Estreias | Terror “Imaginário” tem maior destaque nos cinemas
Maioria dos lançamentos da semana chega em circuito limitado, com destaque para o filme turco "Ervas Secas", premiado no último Festival de Cannes
Bilheteria | Estreia de “Os Farofeiros 2” desbanca blockbuster “Duna: Parte 2”
A comédia conseguiu superar a abertura de “Minha Mãe e Eu”, maior sucesso brasileiro desde "Minha Mãe É uma Peça 3"
Bilheteria | “Kung Fu Panda 4” supera “Duna: Parte 2” nos Estados Unidos
Em sua estreia, animação tem uma das maiores bilheterias da franquia, mas a continuação da sci-fi também teve bom desempenho
“Duna: Parte 2” bate recorde de bilheteria em estreia nos Estados Unidos
Continuação de "Duna" supera expectativas e marca a melhor estreia do ano na América do Norte
Spirit Awards | “Vidas Passadas” vence o “Oscar do cinema independente”
A coprodução sul-coreana dirigida por Celine Song vence os troféus de Melhor Filme e Melhor Direção na premiação americana
Bilheteria | Filme de Bob Marley se mantém na liderança nos EUA
A cinebiografia musical “Bob Marley: One Love” continua a fazer sucesso em todo o mundo, enquanto os novos lançamentos fracassam
Bilheteria | “Madame Teia” estreia em 1º lugar nos cinemas brasileiros
Filme baseado em personagens da Marvel foi o mais visto do fim de semana, seguido pela cinebiografia “Bob Marley: One Love” e a comédia romântica “Todos Menos Você”
Bilheteria | Filme de Bob Marley supera “Madame Teia” na América do Norte
A cinebiografia da Paramount faturou o dobro da adaptação de quadrinhos da Sony durante semana prolongada por dois feriados nos Estados Unidos
“Madame Teia” é o pior filme de super-herói já feito, segundo críticos dos EUA
Filme estrelado por Dakota Johnson abriu com apenas 14% de aprovação no Rotten Tomatoes e está sendo considerado pior que "Morbius"
Bilheteria | “Argylle” mantém liderança em fim de semana de baixa arrecadação nos EUA
Comédia de espionagem mantém 1º lugar apesar de queda acentuada nas vendas, enquanto "Lisa Frankenstein" estreia em 2º lugar com desempenho desestimulante
“Minha Irmã e Eu” chega a 2 milhões de espectadores
A comédia “Minha Irmã e Eu”, estrelada por Tatá Werneck e Ingrid Guimarães, atingiu 2 milhões de espectadores nesta segunda-feira (5/2), aumentando seu sucesso como a maior bilheteria do cinema brasileiro desde a pandemia. Mesmo lançado no último fim de semana de 2023, o novo filme da diretora Susana Garcia também quebrou o recorde de maior bilheteria de estreia do ano passado. Fez mais que o dobro do filme que, até a véspera, detinha o título de maior abertura nacional do ano: “Mussum, O Filmis”, com cerca de R$ 2 milhões de faturamento. O longa ainda foi a primeira produção nacional a levar mais de 1 milhão de pessoas ao cinema desde “Minha Mãe é uma Peça 3”, lançado em 2019. No mesmo ano, Jair Bolsonaro assumiu o governo e criou diversos entraves para a produção e distribuição de filmes nacionais, incluindo omissão na renovação da “lei de cotas”, que tornava sucessos com mais de 1 milhão de ingressos vendidos comuns no período anterior. “Boicote” Vale lembrar que “Minha Irmã e Eu” foi alvo de “boicote” nos cinemas. Bolsonaristas miraram principalmente em Tatá Werneck para “tirar o sono dessa lulista”, conforme descrição de Samantha Cavalca num post sobre a atriz no X. Ela é a grande incentivadora nas redes sociais de todos os boicotes que fracassaram no ano passado. Os alvos são sempre artistas que apoiaram a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. O filme visado anteriormente, “Ó Pai, Ó 2”, com o “lulista” Lázaro Ramos, tornou-se a maior bilheteria de cinema do Nordeste em todos os tempos. Como Lázaro também faz participação na nova comédia, o boicote tinha “que ser forte”. Nosso Lar 2 No momento em que “Minha Irmã e Eu” atinge 2 milhões, “Nosso Lar 2 — Os Mensageiros” chega à marca 1 milhão de espectadores, atingida no final de semana com apenas 14 dias em cartaz. O filme espírita dirigido por Wagner de Assis liderou as bilheterias em sua estreia na semana passada, e em seus primeiros quatro dias superou o total de espectadores do filme brasileiro mais visto no ano passado, “Nosso Sonho”. Por coincidência, isso aconteceu logo após a notícia da promulgação da nova lei de cotas para filmes nacionais nos cinemas, pelo governo Lula. “Nosso Lar 2” também teve a 6ª maior abertura nacional desde 2002 – quando começou a contabilização da Comscore no Brasil. Entre os lançamentos nacionais, só foi superado por grandes sucessos como “Minha Mãe é uma Peça 3”, “Nada a Perder” e “Os Dez Mandamentos”, que lideram o ranking de maiores aberturas do país. O sucesso da nova adaptação da obra de Chico Xavier ecoa o legado de seu antecessor, que em 2010 levou 4 milhões de pessoas aos cinemas, ficando atrás apenas de “Tropa de Elite 2” em termos de audiência. A continuação agora se destaca não apenas pela sua recepção pelo público, mas também pelo seu impacto significativo no cenário cinematográfico nacional, marcando com “Minha Irmã e Eu” uma retomada expressiva para o cinema brasileiro. Neste final de semana, “Nosso Lar 2” ficou em 2º lugar, desbancado do topo do ranking pela comédia americana “Todos Menos Você”. O filme brasileiro teve renda de R$ 5,19 milhões e público de 231 mil espectadores. Mas “Minha Irmã e Eu” também segue no Top 5, ocupando a 5ª colocação entre os títulos mais assistidos do país.
Bilheteria | “Argylle – O Superespião” é fracasso de público e crítica
A comédia de ação “Argylle – O Superespião” implodiu nas bilheterias norte-americanas. A produção de alto orçamento dirigida por Matthew Vaughn (da franquia “Kingsman”) arrecadou apenas US$ 18 milhões em sua estreia em 3.605 cinemas. O filme, que teve um custo de produção entre US$ 200 milhões e US$ 250 milhões, também fracassou no mercado internacional, onde arrecadou US$ 17,3 milhões em 78 países, totalizando uma abertura global de US$ 35,3 milhões. Apesar dos números baixos, a superprodução conseguiu liderar as bilheterias no fim de semana devido à falta de concorrência significativa. Entretanto, foi massacrado por público e crítica, com 35% de aprovação pela imprensa, segundo o Rotten Tomatoes, e nota C+ na avaliação do CinemaScore, pesquisa feita com os espectadores na saída dos cinemas dos EUA. “Argylle” foi o terceiro lançamento cinematográfico convencional da Apple nos últimos meses, seguindo os passos de “Assassinos da Lua das Flores” de Martin Scorsese e “Napoleão” de Ridley Scott, todos com orçamentos superiores a US$ 200 milhões e todos fracassos de bilheteria. Apenas “Assassinos da Lua das Flores” agradou a crítica, obtendo 10 indicações ao Oscar – mas arrecadou apenas US$ 157,6 milhões globalmente. O resto do Top 5 Além de “Argylle”, os cinemas dos Estados Unidos registraram a estreia de uma edição especial da série “The Chosen”, que exibiu os três primeiros episódios da 4ª temporada no circuito cinematográfico. A iniciativa surpreendeu ao ocupar o 2º lugar nas bilheterias, com US$ 6,1 milhões de 2.260 telas. Em 3º lugar ficou “Beekeeper – Rede de Vingança”, que continua a apresentar um bom desempenho em sua quarta semana de projeção. O thriller de ação estrelado por Jason Statham arrecadou US$ 5,3 milhões, elevando seu total doméstico para US$ 49,4 milhões. Mas é internacionalmente que tem se saído melhor, com uma arrecadação de US$ 73,1 milhões, que totaliza US$ 122,5 milhões mundiais. “Wonka” ficou em 4º lugar, mesmo estando em sua oitava semana de exibição. O filme adicionou US$ 4,7 milhões e superou os US$ 200 milhões domésticos. Globalmente, o musical estrelado por Thimotée Chalamet já acumula impressionantes US$ 571,7 milhões, tornando-se a maior bilheteria da temporada de final de ano. Fechando o Top 5, “Patos!” arrecadou US$ 4,2 milhões em sua sétima semana em cartaz. A animação tem apresentado um desempenho consistente nas bilheterias norte-americanas, totalizando US$ 106,2 milhões. No cenário global, alcançou US$ 210 milhões, um resultado respeitável considerando seu orçamento de produção de US$ 70 milhões. O filme tem se beneficiado de uma estadia prolongada nos cinemas, garantindo rentabilidade em sua exibição teatral. Trailers Confira abaixo os trailers dos 5 filmes mais vistos nos EUA e Canadá no fim de semana. 1 | ARGYLLE – O SUPERESPIÃO 2 | THE CHOSEN 4 3 | BEEKEEPER – REDE DE VINGANÇA 4 | WONKA 5 | PATOS!
Don Murray, astro de “Nunca Fui Santa” e “Twin Peaks”, morre aos 94 anos
Don Murray, que estreou em Hollywood em “Nunca Fui Santa” (1956) ao lado de Marilyn Monroe, faleceu aos 94 anos na sexta-feira (2/2). Seu filho, Christopher, confirmou a notícia ao New York Times, embora detalhes sobre a causa e o local da morte não tenham sido imediatamente divulgados. Uma estreia santa Nascido em Hollywood, Califórnia, Murray começou sua carreira no teatro, onde chamou a atenção do diretor Joshua Logan. Sua estreia no cinema em “Nunca Fui Santa” foi logo como par romântico de Marilyn Monroe, interpretando Bo Decker, um ingênuo cowboy cuja paixão pela loira cativou o público. Nos bastidores, a dedicação de Murray impressionou Monroe que, apesar de suas conhecidas inseguranças, ajudou-o a enfrentar o nervosismo de seu primeiro grande filme, o que rendeu uma parceria memorável na tela. A performance não só estabeleceu Murray como um talento emergente em Hollywood, mas também demonstrou sua capacidade de trazer profundidade e vulnerabilidade a seus personagens, que seria explorada ao longo de sua carreira. Os bastidores da produção também aproximaram Murray da coadjuvante Hope Lange, com que ele se casou no mesmo ano. O casal teve dois filhos, Christopher e Patricia, mas se separou em 1961. Versatilidade em Hollywood Em seu segundo filme, “Despedida de Solteiro” (1957), ele demonstrou sua capacidade de mergulhar em personagens emocionalmente complexos, interpretando um jovem noivo que enfrenta uma série de dilemas pessoais e sociais na véspera de seu casamento. A comédia de Delbert Mann destacou a habilidade do ator em retratar vulnerabilidades masculinas, uma capacidade rara em Hollywood na época. Murray não se limitou a papéis de jovem galã. Ele rapidamente expandiu seu repertório com personagens desafiadores em filmes como “Cárcere Sem Grades” (1957), de Fred Zinnemann, onde interpretou um veterano da Guerra da Coreia lutando contra o vício em drogas. Em “Almas Redimidas” (1961), de Irvin Kershner, viveu um padre às voltas com gangues de rua. E em “Tempestade Sobre Washington” (1962), de Otto Preminger, explorou o drama político, retratando um senador idealista confrontado com a corrupção e os dilemas morais na capital dos Estados Unidos. Murray não se restringiu a dramas intensos. Seu talento também brilhou em westerns como “Caçada Humana” (1958), de Henry Hathaway, vivendo um cowboy fugitivo, em thrillers de ação como “Fuga de Berlim Oriental” (1962), de Robert Siodmak, em que tentou escapar do regime comunista por um túnel sob o Muro de Berlim, e “O Gênio do Mal” (1964), de Robert Mulligan, no papel de um delegado, em aventuras de época, como “A Rainha dos Vikings” (1967) e até na sci-fi, como “A Conquista do Planeta dos Macacos” (1972), onde interpretou o antagonista. Esses filmes destacaram sua capacidade de adaptar-se e brilhar em diferentes estilos narrativos. Carreira televisiva Depois de trabalhar com alguns dos maiores diretores de sua época, Murray sentiu uma queda na qualidade dos projetos e no destaque de seus papéis e decidiu apostar em filmes feitos para a TV, um formato que ganhava popularidade nos anos 1970. Ele estrelou diversos desses filmes, assumindo papéis principais que lhe permitiram explorar temas complexos e personagens profundos, muitas vezes com um pano de fundo social, como “The Intruders” (1970), na pele de um veterano da Guerra do Vietnã que retorna à sua cidade natal no Texas, apenas para se deparar com conflitos de terra e tensões raciais. Ele também participou da minissérie “A Conquista do Oeste” (1976), premiada com dois Emmys, e fez parte do elenco de “Knots Landing”, spin-off da popular série “Dallas” lançada em 1979. Seu personagem em “Knots Landing”, Sid Fairgate, era o patriarca amável e sensato da família Fairgate nas primeiras temporadas da série, que se passava numa comunidade suburbana fictícia na Califórnia. Marido e pai dedicado, Sid oferecia um contraponto estável às várias intrigas e dramas que permeavam a série. Entretanto, teve uma morte trágica na 3ª temporada, em um acidente de carro que teve um impacto profundo tanto nos personagens da atração quanto nos espectadores. O ator voltou ao cinema em 1986 a convite de Francis Ford Coppola, para interpretar o pai de Kathleen Turner, protagonista de “Peggy Sue – Seu Passado a Espera”. Mas a participação no filme foi uma rara exceção, já que Don Murray se dedicou principalmente à televisão nos últimos anos, onde atuou sem parar até 2001. O retorno em Twin Peaks Ele já estava aposentado quando ressurgiu 16 anos depois no revival de “Twin Peaks”, onde interpretou Bushnell Mullins, o chefe e mentor de Dougie Jones, uma das personas de Dale Cooper (Kyle MacLachlan). O personagem se tornou um favorito dos fãs e demonstrou que o talento do ator não havia diminuído com o tempo. A decisão de abandonar a aposentadoria em 2017 foi motivada pela oportunidade única de trabalhar com David Lynch, retomando sua trajetória inicial de trabalhar com grandes mestres. Murray foi atraído pela chance de mergulhar no universo único de Lynch, aos 88 anos. E as últimas palavras do protagonista Dale Cooper para o personagem de Murray na série serviriam perfeitamente de despedida para o ator: “Você é um bom homem, Bushnell Mullins. Não esquecerei tão cedo sua gentileza e decência.”










