Festival Indie exibe 35 filmes de 16 países de graça na internet
O Festival Indie lançou sua primeira edição online nesta quinta (4/11). Enxuta, a mostra mineira de cinema virtual exibirá 35 filmes de 16 países diferentes ao longo de uma semana, até a próxima quarta (11/11). Tudo de graça. Ao contrário de outros eventos virtuais deste ano, que surgiram como alternativa de programação durante a pandemia de coronavírus, o festival optou por manter uma configuração mais próxima da experiência cinematográfica, com hora marcada e limite de “lotação” para cada exibição. As sessões começarão a partir das 15h e terão 8 horas de duração em todos os dias. Cada sessão terá um limite de espectadores que varia de 200 a 800 e não será possível assistir a um filme fora de sua sessão. Isto é, apesar dos filmes serem disponibilizados para consumo na casa dos espectadores, há hora marcada, quantidade pequena de “ingressos” e, se vacilar, até fila virtual para cada exibição – como nos cinemas. Apesar do número limitado de filmes, o evento será dividido em quatro mostras: Retrospectiva, Premiére, Sessão Especial e Sessão Fluxus. Além disso, o festival também terá, pela primeira vez, uma mostra competitiva – ainda que reduzida, com apenas 8 filmes, em sua maioria latinos e asiáticos. Um dos destaques da programação é o chinês “Uma Nuvem no Quarto Dela”, de Zheng Lu Xinyuan, vencedor do Festival de Roterdam, que terá duas sessões: na sexta (6/11), às 22h30, e no domingo (8/11), às 15h. Haverá ainda nove premières nacionais, incluindo “De Volta para Casa”, do cultuado diretor Wayne Wang — cuja exibição vai acontecer numa única sessão: na terça (10/11), às 20h30. Os filmes estarão disponíveis no site oficial do evento: indiefestival.com.br.
Europa fecha cinemas em quase todo o continente
A Polônia se tornou o mais recente país europeu a anunciar o fechamento de seus cinemas, juntando-se a uma política de confinamento iniciada por países como França, Alemanha, Itália, Grécia, Holanda, Espanha e Reino Unido, demonstrando o impacto da segunda onda da pandemia de coronavírus. O primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki anunciou que cinemas, teatro, restaurantes e comércio não essencial serão fechados partir de sexta (6/11) em todo o país, permanecendo assim pelo menos até 29 de novembro. Ele também disse que o país avançaria para um lockdown completo se a abordagem de “interruptor”, que muitas nações europeias estão empregando como forma de conter o aumento das infecções antes do período de Natal, não funcionar. A Polônia registrou 24,6 mil novos casos de covid-19 e 373 mortes apenas na terça-feira (3/11), um novo recorde no país desde o início da pandemia. O pico coincide com protestos generalizados que levaram milhares de pessoas às ruas nos últimos dias, após uma decisão polêmica que tornaria ilegal quase todo o aborto no país. A implementação do projeto de lei foi adiada após os protestos, que sacudiram o país e demonstraram que a opinião pública era contra a lei. O país foi um dos mercados que mantinha as maiores bilheterias da Europa após a efêmera reabertura dos cinemas no meio do ano, impulsionado em grande parte por lançamentos locais. A decisão de fechar os cinemas em quase toda a Europa terá um efeito devastador nas empresas de exibição, que estão protestando contra as novas medidas, ao mesmo tempo em que pedem auxílios financeiros dos governos. “Não entendemos mais os constantes altos e baixos das medidas tomadas. Há seis meses trabalhamos em cinemas com detalhados conceitos de segurança, amplas salas, modernos sistemas de ventilação e apenas 25% de utilização da capacidade”, escreveu Christine Berg, CEO da organização dos cinemas alemães HDF Kino, em nota. “Os cinemas assumem uma grande responsabilidade pelos seus visitantes e, no entanto, isso não adianta.” Apesar das medidas de segurança, os cinemas tem insistido em vender refrigerante e pipoca em seus estabelecimentos para espectadores consumirem durante as sessões, o que leva ao abandono das máscaras de proteção no interior das salas e invalida as citadas iniciativas contra a contaminação. Máscaras e higiene pessoal (lavar as mãos) são as principais proteções existente contra o coronavírus.
Petra Belas Artes homenageia Leon Cakoff e Rubens Ewald Filho com nomes de salas
O cinema Petra Belas Artes, um dos primeiros a reabrir em São Paulo durante a pandemia de coronavírus, anunciou que duas de suas salas estão sendo rebatizadas em homenagem a Leon Cakoff (1948-2011), fundador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e Rubens Ewald Filho (1945-2019), jornalista e crítico de cinema. As salas 2 e 3 do complexo da Rua Consolação serão rebatizadas com seus nomes em uma cerimônia simbólica na próxima quinta-feira (5/11), às 19h30, com a presença da família e amigos dos homenageados. Após a cerimonia, será exibido um filme premiado da Mostra Internacional de São Paulo, ainda a ser definido, e com distribuição de ingressos para o público do Petra Belas Artes. O diretor do Petra Belas Artes, André Sturm, responsável pela iniciativa, comentou as homenagens em comunicado. “O Belas Artes tornou-se o templo da cinefilia em São Paulo. O cinema mais querido de quem ama o bom cinema. Nada mais justo que suas salas homenageiem dois críticos que foram dos mais importantes para despertar e valorizar este amor na cidade. Leon Cakoff criou e manteve a Mostra Internacional de Cinema que, durante muitos anos, foi a única maneira de ter acesso ao que se produzia de melhor no cinema mundial. Nos anos 1980 e 1990, Rubens Ewald Filho escrevia em jornais e revistas, falava na TV e publicava Guias de Filmes. Tornou cinema um assunto popular e com sua incrível memória estava sempre estimulando as pessoas a conhecerem filmes. Com essas duas figuras fenomenais batizamos duas salas em homenagem ao amor pelo cinema”.
Filmes online: Estreias de terror marcam fim de semana do Halloween
No fim de semana do Halloween, metade das dicas são filmes de terror. Há outros lançamentos do gênero nas plataformas de streaming e VOD, mas os cinco selecionados são as melhores estreias do montão, indicados para ver quando a noite de sábado chegar, entre raios e trovões. A peneira levou em conta a criatividade e qualidade das produções, embora alguns títulos sejam mais bem-sucedidos que outros. Para não ter dúvidas, leia os comentários completos abaixo. O Top 10 reserva mais cinco opções para quem preferir um passatempo sem sustos, com destaque para “Meu Cachorro e Eu”, comédia francesa que, apesar do título enganoso, não é uma produção infantil. A relação ainda marca o começo da longa temporada natalina de 2020 na Netflix. Com jingle bells tocando já no Halloween, a plataforma claramente exagerou nos pedidos de Natal deste ano, mas parece ter deixado de fora da lista o bom e velho Papai Noel assassino que cairia melhor nesta data menos feliz. Confira abaixo 10 das doçuras e travessuras lançadas na semana. O que Ficou para Trás | Reino Unido | 2020 Um casal de refugiados, que tenta construir uma nova vida na Inglaterra, precisa lidar com uma presença maligna na casa onde o governo britânico os acomodou. O resultado é um filme de casa-assombrada com crítica social. Ao contrário das histórias tradicionais de assombração em que é possível escapar pela porta, os personagens vividos pelo inglês Sope Dirisu (“O Caçador e a Rainha do Gelo”) e a nigeriana Wunmi Mosaku (“Lovecraft Country”) não têm o privilégio de simplesmente sair. Após uma fuga angustiante do Sudão do Sul, devastado pela guerra, recusar a residência na pequena cidade inglesa os fará ser devolvidos ao lugar que lutaram tanto para deixar para trás. Primeiro filme do cineasta Remi Weekes, “His House” (título original) venceu o prêmio NHZ de melhor cineasta emergente no Festival de Sundance deste ano, arrancou elogios rasgados da crítica e conta com impressionantes 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Netflix Swallow | EUA, França | 2019 Haley Bennett (“O Diabo de Cada Dia”) venceu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Tribeca pelo papel de uma dona de casa grávida, que sofre uma transformação alarmante ao desenvolver uma compulsão de comer objetos perigosos. Enquanto seu marido (Austin Stowell) e sua família passam a querer controlar sua vida, ela é forçada a confrontar um segredo obscuro por trás dessa obsessão incontrolável. Sucesso no circuito dos festivais internacionais, o terror psicológico do estreante Carlo Mirabella-Davis foi exibido na Mostra de São Paulo e consagrado no Fantasia Film Festival do Canadá com os troféus de Melhor Direção e Roteiro. Elogiadíssimo, tem 88% de aprovação no Rotten Tomatos. Disponível na MUBI a partir de sábado (31/10) Antebellum | EUA | 2020 A Paris Filmes chegou a batizar o filme de “A Escolhida” para seu lançamento nos cinemas, mas ele acabou saindo direto em VOD com o título original. Anunciado como o novo thriller racial dos produtores de “Corra!” e “Nós”, a produção estrelada pela cantora Janelle Monaé (“Estrelas Além do Tempo”) dividiu a crítica dos EUA. A maioria não aceitou a guinada da trama e as críticas em geral foram bem negativas. Mas quem embarcou no simbolismo, considerou brilhante. Na trama, a personagem de Janelle é uma escritora feminista, que se vê inesperada transportada para o que parece ser uma plantação do século 19, onde passa a sofrer os horrores da escravidão. Roteiro e direção são da dupla Gerard Bush e Christopher Renz, que estreiam em longa-metragem após assinar vários curtas e um clipe do rapper Jay-Z, e o elenco ainda destaca Jena Malone (“Jogos Vorazes: A Esperança”), Kiersey Clemons (“A Dama e o Vagabundo”), Gabourey Sidibe (“American Horror Story”), Jack Huston (“Ben-Hur”) e Eric Lange (“Narcos”). Disponível na Looke, Vivo Play e YouTube Filmes Sem Conexão | Polônia | 2020 Após causar impacto com o terror psicológico “Playground” (2016), o cineasta polonês Bartosz M. Kowalski resgata a tendência slasher dos massacres de acampamentos adolescentes, que rendeu muitos hits em VHS nos anos 1980. A trama atualiza a história para a era dos celulares, acompanhando um grupo de adolescentes viciados em tecnologia, que participa de um acampamento offline de reabilitação forçada, enquanto algo tenta desligá-los do mundo para sempre. Com muitas e esperadas mortes sangrentas, o filme segue direitinho o manual do gênero e assim não surpreende nem decepciona quem já sabe o que esperar. Disponível na Netflix Terra Assombrada | EUA | 2018 Terror passado numa fazenda afastada do Velho Oeste, ao estilo de “A Bruxa” (2015). Na trama, uma mulher simples (Caitlin Gerard, de “Sobrenatural: A Última Chave”) se muda com o marido para o meio do nada, e embora a chegada de outro casal de pioneiros encerre sua solidão, ela está convencida que o vento que castiga a região tem algo de sobrenatural. Aos poucos, a paranoia a convence que tem razão. Com 82% de aprovação, o filme de estreia da diretora Emma Tammi é bastante elogiado pela crítica, mas costuma desagradar quem busca sustos fáceis, devido ao ritmo lento e estrutura não linear – a história é contada fora de ordem. Disponível na Now e Vivo Play Meu Cachorro e Eu | França | 2019 Com título de filme infantil, a comédia é na verdade sobre um casal em crise, interpretado pelo israelense Yvan Attal (“Seberg Contra Todos”) e a francesa Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”), que são casados na vida real. Este é o terceiro filme em que eles levam às telas reflexos de seu relacionamento real. Embora se trate de uma adaptação literária – um conto do célebre escritor John Fante (“Pergunte ao Pó”) -, o próprio Attal assina roteiro e direção, despindo a si mesmo e sua esposa de glamour cinematográfico para abordar um romance de hábitos cotidianos. Na trama, Attal vive um escritor famoso, que descobre que seu bloqueio criativo e falta de libido são culpa de seus quatro filhos. Um dia, um cachorro enorme invade seu quintal e resolve mudar-se para sua residência. Impondo-se por seu tamanho descomunal, o cão, batizado de Estúpido, acaba se tornando um grande incômodo para a família. Mas depois de ressaltar a impotência do patriarca, acaba catalisando uma grande mudança. Diferente do esperado até em sua resolução, o filme encantou os críticos da Variety, Hollywood Reporter e outras publicações profissionais dos EUA, atingindo 100% de aprovação entre os veículos tops no Rotten Tomatoes (e 78% entre blogueiros). Disponível na Looke, Now e Vivo Play Amor com Data Marcada | EUA | 2020 Abrindo em outubro a longa temporada de filmes do Natal de 2020 da Netflix, esta comédia romântica traz Emma Roberts (“American Horror Story”) cansada de ser empurrada para pretendentes em datas comemorativas. Um dia, ela conhece outro solteiro convicto (Luke Bracey, de “Até o Último Homem”) em uma festa de Natal e os dois fazem um pacto: por um ano, serão o acompanhante um do outro em ocasiões especiais para evitar que os parentes tentem lhes encontrar namorados. Com o mesmo desdém por comemorações e sem interesse em se apaixonar, eles se tornam o par perfeito um do outro. Já adivinhou o final? Este enredo tão tradicional quanto o próprio Natal foi escrito por Tiffany Paulsen, que já tinha assinado um filme de Emma Roberts anteriormente, “Nancy Drew e o Mistério de Hollywood” (2007). A direção é de John Whitesell (“Vovó… Zona 2”) e o elenco ainda conta com Frances Fisher (“Watchmen”), Kristin Chenoweth (“Final de Semana em Família”), Andrew Bachelor (“A Babá”) e Jessica Capshaw (“Grey’s Anatomy”). Disponível na Netflix Assassinato no Congo | Noruega | 2018 Baseado em fatos reais, o drama tenso de Marius Holst (“Inferno na Ilha”) acompanha uma viagem turística de dois noruegueses viciados em adrenalina que acaba em prisão e julgamento por espionagem e assassinato no Congo. O ator alemão Tobias Santelmann, conhecido pelos fãs da série “The Last Kingdom” como o jovem Ragnar, ganhou alguns prêmios europeus por sua interpretação convincente como um dos protagonistas. Disponível em iTunes/Apple TV, Looke, Vivo Play e YouTube Filmes Agente Infiltrada | França, Israel | 2019 A alemã Diane Kruger (“Em Pedaços”) vive uma mulher recrutada pela agência de espionagem de Israel para se infiltrar no programa nuclear iraniano. Mas enquanto ela é movida pela paranoia, o filme se diferencia por retratar os iranianos sem clichês e até com simpatia, o que surpreende especialmente por ser uma produção israelense, país que vive uma relação de conflito com o Irã real. Segundo filme de Yuval Adler, que venceu os prêmios de Melhor Direção e Roteiro da Academia de Israel pelo elogiado “Belém: Zona de Conflito” (2013), “The Operative” (título original) ainda traz Martin Freeman (“Pantera Negra”) e Cas Anvar (“The Expanse”) em seu elenco. Disponível em iTunes/Apple TV, Google Play, Looke, Vivo Play e YouTube Filmes Abraço | Brasil | 2020 Eleito Melhor Filme pelo júri popular no Festival Cine PE, o longa dirigido por DF Fiuza dramatiza o protesto de 30 mil professores sergipanos em 2008, que se mobilizaram para evitar a perda de direitos. A protagonista Ana Rosa, interpretada pela atriz Giuliana Maria (“Carcereiros”), ainda sofre com machismo ao viver o desafio de ser mãe, mulher e sindicalista em meio à intensa luta jurídica contra o governo estadual. Disponível na Looke e Now
Tenet chega aos cinemas brasileiros
Adiado várias vezes por causa da pandemia de coronavírus, “Tenet” finalmente estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta (29/10), mas sem causar o furor imaginado pela Warner, quando o estúdio resolveu apostar que seu lançamento faria o público perder o medo da covid-19 para lotar novamente as salas de exibição. Como o Brasil é o penúltimo país do mundo a recebê-lo – antes apenas da Argentina – , o desencanto com seu desempenho já se tornou constatação. Em números frios, “Tenet” acabou faturando US$ 341 milhões em todo o mundo, após mais de dois meses de exibição, mas não empolgou o público na América do Norte, onde sua bilheteria estacionou em US$ 52,5 milhões. Orçado em cerca de US$ 200 milhões, ele deveria fazer três vezes esse valor na bilheteria – uma regrinha tosca para chegar no break even, o ponto de equilíbrio em que o prejuízo acaba. Ficou longe de conseguir e essa dificuldade serviu de alerta para os estúdios rivais, que decidiram adiar todos seus grandes lançamentos para 2021 – ou, no caso da Disney, disponibilizá-los diretamente em streaming. Há quem argumente que “Tenet” foi a aposta errada para ser o grande chamariz do público e ressuscitar o parque exibidor. Não é nenhuma franquia e ainda quis ser “difícil” em toda sua campanha publicitária. Pior, sua suposta ousadia nem sequer encantou a crítica, tradicionalmente seduzida pelas obras do diretor Christopher Nolan. Ficou com 71% de aprovação no site Rotten Tomatoes, o que significa que é bom, mas não é imperdível. O filme tem sequências fantásticas, como uma perseguição de carros em marcha a ré, mas sua história de espionagem é bastante simplória – impedir um vilão de destruir o mundo – , embora Nolan tente complicá-la por meio de uma artifício de estilo, ao brincar com a linearidade do tempo. Nolan iniciou sua carreira contando um filme de trás para frente – “Amnésia”, em 2000. Desta vez, faz o tempo avançar e recuar em situações-chaves, utilizando como desculpa para essa opção narrativa uma invenção cartunesca de vilão típico dos thrillers de James Bond. Rodado em sete países com câmeras IMAX e filme analógico de 70mm, “Tenet” tem um visual espetacular e um elenco impressionante, que inclui John David Washington (“Infiltrado na Klan”), Robert Pattinson (“Bom Comportamento”), Elizabeth Debicki (“As Viúvas”), Clémence Poésy (“The Tunnel”), Martin Donovan (“Big Little Lies”), Aaron Taylor-Johnson (“Vingadores: Era de Ultron”) e Dimple Kapadia (“Confinados”), atriz veterana de Bollywood em seu primeiro grande papel em Hollywood, sem esquecer de dois velhos conhecidos dos filmes de Nolan, Michael Caine (trilogia “Batman”) e Kenneth Branagh (“Dunkirk”). A outra “grande” estreia de cinema deste fim de semana é a comédia nacional “De Perto Ela Não É Normal”, mais um monólogo teatral transformado em filme, depois do sucesso de “Minha Mãe É uma Peça” e “Os Homens São de Marte… E é pra Lá que eu Vou”. Suzana Pires adapta e estrela a versão de cinema da peça que ela apresentou nos palcos em 2006. A protagonista é Suzy, uma mulher madura, casada com seu namoradinho de infância (Marcelo Serrado) e com duas filhas crescidas, que segue exatamente a vida tradicional prescrita por sua mãe. Mas quando as filhas saem de casa e ela reencontra sua Tia Suely, Suzie resolve dar uma guinada na vida e ir em busca de si mesma, evoluindo da condição de “mãe de família” para mulher empoderada e bem-sucedida. A direção é de Cininha de Paula (“Crô em Família” e “Duas de Mim”) e o elenco é cheio de celebridades televisivas, que ajudam a dar maior apelo popular a seu tipo de humor – cheio de piadas escatológicas. Entre os famosos do elenco estão as cantoras Ivete Sangalo e Gaby Amarantos, os apresentadores Angélica e Otaviano Costa, os comediantes Samantha Schmütz, Heloisa Perissé, Orlando Drummond e Cristina Pereira, o ex-“A Fazenda” Gominho, o veterano símbolo sexual Henri Castelli e a travesti Jane Di Castro, que faleceu na sexta passada (23/10). O filme foi seu último trabalho. Há mais uma ficção brasileira na lista: “Cabrito”, terror premiado no festival Fantaspoa. Primeiro longa escrito e dirigido por Luciano de Azevedo, o filme é uma ampliação do curto homônimo do cineasta, lançado em 2015, e sua coleção de bizarrices, contadas ao longo de três capítulos, é a única alternativa disponível para quem busca um programa cinematográfico de Halloween (31/10). O circuito de arte, por sua vez, destaca a comédia “Tel Aviv em Chamas”, que traz o conflito entre palestinos e israelenses para os bastidores de um programa de TV. O filme de Sameh Zoabi foi premiado no Festival de Veneza e pela Academia de Cinema de Israel. A programação se completa com dois documentários nacionais. Veja abaixo os trailers dos seis lançamentos desta quinta (29/10).
Cinemas vazios nos EUA apontam que crise do setor está longe de passar
O desempenho das bilheterias de cinema nos EUA durante o fim de semana disparou alarmes por todo o mercado, deixando claro que o negócio cinematográfico corre risco de nunca mais se recuperar. O novo filme de ação de Liam Neeson, “Legado Explosivo” (Honest Thief), manteve-se na liderança das bilheterias da América do Norte pelo segundo fim de semana seguido com uma arrecadação de US$ 2,35 milhões. Mas esta arrecadação, que nem sequer entraria no Top 10 antes da pandemia, foi a única a superar os US$ 2 milhões entre sexta e domingo (25/10) nos EUA e Canadá. O Top 3 ainda inclui a comédia “Guerra com o Vovô”, estrelada por Robert DeNiro, com US$ 1,8 milhão, e o “blockbuster” da covid-19, “Tenet”, com US$ 1,3 milhão. Diante destes números, o site Deadline publicou um texto atacando a decisão de políticos que mantém os cinemas de Los Angeles e Nova York fechados, além de criticar a Disney por lançar seus principais títulos em streaming (“Hamilton”, “Mulan” e “Soul”) e despejar apenas refugos no circuito cinematográfico. A Disney distribuiu a única estreia de sexta (23/10), o terror “O Mensageiro do Último Dia” (The Empty Man), uma produção original de Fox, que chegou sem sessões para imprensa e pouco investimento em divulgação – apesar de incluir o queridinho da Netflix Joel Courtney (o Lee Flynn de “A Barraca do Beijo”) em seu elenco. Foi lançado em 2 mil telas, mas rendeu apenas US$ 1,2 milhão, ocupando o 4ª lugar com salas vazias. As poucas críticas publicadas afirmam que se trata realmente de um horror. Entretanto, a performance negativa de “O Mensageiro do Último Dia” não é exceção. Todas as salas de cinema dos EUA estão vazias e a reabertura de Los Angeles e Nova York não mudaria este quadro. Para completar, os sinais são ainda mais desanimadores em relação ao futuro, após a nova onda de coronavírus que varre a Europa. O fato incontornável é que o público está com medo dos cinemas. Os donos das redes não abrem mão de vender refrigerante e pipoca, e com isso o uso “obrigatório” de máscaras de proteção virou falácia nas salas de exibição. Devido a esses sinais contraditórios, os cinemas continuam a ser vistos como inseguros. E os estúdios não pretendem fazer grandes lançamentos enquanto essa visão não for alterada. O negócio cinematográfico mudou, e enquanto alguns buscam alternativas, como a rede AMC, que fechou um acordo com a Universal para diminuir a janela de exibição de filmes em troca de participação nos lucros de streaming, outros preferem simplesmente fechar as portas a negociar ou repensar seu modelo, como a Regal/Cineworld, acreditando que isso servirá de pressão para sensibilizar os estúdios ou os governos. Mas os cinemas voltaram a fechar na Europa. E John Stankey, CEO da AT&T, empresa dona da WarnerMedia, acaba de vocalizar que o lançamento de “Tenet” durante a pandemia foi um erro. Ou, em suas palavras: “Não posso dizer que saímos da experiência de ‘Tenet’ dizendo que foi um gol”. Ao mesmo tempo em que a Disney anuncia que seu negócio de streaming superou as expectativas, atingindo em meses o alcance previsto para cinco anos, a Sony se adianta aos demais estúdios para adiar um filme esperado para março (“Caça-Fantasmas: Mais Além”), passando-o para julho de 2021. Em outras palavras, são cada vez menores as chances de “Mulher-Maravilha 1984” ser visto nos cinemas em dezembro. Assim como as chances de os cinemas superarem sua maior crise sem uma grande mudança no setor.
Estreia de Os Novos Mutantes marca reabertura dos cinemas do Brasil
Os cinemas brasileiros recebem nesta sexta sua primeira grande estreia desde março, quando as salas de projeção foram fechadas no início da pandemia. A reabertura começou oficialmente no começo de outubro, com a exibição de reprises, e agora “Os Novos Mutantes” usa o apelo dos super-heróis para tentar reviver o circuito, ainda muito vazio. Um dos lançamentos de cinema mais adiados de todos os tempos, “Os Novos Mutantes” foi filmado em 2016 e deveria ter estreado originalmente em 2018. Mas a Fox decidiu agendar refilmagens e remarcou seu lançamento para 2019. Só que neste meio tempo a Disney comprou a Fox e as refilmagens nunca foram feitas. Enquanto o novo proprietário decidia o que fazer com o longa, mais um ano se passou. E quando a estreia foi marcada para março, veio o coronavírus, que adiou ainda mais sua abertura. Com essas idas e vindas, o diretor Josh Boone (de “A Culpa É das Estrelas”) aproveitou para aprimorar a pós-produção de seu filme de super-heróis, refazendo e melhorando os efeitos, mas o fato é que a Fox tinha razão em querer refilmagens. O filme não se define entre produção de super-heróis e trama de terror convencional, e não empolga. A média de aprovação no Rotten Tomatoes, que contabiliza a opinião da crítica em inglês, ficou em apenas 34%. Como as bilheterias jamais recuperarão o investimento, devido à pandemia, isto significa que o último filme da Fox com personagens da Marvel é realmente o fim da linha para o universo dos mutantes derivados de “X-Men”. O que é uma pena, devido à boa escalação do elenco, especialmente Anya Taylor-Joy (“Vidro”), que dá show como Magia. Os demais intérpretes são Maisie Williams (a Arya Stark, de “Game of Thrones”) como Lupina, Charlie Heaton (O Jonathan Byers de “Stranger Things”) como Míssil, Blu Hunt (a vilã Hollow em “The Originals”) como Miragem e os brasileiros Henry Zaga (série “13 Reasons Why”) como Mancha Solar e Alice Braga (série “Queen of the South”) como a Dra. Cecilia Reyes. Além deste filme, os cinemas também recebem o western australiano “A Verdadeira História de Ned Kelly”, uma versão pós-moderna da lenda do “Jesse James australiano”, dirigida por Justin Kurzel (“Assassin’s Creed”), com George MacKay (“1917”) no papel que já foi vivido por Heath Ledger e até Mick Jagger (ele mesmo, dos Rolling Stones). A crítica internacional aprovou, com 79% no Rotten Tomatoes. Para as crianças que não tem internet, ainda há “Como Cães e Gatos – Peludos Unidos”, terceiro filme da franquia iniciada em 2001, sobre a guerra entre os animais de estimação, que na verdade são espiões disfarçados. Além de ser muito ruim (17% no Rotten Tomatoes), saiu antes para locação online (Sky Play). Veja abaixo os trailers das três estreias de cinema da semana.
Os 7 de Chicago é a principal estreia do Top 10 online da semana
A programação de estreias digitais da semana tem como grande destaque o primeiro dos quatro dramas que a Netflix vai tentar emplacar no Oscar 2021. E “Os 7 de Chicago” começou bem sua trajetória, com 94% de aprovação no Rotten Tomatoes e menções especialmente elogiosas ao roteiro de Aaron Sorkin, que já tem um Oscar por “A Rede Social” (2010). Ele também dirige o filme, após Steven Spielberg abrir mão da vaga devido a excesso de projetos. Em desenvolvimento há mais de uma década, o longa foi escrito por Sorkin em 2008 para Spielberg dirigir, mas, como o cineasta não encontrou tempo em sua agenda, o próprio Sorkin, que se lançou como diretor com “A Grande Jogada” (2017), acabou assumindo seu comando. O Top 10 ainda inclui mais dois novos volumes do projeto de terror da Amazon “Welcome to the Blumhouse”, dedicado a novos cineastas e produzido pelo estúdio que lançou “Atividade Paranormal”, “Corra” e “O Homem Invisível”. Além disso, um terrir infantil também ajuda os fãs do gênero a entrar no clima do vindouro Halloween. A lista abaixo ainda traz sugestões de dramas premiados no circuito dos festivais, mas já não é tão forte, refletindo uma semana com menos lançamentos online que as anteriores, após a reabertura dos cinemas em São Paulo e Rio. Para completar, filmes como “Alice Junior” e “Dunkirk”, que chegaram na Netflix, não estão na lista pelo fato de não serem realmente lançamentos. São novidades apenas para os assinantes da plataforma, pois já podem ser vistos em VOD há algum tempo. De todo modo, fica a dica dos dois títulos para quem só usa esse serviço. Os 7 de Chicago | EUA | 2020 O novo filme de Aaron Sorkin, que tem produção de Steven Spielberg e é uma aposta da Netflix para o Oscar 2021, recria a história verídica do confronto entre manifestantes pacíficos e a polícia durante a Convenção Nacional Democrata de 1968 na cidade americana de Chicago, cujas imagens, que ganharam manchetes na época, continuam tão atuais hoje quanto foram há meio século. Os organizadores do protesto – incluindo Abbie Hoffman, Jerry Rubin, Tom Hayden e Bobby Seale – foram acusados de conspiração e incitação ao tumulto e o julgamento que se seguiu foi um dos mais notórios da história dos EUA. Os oito líderes se tornaram o centro de um debate na sociedade americana sobre os limites do direito de protesto e do uso da força policial para conter manifestações pacíficas. O caso também atraiu a atenção da mídia por refletir a repressão dos movimentos que se opunham à Guerra do Vietnã e assumiam posturas pacifistas. Alguns dos ativistas acabaram condenados, enquanto outros foram inocentados – eventualmente, no entanto, todas as sentenças foram suspensas. Vale observar que essa história já foi filmada antes em “The Chicago 8” (2011), uma produção indie de pouca repercussão. A diferença no número de ativistas daquele filme é que ele contou Bobby Seale, fundador dos Panteras Negras e “oitavo acusado”, que acabou não indo a julgamento junto com os demais por ter sido condenado rapidamente por desacato e enviado à prisão pelo juiz do caso. Ele era o único negro do grupo. O elenco é bastante estrelado, a começar pelos oito de Chicago: Sacha Baron Cohen (“Alice Através do Espelho”), Eddie Redmayne (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”), Jeremy Strong (“Succession”), Alex Sharp (“As Trapaceiras”), John Carroll Lynch (“Fome de Poder”), Danny Flaherty (“The Americans”), Noah Robbins (“Evil”) e Yahya Abdul-Mateen II (“Watchmen”) como Bobby Seale. Além deles, o elenco destaca Joseph Gordon-Levitt (“Power”), Frank Langella (“Kidding”), Mark Rylance (“Ponte dos Espiões”), Michael Keaton (“Homem-Aranha: De Volta para Casa”) e Kelvin Harrison Jr. (“Ondas”). Disponível na Netflix. Manual de Caça a Monstros | EUA | 2020 A comédia de terror infantil conta a história de uma babá que tenta resgatar crianças raptadas por monstros. Para isso, ela recebe ajuda de outras babás de uma sociedade secreta, encarregadas de enfrentar ameaças sobrenaturais e manter as crianças seguras até a volta de seus pais. Baseado nos livros de Joe Ballarini (“My Little Pony: O Filme”), o filme dirigido Rachel Talalay (“Tank Girl”) tem como ponto alto a participação de Tom Felton (o Draco Malfoy de “Harry Potter”), irreconhecível como o deformado Grand Guignol, líder dos monstros. Ele é o motivo para ver esse programa de Halloween para crianças, pois não rouba só as crianças da trama, mas todas as cenas do elenco, formado ainda por Tamara Smart (“A Pior das Bruxas”), Oona Laurence (“Perfeita é a Mãe!”), Ian Ho (“Elinor Wonders Why”) e Indya Moore (“Pose”). Disponível na Netflix. Verdade e Justiça | Estônia | 2019 O candidato estoniano ao Oscar 2020 reflete a luta de um agricultor do século 19, que pretende criar sua família num território difícil, mas é confrontado pela natureza e por um vizinho mesquinho, que se vangloria de já ter feito dois antigos proprietários desistirem daquelas terras. Aos poucos, sonho e obsessão se confundem e encaminham a história para um confronto. Elogiadíssimo longa de estreia do premiado curta-metragista Tanel Toom, “Verdade e Justiça” é baseado numa volumosa saga de Anton Hansen Tammsaare (1878-1940), considerada uma das obras essenciais da literatura estoniana. Disponível na Apple TV/iTunes, Now e Vivo Play. O Conto das Três Irmãs | Turquia | 2019 Consagrado nos festivais de Sofia, Saravejo e Istambul, o terceiro longa de Emin Alper combina conto de fadas com drama fatalista, ao acompanhar três garotas de um vilarejo pobre no centro da Península de Anatólia, que são enviadas pelo pai a uma família rica da cidade grande para trabalharem como babás e empregadas domésticas. Entretanto, são devolvidas por desagradarem aos patrões. Enquanto o pai tenta resolver a situação, as irmãs sonham com um futuro longe dali. Disponível no Vivo Play. Até que Você Me Ame | EUA | 2018 Muito falado, este suspense psicológico de baixíssimo orçamento antecipou a acusação de misoginia feita contra “365 Dias” (2020), ao transformar a premissa do sucesso “romântico” da Netflix numa verdadeira “Louca Obsessão” (1990). A trama acompanha uma mulher mantida cativa para se apaixonar por seu sequestrador. A obsessão é tão doentia que ela tem as pernas feridas – e tratadas, de forma fetichista – para não ter sequer a capacidade de escapar. Mas a mulher não se dá por vencida e encontra formas de se exercitar e recuperar a mobilidade. Uma curiosidade da produção é que a norueguesa Ingvild Deila foi dublê de corpo de Carrie Fisher, aparecendo como a versão jovem da Princesa Leia em “Rogue One” (2016). Disponível na Apple TV/iTunes, Looke, Sky Play e Vivo Play. Noturno | EUA | 2020 Terceiro volume da coleção “Welcome to the Blumhouse”, produzida pela produtora de terror Blumhouse (“Atividade Paranormal”, “Corra”, “O Homem Invisível”) e dedicada a novos talentos, a produção marca a estreia da curtametragista Zu Quirke (“Ghosting”) em longas. “Nocturne” (título original) se passa numa academia de artes, onde uma estudante de música tímida começa a ofuscar sua irmã gêmea mais talentosa e extrovertida após descobrir um caderno misterioso, pertencente a um colega de classe recém-falecido. O elenco é encabeçado pelas jovens Sydney Sweeney (“Euphoria”) e Madison Iseman (“Jumanji: Próxima Fase”). Disponível na Amazon Prime Video. Mau-Olhado | EUA | 2020 O quarto título da antologia “Welcome to the Blumhouse”, produzida pela produtora Blumhouse para lançar novos talentos, destaca Elan Dassani e Rajeev Dassani, profissionais de efeitos visuais de séries como “Scandal” e “How to Get Away with Murder”, que assinam seu primeiro trabalho de direção: um romance de terror. A trama de “Evil Eye” (título original) acompanha um relacionamento aparentemente perfeito, que se transforma em pesadelo quando uma mãe (Sarita Choudhury, de “Homeland”) se convence de que o novo namorado de sua filha (Sunita Mani, de “GLOW”) tem uma ligação sombria com seu próprio passado. É o exemplar mais fraco da coleção, que ainda inclui “Caixa Preta” (o melhor) e “Mentira Incondicional”, disponibilizados no fim de semana passado. Disponível na Amazon Prime Video. BLACKPINK: Light Up the Sky | Coreia do Sul | 2020 Documentário sobre o fenômeno do K-Pop BLACKPINK. A produção conta a história do grupo, que foi reunido pela agência de talentos/produtora/gravadora YG Entertainment quando suas integrantes ainda eram pré-adolescentes, mostrando a amizade que se formou entre as meninas (nem todas sul-coreanas), que passaram a morar juntas, a pressão pelo sucesso e a conquista do público americano após a aparição no Festival de Coachella. O filme chega poucos dias após o lançamento do “The Album”, que por incrível que pareça é apenas o primeiro álbum oficial do grupo. Disponível na Netflix. A Parte do Mundo que me Pertence | Brasil | 2017 Premiado no Festival do Rio, o documentário examina sonhos e desejos das pessoas comuns. A vida cotidiana de personagens anônimos, que o cineasta mineiro Marcos Pimentel encontra pelas ruas de Belo Horizonte. Entre uma menina com síndrome de down que deseja se tornar bailarina e um trabalhador que quer reformar a própria casa, o diretor revela o quanto um sonho é importante para a vida das pessoas. Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, Sky Play, Vivo Play e YouTube Filmes. Batman: Morte em Família | EUA | 2020 A nova animação da DC Comics adapta a famosa história homônima dos quadrinhos, publicada em 1988, que narra a trágica morte do segundo Robin, Jason Todd, nas mãos do Coringa. Assim como o destino do personagem foi escolhido pelos fãs, em votação telefônica, a produção também chega com opções interativas, em que o espectador deverá escolher o rumo da trama. Vale observar que a morte de Robin acabou desfeita anos depois, após vir à tona que a votação que resultou na tragédia foi manipulada por hackers amadores. O personagem foi reincorporado como o vilão Capuz Vermelho. O lançamento cobre esse arco e também funciona como um prólogo de “Batman contra o Capuz Vermelho”, animação lançada em 2010. Disponível na Apple TV/iTunes e Google Play.
Top 10 das estreias online da semana destaca filmes de Halloween
A programação de filmes digitais entra em clima de Halloween nesta semana, com várias opções temáticas em streaming e VOD. Embora o Top 10 inclua apenas um título do projeto de terror da Amazon, “Welcome to the Blumhouse”, dedicado a novos cineastas e produzido pelo estúdio Blumhouse (que lançou “Atividade Paranormal”, “Corra” e “O Homem Invisível”), não faltam horrores para animar os fãs do gênero, do slasher mais extremo ao suspense psicológico. Mas nem todas as tramas selecionadas são sangrentas. Os cinéfilos que não seguem calendário temático também podem encontrar muitos destaques de festivais entre os lançamentos. Veja abaixo as 10 sugestões semanais da Pipoca Moderna, encontradas em meio ao dobro de lançamentos online. A Jornada | França, Alemanha | 2019 Escrito e dirigido pela cineasta francesa Alice Winocour (“Cinco Graças”), o filme traz Eva Green (“Dumbo”) como uma astronauta que se prepara para embarcar numa viagem a Marte, mas encontra dificuldades em equilibrar a vida de mãe solteira – de uma criança muito carente – com o árduo treinamento da Agência Espacial Europeia. Premiado nos festivais de Toronto (Canadá) e San Sebastian (Espanha), “A Jornada” também inclui em seu elenco o americano Matt Dillon (“A Casa que Jack Construiu”) e a alemã Sandra Hüller (“Toni Erdmann”). Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, Looke, Now, Oi Play, Vivo Play e YouTube Filmes. O Chão Sob Meus Pés | Áustria | 2019 Exibido em vários festivais, o filme de Marie Kreutzer (“Fatherless”) acompanha uma jovem executiva (Valerie Pachner, de “Uma Vida Oculta”) que vê a eficiência de que sempre se orgulhou começar a falhar. Ninguém sabe do histórico de doença mental de sua irmã mais velha (Pia Hierzegger, de “Hotel Rock’n’Roll”) ou mesmo sobre sua família. Mas quando ela inicia uma relação escondida com sua chefe, um evento trágico força a irmã perturbada de volta à sua vida, fazendo seu domínio sobre a realidade entrar em colapso. Originalmente programado para 19 de março, semana em que os cinemas do país começaram a fechar devido à pandemia de coronavírus, acabou saindo direto em streaming no Brasil. Mas é elogiadíssimo, com 93% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Now. O Pai | Bulgária | 2019 Melhor Filme do Festival Karlovy Vary, acompanha o confronto entre um pai e um filho distantes, quando o filho retorna para sua pequena cidade para comparecer ao funeral da mãe. Convencido a buscar ajuda de um médium para entrar em contato com a esposa, o pai do título é confrontado pelo filho, que tenta dissuadi-lo da ideia, levando-os a iniciar uma jornada que os fará enfrentar a culpa que sentem em relação à perda, além dos problemas de seu próprio relacionamento. Exibido no Brasil na Mostra de São Paulo do ano passado, o filme é uma comédia dramática capaz de fazer rir e chorar, e confirma o talento dos cineastas Petar Valchanov e Kristina Grozeva, premiados com o troféu de Melhores Diretores Estreantes no Festival de San Sebastian de 2014 por “A Lição”. Disponível na Looke, Now e Vivo Play. The Forty-Year-Old Version | EUA | 2020 Comédia indie premiada sobre artista de juventude promissora que só estoura após se reinventar como rapper aos 40 anos de idade. O filme foi escrito, dirigido e estrelado por Radha Blank, roteirista-produtora de “Ela Quer Tudo”, que pela primeira vez se coloca em posição de destaque diante e atrás das câmeras. Na trama, ela vive sua homônima Radha, uma dramaturga sem sorte de Nova York, que ganhou um prêmio de revelação aos 20 e poucos anos e ainda aguarda ser descoberta aos 40. Reinventando-se como a rapper RadhaMUSPrime, ela busca forças no hip-hop para encontrar sua verdadeira voz. Por ironia, um dos prêmios conquistados por Radha Blank com o filme foi o mesmo da sua personagem, como uma diretora “para se observar”, troféu dado pelo Festival de Palm Springs. Felizmente, o Festival de Sundance reconheceu que Radha é uma diretora que merece reconhecimento já. Com “The Forty-Year-Old Version”, ela venceu o troféu de Melhor Direção no maior festival indie dos EUA, em janeiro passado. Disponível na Netflix. A Casa do Terror | EUA | 2020 Escrito e dirigido pela dupla Scott Beck e Bryan Woods, roteiristas de “Um Lugar Silencioso” (2018), “Haunt” (título original) é uma homenagem ao gênero slasher, dos serial killers mascarados dos anos 1980, mas também tem inspiração em “Jogos Mortais”. Na trama, um grupo de amigos resolve ter uma experiência “extrema” de Halloween e se candidata a um passeio por uma casa fantasmagórica. Especialmente adaptada para a ocasião, ela é decorada como um labirinto de parque de diversões. Mas conforme encontram os psicopatas mascarados, que espreitam para lhe dar sustos no escuro, e as armadilhas que deveriam ser de mentirinha, eles percebem que a brincadeira é mais mortal que imaginavam. Disponível na Amazon. Caixa Preta | EUA | 2020 Melhor dos dois filmes iniciais da antologia de terror “Welcome to the Blumhouse”, produzidos pelo estúdio Blumhouse para a Amazon, “Caixa Preta” tem ecos de “Black Mirror” ao acompanhar um pai viúvo (Mamoudou Athie, de “Ameaça Profunda”) que, após perder a esposa e a memória em um acidente de carro, passa por um agonizante tratamento experimental que o leva a questionar quem ele realmente é. Roteiro e direção são de Emmanuel Osei-Kuffour Jr., curta-metragista premiado que assina seu primeiro longa. Disponível na Amazon. O Halloween de Hubie | EUA | 2020 Adam Sandler vive um homem obcecado pelo Halloween, que é a piada da cidade, até que fatos estranhos começam a acontecer e ele se torna o mais capacitado para desvendar o mistério. A equipe criativa é a mesma de outros filmes do comediante, o roteirista Tim Herlihy (“O Rei da Água” e “O Paizão”) e o diretor Steven Brill (“Um Diabo Diferente”, “Sandy Wexler”). Já os coadjuvantes incluem Julie Bowen (“Modern Family”), Maya Rudolph (“Missão Madrinha de Casamento”), Ray Liotta (“Os Bons Companheiros”), Noah Schnapp (“Stranger Things”), June Squibb (“Nebraska”), Kenan Thompson (“Kenan e Kel”), Tim Meadows (“Schooled”), Michael Chiklis (“The Shield”), China Anne McClain (“Black Lightning”), Paris Berelc (“Crush à Altura”) e Peyton List (“Light as Feather”), que se juntam aos amiguinhos obrigatórios de Sandler, Rob Schneider, Kevin James e Steve Buscemi. Disponível na Netflix. Salve-Se Quem Puder! | EUA | 2020 Comédia indie exibida no Festival de Sundance sobre um casal que resolve se desconectar do mundo numa cabana isolada, mas escolhe o fim de semana em que alienígenas invadem a Terra. Os protagonistas são conhecidos dos fãs de séries: Sunita Mani (“GLOW”) e John Reynolds (“Search Party”). Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, Looke, Now e YouTube Filmes. Até que Você Me Ame | EUA | 2018 Muito falado, este suspense psicológico de baixíssimo orçamento antecipou a acusação de misoginia feita contra “365 Dias” (2020), ao transformar a premissa do sucesso “romântico” da Netflix numa verdadeira “Louca Obsessão” (1990). A trama acompanha uma mulher mantida cativa para se apaixonar por seu sequestrador. A obsessão é tão doentia que ela tem as pernas feridas – e tratadas, de forma fetichista – para não ter sequer a capacidade de escapar. Mas a mulher não se dá por vencida e encontra formas de se exercitar e recuperar a mobilidade. Uma curiosidade da produção é que a norueguesa Ingvild Deila foi dublê de corpo de Carrie Fisher, aparecendo como a versão jovem da Princesa Leia em “Rogue One” (2016). Disponível no Cinema Virtual. Zona Árida | Brasil, EUA | 2018 Documentário sobre a cidade de Mesa, eleita a mais conservadora dos Estados Unidos de acordo com um estudo de 2014. A diretora Fernanda Pessoa, que morou lá na adolescência, acompanhou os moradores durante as eleições presidenciais de 2016 que elegeram Donald Trump, revelando as entranhas de desigualdade social, xenofobia, obsessão por armas e até a propensão ao terrorismo, entre outros problemas que são comuns em Mesa. Ao mostrar o lado mais sombrio dos EUA, o filme recebeu menção honrosa no Festival Internacional de Documentário e Animação de Leipzig, também conhecido como Dok Leipzig, em 2019. Disponível na Now e Vivo Play.
Estreias online: Magnatas do Crime e outros filmes para ver em casa
Após sete meses sem cinema, devido à pandemia de coronavírus, os lançamentos digitais se tornaram o “novo normal”, trazendo muitos filmes inéditos diretamente ao VOD, PVOD e streaming. Seja por disponibilização em assinaturas ou via aluguel de títulos individuais, as opções de títulos digitais exclusivos, que antes se restringiam à Netflix e poucos rivais, multiplicaram-se. E assim nossa sessão de estreias online, que ocupou o lugar dos lançamentos de cinema, deixou de ser apenas uma iniciativa provisória para se tornar referência. Para continuar essa cobertura, estamos introduzindo alguns ajustes. A partir desta edição, destacaremos apenas as cinco principais novidades com comentários, complementando a lista de estreias com mais cinco trailers de produções acima da média para totalizar 10 dicas semanais. A curadoria semanal vai priorizar títulos inéditos e lançamentos recentes que tiveram poucas chances de serem vistos nos cinemas, como forma de filtrar a quantidade de opções e oferecer sugestões sem mergulhar nos títulos clássicos (são muitos) e perder tempo com as produções de menor qualidade – que, em outras épocas, sairiam direto em DVD. Confira abaixo as melhores opções de filmes para este fim de semana. Magnatas do Crime | EUA | 2020 A volta do diretor inglês Guy Ritchie (do blockbuster “Aladdin”) às tramas de gângsteres do começo de sua carreira acompanha a sucessão de um chefão americano do crime, interpretado por Matthew McConaughey (“Interestelar”), que construiu um império de drogas no Reino Unido. Quando rumores começam a circular sobre sua aposentadoria, todos os outros criminosos de Londres criam seus próprios esquemas para tomar o lugar dele. O elenco inclui Charlie Hunnam (Rei Arthur: A Lenda da Espada”), Henry Golding (“Podres de Ricos”), Michelle Dockery (“Downton Abbey”), Jeremy Strong (“Succession”), Eddie Marsan (“Ray Donovan”), Colin Farrell (“Dumbo”) e Hugh Grant (“Florence: Quem é Essa Mulher?”). No clima de “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” (1998) e “Snatch: Porcos e Diamantes” (2000), agradou a crítica (72% no Rotten Tomatoes) e vai virar série. Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, Looke, Sky Play, Vivo Play e YouTube Filmes. Vestido Maldito | EUA | 2018 Premiado e cultuado, o terror do diretor inglês Peter Strickland (“O Duque de Burgundy”) acompanha uma mulher solitária de meia-idade (Marianne Jean-Baptiste, das séries “Blindspot” e “Homecoming”) que acaba seduzida por um vestido assassino numa vitrine. Ele é vermelho e lhe deixa mais sensual, mas também suga sua alma, arruinando sua vida. Amaldiçoado e indestrutível, o vestido ameaça todos que encontra pelo caminho – inclusive uma máquina de lavar! Apesar da premissa parecer boba, a execução é divertida e conta com forte influência psicodélica de Dario Argento, sugerindo como um remake de “Suspiria” realmente deveria parecer. Vencedor de vários festivais de terror, tem 92% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Disponível na Amazon. Vigiados | EUA | 2020 Estreia do ator Dave Franco (“Vizinhos”, “Esquadrão 6”) na direção, “The Rental” (título original) acompanha dois casais que alugam uma casa no campo para passar um fim de semana longe da cidade, mas acabam descobrindo que caíram numa armadilha, com câmeras no chuveiro, vultos furtivos na vizinhança e uma série de dificuldades que os impede de sair daquele lugar. Com 75% de aprovação no Rotten Tomatoes, o terror funciona principalmente devido ao bom elenco, encabeçado por Dan Stevens (“Legion”), Alison Brie (“GLOW”), Sheila Vand (“Expresso do Amanhã”), Jeremy Allen White (“Shameless”) e Toby Huss (“Halt and Catch Fire”), que interpreta o locatário sinistro. Disponível na Amazon. The Boys in the Band | EUA | 2020 A nova adaptação da famosa peça de Mart Crowley tem produção de Ryan Murphy (“Pose”) e grande elenco, encabeçado por Jim Parsons (o Sheldon de “Big Bang Theory”), Zachary Quinto (“Star Trek”) e Matt Bomer (“Patrulha do Destino”). A trama se passa em 1968 e gira em torno de uma festa de aniversário, que reúne nove homens gays num apartamento na cidade de Nova York. Mas um amigo supostamente heterossexual do passado do anfitrião resolve fazer uma visita inesperada e muda completamente o clima da noite. Vale lembrar que a história se passa antes de Stonewall, quando a maioria dos gays eram enrustidos, e já tinha virado filme em 1970, com roteiro do próprio Crowley e direção do mestre William Friedkin (“O Exorcista”), numa adaptação considerada marco do cinema queer. A nova versão tem direção de Joe Mantello, que já tinha filmado uma peça de temática gay anteriormente, “Entre Amigos”, em 1997, e apresenta o texto clássico com uma relevância inesperada para os dias de hoje. Disponível na Netflix. O Capitão | Alemanha | 2017 Filme bastante premiado de Robert Schwentke, que volta à Alemanha após vários projetos em Hollywood – entre eles, dois longas da franquia “Divergente” – para registrar em preto e branco o horror dos últimos dias da 2ª Guerra Mundial. A trama acompanha um soldado alemão desertor (Max Hubacher) perseguido por nazistas, que durante a fuga encontra o uniforme abandonado de um capitão. Desesperado, ele assume a identidade do oficial e logo percebe que os nazistas obedecem qualquer ordem que der. Ao tomar o controle de um campo de concentração, começa a se sentir poderoso e respeitado o suficiente para comandar suas próprias atrocidades. Perturbador e polêmico, o drama tem 83% de aprovação no Rotten Tomatoes e se destaca pela capacidade de gerar discussões. Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, Looke, Now, Sky Play, Vivo Play e YouTube Filmes. Sivas | Turquia | 2014 Disponível na Mubi. Uma Lição de Amor | Bélgica | 2017 Disponível na Apple TV/iTunes e Cinema Virtual. Barreiras | Luxemburgo, Bélgica | 2017 Disponível na Mubi. Vampiros x the Bronx | EUA | 2020 Disponível na Netflix. Cães do Espaço | Áustria | 2019 Disponível na Mubi.
Estreias Online: Enola Holmes e mais 10 filmes para o fim de semana
A programação de estreias online não é das mais empolgantes. A boa exceção fica por conta de “Enola Holmes”, provável início de uma nova franquia de aventuras estrelada por Millie Bobby Brown (a Eleven de “Stranger Things”). Além de estrelar como a irmã caçula e mais esperta de Sherlock Holmes, ela também é produtora do filme, que adapta o primeiro volume da coleção literária juvenil “Os Mistérios de Enola Holmes”, da escritora Nancy Springer. Repleto de ação e empoderamento, “Enola Holmes” ainda marca a estreia em longa-metragem do diretor Harry Bradbeer (vencedor do Emmy pela série “Fleabag”) e agradou em cheio aos críticos americanos, atingindo 92% de aprovação no Rotten Tomatoes. Confira abaixo mais detalhes deste e de mais 10 lançamentos digitais, a maioria apenas medianos, que as diversas plataformas de vídeo por demanda (locação) e serviços de streaming por assinatura disponibilizam para o fim de semana. Se faltar alguma estreia na lista abaixo é porque a curadoria não inclui clássicos e produções trash – como “A Gangue: Uma Noite de Terror” ou “eHero” – que em outros tempos seriam queima de estoque em DVD. Enola Holmes | EUA | 2020 Espécie de derivado juvenil do universo de Sherlock Holmes, “Enola Holmes” traz Millie Bobby Brown como a irmã adolescente do famoso detetive. Na trama, ela busca a ajuda de seus irmãos mais velhos, Mycroft e Sherlock, para investigar o desaparecimento de sua mãe em seu aniversário de 16 anos, mas logo percebe que nenhum dos dois está muito interessado no mistério. Em vez disso, decidem colocá-la num internato para aprender etiqueta. Assim, ela decide viajar sozinha para Londres, iniciando sua própria carreira de detetive, sempre um passo à frente de Sherlock. Além de Millie, o elenco também destaca Henry Cavill (“Liga da Justiça”) como Sherlock, Sam Claflin (“As Panteras”) como Mycroft Holmes, e Helena Bonham Carter (a Princesa Margaret de “The Crown”) como mãe de Enola. Disponível na Netflix Clemency | EUA | 2020 Vencedor do Festival de Sundance do ano passado, o drama de Chinonye Chukwu superou o badalado “A Despedida”, de Lulu Wang, e representa a renovação feminina em curso no cinema indie americano. No filme que tem 92% de aprovação no Rotten Tomatoes e deu muito o que falar na imprensa dos EUA, Alfre Woodard (“Luke Cage”) vive uma agente penitenciária que conduz execuções no corredor da morte. Mas ao se preparar para executar outro detento, ela tem que confrontar os demônios psicológicos e emocionais que seu trabalho cria, levando-a, por fim, a fazer vínculo com o homem que tem ordens para matar. Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, Looke, Now, Sky Play, Vivo Play e YouTube Filmes Aos Olhos de Ernesto | Brasil | 2020 Vencedor do prêmio da crítica na última Mostra de São Paulo, o segundo longa de ficção de Ana Luiza Azevedo (“Antes que o Mundo Acabe”) acompanha um velho fotógrafo uruguaio (Jorge Bolani) que está perdendo a visão, mas acha que consegue enganar a todos. Diante da pressão do filho para deixar de viver sozinho, ele acaba encontrando uma solução ao conhecer uma jovem cuidadora de cachorros (Gabriela Poester) que não tem onde morar. O roteiro sensível, que trata da solidão com humor, foi escrito em parceria com Jorge Furtado, responsável por “Sob Pressão”, e o astro daquela série, Julio Andrade, faz uma pequena participação como o filho. Disponível na Now e Vivo Play Gauguin – Viagem ao Taiti | França | 2017 Vincent Cassel da vida ao célebre pintor francês Paul Gauguin durante seu exílio no Taiti. Lá, durante o ano de 1891, ele espera reencontrar sua pintura livre, selvagem, longe dos códigos morais, políticos e estéticos da Europa civilizada. Em vez disso, encontra a solidão, a pobreza, a doença, mas também Tehura, que se tornará sua esposa e tema das suas telas mais importantes. Disponível na Amazon Retratos de uma Guerra | Lituânia | 2020 Baseado no livro “A Vida em Tons de Cinza”, da escritora americana Ruta Sepetys, o filme lembra que o Holocausto judeu perpetrado pelos nazistas não foi o único projeto de genocídio levado adiante na Europa entre os anos 1930 e 1940. Neste drama, a inglesa Bel Powley (“Diário de uma Adolescente”) vive uma jovem desenhista lituana arrancada de sua casa e deportada com a família, amigos e vizinhos para a Sibéria sob as ordens de Joseph Stalin. Condenados à morte por traição, por ocuparem um país cobiçado por Stalin à beira do Mar Báltico, são levados para trabalhar até morrer num campo de concentração gelado, numa brutalidade realizada sob o pretexto de estratégia geopolítica pelo regime comunista. Além do povo retratado no filme, Stalin também enviou porção significativa da população dos países vizinhos, Estônia, Letônia, para gulags siberianos, e exterminou pela fome a resistência ucraniana. Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, Looke, Now, Vivo Play e YouTube Filmes O Bastardo | Bélgica | 2020 Suspense dramático sobre uma mãe enlutada que, após perder um filho num acidente, adota um jovem sem-teto, despertando ciúmes, mas também preocupação no filho que sobreviveu à tragédia. Concorreu ao prêmio Margritte, na Bélgica, como Melhor Filme falado em flamengo. Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, Looke, Now, Vivo Play e YouTube Filmes Pornô para Principiantes | Uruguai | 2018 Passada nos anos 1980, a comédia acompanha um diretor frustrado que, em busca de dinheiro para se casar com sua namorada, acaba trocando os sonhos de fazer cinema de arte por um grande salário com um filme pornô. Seu plano para tornar sua primeira produção do gênero o mais decente possível acaba frustrado pelo fato de a estrela ser irresistível, o que o leva a uma encruzilhada. Apesar do título, do tema e de vários esterótipos e situações clichês, o filme de Carlos Ameglio (“Psiconautas”) é, na verdade, uma grande homenagem ao prazer cinéfilo e à produção cinematográfica, celebrando o cinema possível quando não há recursos para se filmar. Disponível na Looke Superman: O Homem do Amanhã | EUA | 2020 Mais um bom longa animado da DC, com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, que se destaca pelo visual caprichado e uma versão divertida do Ano 1 do Superman. Com participações de Lobo e Caçador de Marte, a produção apresenta a origem do Superman e explora o início do relacionamento entre Clark Kent e Lois Lane. Mas em vez de recriar quadrinhos clássicos, conta uma versão inédita dessa fase da vida do primeiro super-herói dos quadrinhos. A equipe de produção destaca o diretor Chris Palmer, que trabalhou na festejada animação da “Justiça Jovem” (Young Justice) e dirigiu a série “Voltron: O Defensor Lendário” na Netflix, além de diversos dubladores famosos (para quem optar por assistir em inglês): Darren Criss (“American Crime Story”) como Superman, Alexandra Daddario (“Baywatch”) como Lois Lane, Zachary Quinto (“NOS4A2”) como Lex Luthor, Ryan Hurst (“The Walking Dead”) como Lobo e Ike Amadi (“Caçadores de Trolls: Contos de Arcadia”) como Caçador de Marte. Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play e YouTube Filmes Diga Meu Nome | Brasil | 2020 Com roteiro e direção de Juliana Chagas, o documentário conta a história dramática e real de duas mulheres trans (Selem Soares e Diana Conrado) que lutam pelo simples direito de serem chamadas por seus nomes. Para isso, precisam obter a mudança de nome e de gênero em seus documentos. Mas a burocracia enfrentada pelas personagens para realizar a troca das identidades se revela um calvário, registrado pela diretora ao longo de nada menos que dois anos. A documentarista estreou com “As Pastoras — Vozes Femininas do Samba” (2018), que conquistou menção honrosa no International Houston Black Film Festival 2019 e no Festival Visões Periféricas 2019. Seu novo filme foi selecionado, entre outros, pelo Philadelphia Latino Film Festival, nos EUA, e o Flying Broom International Women’s Film Festival, na Turquia. Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, Looke, Now, Vivo Play e YouTube Filmes Dos Quartos aos Bilhões: A Revolução PlayStation | EUA | 2020 O documentário sobre a criação e ascensão do PlayStation é o terceiro filme dos irmãos Anthony e Nicola Caulfield sobre os primórdios da indústria dos videogames. Depois de se debruçarem sobre o esquecido Amiga e pioneiros britânicos, eles traçam a impressionante evolução dos jogos eletrônicos dos anos 1990 até meados dos 2000. Repleto de entrevistas de executivos, engenheiros, desenvolvedores e chefes de desenvolvimento da Sony – e até mesmo da Sega – , o filme também apresenta alguns dos jogos que marcaram o período, como “Resident Evil”, “Metal Gear Solid” e “Gran Turismo”, para ilustrar o salto de qualidade mais importante e monumental da história dos games. Disponível na Apple TV/iTunes Ciência da Resistência | Brasil | 2020 O documentário de Larissa Karl mostra a luta de cientistas, médicos e pós-graduandos para realizar pesquisas em doenças infecciosas, enquanto o governo brasileiro corta suas verbas e negligencia seu trabalho. O filme, porém, foi iniciado no governo Dilma. E se a situação já era trágica na época, virou show de horrores com Bolsonaro, com cortes ainda maiores, interrupções de pesquisas e paralisação do setor… tudo isso na véspera da disseminação da pandemia de covid-19. Multiplique por 17 e faça arminha com a mão para entender como a mortalidade aumentou dramaticamente por conta do abandono da Ciência no Brasil atual. Disponível na Now e Vivo Play
Globo e Netflix disputam filme sobre a vida da Xuxa
De saída da rede Record, Xuxa Meneghel está cheia de projetos. Segundo apurou o colunista Fefito, do UOL, ela tem conversas adiantadas com a Globo para um programa de sábado e projetos para a Globoplay. Um desses projetos, porém, também interessa a Netflix. Trata-se de “Rainha”, longa-metragem sobre a vida da apresentadora, que posteriormente deve ser transformado em minissérie – como aconteceu com os filmes sobre Hebe e Elis. A Globo já teria saído em busca de uma atriz para interpretá-la. Xuxa também negocia voltar a estrelar filmes infantis. O interesse nesse revival é da Disney, que vai lançar a plataforma Disney+ (Disney Plus) no Brasil em novembro. Há ainda conversas sobre um possível seriado. Para completar, ela prepara um documentário sobre sua última turnê, chamado “A Última Nave”, com depoimentos de várias celebridades, que sua equipe estaria negociando com a HBO. E, se tiver horas de folga, Xuxa ainda pretende escrever livros infantis.
Estreias Online: O Diabo de Cada Dia e mais uma dúzia de filmes para ver no fim de semana
O principal destaque da semana é o lançamento da Netflix “O Diabo de Cada Dia”, suspense extremamente sombrio, que chama atenção pelo elenco grandioso. Além de Tom Holland (“Homem-Aranha: Longe de Casa”) e Robert Pattinson (o vindouro “Batman”) em papéis de destaque, a produção reúne Sebastian Stan (“Vingadores: Ultimato”), Mia Wasikowska (“Alice no País das Maravilhas”), Bill Skarsgard (“It: A Coisa”), Jason Clarke (“Exterminador do Futuro: Gênesis”), Eliza Scanlen (“Objetos Cortantes”) e Riley Keough (“Mad Max: Estrada da Fúria”). E para completar o time de astros, o produtor é Jake Gyllenhaal (também de “Homem-Aranha: Longe de Casa”). O diretor é um capítulo a parte. Nascido e criado em Nova York, Antonio Campos nunca viveu no Brasil, mas o nome denuncia sua origem. Ele é filho do jornalista Lucas Mendes (do programa “Manhattan Connection”) e da produtora indie americana Rose Ganguzza (“Margin Call”, “Versos de um Crime”), e vem se destacando com filmes bem avaliados no circuito de festivais desde sua estreia, “Buy It Now” (2005), premiada no Festival de Cannes. Ele também dirigiu “Depois da Escola” (2008), “Simon Assassino” (2012) e “Christine” (2016), sempre gerando comentários positivos, além de ter assinado episódios da série “The Sinner”. A lista de estreias digitais ainda contempla “Três Verões”, de Sandra Kogut (“Campo Grande”), que reflete o Brasil da Lava Jato e voltou a consagrar a atriz Regina Casé em premiações nacionais e internacionais. Confira abaixo mais detalhes destes e de outros lançamentos digitais, lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos (se quiser uma opção, há o festival de Krzysztof Kieslowski) nem produções trash, que em outros tempos sairiam diretamente em DVD – como “Jogo Assassino”, pior filme da carreira de Henry Cavill (o Superman) e maior equívoco a ser evitado nas locações online do fim de semana. O Diabo de Cada Dia | EUA | 2020 Adaptação do livro de Donald Ray Pollock (lançado no Brasil com o título “O Mal Nosso de Cada Dia”), o suspense da Netflix materializa uma trama sombria, repleta de pecado, mortes, vingança e um elenco matador. Tom Holland (o Homem-Aranha) vive o personagem central, Arvin Russell, um garoto problemático que percebe que precisa lidar com as pessoas sinistras de sua cidadezinha para tentar salvar quem mais ama. Em sua missão, ele entra em rota de colisão com vários moradores locais, entre eles um pastor com crise de fé, vivido por Robert Pattinson (o Batman). Com 65% no Rotten Tomatoes, o filme foi considerado pesado demais por alguns críticos, mas difícil de ignorar. Disponível na Netflix Três Verões | Brasil | 2019 O filme de Sandra Kogut (“Campo Grande”) retrata o Brasil contemporâneo por meio do olhar de Madá (Regina Casé), caseira de um condomínio de luxo à beira-mar. Sob seu ponto de vista, a trama mostra o desmantelamento de uma família em função dos dramas políticos recentes que abalaram o país, passando-se ao longo de três verões consecutivos (2015, 2016 e 2017) na luxuosa casa de veraneio comprada com dinheiro ilícito. O filme pergunta o que acontece com aqueles que gravitam em torno dos ricos e poderosos quando a vida destes desmorona, ao mesmo tempo em que registra as mudanças dos últimos anos no Brasil, ilustrada por meio da prisão do patrão (Otávio Müller, de “Segunda Chamada”) por corrupção. Consagrado no exterior, o longa fez sua estreia mundial no Festival de Toronto, no Canadá, foi premiado no Festival de Havana, em Cuba, e rendeu troféus de Melhor Atriz para Regina Casé nos festivais do Rio e de Antalya, na Turquia. Disponível na Google Play, Looke, Now, Vivo Play e YouTube Filmes Volume Morto | Brasil | 2020 Escrito e dirigido por Kauê Telloli (diretor de “Eu Nunca”, mas mais conhecido como ator de “O Negócio”), “Volume Morto” é um suspense de encenação teatral que acabou rendendo polêmica no último Festival de Brasília. A trama se passa numa escola e aborda a história de um menino que não fala nas aulas e, por isso, é apelidado de Volume Morto. Quando seus pais são convocados a conversar com a professora da criança, algumas histórias vêm à tona. A pouca variedade de ambientes e a ausência do personagem central (o menino) contribuem para o tom teatral, que também reflete a falta de recursos – o longa foi rodado em apenas 9 dias – , mas o resultado é bastante profissional. Sua polêmica se deve a um suposto menosprezo do abuso infantil e da violência contra mulheres insinuado em sua trama. O destaque fica por conta do elenco, com Fernanda Vasconcellos (“3%”), Júlia Rabello (“Ninguém Tá Olhando”) e Daniel Infantini (“Toda Forma de Amor”). Disponível na Apple TV/iTunes, Looke e Vivo Play Beleza Eterna | Reino Unido | 2020 Escrita e dirigida pelo ator galês Craig Roberts (“Red Oaks”), a comédia britânica conta, com humor negro, uma história de amor incomum entre uma mulher esquizofrênica (interpretada por Sally Hawkins, indicada ao Oscar por “A Forma da Água”) e um músico fracassado (David Thewlis, de “Mulher-Maravilha”). A estreia nacional acontece duas semanas antes do lançamento nos EUA e no Reino Unido. Disponível na Apple TV/iTunes, Looke, Now e YouTube Filmes A Espiã | Noruega | 2019 Ingrid Bolsø Berdal (de “Westworld”) vive Sonja Wigert, uma diva e estrela do cinema sueco que, durante a 2ª Guerra Mundial, vira agente dupla, espionando tanto para os suecos quanto para os nazistas. A história é real e suas muitas reviravoltas são filmadas com apuro fotográfico, figurino requintado e recriação de época impecável pelo diretor Jens Jonsson (da série “O Jovem Wallander”). Disponível na Apple TV/iTunes, Looke, NOW e Vivo Play Get Duked! | Reino Unido | 2019 A estreia do diretor de clipes Ninian Doff é uma comédia de humor negro em que quatro adolescentes ineptos são perseguidos por psicopatas armados e mascarados nas Highlands escocesas. Com uma trilha repleta de hip-hop, o filme foi premiado pelo público no Festival SXSW do ano passado e tem 86% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Amazon Prime Video Filhos da Tempestade | África do Sul | 2019 Filme mais premiado da África do Sul no ano passado, acompanha dois pequenos órfãos que se veem sozinhos a caminho dos campos de ouro virgem no século 19, durante uma tempestade brutal. Apesar de estrelado por um casal de crianças, não se trata de um filme infantil e leve, mas uma jornada de sobrevivência e de sacrifício, especialmente da menina mais velha, que pode causar aflições. A trama é baseada no best-seller “The Story of Racheltjie De Beer”, de Brett Michael Innes, que co-escreveu a adaptação com o diretor Matthys Boshoff. Disponível na Apple TV/iTunes e Cinema Virtual Vidas Duplas | França | 2018 A comédia de Olivier Assayas (premiado em Cannes por “Personal Shopper”) reúne um grande elenco, encabeçado por Guillaume Canet (“Rock’n Roll: Por Trás da Fama”) e Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”), em debates acalorados sobre vários temas, mas principalmente o mercado editorial, em que trabalham os personagens. Após questionar a comercialização do cinema no premiado “Acima das Nuvens”, o diretor se debruça sobre o futuro dos livros na era da internet. E neste debate, há espaço tanto para Adorno quanto para Taylor Swift, além de muito sexo – todos os personagens têm amantes. Disponível na Apple TV/iTunes, Looke, Now e YouTube Filmes A Livraria | Espanha, Reino Unido | 2017 Apesar de dirigido pela cineasta catalã Isabel Coixet (“A Vida Secreta das Palavras”) e premiado com o Goya (o Oscar espanhol) de Melhor Filme, Direção e Roteiro de 2017, este drama não poderia ser mais inglês. Adaptação do romance de Penelope Fitzgerald, a trama se passa numa pequena cidade litorânea inglesa em 1959, onde vigoram a ignorância, a inveja e a falsa moral. Que é o que a personagem Florence Green (Emily Mortimer) vai sentir na pele, quando resolve encarar o seu grande sonho de montar uma livraria numa casa muito antiga da família, que lhe restou como herança. Com espírito empreendedor, misturado a uma tenacidade e a uma alma sonhadora, ela tem sucesso contra tudo e todas as previsões, o que atrai hostilidade e a sordidez dos que se dizem pessoas de bem. Por sorte, ela também encontra amantes da boa literatura, para quem vira uma espécie de fada madrinha. O tom de fábula é reforçado por sua luta contra a bruxa local: a sra. Gamart (Patricia Clarkson), que personifica a mediocridade da visão de mundo conservadora. Disponível na Apple TV/iTunes, Now, Vivo Play e YouTube Filmes Amuleto | Reino Unido | 2020 Um ex-soldado sem-teto é hospedado por uma freira em uma casa decadente, habitada por uma jovem e sua mãe moribunda. Enquanto se envolve com a jovem, ele não pode ignorar sua suspeita de que algo de estranho ronda a casa. E que a mãe trancada no quarto é mais perigosa do que lhe contaram. O terror britânico marca a estreia da atriz Romola Garai (“Desejo e Reparação”) na direção e traz em seu elenco a veterana Imelda Staunton (“Harry Potter e a Ordem da Fênix”) e a jovem alemã Carla Juri (“Blade Runner 2049”). Disponível na Apple TV/iTunes, Looke e Google Play Céu em Chamas | China | 2020 Filme de catástrofe chinês dirigido pelo inglês Simon West (“Os Mercenários 2”), “Céu em Chamas” acompanha a erupção de um vulcão numa ilha paradisíaca repleta de turistas. O elenco reúne Jason Isaacs (“Star Trek: Discovery”) e um elenco chinês encabeçado por Wang Xueqi (“Homem de Ferro 3”) e Hannah Quinlivan (“Arranha-Céu: Coragem Sem Limite”). Disponível na Apple TV/iTunes, Looke e Vivo Play Blitz | Brasil | 2020 A violência policial é retratada de forma artística – isto é, com abstrações, muita conversa e closes na natureza – no primeiro longa dirigido pelo curtametragista e sonoplasta Rene Brasil. Na trama, um PM é acusado de ter matado um menino durante uma ação policial. Disponível na Looke e Vivo Play O Fio da Meada | Brasil | 2020 O documentário do premiado cineasta Silvio Tendler (“Jango”, “Os Anos JK”) discute as conexões entre a crise ecológica contemporânea, o modelo econômico, as desigualdades sociais e as diversas formas de injustiça ambiental geradas pela exploração das pessoas e do meio ambiente. Disponível na Looke e Vivo Play












