Setor audiovisual lança manifesto em defesa da Cinemateca Brasileira
Associações ligadas ao setor audiovisual lançaram um manifesto em defesa da Cinemateca Brasileira. O documento, que conta com apoio de Cinematecas europeias, foi divulgado durante um protesto realizado na quinta-feira (4/6) em frente ao prédio da entidade, que é mais uma vítima do desgoverno Bolsonaro. Ao menos 25 entidades e associações ligadas ao audiovisual brasileiro participaram da manifestação, convocada pela Associação Paulista de Cineastas (Apaci). No texto, os grupos criticam o governo federal, que parou de fazer repasses para a Associação Roquette Pinto (Acerp), responsável pela gestão da Cinemateca. A dívida do governo com a Acerp já soma R$ 11 milhões e a proposta do desgoverno é não pagar, visando estatizá-la. Sem dinheiro, a Cinemateca vai sofrer um apagão – literalmente. “Um eventual apagão elétrico será desastroso, pois atingirá a climatização das salas onde estão arquivados verdadeiros tesouros de seu acervo histórico. Sem refrigeração e inspeção constante, os filmes em nitrato de celulose ficarão expostos ao tempo e podem entrar em autocombustão como já ocorreu em 2016”, diz trecho do manifesto. A conta de luz já está dois meses atrasada. Além disso, contratos com terceirizados, como manutenção e segurança, estão prestes a acabar, e os funcionários da Cinemateca estão com os salários atrasados desde de abril. Tudo isso é fruto da “política cultural” de destruição de Bolsonaro. “Técnicos valiosos e especializados foram demitidos e as atividades foram reduzidas drasticamente. Entre outras coisas, isso se refletiu na subutilização dos equipamentos de ponta, fruto de vultosos investimentos, que correm o risco de sucateamento”, frisou a Apaci. Ao tomar ciência do caos, o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) encaminhou um ofício à Secretaria Especial da Cultura cobrando “informações a respeito da possível ausência de repasse orçamentário que vem prejudicando o funcionamento da Cinemateca Brasileira e causando danos a acervo audiovisual mantido pela citada entidade”. De acordo com o documento, que o jornal O Globo divulgou na sexta (30/5), a secretaria tem agora 54 dias para confirmar se houve ou não repasse à Cinemateca Brasileira. Se confirmada a falta de envio dos recursos — eram previstos R$ 12 milhões para 2020 — , o Ministério Público poderá entrar com uma ação civil pública contra a pasta. Só não se sabe quem responderá por isso. A pasta está sem comando. Regina Duarte foi “saída” por Bolsonaro há três semanas, mas o presidente ainda não publicou sua exoneração no Diário Oficial. Tecnicamente, ela ainda é a responsável por esse problema, embora não esteja mais em Brasília. Pior que isso: Regina sonha em presidir a Cinemateca, provavelmente confundindo a função com curadoria de mostras cinematográficas. Quando demitiu a ex-atriz, Bolsonaro se comprometeu em colocá-la na Cinemateca. Só que, para realizar isso, precisa retomar o controle da entidade, que desde 2018 é gerida pela Acerp, uma organização social (OS) independente. Em comunicado, o ministério do Turismo, onde Bolsonaro jogou a pasta da Cultura, confirmou os planos de “reincorporação” da Cinemateca pela União, declarando que a Acerp já não responde mais pela preservação do acervo. Entretanto, o desgoverno, que se elegeu com proposta desestatizante, não deu prazo para a estatização da entidade. O comunicado conclui dizendo apenas que “a Cinemateca Brasileira, que detém uma parcela significativa da memória audiovisual e documental brasileira, prosseguirá sob a Direção da secretária Regina Duarte”. Como o desgoverno determinou por conta própria que a Acerp não é mais responsável pela Cinemateca e, por outro lado, nem sequer oficializou o desligamento de Regina Duarte do cargo de secretária de Cultura, a responsabilidade pelo equipamento caiu oficialmente no limbo. Fundada em 1946, a Cinemateca guarda registros inestimáveis, como filmes feitos durante as incursões do Exército brasileiro na 2ª Guerra Mundial, filmes do Brasil do começo do século 20, coleção de imagens raras da TV Tupi, primeira emissora de TV do país, inaugurada em 1950, 1 milhão de documentos relacionados à área do audiovisual, 245 mil rolos de filmes e 30 mil títulos de cinema, entre obras de ficção, documentários, cinejornais, filmes publicitários e registros familiares de personalidades históricas. O descaso com o acervo precioso que trata da própria História do Brasil só não é maior que o descaso com a saúde dos brasileiros, considerando que, em plena pandemia, o Ministério da Saúde também encontra-se sem titular há três semanas.
Cinemateca Brasileira tem gestão assumida por organização social
Enfrentando dificuldades financeiras, a Cinema Brasileira teve sua gestão assumida pela Associação Comunicativa Roquette Pinto (ACERP), uma organização social (OS) ligada ao Ministério da Educação. Os ministros da Cultura, Sérgio Sá Leitão, e da Educação, Mendonça Filho, assinaram na tarde de terça-feira (6/3) o contrato válido por três anos, com possibilidade de renovação. O investimento direto do MinC será de R$ 9 milhões no primeiro ano, mas o novo modelo prevê a possibilidade de ampliar a captação de recursos por meio de leis de incentivo e de patrocínio de terceiros. “Além dessa verba de custeio, teremos um valor ainda a ser definido, mas que será bem superior a esse, para o investimento na política de preservação, restauração e difusão de acervo que será oriundo do Fundo Setorial Audiovisual. A gestão dessas linhas de fomento será feita pela Cinemateca”, disse Sá Leitão na sede da Cinemateca, em São Paulo. A coordenadora-geral da Cinemateca, Olga Futema, continuará à frente da instituição, assim como serão mantidos os 14 funcionários públicos e 42 técnicos especializados na restauração, preservação e manutenção do acervo. Mas, com o novo modelo de gestão, os quadros poderão ser ampliados. “O ideal, para manter os serviços básicos, é chegarmos a 85 técnicos”, dise Olga, após a cerimônia de assinatura do contrato. “Para o pleno funcionamento, seria preciso de 140 técnicos, número que tínhamos em 2012”. O Conselho Consultivo da Cinemateca, que havia sido dissolvido, também será restaurado, assim como será preservada a Sociedade de Amigos da Cinemateca, que reúne representantes da sociedade civil. Com um acervo de cerca de 245 mil rolos de filmes, a Cinemateca Brasileira é responsável pela preservação da produção audiovisual do país. Seus arquivos possuem cerca de 30 mil títulos, incluindo obras produzidas a partir de 1895. Surgida do Clube de Cinema de São Paulo, na década de 1940, integra a estrutura do MinC desde 1984 e é a mais antiga instituição de cinema do Brasil.
Ministério da Cultura volta atrás e mantém diretora da Cinemateca Brasileira
O Ministério da Cultura voltou atrás e informou, por meio de comunicado emitido no sábado (30/7), que tornará sem efeitos a exoneração da diretora da Cinemateca Brasileira, Olga Futemma, além de dos quatro integrantes da sua equipe técnica. Na última terça-feira (26/7), um total de 70 funcionários ligados ao Ministério foram exonerados, incluindo Olga e membros de sua equipe técnica. Também estava no grupo o músico Wagner Tiso, diretor do Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a pasta informou que as exonerações faziam parte do plano de reestruturação do Ministério e de valorização dos servidores de carreira. Mas, para o lugar de Olga, o Ministério pretendeu nomear o produtor Oswaldo Massaini Filho, que não era servidor de carreira e enfrenta processo por estelionato. A nota divulgada à imprensa neste sábado diz respeito somente às exonerações na Cinemateca. Olga Futemma estava à frente da instituição desde maio de 2015 e era uma servidora de carreira. Sua demissão provou-se contraditória e deu origem a um movimento de protesto na internet. No comunicado, o Ministério da Cultura assume o equívoco. “Servidora de carreira aposentada, Olga possui mais de 30 anos de serviços prestados ao Ministério, tendo se destacado na gestão deste imprescindível órgão de preservação da memória de nosso audiovisual”, diz o texto que anuncia a permanência da diretora no cargo. “Os demais funcionários voltarão aos cargos por se tratarem de técnicos que ocupam funções específicas para as quais não seriam encontrados substitutos nos quadros do MinC. A atual gestão do MinC reafirma seu compromisso com a Cinemateca, e, em conjunto com seu Conselho, trabalhará com no sentido de fortalecer sua missão institucional e seu lastro material”, completa o texto. A Cinemateca Brasileira tem um dos maiores acervos da América Latina. São cerca de 200 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e cinejornais. A instituição também possui amplo acervo documental formado por livros, revistas, roteiros originais, fotografias e cartazes.
Manifesto contra demissões na Cinemateca evidencia contradições do Ministério da Cultura
Um manifesto contra as demissões promovidas na Cinemateca Brasileira, assinado por cineastas e intelectuais, foi divulgado na internet, por meio de um site criado especialmente para mobilizar o protesto. O mais importante no texto é a forma ponderada e inequívoca com que evidencia as contradições da decisão chancelada pelo ministro Marcelo Calero, trazendo à luz evidências de hipocrisia e falácia política. Divulgado em forma de abaixo-assinado, o texto rebate o comunicado oficial do Ministério da Cultura com um desagravo à demissão da diretora da Cinemateca, Olga Futemma, e uma crítica à nomeação do produtor Oswaldo Massaini Filho. Lembrando a justificativa oficial oferecida para a demissão de 81 profissionais, que teria sido o “desaparelhamento” do Ministério da Cultura e a valorização do servidor de carreira, o manifesto destaca: “Olga Futemma é funcionária de carreira, tendo se dedicado à Cinemateca desde 1984, onde se aposentou em 2013. Retornou à Cinemateca como coordenadora há exatamente um ano. Não é filiada a partido político, nem milita politicamente. O seu sucessor, já anunciado, não é servidor público, nem atua no campo da cultura audiovisual. Pela primeira vez, a indicação de um coordenador-geral não partiu do Conselho Curador, violando prática adotada nos últimos 30 anos pelos sucessivos governos.” “O governo interino recentemente teve a sensatez de recuar na extinção do Ministério da Cultura. Podia agora demonstrar igual prudência ao revogar as demissões que impactaram seus órgãos. E no caso da Cinemateca Brasileira, em reconhecimento pelos seus 70 anos, e pelo centenário de seu fundador Paulo Emílio Sales Gomes, ambos celebrados neste ano, devolver-lhe a verdadeira identidade de um museu moderno, vinculando-o ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).” Entre os primeiros nomes a assinar o documento, estão os professores Carlos Augusto Calil e Eduardo Morettin, os montadores Eduardo Escorel e Lauro Escorel, e a escritora Lygia Fagundes Telles, viúva do crítico e professor Paulo Emílio Salles Gomes (1916-1977), que foi justamente o fundador da Cinemateca (e do curso de cinema da Universidade de São Paulo).
Oswaldo Massaini Filho é apontado como diretor da Cinemateca Brasileira
O Ministério da Cultura anunciou Oswaldo Massaini Filho como novo diretor da Cinemateca Brasileira. Ele irá assumir o cargo na instituição após a demissão de Olga Futemma, que está entre os mais de 70 funcionários exonerados da pasta na terça (26/7). Oswaldo Massaini Filho produziu clássicos da Boca do Lixo, como “Cada um Dá o que Tem” (1975) e “Mulher Objeto” (1981), ambos com direção de Sílvio de Abreu, e é filho do famoso produtor Oswaldo Massaini (1919-1994), de “O Pagador de Promessas” (1962). Ele também atua no mercado financeiro, e por conta de um investimento da apresentadora Márcia Goldschmidt, enfrenta processo por estelionato, acusado de falsificar extratos, segundo apurou o jornal Folha de S. Paulo. Em comunicado, o Ministério informou que as exonerações fazem parte de uma reestruturação da pasta e do plano de valorização dos servidores de carreira, anunciado pelo Ministro da Cultura, Marcelo Calero, por ocasião de sua posse no governo interino. Segue abaixo a íntegra da nota: “O Ministério da Cultura efetivou hoje a exoneração de 81 comissionados que não tinham vínculo com o serviço público federal. As exonerações fazem parte da reestruturação da pasta e do plano de valorização dos servidores de carreira, anunciado pelo Ministro da Cultura, Marcelo Calero, por ocasião de sua posse. A medida promove o desaparelhamento do Ministério da Cultura e valoriza o servidor de carreira. Seguindo as orientações da Casa Civil, a maior parte dos cargos será preenchida por servidores concursados que ocuparão cargos de chefia. A orientação atende uma demanda da sociedade civil por uma gestão republicana e transparente e que será implementada à risca pelo Ministério da Cultura. Uma vez homologada a reestruturação do Ministério da Cultura pelo Ministério do Planejamento, será aberto processo seletivo para preenchimento dos cargos de chefia pelos servidores concursados.”
Diretoria da Cinemateca Brasileira é demitida pelo Ministério da Cultura
O Diário Oficial da União de terça-feira (26/7) trouxe a demissão da cúpula da Cinemateca Brasileira. Os exonerados são a coordenadora-geral da instituição, Olga Futemma, e os membros da diretoria Alexandre Myazito, Nancy Hitomi Korim e Daniel Oliveira Albano. Todos possuíam cargos comissionados, tendo sido nomeados antes da chegada do atual ministro Marcelo Calero, da gestão Michel Temer. Procurado pelo jornal Folha de S. Paulo, o Ministério da Cultura justificou as exonerações como parte da restruturação pela qual o órgão passa. Além da cúpula da Cinemateca Brasileira, outros 70 profissionais foram demitidos, entre eles, o diretor do Museu Villa-Lobos no Rio de Janeiro, o maestro Wagner Tiso. Local responsável pela preservação do audiovisual brasileiro com um dos maiores acervos da América Latina, a Cinemateca Brasileira chegou a contar com 150 funcionários, sendo, atualmente, aproximadamente 30 servidores. O contrato desses trabalhadores está previsto para expirar em dezembro deste ano. Em fevereiro, um incêndio nos arquivos da Cinemateca destruiu cerca de mil rolos de filmes originais, de películas rodadas até a década de 1950. E há três anos um acordo com a ONG Sociedade Amigos da Cinemateca foi suspenso por suspeita no gerenciamento de R$ 100 milhões em verba pública.
Incêndio na Cinemateca Brasileira consumiu mil rolos de filmes e se alastra em polêmicas
O balanço negativo do incêndio na Cinemateca Brasileira na madrugada desta quarta (3/2), em São Paulo, ainda vai demorar a ser completado, mas as chamas da polêmica mal começaram. Em nota, o Ministério da Cultura informou que o incêndio destruiu películas rodadas até a década de 1950, mas que teriam cópias. A afirmação foi contrariada pela entrevista coletiva de Olga Futemma, diretora da Cinemateca Brasileira. Segundo ela, um longa-metragem, cujo nome não foi divulgado, foi completamente perdido, além de filmes de cinejornais brasileiros da década de 1940. Olga Futemma também revelou que os filmes não tem seguro, porque as seguradoras não cobrem esse tipo de material autoinflamável. A diretora diz que a Cinemateca vai divulgar futuramente os nomes das obras que foram queimadas e que possuíam cópia ou não. Por sua vez, Maria Dora Mourão, presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca, revelou, em entrevista ao jornal O Globo, que cerca de mil rolos de filmes foram destruídos, sendo que 80% deles eram cinejornais. Para ela, o incêndio foi um “desastre absoluto” e resultado de “anos de desmandos”. “Mesmo que esses filmes tenham cópias, ainda é uma grande perda porque a cópia original em nitrato é uma peça, é uma relíquia que precisa ser preservada”, ela lamentou. Maria Dora Mourão reclama da falta de inciativa do Ministério da Cultura desde que a parceria com a Sociedade Amigos da Cinemateca, que geria o funcionamento da Cinemateca, foi suspensa. A suspensão aconteceu há três anos por suspeita no gerenciamento de uma verba de R$ 100 milhões. E desde então, segundo ela, a Cinemateca ficou paralisada, sem avançar em projetos, com equipamentos de última geração parados e o laboratório de restauração (que era considerado pela Federação Internacional dos Arquivos de Filmes, FIAF, um dos três melhores do mundo) sem atividade. Departamentos importantes, como os responsáveis pela restauração e catalogação de obras, foram praticamente abandonados. Para Mourão, a falta de pessoal também fez com que o armazenamento do material de maior potencial inflamável tenha sido negligenciado. O incêndio desta madrugada foi o quarto da história da Cinemateca Brasileira. O primeiro ocorreu em 1957, quando a sede ainda ficava no centro, na Rua Sete de Abril. Outros incidentes ocorreram nos anos de 1969 e 1982. Por conta desse histórico, a câmara atingida, de número 3, foi construída conforme orientações técnicas para armazenar especificamente filmes em suporte de nitrato de celulose. “O prédio do depósito foi construído num local mais afastado da estrutura da Cinemateca, justamente pelo fato de o material ser inflamável”, disse o Ministério, em nota oficial. Localizada na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo, a Cinemateca Brasileira é dona do maior acervo audiovisual da América Latina. São cerca de 30 mil títulos, entre obras de ficção, documentários, cinejornais, filmes publicitários e registros familiares, entre obras nacionais e estrangeiras produzidas desde 1895. Um dos principais materiais do acervo é a coleção de imagens da extinta TV Tupi, a primeira emissora brasileira. Em 1985, a instituição herdou 180 mil rolos com reportagens veiculadas em telejornais do canal, além de fitas dos programas voltados ao entretenimento. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as causas do incêndio ainda serão investigadas.
Incêndio destrói depósito de filmes clássicos da Cinemateca Brasileira
Um incêndio atingiu na madrugada desta quarta-feira um depósito de filmes da Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Segundo os bombeiros, as chamas destruíram parte do acervo da instituição, mas não há informações sobre o prejuízo total do incidente. Ninguém se feriu. A corporação foi acionada às 5h30 e oito viaturas participaram da ocorrência de combate ao fogo, que durou 30 minutos, e de rescaldo, que também durou 30 minutos. A Cinemateca Brasileira, que é vinculada à Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura, possui o maior acervo de filmes clássicos da América Latina, de acordo com o site oficial da instituição. São mais de 200 mil rolos de filmes, que correspondem a 30 mil títulos de obras de ficção, documentários, cinejornais, filmes publicitários, programas da antiga TV Tupi e registros familiares, nacionais e estrangeiros, produzidos desde 1895. Segundo nota do Ministério da Cultura, o fogo atingiu a câmara 3 do depósito de filmes, local onde são armazenadas matrizes (originais) das produções audiovisuais, mas todo o material danificado tinha cópias. Os filmes estavam armazenados em um suporte de nitrato de celulose, que é altamente inflamável. O material é característico da produção cinematográfica brasileira anterior à década de 1950. Conforme orientações técnicas, o prédio do depósito foi construído num local mais afastado da estrutura da Cinemateca, justamente pelo fato de o material ser autoinflamável, e nenhuma outra construção foi atingidada. As causas do incêndio estão sendo investigadas pelo Corpo de Bombeiros. Em dezembro do ano passado, um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu da Língua Portuguesa, no centro de São Paulo, destruindo o telhado do prédio histórico que também abriga a Estação da Luz.






