Maior estreia da semana, novo Piratas do Caribe tem distribuição de blockbuster no Brasil
Maior estreia de cinema da semana, “Piratas do Caribe – A Vingança de Salazar” chega em mais de 1,3 mil salas acompanhado de controvérsias de bastidores e críticas negativas – apenas 31% de aprovação no Rotten Tomatoes. Com o resgate de personagens da primeira trilogia, a produção acaba servindo de fecho para a franquia, já que seu próprio trailer a anuncia como capítulo final. Este é o maior atrativo para quem acompanha o Capitão Sparrow desde os primeiros filmes, mas é bom avisar que também há inúmeras reprises de situações já vistas. Além disso, o excesso de efeitos e atuações cartunescas funcionam como um desenho animado com atores, tendência dos últimos lançamentos da Disney. O grande circuito também recebe “Real – O Plano por Trás da História”, que radicais chamam de golpista – sua inclusão no Cine-PE teria motivado a desistência de cineastas de participarem do festival, em protesto contra a “direita conservadora e grupos que compactuaram e financiaram o golpe”. Seus problemas, porém, estão nas doses de fantasia e cartunismo com que descreve fatos e situações, contaminando seu potencial de docudrama com imaginação desvairada. Nem Itamar Franco foi um personagem de “Zorra Total”, nem Gustavo Franco foi o James Bond da economia nacional. Mas há um saldo positivo, na forma como o enredo explica, sem didatismo e com clareza, os debates por trás do plano Real, que tirou o Brasil do abismo – fatos importantes num país de memória seletiva. Infelizmente, faz isso com muitas frases de efeito e histeria, numa dramaturgia de telenovela, em que até os vilões são genéricos. A estreia nacional que merece maior destaque é outra: “Comeback”. Mas foi lançada em circuito limitado. Último filme de Nelson Xavier, falecido há duas semanas, traz o ator como um matador aposentado, que resolve voltar à ativa. Xavier foi premiado no Festival do Rio pela interpretação, e é uma pena que a distribuição não permita um alcance maior para a performance derradeira deste gigante do cinema brasileiro. A programação inclui outro filme brasileiro: “Muito Romântico”, coprodução alemã, dirigida e estrelada por Gustavo Jahn e Melissa Dullius em Berlim. Mas, neste caso, a distribuição limitada se justifica pelas atuações artificiais e abordagem experimental ao extremo. Com perfil de festival de cinema, onde pode agradar cinéfilos, a obra segue o manual de como entediar o espectador comum. O drama indie “Punhos de Sangue” tem a terceira maior distribuição da semana. E vale a pena. Trata-se da história real e obscura que originou um fenômeno pop. A cinebiografia resgata a façanha de Chuck Wepner, boxeador amador de Nova Jersey que aguentou 15 assaltos em uma luta de pesos-pesados contra Muhammad Ali em 1975, derrubando o campeão uma vez antes de ser derrotado. O feito foi tão impressionante que inspirou Sylvester Stallone a escrever “Rocky” (1976). Mas a vida de Chuck Wepner não teve direito a revanche vitoriosa, como em “Rocky II”. Sua façanha acabou esquecida, conforme Rocky Balboa se tornou mais e mais popular. Apesar do tom melancólico, o filme também inclui momentos doces e engraçados, além de uma performance campeã de Liev Schreiber (série “Ray Donovan”). Com maior alcance entre os lançamentos limitados, “Faces de uma Mulher” tem como atrativo a combinação de duas das melhores atrizes da nova geração francesa, Adèle Haenel (“Amor à Primeira Briga”) e Adèle Exarchopoulos (“Azul É a Cor Mais Quente”). A trama acompanha quatro mulheres em idades distintas, da infância à vida adulta, que flertam com o desastre permanente, até o título fazer sentido, mostrando que, por trás de nomes e intérpretes diferentes, há sempre a mesma mulher. Roteiro e direção são de Arnaud des Pallières (“Michael Kohlhaas – Justiça e Honra”), que transforma a trama complexa num filme fluído e acessível. O segundo filme francês da semana é o documentário “Reset – O Novo Balé da Ópera de Paris”, que capta com imagens belíssimas a criação do primeiro espetáculo de Benjamin Millepied como diretor artístico do Balé da Ópera de Paris. Millepied foi o criador da coreografia de “Cisne Negro” (2010), trabalho que lhe rendeu não apenas reconhecimento mundial, mas o casamento com a atriz Natalie Portman. Entretanto, foi considerado uma escolha pouco ortodoxa para seguir os passos dos gigantes da Ópera de Paris, como Serge Lifar e Rudolf Nureyev. Além de imagens deslumbrantes, o filme registra os dramas de bastidores, a luta contra o tempo e até um greve, entre os desafios que ele precisa superar. Mais restrita das estreias da semana, chega apenas no Rio. O circuito limitado ainda destaca filmes asiáticos das seleções do Festival de Cannes e Berlim do ano passado. O chinês “A Vida após a Vida” é um drama contemplativo e espiritual, que gira em torno de um menino possuído pelo espírito de sua falecida mãe, orientado a replantar uma árvore. Bem mais interessante, “Dégradé” combina comédia de salão de beleza com o clima da guerra permanente da Faixa de Gaza. O desequilíbrio é inevitável, mas não há como negar o apelo da premissa, em que se revelam vaidades de muçulmanas forçadas a usar véu, em meio ao cotidiano violento da Palestina. Clique nos títulos destacados para ver os trailers de todas as estreias da semana.
Diretor do último filme de Nelson Xavier lamenta morte do ator
A morte de Nelson Xavier nesta quarta-feira (10/5), em decorrência de um câncer, rendeu muitas homenagens de amigos e fãs do artista. Érico Rassi, diretor de “Comeback”, último filme do ator, compartilhou seu pesar com detalhes sobre a rotina de filmagens ao lado de Xavier. “O Nelson dignificava a profissão de ator. Avesso a qualquer tipo de oba-oba, extremamente comprometido com o trabalho e sempre contribuindo artisticamente com sua visão de mundo e mais especificamente do Brasil na hora de compor seus personagens”, disse Érico. “No caso do ‘Comeback’ sua contribuição foi tão grande e tão precisa que o enxergo mais do que um ator, um co-autor do filme. Espero que de algum modo o lançamento do filme, tão próximo de sua morte, ajude a perpetuar e iluminar todo o restante de sua obra.” O filme estreia em duas semanas, no dia 25, e traz Nelson no papel de Amador, um matador de aluguel que decide abandonar a aposentadoria. O papel lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no Festival do Rio no ano passado.
Nelson Xavier (1941 – 2017)
Grande ator brasileiro, Nelson Xavier morreu na madrugada desta quarta-feira (10/5) aos 75 anos, em Uberlândia, Minas Gerais. Ele vinha fazendo tratamento de um câncer em uma clínica na cidade e faleceu após o agravamento de uma doença pulmonar. Na ocasião do falecimento, estava acompanhado por amigos e familiares. Nelson Agostini Xavier nasceu em São Paulo, em 30 de agosto de 1941. Em mais de cinco décadas de carreira, marcou época na TV e no cinema, especialmente nos papéis de Lampião e Chico Xavier – que lhe renderam experiências quase transcendentais, conforme costumava dizer. Mas a carreira começou no teatro, ainda nos anos 1950. Ele participou do Teatro de Arena, um dos mais importantes grupos de artes cênicas de seu tempo, atuando em peças históricas, como “Eles Não Usam Black-Tie” (1958), de Gianfrancesco Guarnieri, “Chapetuba Futebol Clube” (1959), de Oduvaldo Vianna Filho, “Gente como a Gente” (1959), de Roberto Freire, e “Julgamento em Novo Sol” (1962), de Augusto Boal. Com o golpe militar de 1964, a ditadura passou a censurar o tipo de teatro político que ele desenvolvia. Isto o levou a buscar outras vias de expressão. Ao começar a fazer TV, chegou a acreditar que sua timidez não lhe permitiria sucesso. “Eu tive muita dificuldade em começar a fazer televisão. As máquinas eram enormes, eu tinha pavor, até tremia”, ele contou ao site Memória Globo. Sua primeira participação na Globo foi como o personagem Zorba, na novela “Sangue e Areia” (1967), de Janete Clair. Ao mesmo tempo, desenvolveu uma carreira prolífica no cinema. Fez mais de 20 filmes até o fim da ditadura, no começo dos anos 1980, entre eles os clássicos “Os Fuzis” (1964), de Ruy Guerra, “A Falecida” (1965), de Leon Hirszman, “O ABC do Amor” (1967), de Eduardo Coutinho, Rodolfo Kuhn e Helvio Soto, “É Simonal” (1970) e “A Culpa” (1972), de Domingos de Oliveira, “Vai Trabalhar Vagabundo” (1973), de Hugo Carvana, o blockbuster “Dona Flor e seus Dois Maridos” (1976), de Bruno Barreto, “A Queda” (1978), que co-escreveu e co-dirigiu com Ruy Guerra, vencendo um Urso de Prata no Festival de Berlim, e a versão cinematográfica de “Eles Não Usam Black-Tie” (1981). Nessa época, também foi jornalista. Com o diretor Eduardo Coutinho, trabalhou como revisor na revista Visão, onde passou a colaborar também como crítico de cinema e teatro. Seis anos após estrear na TV, conseguiu seu primeiro grande papel, em “João da Silva” (1973). Mas foi apenas em 1982 que sua carreira televisiva decolou, ao estrelar a primeira minissérie da Globo, “Lampião e Maria Bonita”, dirigida por Paulo Afonso Grisolli e baseada nos últimos seis meses de vida do mais lendário criminoso da história do Brasil, Virgulino Ferreira da Silva, e seu grande amor trágico. A adaptação reimaginava Lampião e Maria Bonita como Bonnie e Clyde tropicais. O desempenho brilhante o consagrou como o melhor intérprete do líder do cangaço já visto em qualquer tela, a figura definitiva de um personagem icônico, a ponto de levar o personagem ao cinema, estrelando logo em seguida a comédia “O Cangaceiro Trapalhão” (1983) com os Trapalhões. Nelson também participou das minisséries “Tenda dos Milagres” (1985) e “O Pagador de Promessas” (1988), textos famosos que já tinham sido levados ao cinema. E fez diversas novelas, entre elas “Sol de Verão” (1982), “Voltei pra Você” (1983), “Riacho Doce” (1990), “Pedra sobre Pedra” (1992), “Renascer” (1993), “Irmãos Coragem” (1995), “Anjo Mau” (1997), “Senhora do Destino” (2004) e “Babilônia” (2015). Seu prestígio o levou a trabalhar em produções de Hollywood, integrando os elencos de “Luar Sobre Parador” (1988), de Paul Mazursky, comédia sobre uma republiqueta de bananas, estrelada por Sonia Braga, Richard Dreyfuss e Raul Julia, e “Brincando nos Campos do Senhor” (1991), de Hector Babenco, drama passado na Amazônia, com Tom Berenger, John Lithgow, Daryl Hannah e Kathy Bates. Apesar da visibilidade conseguida na TV, as novelas invariavelmente o escalavam para viver coadjuvantes, ainda que marcantes. Por isso, nunca negligenciou o cinema, construindo uma filmografia eclética, que não parou de acrescentar filmes importantes, como “Lamarca” (1994), “O Testamento do Senhor Napumoceno” (1997), “Narradores de Javé” (2003) e “Sonhos Roubados” (2009). Na tela grande, alternou seus coadjuvantes com papéis de protagonista, que lhe renderam muitos prêmios e reconhecimento da crítica. Quando muitos já considerariam a aposentadoria, Nelson atingiu novos picos de popularidade ao estrelar “Chico Xavier” (2010), cinebiografia do médium mineiro dirigida por Daniel Filho. Fenômeno de bilheteria, o longa acabou se tornando o mais importante de sua carreira. “Finalmente fiz o meu maior papel. Fui invadido por uma onda de amor tão forte, tão intensa, que levava às lágrimas”, afirmou à imprensa na época do lançamento do filme. “Nenhum dos personagens que fiz mudou minha vida. O Chico fez uma revolução”. Assim como acontecera com Lampião, três décadas antes, o ator se tornou tão identificado com o papel que o retomou em outro filme, “As Mães de Chico Xavier” (2011). O reconhecimento da comunidade espírita lhe rendeu ainda participação em “O Filme dos Espíritos” (2011), enquanto a Globo tratou de escalá-lo como um guru na novela “Joia Rara” (2013). Muito ativo no fim da vida, Nelson voltou a trabalhar com um diretor estrangeiro em “Trash: A Esperança Vem do Lixo” (2014), filmado no Rio pelo inglês Stephen Daldry, e estrelou “A Despedida” (2014), de Marcelo Galvão, como amante de Juliana Paes. O desempenho dramático deste filme lhe rendeu o troféu de Melhor Ator no Festival de Gramado, além de prêmios internacionais. Ele ainda fez “A Floresta Que Se Move” (2015), o papel-título de “Rondon, o Desbravador” (2016) e “Comeback”, que estreia dia 25 nos cinemas brasileiros. Em seu último papel, viveu um matador que não consegue se aposentar. O nome do personagem é Amador. Mas Nelson foi um profissional como poucos. Tanto que foi premiado pelo desempenho derradeiro: Melhor Ator no Festival do Rio do ano passado. Melhor Ator até o último trabalho. O ator deixa a mulher, a também atriz Via Negromonte, e quatro filhos. Em seu Facebook, a filha Tereza fez a melhor definição da passagem do pai. “Ele virou um planeta. Estrela ele já era. Fez tudo o que quis, do jeito que quis e da sua melhor maneira possível, sempre”.
Nelson Xavier é assassino aposentado planejando Comeback em trailer dramático
A O2 Filmes divulgou o pôster e o trailer de “Comeback”, história de um assassino profissional aposentado, que coleciona recortes de jornal de antigas chacinas e planeja um retorno. O personagem é interpretado por Nelson Xavier (“Chico Xavier”), que venceu o prêmio de Melhor Ator no Festival do Rio 2016 pelo papel. Primeiro longa de ficção do documentarista Erico Rassi (“A Bicicleta e O Escuro”), o filme ainda não tem previsão de estreia.
Fala Comigo vence o Festival do Rio e lança um novo diretor
O drama “Fala Comigo”, de Felipe Sholl, foi o vencedor da mostra competitiva do 18º Festival do Rio. Além de Melhor Filme, o longa também rendeu o prêmio de Melhor Atriz para Karine Teles. Primeiro longa dirigido por Sholl, “Fala Comigo” conta a história de Diogo (Tom Karabachian), um adolescente de 17 anos que desenvolve o fetiche de se masturbar enquanto telefona para as pacientes da mãe terapeuta (Denise Fraga). Uma dessas pacientes é Angela, de 43 anos, com quem Diogo passa a se relacionar. Foi o papel que deu a Karine Teles o troféu Redentor. Apesar de ser um trabalho de diretor estreante, Sholl não é exatamente um novato. Ele já exibiu curta no Festival de Berlim e tem uma filmografia interessante como roteirista. Seu roteiro de “Hoje” (2011) venceu o troféu Candango no Festival de Brasília. Ele também escreveu o filme que, para a Pipoca Moderna, foi o melhor lançamento brasileiro do ano passado, “Casa Grande” (2015), além de “Histórias que Só Existem Quando Lembradas” (2011) e “Trinta” (2014). Já o público preferiu “Era o Hotel Cambridge”, de Eliane Caffé, que o júri só premiou por sua Montagem. Ironicamente, público e crítica concordaram, já que o longa de Eliane Caffé também venceu o prêmio da FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema). O filme mostra a situação incomum de integrantes do movimento dos sem-tetos e refugiados que se espremem em um prédio abandonado no centro de São Paulo. Ao todo, 13 longas receberam troféus em pelo menos uma categoria da disputa. O mais premiado foi “Mulher do Pai”, com três troféus: Melhor Direção para a gaúcha Cristiane Oliveira, Atriz Coadjuvante para Verónica Perrota e Fotografia (dividindo este com “Superorquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos”). É importante destacar o processo de renovação incentivado pela premiação, já que Cristiane Oliveira também é estreante, vindo de uma carreira como diretora assistente desde “Diário de Um Novo Mundo” (2005). Maior destaque entre os prêmios de atuação, o filme “Sob Pressão” deu a Julio Andrade o Redentor de Melhor Ator (troféu dividido com Nelson Xavier, por “Comeback”) e a Stepan Nercessian o troféu de Melhor Coadjuvante. Curiosamente, Julio Andrade também foi premiado como Melhor Ator por “Redemoinho”, que ainda levou o Grande Prêmio do Júri (reconhecimento ao 2º lugar na premiação) Entre os documentários, o vencedor foi “A Luta do Século”, de Sérgio Machado, que registrou a rivalidade de mais de 20 anos entre os boxeadores Luciano Todo Duro e Reginaldo Holyfield, ídolos do esporte no Nordeste na década de 1990. Fizeram seis combates, com três vitórias para cada lado. Durante as filmagens, os dois ex-atletas, já com mais de 50 anos de idade, resolveram se enfrentar. O júri do Festival do Rio 2016 foi presidido por Charles Tesson, crítico e diretor da Semana da Crítica do Festival de Cannes, e teve participação da diretora Maria Augusta Ramos, do ator Rodrigo Santoro e da diretora Sandra Kogut. Mostra Competitiva MELHOR FILME “Fala Comigo” PRÊMIO DO PÚBLICO “Era o Hotel Cambridge” GRANDE PRÊMIO DO JÚRI “Redemoinho” MELHOR DIREÇÃO Cristiane Oliveira (“Mulher do Pai”) MELHOR ATOR Nelson Xavier (“Comeback”) e Julio Andrade (“Sob Pressão” e “Redemoinho”) MELHOR ATRIZ Karine Telles (“Fala Comigo”) MELHOR ATOR COADJUVANTE Stepan Nercessian (“Sob Pressão”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Verónica Perrotta (“Mulher do Pai”) MELHOR ROTEIRO “Vermelho Russo” MELHOR FOTOGRAFIA “Mulher do Pai” e Superorquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos MELHOR MONTAGEM “Era o Hotel Cambridge” MELHOR DOCUMENTÁRIO “A Luta do Século” PRÊMIO DO PÚBLICO DE DOCUMENTÁRIO “Divinas Divas” MELHOR DIREÇÃO DE DOCUMENTÁRIO Sérgio Oliveira (“Superorquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos”) MELHOR CURTA-METRAGEM “O Estacionamento” PRÊMIO DO PÚBLICO DE CURTA-METRAGEM “Demônia – Melodrama em 3 Atos” MENÇÃO HONROSA – CURTA-METRAGEM “Demônia – Melodrama em 3 Atos” PRÊMIO FIPRESCI “Viejo Calavera” e “Era o Hotel Cambridge” Mostra Novos Rumos MELHOR FILME “Então Morri” PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI “Deixa na Régua” MELHOR CURTA-METRAGEM “Não Me Prometa Nada”




