Matthew Goode vai estrelar piloto baseado na sci-fi clássica que originou o filme Stalker
O canal WGN America encomendou o piloto de sua primeira série sci-fi, “Roadside Picnic”. Trata-se da adaptação da clássica obra homônima dos irmãos russos Arkady e Boris Strugatsky, que já foi transformada em filme, no cultuadíssimo “Stalker” (1979), de Andrei Tarkovsky. A história acontece no futuro próximo, quando a humanidade tenta desvendar os mistérios deixados por alienígenas que visitaram a Terra. Os seis lugares por onde eles passaram são agora conhecidos como Zonas, onde ocorrem fenômenos inexplicáveis. Os governos de diferentes países, com a ajuda das Nações Unidas, tentam manter o controle desses locais, evitando que artefatos sejam levados, o que poderia provocar consequências inesperadas. Isto não impede a ação de caçadores de relíquias alienígenas, conhecidos como “stalkers”, entre eles o protagonista, Redrick “Red” Schuhart, que vende os artefatos no mercado negro e cuja filha sofre preconceito por ter nascido numa dessas Zonas. O ator Matthew Goode (“O Jogo da Imitação”) vai interpretar Red na produção, que foi desenvolvida por Jack Paglen, roteirista de “Transcendence: A Revolução” (2014) e do vindouro “Alien: Covenenant” (2017). A direção do piloto está a cargo de Alan Taylor (“O Exterminador do Futuro: Gênesis”), que também divide a produção com Paglen e Neil Moritz (produtor da franquia “Velozes e Furiosos”). Por enquanto, o WGN America encomendou apenas o piloto, que precisará ser aprovado para a série se materializar na TV.
Independence Day ressurge sem a mesma potência
Assim como a Terra, o diretor Roland Emmerich teve 20 anos para se preparar para a volta dos alienígenas em “Independence Day: O Ressurgimento”. Mas como um dos personagens conclui de forma metalinguística na metade do filme, não foi suficiente. Fato: estamos mais velhos desde o primeiro “Independence Day” (1996). Mas não é desculpa para o segundo episódio da (agora) franquia parecer tão velho. E a culpa é do próprio Emmerich. Não pelas soluções fáceis e rápidas que a resistência humana encontra para fazer frente aos alienígenas. Ou pelo filme ser brega, clichê e pregar a mesma diversão escapista de quando os cinemas cheiravam à pipoca e ninguém levava blockbusters a sério. Mas por Emmerich ter estabelecido, com mérito, em 1996, um padrão para destruições em grande escala, que tantos outros aprenderam a copiar. “Independence Day” foi o grande evento cinematográfico dos anos 1990, quando as superproduções podiam ser contadas nos dedos da mão. Há duas décadas, só dividiu atenções com “Twister” e o primeiro “Missão: Impossível”. Hoje, Hollywood lança um filme desse porte quase toda semana. Fica difícil sentir o prazer de se surpreender, de ficar impressionado, quando a destruição do planeta vira o lugar-comum cinematográfico – só neste ano, os efeitos digitais ameaçaram a Terra em “Batman vs Superman”, “X-Men: Apocalipse” e até “As Tartarugas Ninja”. Mas Emmerich não estabeleceu um padrão por acaso. Pode-se falar qualquer coisa dele, menos que o diretor se repita na escala de sua destruição. Os efeitos catastróficos do novo “Independence Day” são diferentes dos vistos em “Godzilla” (1998), que não são iguais aos de “O Dia Depois de Amanhã” (2004), que por sua vez são diversos em “2012” (2009). Mesmo assim, como espetáculo, é estranho que “O Ressurgimento” pareça maior em suas ambições e, ao mesmo tempo, menor na execução. É visível a intenção de Emmerich em tornar as sequências de ação e destruição ainda mais monumentais, porém com durações mais curtas, talvez por ter a noção de que praticamente tudo foi explorado nesse quesito nos anos anteriores. Mas os esforços digitais, embora muito bem trabalhados, já não impressionam como os resultados alcançados pelo filme original, que mesclou os primórdios da tecnologia usada atualmente com os sempre bem-vindos efeitos práticos. O resultado é que não há uma cena sequer em “O Ressurgimento” que deixe o espectador com o queixo no chão, como aconteceu com a sombra da nave no primeiro filme, o início dos ataques e a clássica explosão da Casa Branca em 1996. Em parte, isso também se deve à tendência iniciada nesta segunda metade da década de 2010: as continuações que copiam o template dos filmes originais. Não que sejam exatamente iguais, como os remakes, mas utilizam a mesma estrutura de roteiro. Foi a principal reclamação em “Star Wars: O Despertar da Força” (2015), que copiou a estrutura de “Guerra nas Estrelas” (1977). Tudo bem, porque se você vai copiar, copie dos melhores. Acontece que “Independence Day” não é uma obra tão relevante quanto a que George Lucas criou em 1977. Assim, onde o primeiro longa se inspirava nos filmes B, com pitadas do cinema de Lucas e Spielberg, “O Ressurgimento” se inspira basicamente na obra do próprio Emmerich. No elenco, Bill Pullman, Jeff Goldblum e Brent Spiner brilham sempre que aparecem, agindo como “mestres” e deixando as cenas de ação para uma nova geração de “aprendizes”. Mas se Daisy Ridley, John Boyega e Oscar Isaac convencem como substitutos de Mark Hamill, Harrison Ford e Carrie Fisher em “Star Wars”, o mesmo não acontece com Jessie T. Usher, Liam Hemsworth (ambos péssimos) e Maika Monroe (a melhor do trio, mas não tão aproveitada quanto os dois rapazes), que nem somados conseguem fazer frente à ausência de Will Smith, que não topou fazer a continuação. Por outro lado, há uma preocupação em transmitir maior tolerância na representação da espécie humana. O mundo que surge no começo do filme é mais harmônico, sem preconceitos raciais e sexuais, após a população mundial perceber que “não estamos sozinhos”. E, pelo jeito, a humanidade precisará se unir ainda mais, porque há um gancho safado no final do longa-metragem para uma continuação. Infelizmente, esta é outra aposta de Emmerich em seu próprio taco que pode gerar frustração, devido às fracas bilheterias.
Duas produções diferentes vão adaptar 20.000 Léguas Submarinas para o cinema
O diretor David Fincher não conseguiu convencer a Disney a investir numa superprodução baseada no clássico sci-fi “20.000 Léguas Submarinas”, que seria estrelada por Brad Pitt. Mas após seu projeto dar em água, duas produções rivais ganharam sinal verde para materializar a famosa aventura marinha de Julio Verne. O cineasta Bryan Singer (“X-Men: Apocalipse”) já tinha revelado seus planos de adaptar o clássico de 1870, ao compartilhar no Instagram a capa do roteiro que ele escreveu com Dan Studney (“Jack, o Caçador de Gigantes”) e o estreante Rick Sordelet para o estúdio 20th Century Fox. Agora, surge a notícia que o estúdio francês Wild Bunch se associou a uma empresa chinesa para lançar a sua versão, que será dirigida por Christophe Gans (da recente versão francesa de “A Bela e a Fera”). Segundo o site Deadline, a produção já garantiu distribuição na China, o que poderá afetar os planos da Fox para distribuir seu filme no segundo maior mercado do planeta. Para completar, essa versão começará a ser filmada ao mesmo tempo que a produção americana, entre setembro e outubro. A Disney, por sua vez, não desistiu completamente de filmar a criação de Julio Verne e planeja uma história de origem centrada no Capitão Nemo, que deverá ser dirigida por James Mangold (“Wolverine – Imortal”). Entretanto, este projeto não deve sair da gaveta tão cedo – se é que agora sairá. “20.000 Léguas Submarinas” acompanha a caça de um misterioso monstro marinho que vem atacando embarcações do final do século 19. Na verdade, porém, trata-se do primeiro submarino do mundo, o Náutilus, comandado pelo Capitão Nemo, muito antes da invenção se tornar realidade. O livro já foi adaptado diversas vezes para o cinema, mas até hoje a versão filmada em 1954 pela Disney, com Kirk Douglas (“Spartacus”) e James Mason (“Meninos do Brasil”), permanece insuperável.
Lady Gaga pode estrelar novo remake de Nasce uma Estrela
A cantora Lady Gaga está cada vez mais perto de virar atriz de cinema. Depois de vencer o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Minissérie por seu papel em “American Horror Story”, ela tem se dedicado a conquistar o papel principal no remake de “Nasce Uma Estrela”, que será estrelado e dirigido por Bradley Cooper. A dupla chegou a se encontrar para testes e o site Deadline revela que o estúdio Warner Bros. adorou as cenas ensaiadas em conjunto por Gaga e Cooper. Beyoncé esteve cotada para o papel há quatro anos, mas desistiu devido à sua gravidez. Na época, a direção estava por conta de Clint Eastwood, que, ao perder sua protagonista favorita, acabou optando por filmar “Sniper Americano” (2014). Pois agora, numa dessas reviravoltas típicas de Hollywood, o astro de “Sniper Americano”, Bradley Cooper, assumiu o remake, que ele pretende transformar em sua estreia na direção. Eastwood, entretanto, continua ligado ao projeto, na condição de produtor executivo – e possivelmente guia de Cooper na direção. A primeira iniciativa do novo diretor está sendo justamente encontrar a intérprete do papel principal. Caso Lady Gaga seja escalada, ela reprisará o papel que já foi interpretado nos cinemas por Janet Gaynor (1937), Judy Garland (1954) e Barbra Streisand (1976): uma cantora em início de carreira que se apaixona por um astro decadente. A nova versão foi escrita por Will Fetters, que já adaptou dois melodramas de Nicholas Sparks, “Um Homem de Sorte” (2012) e “O Melhor de Mim” (2014). “A Star Is Born” deve começar a ser filmado em fevereiro, mas ainda não tem data de estreia definida.
Meu Amigo, o Dragão: Nova fantasia da Disney ganha trailer legendado
A Disney divulgou o pôster nacional e o trailer legendado do remake do clássico infantil “Meu Amigo, o Dragão”. A prévia, com um menino descabelado que sobrevive sozinho na selva, chega a evocar, em seu começo, “Mogli – O Menino Lobo”. Entretanto, desta vez não há animais falantes. No lugar deles, há um dragão criado por computação gráfica. Além disso, se em “Mogli” apenas o ator central é de carne e osso, aqui a tecnologia só anima o personagem do título. Mas a principal diferença está no contexto, que explora o que acontece com o menino perdido após seu encontro com a civilização. O filme é uma reinvenção do original de 1977, que girava em torno de um menino chamado Pete e seu melhor amigo Elliot, um dragão imaginário. Enquanto o primeiro foi um musical, passado numa vila de pescadores na virada do século 20, a nova história acontece na floresta de uma comunidade de madeireiros e se concentrará nos aspectos dramáticos da história. Na trama atual, Pete é um menino cujos pais morreram em um acidente de carro e que foi posteriormente criado por Elliot, o dragão que reside numa floresta ameaçada. Além do jovem Oakes Fegley (“Fort Bliss”), que vive o personagem central, o elenco destaca Bryce Dallas Howard (“Jurassic World”), como a guarda florestal que encontra o menino, e o veterano Robert Redford (“Até o Fim”), que interpreta o pai dela. Também participam da produção os atores Karl Urban (“Star Trek”), Wes Bentley (“Jogos Vorazes”), Craig Hall (“Meu Monstro de Estimação”), Isiah Whitlock Jr. (série “The Wire/A Escuta”) e a menina Oona Laurence (“Nocaute”). Roteiro e direção estão a cargo de David Lowery, autor de um dos filmes mais elogiados do Festival de Sundance de 2013, o drama criminal “Amor Fora da Lei” (Ain’t Them Bodies Saints). A estreia está marcada para 18 de agosto no Brasil, seis dias após o lançamento nos EUA.
Independence Day: O Ressurgimento ganha novo trailer legendado de quase 5 minutos
A Fox divulgou uma nova coleção de pôsteres e o terceiro trailer legendado de “Independence Day: O Ressurgimento”. Maior de todas as prévias, dura quase cinco minutos e, além de resumir a história e apresentar todos os personagens, esbanja efeitos visuais, com destaque para as cenas envolvendo a volta ameaçadora dos alienígenas, acompanhadas por muito mais destruição que há 20 anos. A continuação do sucesso de 1996 traz de volta Jeff Goldblum (“Jurassic Park”), Bill Pullman (“O Protetor”), Judd Hirsch (série “Forever”), Vivica A. Fox (“Kill Bill”) e Brent Spiner (“Star Trek: Primeiro Contato”), ao lado de uma nova geração de personagens, interpretados por Liam Hemsworth (“Jogos Vorazes”), Jessie Usher (série “Survivor’s Remorse”), Maika Monroe (“Corrente do Mal”), Sela Ward (“Garota Exemplar”), William Fichtner (“Tartarugas Ninja”), Joey King (“O Ataque ”) e Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”). O longa teve seu roteiro desenvolvido por Carter Blanchard (do vindouro “Near Death”), a partir de ideias dos produtores Roland Emmerich e Dean Devlin, respectivamente diretor e roteirista do filme original. Emmerich também dirige a sequência, que chegará aos cinemas em 24 de junho, quando o longa original completará duas décadas de seu lançamento original.
John Carpenter vai voltar à franquia de terror Halloween
O cineasta John Carpenter vai voltar à franquia “Halloween”, como produtor executivo do 11º filme do psicopata Michael Myers. Diretor, roteirista, compositor da trilha e produtor do primeiro “Halloween”, que deu origem aos filmes de terror slasher dos serial killers sobrenaturais em 1978, Carpenter estava longe da franquia desde “Halloween III: A Noite das Bruxas”, que ele produziu em 1982. O filme original e sua sequência direta, “Halloween 2 – O Pesadelo Continua!” (1981), que Carpenter também escreveu, foram responsáveis por criar toda a mitologia da série, tendo sido refeitos por Rob Zombie em 2007 e 2009. Além disso, lançaram para a fama a atriz Jamie Lee Curtis, intérprete da heroína Laurie Strode, que se tornou uma espécie de musa dos filmes de terror, ganhando o apelido de Scream Queen (rainha do grito). Ela atualmente estrela uma série de terror cômico intitulada justamente “Scream Queens”. “Trinta e oito anos depois do ‘Halloween’ original, eu vou tentar fazer com que o novo longa seja o mais assustador de todos”, prometeu Carpenter em comunicado. O novo filme ainda não tem um título definido, nem elenco ou diretor, mas não deve continua a história de Rob Zombie, que dividiu opiniões. O segundo “Halloween” de Zombie interrompeu a carreira de Michael Myers em 2009 e, graças às baixas bilheterias, quase o levou à aposentadoria. A nova continuação será financiada pela Miramax, que detém os direitos da franquia, em parceria com a Blumhouse, produtora de Jasom Blum especializada em terrores baratos, como “Atividade Paranormal” (2007) e “Ouija” (2014). Além de “Halloween”, a filmografia de John Carpenter já rendeu vários remakes, como “Assalto à 13ª Delegacia” (2005), “A Névoa” (2005) e “A Coisa” (2011). Também há planos para refilmagens de “Os Aventureiros do Bairro Proibido” (1986), que seria estrelada por Dwayne Johnson, e “Starman – O Homem das Estrelas” (1984). E, para completar, recentemente o cineasta venceu uma ação de plágio contra “Sequestro no Espaço” (2012), que seria cópia de seu filme “Fuga de Nova York” (1981).
Damien: Série baseada no terror A Profecia é cancelada
O canal pago americano A&E cancelou a série “Damien”, baseada no filme de terror “A Profecia”. A atração não voltará para uma 2ª temporada em razão da baixíssima audiência que sintonizou seus dez episódios iniciais – cerca de 420 mil telespectadores por capítulo. O cancelamento foi confirmado pelo produtor Glen Mazzara (ex-“The Walking Dead”) por meio de seu perfil no Twitter, onde se desculpou por decepcionar os fãs. “Dói dizer, mas ‘Damien’ não terá uma 2ª temporada. Um obrigado de todos nós aos nossos incríveis fãs. A base de fãs de ‘Damien’ tem sido a melhor. Nós lamentamos muito por não poder continuar contando nossa história para vocês”, escreveu o produtor. “Damien” mostrava o que aconteceu com a criança de “A Profecia”. Na trama em 1976, ele era um bebê misterioso, trocado pelo filho natimorto do embaixador americano em Roma para crescer numa família influente e se tornar o Anticristo. O segundo filme o mostrou ainda adolescente. Mas também houve um terceiro filme, com Damien já adulto (e interpretado por Sam Neill, de “Jurassic Park”), que finalmente encarava sua missão de destruir a humanidade. É nesta fase em que a série se passava. O elenco destacava Bradley James (o jovem Rei Arthur da série “Merlin”) na pele de Damien Thorn, mostrando sua reação ao descobrir, ao atingir a maturidade, suas verdadeiras origens, além da veterana Barbara Hershey (“Sobrenatural”), Megalyn Echikunwoke (série “The Following”) e Omid Abtahi (“Jogos Vorazes: A Esperança – O Final”). A produção era do estúdio Fox, que detém os direitos sobre a franquia de terror, e o piloto foi dirigido pelo cineasta indiano Shekhar Kapur (“Elizabeth”) em sua estreia na TV americana. O último episódio da série foi exibido em 9 de maio com um desfecho ambíguo. Por isso, o timing da notícia do cancelamento tende a repercutir em desinteresse pela estreia de “Damien” no Brasil. A atração ia começar a ser exibida no país justamente nesta semana, na sexta (27/5), pelo canal pago A&E.
X-Men: Apocalipse é o blockbuster da vez no circuito de estreias
Mais uma semana, mais um blockbuster para ocupar cerca de 40% de todos os cinemas disponíveis no Brasil. Desta vez, a iniciativa é da Fox, que lança “X-Men: Apocalipse” em 1.276 salas nesta quinta (19/5), com 814 telas 3D e domínio do circuito IMAX (12 salas). O longa completa o reboot da franquia – um reinicio que rendeu trilogia, com “X-Men: Primeira Classe” (2011) e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014) – e reintroduz, em suas versões juvenis, alguns dos mutantes mais famosos da Marvel, Cíclope, Jean Grey, Tempestade e Noturno, interpretados por jovens em ascensão – respectivamente, Sophie Turner (série “Game of Thrones”), Tye Sheridan (“Amor Bandido”), Alexandra Shipp (“Straight Outta Compton”) e Kodi Smit-McPhee (“Planeta dos Macacos: O Confronto”). O elenco é impressionante, com James McAvoy (“Victor Frankenstein”), Michael Fassbender (“Macbeth”), Nicholas Hoult (“Mad Max: Estrada da Fúria”), Oscar Isaac (“Star Wars: O Despertar da Força”) e, desta vez, faz bom uso do status de estrela de Jennifer Lawrence (franquia “Jogos Vorazes”) como líder dos X-Men. O que atrapalha é o tema que se repete pelo terceiro filme de super-herói consecutivo do ano: o conflito entre os “mocinhos” – justificando os 49% (melhor que “Batman vs. Superman”) de aprovação no Rotten Tomatoes. O filme só estreia na próxima semana nos EUA. Espera-se que, esgotado o assunto, Fox, Marvel e Warner descubram logo outras histórias. Como ainda há salas lotadas com a briga de “Capitão América: Guerra Civil”, a sequência de outro sucesso tem que se contentar com módicas 250 salas. É o tamanho da distribuição reservada para a comédia “Vizinhos 2”, que volta a juntar Seth Rogen e Zac Efron, desta vez contra uma república de garotas bagunceiras comandada por Chlöe Grace Moretz (“Carrie, a Estranha”). O humor é grosseiro como o filme anterior, mas tem seu apelo. 62% dos críticos americanos aprovaram. Todos os demais lançamentos disputam o já saturado circuito limitado. Mas não são exatamente clássicos, exceto por um, que é de, de fato, um marco de 1982. Os maiores entre os pequenos são dois dramas com astros famosos, o australiano “A Vingança Está na Moda”, estrelado por Kate Winslet (“O Leitor”), que venceu diversos prêmios em seu país de origem, e “Pais & Filhas”, em que Russell Crowe (“Noé”) e Amanda Seyfried (“Ted 2”) enfrentam seus demônios pessoais, separados por uma geração. Ambos ocupam em torno de 45 telas, mas apenas o primeiro vale o ingresso. Para se ter noção, “Pais & Filhas”, dirigido pelo ex-superestimado Gabriele Muccino (“Sete Vidas”), foi considerado podre, com 18% no Rotten Tomatoes. Dois filmes brasileiros entram na faixa seguinte, com 19 e 17 salas, respectivamente. “Amores Urbanos”, estreia na direção de Vera Egito (assistente de “A Deriva”), tenta retratar as crises da geração que cresceu com a MTV, com roqueiros indies atrás e diante das câmeras, mas a cenografia supera a dramaturgia, deixando sua história de adultos imaturos muito abaixo de, por exemplo, “Califórnia”, sobre o amadurecimento de uma adolescente, feito por uma ex-VJ com sangue de cineasta. Já o documentário “Espaço Além – Marina Abramovic e o Brasil” explora a relação artística e espiritual da artista com o país. Os menores lançamentos inéditos são o drama francês de época “Os Anarquistas” (em 12 salas), mais um romance convencional que uma obra sobre o assunto de seu título, e o exercício sul-coreano “Certo Agora, Errado Antes” (3 salas), em que o diretor Hong Sang-soo se mostra mais Hong Sang-soo que nunca, contando duas vezes a mesma história com pequenas diferenças. Seriam dois filmes pelo preço de um único ingresso? Meio filme pelo preço de um ingresso inteiro? Uma lição sobre contemplação zen? Uma pegadinha que deixa críticos teorizando como trouxas? Ah, as reflexões filosóficas profundas que Hong Sang-soo enseja… Fãs paulistas e cariocas de clássicos ainda tem a opção de assistir à versão remasterizada do imponente “Fitzcarraldo”, de Werner Herzog, um desastre amazônico com tantas histórias de bastidores quanto as que foram eternizadas na tela. O relançamento chega a duas salas, uma em São Paulo e outra no Rio.
Filho de Lucas Mendes vai dirigir prólogo do terror A Profecia
O cineasta americano Antonio Campos (“Simon Killer”), filho do jornalista brasileiro Lucas Mendes e da produtora indie Rose Ganguzza, foi escalado pela 20th Century Fox para dirigir um novo filme da franquia “A Profecia”, terror clássico dos anos 1970 que já rendeu continuações, remake e até série de TV. Segundo o site da revista Variety, o filme será um prólogo intitulado, em inglês, “The First Omen” (a primeira profecia), e vai narrar os acontecimentos que antecederam o nascimento de Damien, o anticristo da trama original. O roteiro foi escrito por Ben Jacoby (do terror “Bleed”) e a produção é de David S. Goyer (roteirista de “Batman vs. Superman”). O primeiro “A Profecia” foi lançado há 40 anos, em 1976, com direção de Richard Donner e roteiro de David Seltzer. A história original acompanhava como o filho natimorto de um embaixador americano em Roma era trocado por uma criança desconhecida, que, após uma sequência de eventos macabros, descobre-se ter sido concebida por um culto satânico para se tornar o anticristo. Dois filmes completaram a trama: “Damien: A Profecia II”, que mostrou a adolescência do anticristo, e “A Profecia III – O Conflito Final” (1981), com Damien já adulto (e interpretado por Sam Neill, de “Jurassic Park”) diante de sua missão de destruir a humanidade. A produção ainda ganhou um remake, lançado em 2006 – exatamente em 06/06/06, numa referência ao número da besta – e inspira atualmente a série “Damien”, do canal pago americano A&E. Ainda não há previsão para o lançamento de “The First Omen”.
Independence Day: O Ressurgimento ganha novo trailer legendado, repleto de efeitos visuais
A Fox divulgou o segundo trailer de “Independence Day: O Ressurgimento”, em versões legendada e dublada. A prévia apresenta a volta ameaçadora dos alienígenas e destaca alguns rostos conhecidos do filme de 1996, além de estabelecer claramente o protagonismo do novo personagem vivido por Liam Hemsworth (“Jogos Vorazes”). Há muito mais efeitos visuais e destruição que a produção de 20 anos atrás, e um esforço de humor auto-referencial. O estúdio também produziu uma coleção de pôsteres que, embora pareçam similares, trazem diferentes continentes sob a sombra da nova força invasora, demonstrando o tamanho da nave espacial e a escala global do desafio. A continuação traz de volta Jeff Goldblum (“Jurassic Park”), Bill Pullman (“O Protetor”), Judd Hirsch (série “Forever”), Vivica A. Fox (“Kill Bill”) e Brent Spiner (“Star Trek: Primeiro Contato”), ao lado de uma nova geração de personagens, interpretados por Jessie Usher (série “Survivor’s Remorse”), Maika Monroe (“Corrente do Mal”), Sela Ward (“Garota Exemplar”), William Fichtner (“Tartarugas Ninja”), Joey King (“O Ataque ”) e Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”). O longa teve seu roteiro desenvolvido por Carter Blanchard (do vindouro “Near Death”), a partir de ideias dos produtores Roland Emmerich e Dean Devlin, respectivamente diretor e roteirista do filme original. Emmerich também dirige a continuação, que chegará aos cinemas em 24 de junho, quando o longa original completará duas décadas de seu lançamento original.
Sete Homens e um Destino: Denzel Washington lidera elenco grandioso no trailer do remake
A Sony Pictures divulgou as primeiras fotos e o trailer legendado do remake do western clássico “Sete Homens e um Destino”, que volta a juntar os atores e o diretor de “Dia de Treinamento” (2001). A prévia resume a premissa, mostrando o apelo de Haley Bennett (“O Protetor”) para que o caçador de recompensas vivido por Denzel Washington (“O Protetor”) a ajude a se vingar dos bandoleiros que aterrorizam sua cidade. Para tanto, ele reúne um grupo díspar de pistoleiros dispostos a realizar o impossível ou morrer tentando, com pouca ou nenhuma recompensa por seus sacrifícios. É a mesma história do clássico de John Sturges, atualizada sob a influência de “Os Imperdoáveis” (1992) e forte revisionismo étnico. Afinal, o homem de preto vivido originalmente por Yul Brynner agora é um ator negro (Denzel), o mestiço encarnado por Charles Bronson virou índio (Martin Sensmeier, da série “Salem”) e há até um astro asiático (o sul-coreano Byung-hun Lee, da franquia “G.I. Joe”) em referência às raízes da trama – que, na verdade, é uma versão western do filme japonês “Os Sete Samurais” (1954), de Akira Kurosawa, creditado como autor da história original. Coube a Chris Pratt (“Guardiões da Galáxia”) o papel equivalente ao de Steve McQueen na produção de 1960, como o anti-herói charmoso da história. Mas o elenco de mocinhos ainda destaca Ethan Hawke (“Boyhood”), que estrelou “Dia de Treinamento” com Denzel, sob direção do mesmo Antoine Fuqua que assina o longa atual. Outros famosos da produção incluem Peter Sarsgaard (“Blue Jasmine”), Luke Grimes (“Cinquenta Tons de Cinza”), Vincent D’Onofrio (série “Demolidor”), Matt Bomer (série “White Collar/Crimes do Colarinho Branco”), Cam Gigandet (“Crepúsculo”), Vinnie Jones (“Rota de Fuga”) e Manuel Garcia-Ruffo (série “Um Drink no Inferno/From Dusk Till Dawn”). O novo roteiro foi escrito por John Lee Hancock (“Um Sonho Possível”) e Nic Pizzolatto (criador da série “True Detective”). A estreia acontece em 22 de setembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.











