encontra no poder. Mesmo em meio à aparente tranquilidade, Adriano sempre transita com cuidado, como se carregasse uma dinamite em mãos. O pavio é aceso com a chegada de Abdel Mussa (Kaysar Dadour), um terrorista internacional que precisa passar uma noite na prisão, antes de ser transferido. A presença de Mussa causa uma reestruturação forçada no local, com presos sendo trocados de celas e conflitos se agravando. A explosão acontece quando um grupo paramilitar invade o presídio, aparentemente em busca do criminoso internacional. E mais combustível é jogado na fogueira quando os próprios prisioneiros planejam um ataque contra o terrorista. Em meio a ataques que acontecem – literalmente – de todos os lados, Adriano precisa proteger o prisioneiro, ao mesmo tempo em que coloca sua própria vida em risco. Concebendo sequências impressionantes – como a que mostra a invasão do presídio –, Belmonte procura transmitir o sentimento de ameaça constante utilizando-se da câmera na mão, como forma de colocar o público no meio da ação. O recurso amplifica o sentimento de urgência. O problema é que as vezes a câmera treme demais e isso, somado à fotografia escura, dificulta a compreensão do que está acontecendo em cena. Ainda assim, Belmonte é hábil em outras escolhas visuais. É notável, por exemplo, a sutiliza com que ele apresenta o personagem de Dan Stulbach em certo momento, introduzindo-o à narrativa sem chamar atenção para isso. Em meio ao frenesi da trama, “Carcereiros – O Filme” peca, justamente, na composição dos seus personagens-título. Pois se por um lado é notável a cena em que Adriano pega uma arma, mas a larga em seguida, lembrando-se da sua verdadeira função, em outros momentos essa função parece ser esquecida tanto por ele quanto pelo filme. Muitas das mortes ocorridas ao longo da narrativa são culpa – direta ou indireta – das ações do protagonista. São suas escolhas de levar certos prisioneiros para determinados lugares que causam muitos dos problemas. Adriano começa o filme se apresentando como uma espécie de intermediário entre a sociedade além dos muros do presídio e as pessoas que estão lá dentro. Mas ele termina se tornando muito mais passivo do que intermediário. E vê-lo, ao final, assumindo crédito pelo resultado da operação é no mínimo contraditório.
Carcereiros – O Filme parece thriller de ação americano em nova prévia
A Imagem Filmes divulgou dois pôsteres e o segundo trailer de “Carcereiros – O Filme”, longa derivado da série de sucesso da Globo, que traz Rodrigo Lombardi de volta ao papel do agente penitenciário Adriano. A prévia está mais para filme de ação americano que para drama prisional nacional, com muitos tiroteios, num franco contraste com a narração de ditado escolar feita por Giovanna Rispoli, no papel da filha de Adriano. Apesar do título pouco esclarecedor, a produção não é uma reedição para cinema de um par de episódios televisivos. A trama é inédita, concebida para a tela grande por Marçal Aquino, Fernando Bonassi, Dennison Ramalho e Marcelo Starobinas, autores da série, e se passa ao longo de uma noite intensa. O personagem vivido por Lombardi precisa deixar seus dilemas familiares de lado com a chegada de um prisioneiro especial, Abdel (Kaysar Dadour, ex-“BBB”), um perigoso terrorista internacional, que acrescenta ainda mais tensão ao presídio, em eterna prontidão por conta da luta entre duas facções criminosas. No meio disso, armamento pesado vai parar na mão dos criminosos, que organizam uma fuga armada. O elenco também inclui Milton Gonçalves e Tony Tornado, repetindo seus papéis da série, além de Dan Stulbach (“O Vendedor de Sonhos”), Rômulo Braga (“Elon Não Acredita na Morte”), Jackson Antunes (“Mais Forte que o Mundo: A História de José Aldo”), Rainer Cadete (“Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral”) e Bianca Müller (“O Escaravelho do Diabo”). Com direção de José Eduardo Belmonte (“Alemão”), que também trabalha na série, o filme estreia em 28 de novembro nos cinemas.
Carcereiros: Filme derivado da série ganha trailer repleto de ação com Rodrigo Lombardi e Kaysar Dadour
A Imagem Filmes divulgou o primeiro trailer de “Carcereiros – O Filme”, longa derivado da série de sucesso da Globo, que traz Rodrigo Lombardi de volta ao papel do agente penitenciário Adriano. Apesar do título pouco esclarecedor, a produção não é uma versão de cinema de episódios televisivos. A trama é inédita, concebida para a tela grande por Marçal Aquino, Fernando Bonassi, Dennison Ramalho e Marcelo Starobinas, autores da série, e se passa ao longo de uma noite intensa. O personagem vivido por Lombardi precisa deixar seus dilemas familiares de lado com a chegada de um prisioneiro especial, Abdel (Kaysar Dadour, ex-“BBB”), um perigoso terrorista internacional, que acrescenta ainda mais tensão ao presídio, em eterna prontidão por conta da luta entre duas facções criminosas. A prévia ainda revela uma tentativa de fuga armada, com cenas de ação características dos thrillers americanos. O elenco também inclui Milton Gonçalves e Tony Tornado, repetindo seus papéis televisivos, além de Dan Stulbach (“O Vendedor de Sonhos”), Rômulo Braga (“Elon Não Acredita na Morte”), Jackson Antunes (“Mais Forte que o Mundo: A História de José Aldo”) e Bianca Müller (“O Escaravelho do Diabo”). Com direção de José Eduardo Belmonte (“Alemão”), que também trabalha na série, o filme estreia em 28 de novembro nos cinemas.
O Vendedor de Sonhos: Trailer dramático anuncia overdose de frases de autoajuda
A Warner divulgou o pôster e o trailer de “O Vendedor de Sonhos”, drama baseado no best-seller homônimo de Augusto Cury. A prévia começa como o clássico “A Felicidade Não se Compra” (1946), com um homem à beira do abismo, prestes a se suicidar, quando ouve uma voz que lhe convida a dar uma segunda chance para a vida. A diferença é que não se trata de um anjo, mas um sem-teto que, ao longo do trailer, despeja uma coleção de frases-feitas de livros de autoajuda, ensinando que – adivinhe – a felicidade não se compra. Se isso é a prévia, imagina-se a overdose de “ensinamentos” do longa-metragem. Cury é um expert em autoajuda. Já ajudou a si mesmo a vender mais de 25 milhões de exemplares de diversos livros. Só “O Vendedor de Sonhos”, lançado em 2008, vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares no Brasil e ainda virou trilogia. Outros títulos de seu repertório de lições de vida incluem “Você É Insubstituível”, “Dez Leis para Ser Feliz”, “Seja Líder de Si Mesmo”, “Nunca Desista de Seus Sonhos”, além de obras religiosas, conselhos para a família, dicas de como criar um filho e até manuais para suportar a prisão. Dirigido por Jayme Monjardim (de “Olga” e “O Tempo e o Vento”), o filme traz Dan Stulbach (“Onde Está a Felicidade?”) como o psicólogo suicida, que vai encontrar nas frases-feitas do guru uruguaio César Troncoso (também de “O Tempo e o Vento”) mais sentido para a vida do que nos ensinamentos da disciplina de Freud. Mas o personagem misterioso também tem um segredo. A estreia está marcada para dezembro.
Meu Amigo Hindu traz doença ao cinema de Hector Babenco
Ver “Meu Amigo Hindu” leva a questionar o que aconteceu com Hector Babenco, aquele cineasta fantástico que fez tantas obras inspiradas e de conteúdo relevante e rico. Afinal, sua obra dita mais pessoal, em que lida com sua experiência de quase morte, na luta contra a leucemia, é um filme cheio de falhas, ainda que denote resquícios do talento de seu diretor. O atrativo de “Meu Amigo Hindu” reside na curiosidade mórbida. Não porque se trata de um filme sobre doença – nem chega a ser um bom filme sobre doença, na verdade -, mas porque possui tantas sequências constrangedoras que vira uma espécie de registro do declínio do cineasta. Por mais que as filmagens tenham sido conturbadas e o projeto tivesse que ser encenado em inglês, devido à escalação de Willem Dafoe (“Anticristo”) como protagonista, o filme atesta o quanto trabalhar numa língua estranha contribui para gerar incômodo numa produção. No começo, é até interessante ver aquele monte de rostos conhecidos da televisão brasileira (Maria Fernanda Cândido, Reynaldo Gianecchini, Bárbara Paz, Dan Stulbach, etc) falando em inglês, mas, logo após a estranheza inicial, verifica-se que isso trava as interpretações e contribui para os problemas de ritmo do longa. Como se Babenco, que não filma desde “O Passado” (2007), tivesse perdido o gosto pela condução narrativa caprichada. Mas isto logo se revela o menor dos problemas, que são amplificados pelas “citações” do roteiro, escrito pelo próprio Babenco. Entre os equívocos, há uma cena da personagem de Bárbara Paz, ex-mulher do cineasta, que remete a “Cantando na Chuva” (1952), com um detalhe: ela dança nua. Em outra, Selton Mello, encarnando a Morte, emula “O Sétimo Selo” (1957), mas em vez de um debate metafísico trata de elogiar o diretor. Para completar, o título mal se justifica dentro do conteúdo geral da obra, já que o personagem aludido, além de pouco aparecer na história, não faz nenhuma contribuição afetiva, nem quando o cineasta procura resgatá-lo para concluir sua história semiautobiográfica. Por outro lado, Maria Fernanda Cândido consegue passar dignidade a sua personagem, o que chega a ser admirável diante de tantos momentos embaraçosos. Suas cenas íntimas com Dafoe são os pontos altos do filme. Claro que, aqui e ali, surgem belas sequências e Dafoe, particularmente, também está bem no papel, mas isso é pouco para o diretor de “Pixote – A Lei do Mais Fraco” (1981), “Brincando nos Campos do Senhor” (1991) e “Coração Iluminado” (1998). Aliás, este último já lidava com a sombra da morte, depois de o cineasta enfrentar sua luta contra o câncer linfático. Ao final, ficam mesmo as curiosidades sobre o que é biográfico e o que é fictício. Mas talvez isso não seja importante, já que o próprio cineasta tratou de afirmar que muito do filme é invenção. Talvez para resguardar a própria privacidade.





