Albert Pyun, diretor de “Cyborg” e “Capitão América”, morre aos 69 anos
O diretor Albert Pyun, conhecido por comandar filmes de baixo orçamento de grande sucesso em VHS, como “A Espada e os Bárbaros” (1982), “Cyborg: O Dragão do Futuro” (1989), “Capitão América” (1990) e “Nemesis: O Exterminador de Androides” (1992), morreu no último sábado (26/11), aos 69 anos. A notícia da sua morte foi divulgada pela sua esposa, a produtora Cynthia Curran (“Interstellar Civil War”). Ele sofria há anos com esclerose múltipla e demência. Nascido em 19 de maio de 1953, no Havaí, Albert Pyun começou a carreira trabalhando como diretor de comerciais. Foi só em 1982 que ele conseguir comandar seu primeiro longa-metragem: “A Espada e os Bárbaros”, um filme de fantasia realizado com US$ 4 milhões e atores desconhecidos do público. A produção acabou arrecadando US$ 39 milhões nas bilheterias americanas e se tornou o título de maior sucesso da carreira do diretor. A partir desse sucesso, Pyun lançou uma carreira longeva, especializando-se em filmes de ação de baixo orçamento. Entre seus filmes de maior destaque estão “Cyborg: O Dragão do Futuro” (1989), sci-fi de ação estrelada por Jean-Claude van Damme, e o primeiro longa-metragem baseado nas histórias em quadrinhos do “Capitão América”, que trouxe Matt Salinger no papel do herói Steve Rogers em 1990. Pyun também era conhecido por dirigir franquias, tendo comandado diversos filmes lançados diretamente para o mercado de home vídeo. Ele dirigiu quatro filmes da franquia “Nêmesis” e mais dois filmes da franquia “Kickboxer”. Outros filmes de destaque foram “Viagem Radioativa” (1984), “O Planeta dos Prazeres” (1986), “Alien – O Exterminador” (1990), “Dollman” (1991), “A Exterminadora” (1993), “Jogo de Assassinos” (1997), “Morte Anunciada” (1998), “Esquadrão da Morte” (2000) e “Terror em São Francisco” (2001). Seus últimos créditos como diretor foram “Interstellar Civil War” (2017) e “Death Heads: Brain Drain” (2018). Apesar dos problemas de saúde, Pyun continuava trabalhando e estava envolvido na produção de “Cyborg: Rise of the Flesh Eaters” no momento de sua morte. Durante uma entrevista de 2012 ao site Gizmodo, ele revelou que acabou fazendo tantos filmes pós-apocalípticos porque as locações eram baratas e fáceis de encontrar. E que, embora tenha dirigido vários filmes sobre ciborgues, esse não era um tema que lhe agradava. “Era uma maneira de fazer filmes com muito pouco dinheiro.”
Stefanos Miltsakakis (1959 – 2019)
O lutador e ator grego Stefanos Miltsakakis, que foi antagonista de Jean-Claude Van Damme em cinco filmes, morreu enquanto dormia no dia 10 de janeiro em sua casa, em Santa Mônica, na Califórnia (EUA), aos 59 anos. As causas não foram reveladas. Nascido em Provatonas, na Grécia, Miltsakakis se classificou para a equipe olímpica de luta do país em 1984, mas sofreu uma lesão no joelho e foi substituído. Mais tarde, ele treinou com a lenda do jiu-jitsu brasileiro Rickson Gracie e lutou duas vezes no Mundial de Vale Tudo. Com uma carreira focada em cenas de luta ferozes, a estréia de Miltsakakis no cinema surpreendentemente foi numa comédia. Na clássica sessão da tarde “Um Morto Muito Louco” (1989), ele interpretou o fisiculturista blasé Klaus. No mesmo ano, ele encarou pela primeira vez uma luta contra Van Damme em “Cyborg: O Dragão do Futuro” (1989). Vieram outros combates, em “Leão Branco, o Lutador sem Lei” (1990), “Risco Máximo” (1996), “O Desafio Mortal” (1996) e “Agente Biológico” (2002). A sequência de lutas mais impressionante aconteceu em “Risco Máximo”, com direção do mestre do cinema de ação Ringo Lam, também recentemente falecido. Como o bandido russo Red Face, Miltsakakis enfrentou Van Damme em um prédio em chamas, em uma sauna (vestindo só de toalhas, veja abaixo) e finalmente em um elevador. Ele também viveu o monstro de Frankenstein em “Perdidos no Tempo” (1992), lutou contra Jet Li em “O Mestre” (1992) e encarou até um super-herói da Marvel em “Demolidor, o Homem sem Medo” (2003). Sua última participação no cinema foi em “Covil de Ladrões” (2018), estrelado por Gerard Butler.

