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    Cannes: Pedro Almodóvar não quer ser uma vaca sagrada

    18 de maio de 2016 /

    Pedro Almodóvar não participou da première de “Juliete” na Espanha para fugir das perguntas sobre o escândalo conhecido como Panama Papers, que revelou contas secretas de políticos e celebridades em paraísos fiscais, inclusive dele e do irmão. Mas não conseguiu escapar do aperto da imprensa em Cannes, onde seu filme concorre à Palma de Ouro. “Meu nome e o do meu irmão estão entre os menos importantes que aparecem na relação dos Panama Papers. Se fizessem um filme sobre o tema, sequer seríamos figurantes. Mas a imprensa espanhola nos tratou como protagonistas”, defendeu-se Almodóvar, na entrevista coletiva. “Nem sabemos direito o que era porque não se investigou. O essencial é que isso não impeça o público de assistir ao filme”, completou. De fato, com tanta proselitismo no festival, pouco tem se falado dos filmes. O brasileiro “Aquarius”, por exemplo, foi ofuscado pelo agitprop. Do mesmo modo, “Julieta” despertou pouco entusiasmo da plateia de jornalistas, mais interessados no escândalo financeiro que na volta do diretor ao melodrama de personagens femininos. Almodóvar aceitou todas as perguntas. E explicou que participa da competição à Palma de Ouro deste ano porque ainda é um cineasta sujeito à críticas e não uma “vaca sagrada”. “Eu, por enquanto, não tenho o talento de Woody Allen e nem de Steven Spielberg”, comparou, nomeando os dois diretores que apresentaram seus novos filmes em Cannes fora de competição. “Já que venho a Cannes, eu prefiro participar da competição. O filme vai receber críticas e prefiro estar em competição porque é mais excitante. Demonstro que não sou uma vaca sagrada”. Pelo mesmo motivo, diz que jamais aceitaria que escrevessem sua biografia. “Não quero biografias nem autorizadas e nem não autorizadas. Não permito que ninguém faça uma biografia minha, mas transmita ao futuro a mensagem que minha vida está nessas 20 filmes”, disse, aludindo à totalidade de sua filmografia. O filme de número 20 é uma adaptação de três contos da autora canadense Alice Munro, vencedora do Nobel de Literatura, e é centrado na figura da personagem-título, assombrada pela fuga da filha adolescente, 12 anos atrás. O diretor disse ter se encantado com a obra por conta seus mistérios. “Quando termino de ler Alice Munro, parece que sei menos do que antes”. A ideia original era usar a obra da escritora para fazer seu primeiro filme americano. “Pensei em filmar em inglês, em Nova York. Cheguei até a falar com uma atriz americana. Mas quando peguei a versão em língua inglesa do roteiro, fiquei inseguro. Afinal, não há nada mais distante de uma família americana do que uma família espanhola”, ele explicou. O que começou como uma adaptação literária, porém, logo começou a ganhar o estilo característico dos filmes do escritor. Ele confessa que é um impulso que não consegue evitar. “Não sou um adaptador fiel. Eu tiro um parágrafo como ponto de partida e preencho o resto com a minha imaginação”, apontou. A trama, que se desenrola ao longo de três décadas, entre 1985 e 2015, conta com duas atrizes diferentes interpretando o papel principal, Emma Suarez (“Buscando a Eimish”) e Adriana Ugarte (“Combustión”). “Queria que se observasse na atriz o tempo que passou, os anos de dor no olhar. Isto é impossível de se criar apenas com a maquiagem”, ele ponderou. “E, por outro lado, também queria imitar o meu mestre Luis Buñuel”, disse o cineasta, referindo-se ao filme “Esse Obscuro Objeto do Desejo” (1977), em que a protagonista foi vivida por duas intérpretes. Almodóvar não fazia um filme centrado em uma personagem feminina desde “Volver”, há dez anos. Mas “Julieta” não é só um filme de mulher, é um filme de mãe, um de seus temas favoritos. “Fiz muitos filmes sobre mães, mas acredito que de todas as mães que retratei, Julieta é a mais frágil e vulnerável, com menos capacidade de luta”, comparou. “Ela tem uma desesperada resistência passiva, se é que isso é possível. As outras mães dos meus filmes são poderosas. Julieta vai perdendo a força. Em dado momento, é uma espécie de zumbi que caminha pelas ruas”, disse. “A personagem começa aberta à aventura. O tempo e as circunstâncias a tratam muito mal. A fatalidade é muito presente. Não são coisas enormes que ela faz errado. Mas a vida a trata muito mal. É um drama trágico.” Apesar do tom trágico, “Julieta” também marca a retomada da palheta de cores vivas – vermelho, laranja e azul – , que caracterizam as produções mais alegres do cineasta espanhol. “Sou filho do technicolor. Os primeiros filmes de que me lembro como criança eram em technicolor, cores muito claras e contrastantes. Meus filmes podem ser algo barrocos, e é claro que sou um filho dos anos 1960… tudo isso levou a um uso exagerado das cores”, ele justificou. A lembrança nostálgica o faz lembrar da própria idade, 67 anos, e citar o escritor Philip Roth: “‘A velhice não é uma doença, mas um massacre’. É assim que sinto a passagem do tempo”.

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    Julieta: Novo filme de Pedro Almodóvar ganha trailer legendado

    26 de abril de 2016 /

    A Universal Pictures divulgou o pôster e o primeiro trailer legendado de “Julieta”, novo filme do espanhol Pedro Almodóvar, que terá sua première na competição do Festival de Cannes. A prévia equilibra a estética brega e de apelo sexual que caracteriza o cinema do diretor com uma trama melodramática, que se mantém vaga ao longo do vídeo, iniciado por um reencontro casual e encerrado com uma carta de confissão. A narrativa se desenrola ao longo de três décadas, entre 1985 e 2015, e mostra a personagem-título – interpretada por duas atrizes diferentes, Emma Suarez (“Buscando a Eimish”) e Adriana Ugarte (“Combustión”) – , lidando com o mistério que leva uma pessoa a abandonar quem ama e seguir vivendo sem que a outra nunca tivessem existido ou deixado alguma lembrança. O elenco ainda conta com Michelle Jenner (“Extraterrestre”), Rossy de Palma (“Ata-me”) e Darío Grandinetti (“Relatos Selvagens”). Apesar da divulgação do trailer oficial nacional, ainda não há previsão para o lançamento de “Julieta” nos cinemas brasileiros.

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    O Caçador e a Rainha do Gelo é o maior lançamento e também o pior filme da semana

    21 de abril de 2016 /

    “O Caçador e a Rainha do Gelo” é o lançamento mais amplo da semana, distribuído em 920 salas pelo país. Espécie de quimera, que junta prólogo e sequência na mesma criatura, o filme retoma os personagens de Chris Hemsworth e Charlize Theron em “Branca de Neve e o Caçador” (2012), mas em vez de aprofundar a fábula de Branca de Neve leva sua trama para o mundo de “Frozen – Uma Aventura Congelante” (2013). O resultado parece um episódio de “Once Upon a Time” mal escrito e obcecado por efeitos visuais dourados. O longa também estreia neste fim de semana nos EUA, onde foi eviscerado pela crítica (19% de aprovação no site Rotten Tomatoes). A outra estreia infantil, a animação “No Mundo da Lua”, é mais criativa, ao acompanhar um adolescente, filho e neto de astronautas, em sua luta para preservar o programa espacial americano e impedir um bilionário excêntrico de virar dono da lua. A produção mantém o espírito aventureiro do primeiro longa do diretor espanhol Enrique Gato, “As Aventuras de Tadeo” (2012), com exibição em 290 salas (126 em 3D). “Milagres do Paraíso” também foca famílias com sua história, sobre uma criança doente que consegue uma cura milagrosa. Típica produção religiosa, sua trama reforça a insignificância da ciência, desautoriza coincidências e prega que Deus sempre atende aos que acreditam. A crítica americana considerou medíocre, com 47% de aprovação. A diretora mexicana Patricia Riggen é a mesma do drama “Os 33” (2015) e o elenco destaca Jennifer Garner (“Clube de Compra Dallas”) como a mãe que padece no paraíso. Chega em 180 salas do circuito. Dois filmes nacionais completam a programação dos shoppings. E, por incrível que pareça, nenhum deles é uma comédia boba. Com maior alcance, “Em Nome da Lei” marca a volta do diretor Sergio Rezende ao gênero policial, sete anos após seu último longa, “Salve Geral” (2009). O lançamento em 380 salas sinaliza a expectativa positiva do estúdio à história de um juiz federal incorruptível, que evoca esses dias de operação Lava Jato (dá-lhe zeitgeist). Mas o personagem de Mateus Solano (“Confia em Mim”) não é Sergio Moro nem a trama enfrenta a corrupção política, optando por situações clichês de máfia de fronteira, narradas de forma novelesca, com direito a “núcleo romântico”. Não prende sequer a atenção. A melhor opção nacional é o drama “Nise – O Coração da Loucura”, fruto de um roteiro mais maduro (escrito a 14 mãos!), que encontra um meio-termo entre o didatismo e o desenvolvimento de personagem. Glória Pires (“Flores Raras”) se destaca no papel central, a doutora Nise da Silveira, figura importante da psiquiatria brasileira, que merecia mesmo virar filme. O longa dirigido por Roberto Berliner (do péssimo “Julio Sumiu”) mostra seu confronto com os tratamentos violentos dos anos 1940 e a bem-sucedida adoção da terapia ocupacional, que passa a humanizar os doentes de um hospício público. Além de competente cinebiografia, o filme possuiu uma bela mensagem contra a intolerância. Em apenas 59 telas. Intolerância também é o tema de “Amor por Direito”, drama indie americano que ocupa uma faixa intermediária, em pouco menos de 50 salas. Baseado em fatos reais, a história mostra a batalha jurídica de uma policial (Julianne Moore, de “Para Sempre Alice”), diagnosticada com uma doença terminal, que enfrenta preconceitos para deixar sua pensão para sua parceira de vida (Ellen Page, de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”). O caso teve repercussão nacional nos EUA, mas, apesar das boas intenções, a trama cinematográfica não ressoa como “Filadélfia” (1993), do mesmo roteirista. Ironicamente, o drama lésbico teve a mesma nota do drama crente da semana, 47% de aprovação no Rotten Tomatoes. Dois dramas europeus e dois documentários brasileiros ocupam o circuito limitado. O principal título europeu é o romeno “O Tesouro”, de Corneliu Porumboiu (“Polícia, Adjetivo”), em que dois vizinhos enfrentam a amarga realidade da crise econômica com um sonho infantil, de encontrar um suposto tesouro escondido. Venceu vários prêmios em festivais internacionais, inclusive Cannes. O outro lançamento é o francês “Uma História de Loucura”, de Robert Guédiguian (“As Neves do Kilimanjaro”), que acompanha as histórias dois jovens: um terrorista e sua vítima colateral num atentado contra o embaixador da Turquia em Paris, nos anos 1980. Ambos chegam em quatro salas. Entre os documentários, o destaque pertence a “O Futebol”, de Sergio Oksman, vencedor do recente festival É Tudo Verdade. O diretor tem uma longa lista de prêmios no currículo. Já tinha vencido até o Goya (o Oscar espanhol) e o prêmio de Melhor Documentário do festival Karlovy Vary com o curta “A Story for the Modlins” (2012). “O Futebol”, por sua vez, foi exibido também nos festivais de Locarno e Mar Del Plata. E, apesar do título, tem o futebol apenas como pano de fundo para um reencontro entre um pai e um filho que não se viam a 20 anos, e que marcam de passar um mês juntos para acompanhar os jogos da Copa do Mundo de 2014. Os planos, porém, não se realizam como previsto. A estreia também acontece em quatro salas. Por fim, “Meu Nome É Jacque”, de Angela Zoé (“Nossas Histórias”) foca uma mulher transexual, portadora do vírus da aids, que precisa superar grandes obstáculos para viver sua vida da melhor forma possível. Chega em apenas uma sala no Rio.

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    Filme espanhol mais premiado do ano, Truman mescla humor e drama com o talento de Ricardo Darín

    13 de abril de 2016 /

    Dois amigos de infância, separados geograficamente e pelo tempo decorrido, reencontram-se por alguns dias, quando um deles aparece para uma visita surpresa. Tomás (Javier Cámara) vive no Canadá, com sua família, e vem encontrar-se com Julian (Ricardo Darín), que vive na Espanha, separado da mulher, com um filho em outra cidade, em um momento decisivo da vida. O encontro será marcado por muito afeto, estranhezas, cobranças, disputas e também muita solidariedade. É um filme que celebra a diversidade de pessoas e situações, buscando entender, não julgar. E como isso pode ser difícil nos relacionamentos humanos! O foco da narrativa está numa questão basilar: podemos manejar e controlar a nossa própria vida, mantendo as rédeas até seu último instante e garantindo até mesmo situações posteriores a ela mesma? Que domínio podemos ter sobre a própria morte? Qual a melhor maneira de se despedir da vida? E como nossas decisões podem afetar os outros? Que direito temos de levá-los a compartilhar de nossos desejos fúnebres? Quais são esses limites? Essa pode ser uma discussão de caráter filosófico, mas comporta também coisas bem prosaicas. Uma delas: com quem ficaria meu cachorro, velho e grande amigo, que vai sentir muito a minha falta? Isso exige uma cuidadosa seleção de a quem caberiam esses cuidados na minha ausência, na falta de um sucessor, digamos, natural. Não escolhi esse exemplo à toa. “Truman”, o título do filme, é o nome do cachorro em questão, o que mostra sua importância para a trama. O papel cabe ao cão Troilo, que tem o privilégio de ter como parceiros de desempenho dois atores magníficos. Ricardo Darín (“O Segredo dos Seus Olhos”, “Um Conto Chinês”) é um dos mais talentosos atores de cinema na atualidade. Não só do cinema argentino, mas do mundial. O espanhol Javier Cámara (“Fale com Ela”, “Viver é Fácil Com os Olhos Fechados”) tem uma expressividade e um senso de humor que lhe permitem construir personagens cheios de humanidade e sutileza. O convívio de ambos na telona é impactante. O diretor Cesc Gay tem especial interesse em mostrar questões humanas num nível mais complexo, inesperado, surpreendente, algumas vezes constrangedor. E o faz mesclando drama e humor de forma muito eficiente. Em 2012, ele dirigiu “O Que os Homens Falam”, ótimo filme, concebido como antologia de várias histórias, que também contou com a participação de Ricardo Darín e Javier Cámara no elenco. Mas eles não contracenavam no mesmo episódio. Também naquele filme, o roteiro original coube ao diretor e seu parceiro Tomás Aragay. Parcerias bem sucedidas que voltam a se repetir. “Truman” foi o grande vencedor do prêmio Goya 2016 (O Oscar espanhol). Levou nada menos que os prêmios de Melhor Filme, Direção, Roteiro Original e para os Atores, protagonista e coadjuvante. Além de prêmios em outros festivais, como o de San Sebastian, pela atuação de Ricardo Darín. Tudo merecido.

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    Chus Lampreave (1930 – 2016)

    5 de abril de 2016 /

    Morreu a atriz espanhola Chus Lampreave, a mais velha das “meninas” do diretor Pedro Almodóvar, cuja presença marcante era facilmente reconhecida pela voz aguda e os óculos de lentes grossas (fundo de garrafa). Ela faleceu na segunda-feira (4/4) aos 85 anos de idade. María Jesús Lampreave nasceu em 11 de dezembro de 1930 em Madri e teve uma carreira extensa no cinema espanhol, iniciada pelo curta-metragem “Se Vende un Tranvía” (1959), roteirizado por Luis García Berlanga, com quem trabalharia em diversos longas. Mas sua estreia em longa-metragem, curiosamente, deu-se pelas mãos de um diretor italiano, o mestre Marco Ferreri (“Crônica do Amor Louco”), que a escalou como figurante em “El Pisito (1959) e coadjuvante em “El Cochecito” (1960). Ela participou de poucos filmes durante o período franquista, como “O Carrasco” (1963), dirigido por Berlanga. Por isso, só foi deslanchar a partir de 1970, quando coadjuvou cinco filmes consecutivos de Jaime de Armiñán – inclusive o clássico “Mi Querida Señorita” (1972) – e a trilogia “Nacional” de Berlanga, inciada por “La Escopeta Nacional (1978) e encerrada em “Nacional III” (1982). A parceria que marcaria sua carreira, porém, só teve início em 1980, quando o então jovem Pedro Almodóvar rodou seu segundo longa, “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão”. O encontro frutificaria em várias outras colaborações, até render um de seus papeis mais lembrados em “Maus Hábitos” (1983). A atriz se consagrou como ladra de cenas ao aparecer, no longa, como a irmã Rata, uma freira atípica, que escrevia livros sensacionalistas sob pseudônimo num convento. Chus Lampreave fez uma dezena de filmes com Almodóvar, tornando-se a atriz mais fiel da carreira do cineasta. Entre as produções que participou estão alguns dos maiores sucessos da carreira do diretor, como “Que Fiz Eu Para Merecer Isto?” (1984), “Matador” (1986), “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1988), “A Flor do Meu Segredo” (1995), “Fale com Ela” (2002) e “Volver” (2006). Por este filme, ela foi, inclusive, premiada no Festival de Cannes – junto com as demais atrizes que co-protagonizaram o longa: Penélope Cruz, Carmen Maura, Lola Duenas, Blanca Portillo e Yohana Cobo. O último filme que fez para Almodóvar foi “Abraços Partidos” (2009), mas Lampreave continuou requisitada por Fernando Trueba, com quem também trabalhou em diversas obras desde os anos 1980, como “El Año de las Luces” (1986), “Sedução” (1992) e o recente “O Artista e a Modelo” (2012). “Sedução”, por sinal, rendeu-lhe o único Goya (o Oscar espanhol) de sua carreira, como Atriz Coadjuvante. Ela ainda estrelou outras comédias espanholas bem-sucedidas, como “Miss Caribe” (1988), de Fernando Colomo, “Mátame Mucho” (1998), de José Ángel Bohollo, e “À Moda da Casa” (2008), de Nacho G. Velilla. Mas seu maior sucesso foi uma franquia cômica escrita, dirigida e estrelada por Santiago Segura, “Torrente”, da qual participou em cinco longa-metragens entre 1998 e 2014. O capítulo mais recente, “Torrente V: Misión Eurovegas”, foi também seu último trabalho no cinema. “Chus Lampreave foi esse tipo de artista que fazia parte da nossa vida, reconhecida e amada por todos que faziam parte da grande família que é a cultura”, afirmou o ministro da Cultura espanhol, Inigo Mendez de Vigo, ao despedir-se da “menina”.

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    Truman: Novo filme estrelado por Ricardo Darín é o grande vencedor do Goya 2016, o “Oscar espanhol”

    8 de fevereiro de 2016 /

    O filme “Truman”, de Cesc Gay, foi o grande vencedor do prêmio Goya 2016, o Oscar espanhol. Indicado em seis categorias, o filme estralado pelo argentino Ricardo Darín (“Relatos Selvagens”) levou cinco prêmios: Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Ator e Coadjuvante. “Foi um trabalho formidável”, disse um emocionado Darín ao receber o prêmio, em sua terceira indicação ao Goya. Em seu discurso, ele ainda pediu apoio da política para a cultura. “Aos políticos, peço para que ajudem a cultura. É tudo que vocês precisam fazer”, declarou, sendo bastante aplaudido. Equilibrando momentos dramáticos e cômicos, o filme de Cesc Gay (“O Que os Homens Falam”) conta a história de um ator argentino (Darín) instalado em Madri, que sofre de câncer em fase terminal. Durante quatro dias intensos dias, ele recebe a visita inesperada de um amigo (Javier Cámara, de “Os Amantes Passageiros”) procedente do Canadá, que o acompanha na difícil decisão de abandonar o tratamento e morrer. Mas antes, terá que encontrar um novo dono para Truman, seu cãozinho. A premiação também premiou o longa argentino “O Clã”, de Pablo Trapero, como Melhor Filme Latino-Americano, e o francês “Cinco Graças”, de Deniz Gamze Ergüven, como Melhor Filme Europeu. Vencedores do Prêmio Goya 2016 Melhor filme “Truman”, de Cesc Gay Melhor direção Cesc Gay, por “Truman” Melhor filme latino-americano “O Clã” (Argentina), de Pablo Trapero Melhor filme europeu “Cinco Graças” (França), de Deniz Gamze Ergüven Melhor interpretação masculina Ricardo Darín, por “Truman” Melhor interpretação feminina Natalia de Molina, por “Techo y Comida” Melhor ator coadjuvante Javier Cámara, por “Truman” Mejor atriz coadjuvante Luisa Gavasa por “La Novia” Melhor ator revelação Miguel Herrán, por “A Cambio de Nada” Melhor atriz revelação Irene Escolar por “Un Otoño sin Berlín” Melhor canção original “Palmeras en la Nieve”, de Lucas Vidal e Pablo Alborán Melhor roteiro original Cesc Gay e Tomàs Aragay, por “Truman” Melhor roteiro adaptado Fernando León de Aranoa, por “Um Dia Perfeito” Goya de honra Mariano Ozores

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    Julieta: Novo filme de Pedro Almodóvar ganha primeiro teaser

    12 de janeiro de 2016 /

    A produtora El Deseo divulgou o primeiro teaser de “Julieta”, novo filme escrito e dirigido pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar (“A Pele que Habito”). A prévia tem um clima sombrio e bastante enigmático, mostrando a jovem protagonista chegando na casa de sua mãe. Ao acordar de madrugada, Julieta encontra a mãe inesperadamente em sua cama, e aproveita para apresentar a neta que a senhora não conhecia. A cena seguinte traz Julieta mais velha, dirigindo o carro por uma estrada rural. A narrativa se desenrola ao longo de três décadas, entre 1985 e 2015, trazendo a personagem-título interpretada pelas atrizes Emma Suarez (“Buscando a Eimish”) e Adriana Ugarte (“Combustión”). Segundo Almodóvar, a dor pela perda de entes queridos e o abandono são os temas do filme, que originalmente se chamaria “Silêncio”, mas que foi renomeado para não se confundir com o próximo filme de Martin Scorsese, também previsto para 2016. O elenco ainda conta com Michelle Jenner (“Extraterrestre”), Rossy de Palma (“Ata-me”), Darío Grandinetti (“Relatos Selvagens”) e a atriz-mirim Blanca Parés (série “El Secreto de Puente Viejo”), que interpreta a filha da protagonista A estreia na Espanha está marcada para o dia 8 de abril, mas ainda não há data reservada para seu lançamento nas telas brasileiras.

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    Suspense de Pecados Antigos, Longas Sombras penetra além da epiderme

    10 de dezembro de 2015 /

    Espanha, 1980. Dois investigadores de Madri são enviados para uma pequena península da Andaluzia, um território inóspito que parece ter sua própria lei, seus próprios lideres e seus próprios segredos. Eles estão na ilha para averiguar o sumiço de duas jovens irmãs, que desapareceram misteriosamente após pegar carona numa estrada no meio da noite, e “partiram” sem avisar ninguém nem deixar bilhetes de despedida ou algo do tipo. Esse é o resumo mais simplista de “La Isla Minima”, filme espanhol que fez a rapa nos Prêmios Goya deste ano, levando pra casa nada menos que 10 estatuetas (entre elas as concorridas Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Ator), chegando aos cinemas brasileiros com o (exageradamente alto explicativo) titulo de “Pecados Antigos, Longas Sombras”. Os investigadores são Pedro (Raúl Arévalo) e Juan (Javier Gutiérrez), que formam o arquétipo típico de dupla policial, mas a leitura vai além de um representar o bonzinho e do outro fazer o serviço sujo. Pedro representa a nova Espanha, nascida após as eleições democráticas de 1977. Juan simboliza a antiga Espanha fascista de Francisco Franco, ditador que comandou o país com bala, sangue e mortes por quase 40 anos, saindo de cena em 1975. Desta forma, “Pecados Antigos, Longas Sombras” conta duas histórias: a resolução de um caso misterioso e a dura convivência entre passado e presente. A investigação irá fazer com que muitos comparem o filme com a 1ª temporada de “True Detective”, série de sucesso assinada por Nic Pizzolatto, e antes que alguém se aventure a insinuar algo (é impossível não conectar as duas obras), a produção espanhola terminou de ser filmada antes da série estrear. De uma maneira positiva, o fã de “True Detective” pode imaginar que o filme é tudo o que a 2ª temporada da série não foi, e um pouco mais. O desaparecimento das irmãs é a ponta do iceberg de uma história de aliciamento, abuso sexual e desespero: todas as jovens querem fugir da ilha, mas seus sonhos frágeis são destruídos por sua própria inocência, um ato de entrega que se correlaciona com as pessoas que tentaram fugir de Francisco Franco. “Pecados Antigos, Longas Sombras” flutua entre dois vértices de forma admirável: de um lado, na epiderme, cria um suspense tradicional que revela uma sociedade podre, repleta de aproveitadores e pessoas dispostas a tudo por dinheiro e poder; do outro, um pouco mais profundo, sugere voltar ao amago de um sentimento doloroso, que necessita de enfrentamento, e, talvez, de perdão – embora seja possível encaixar a “Banalidade do Mal”, de Hannah Arendt, na história. Com pleno domínio sobre esses dois núcleos, o diretor Alberto Rodriguez (que assina o ótimo roteiro ao lado de Rafael Cobos) fez um pequeno grande filme – de fotografia cuidadosa (com belas cenas aéreas, recriadas através da digitalização de fotografias feitas por Hector Garrido na região da Andaluzia), que recomenda uma sessão em sala de cinema, e de olhar delicado sobre a história recente da Espanha – que entrega muito mais do que aparenta.

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    Estreias: Filmes brasileiros enfrentam Moby Dick e Angelina Jolie em semana de 17 lançamentos

    3 de dezembro de 2015 /

    Nada menos que 17 filmes estreiam nos cinemas nesta quinta (13/2) e metade (descontado o decimal) são brasileiros. De estilos e propostas bem diferentes, as produções vão do lazer de shopping center ao documentário micróbio – aquele que precisa de microscópio para ser encontrado em algum cinema. Entre os dois pólos, bons filmes lutam para chamar atenção em meio à saturação. Os trailers de todas as estreias podem ser conferidos abaixo. Parece muita coisa, mas a maioria só vai passar no Rio e em São Paulo, em circuito limitadíssimo. Nos shoppings, o maior lançamento é “No Coração do Mar”, cheio de som, fúria e vento. Embora seja dirigido por Ron Howard (“O Código Da Vinci”) e estrelado por Chris Hemsworth (“Os Vingadores”), é um filme de efeitos e, ao contrário de seu título, sem coração. A trama baseia-se na história real que inspirou o romance “Moby Dick”. Há mais quatro filmes americanos, bem diferentes entre si. “O Natal dos Coopers” é a típica comédia natalina que Hollywood lança todo o ano – Diane Keaton, a matriarca da trama, já passou Natal mais feliz em “Tudo em Família (2005). O feriado cristão também pode levar público a “Quarto de Guerra”, drama evangélico que parece telefilme e promete lavagem cerebral. Já o vazio existencial de “À Beira-Mar” celebra dois fetiches de Angelina Jolie: seu marido Brad Pitt, com quem divide as cenas, e o cinema de Michelangelo Antonioni, que ela emula em cada segundo de tédio bem fotografado. Mas é outro ator-diretor quem surpreende – sem afetação e fazendo o básico. Estreia na direção de Joel Edgerton, “O Presente” explora o suspense de forma intensa e efetiva, configurando-se na melhor opção do grande circuito. As estreias brasileiras também se repartem em gêneros e resultados distintos. Dois lançamentos têm apelo popular e distribuição ampla: “Bem Casados” segue a linha das comédias histriônicas, que tem feito sucesso e arrasado – em todos os sentidos – o cinema nacional, enquanto “Tudo que Aprendemos Juntos” aposta no melodrama, com história de superação e professor bonzinho, seguindo fórmula americana. As duas ficções restantes são mais autorais. “Califórnia” revela o drama de uma adolescência “poética”, mas bem convencional em seus clichês, passada nos anos 1980 entre o pós-punk e a Aids. Já “O Fim e os Meios” transforma a atual conjuntura política, marcada pela corrupção, em suspense anticonvencional, com narrativa estruturada fora de ordem. Vale destacar que o diretor deste filme, Murilo Salles, também está lançando dois documentários, “Passarinho Lá de Nova Iorque” e “Aprendi a Jogar com Você”, com patrocínio do BNDES – banco público, alvo de questionamentos mais graves que os apontados na obra de ficção. Mais dois documentário completam a seleção brasileira: “5 Vezes Chico – O Velho e Sua Gente”, produção da Globo sobre o rio que será tema de sua próxima novela, e “Através”, viagem a Cuba na carona de uma jovem cubana que planeja sair do país, mas, no meio do caminho, encontra uma ficção perdida em sua história. Como sempre, o circuito limitado preenche sua programação com arte, exibindo obras dos principais festivais internacionais. Dois filmes vem de Cannes: a comédia “Dois Amigos”, também dirigida por um ator, o francês Louis Garrel, e o drama “Sabor da Vida”, da japonesa Naomi Kawase, eleito Melhor Filme pelo público da recente Mostra de São Paulo. Há também uma atração do Festival de Veneza, “O Cheiro da Gente”, novo longa de sexo adolescente/polêmico do diretor Larry Clark, 30 anos após “Kids” (1995). Contudo, assim como nos shoppings, o principal destaque pertence a um suspense. Lançado com uma “tradução” bizarra, “Pecados Antigos, Longas Sombras” (La Isla Mínima, no original) transforma a caça a um serial killer num tratado cinematográfico sobre tensão. O longa de Alberto Rodríguez é o filme espanhol do ano, vencedor de 10 prêmios Goya (o Oscar espanhol) e 9 prêmios da crítica espanhola. Mesmo assim, só vai estrear em 8 salas em todo o país. Para ter um parâmetro da lógica do mercado, imagine agora em quantas salas será exibido o futuro remake piorado hollywoodiano… [symple_divider style=”dashed” margin_top=”20″ margin_bottom=”20″] Estreias de cinema da semana Estreias em circuito limitado

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