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    Filme de cineasta marroquino vence o César, o Oscar francês

    27 de fevereiro de 2016 /

    Um filme escrito e dirigido por um cineasta marroquino foi o grande vencedor do César 2016, a mais importante premiação do cinema da França, considerado uma espécie de “Oscar francês”. Dramatização da vida da poeta marroquina Fatima Elayoubi – que virou filme sobre “empregada doméstica imigrante” em notas das agências de notícias reproduzidas por diversos jornais brasileiros – , “Fátima” é o oitavo longa do diretor Philippe Faucon e retrata a relação da poeta com suas duas filhas, além das dificuldades de sua adaptação na França, onde se vê trabalhando como doméstica. Um dia, um acidente a força a tirar licença, e Fátima começa a escrever para as filhas em árabe tudo o que nunca conseguiu expressar em francês. Além do César de Melhor Filme, “Fátima” venceu nas categorias de Roteiro Adaptado (baseado nos livros de Elayoubi) e Atriz Revelação (a jovem Zita Hanrot, uma das filhas). Igualmente consagrado, “Cinco Graças”, da diretora turca Deniz Gamze Erguven, venceu quatro troféus importantes: Melhor Filme de Estreia, Roteiro Original, Edição e Trilha Sonora. Já exibido no Brasil, o longa acompanha cinco irmãs adolescentes, que, sob vigilância da família, são reprimidas e forçadas a casamentos arranjados no interior da Turquia. Curiosamente, este filme não foi apenas dirigido por uma cineasta nascida em outro país, mas também estrelado por estrangeiros e falado em turco. A coincidência ressalta o processo de internacionalização que envolve as produções francesas atuais – já reverenciado no ano passado por meio da consagração do mauritânio “Timbuktu”, grande vencedor do César 2015. O César de Melhor Atriz foi atribuído à Catherine Frot, por sua interpretação em “Marguerite”, em que vive uma diva tragicômica. Dirigido por de Xavier Giannoli, o longa também levou quatro prêmios, incluindo Melhor Som, Figurino e Cenografia. O veterano Vincent Lindon ficou com o César de Melhor Ator por “O Valor de um Homem”, que lida com a brutalidade do mundo do trabalho, após vencer a mesma categoria no Festival de Cannes. Por fim, o prêmio de Melhor Direção ficou com Arnaud Desplechin, pelo pseudobiográfico “Três Lembranças da Minha Juventude”, também já exibido no Brasil e elogiadíssimo pela crítica internacional. Vale ainda registrar que o vencedor do Festival de Cannes 2015, “Dheepan – O Refúgio”, de Jacques Audiard, não recebeu um troféu sequer, ignorado pelo César. O filme também não empolgou o comitê responsável por selecionar o candidato da França ao Oscar, que acabou preferindo “Cinco Graças” para a disputa de Melhor Filme Estrangeiro. “Cinco Graças” concorre à premiação marcada para domingo (28/2) pela Academia americana. Vencedores do César 2016 MELHOR FILME Fátima, de Philippe Faucon MELHOR DIREÇÃO Arnaud Desplechin, por Três Lembranças da Minha Juventude MELHOR ATRIZ Catherine Frot, por Marguerite MELHOR ATOR Vincent Lindon, por O Valor de um Homem MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Sidse Babett Knudsen, por L’Hermine MELHOR ATOR COADJUVANTE Benoit Magimel, por De Cabeça Erguida ATRIZ REVELAÇÃO Zita Hanrot, por Fátima ATOR REVELAÇÃO Rod Paradot, por De Cabeça Erguida MELHOR FILME DE UM DIRETOR ESTREANTE Cinco Graças, de Deniz Gamze Erguven MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Deniz Gamze Ergüven e Alice Winocour, por Cinco Graças MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Philippe Faucon, por Fátima MELHOR FILME ESTRANGEIRO Birdman (Estados Unidos) MELHOR DOCUMENTÁRIO Demain, por Cyril Dion e Mélanie Laurent MELHOR ANIMAÇÃO O Pequeno Príncipe MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA Christophe Offenstein, por O Vale do Amor MELHOR FIGURINO Pierre-Jean Laroque, por Marguerite MELHOR CENOGRAFIA Martin Kurel, por arguerite MELHOR EDIÇÃO Mathilde Van de Moortel, por Cinco Graças MELHOR SOM François Musy e Gabriel Hafner, por Marguerite MELHOR TRILHA SONORA CWarren Ellis, por Cinco Graças

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    Cinco Graças mostra a beleza reprimida pela cultura patriarcal

    28 de janeiro de 2016 /

    “Cinco Graças”, estreia da cineasta turca radicada na França Deniz Gamze Ergüven, é um exemplo representativo de cinema feminista, mas, por se passar em um vilarejo na Turquia, também se projeta como filme de resistência contra certas tradições culturais e religiosas, que se revelam desumanas. Mais que feminista, é uma obra humanista. Concorrente francês ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, a produção acompanha cinco irmãs de idades diferentes, que querem ser felizes, mas tudo o que encontram são imposições, barreiras, grades. A mais velha e mais esperta até consegue fugir de casa para transar com o namorado, usando métodos ousados para evitar perder a virgindade ou engravidar. Mas é a mais nova, uma criança ainda, quem narra o filme, e é por seus olhos que vemos a história se desenrolar. Olhos que já começam o filme chorando, ao se despedir da professora, no final do ano letivo. A natureza chama as meninas para os prazeres do amor e do sexo, e isso leva sua família a tomar atitudes drásticas. Encarceradas, elas são condenadas a casamentos de conveniência, para que possam sair de casa sem envergonhar os parentes. E assim as “Cinco Graças” vão se desmantelando. Mas como a trajetória de cada uma delas é singular, a história é rica em surpresas e momentos comoventes. De fotografia deslumbrante, a obra lida muito bem com a beleza dos corpos das moças, em fase de autodescoberta e também da descoberta do mundo em que habitam, que subitamente se revela cheio de maldade. Uma maldade não necessariamente deliberada, mas fruto de anos e anos de cultura arcaica, que exige submissão feminina em pleno século 21. A trama é apresentada com muita simplicidade, até para tornar sua denúncia mais eficaz, como um soco no estômago. E embora retrate uma situação específica, refletindo uma sociedade sob influência da religião muçulmana, poderia se passar em qualquer outro lugar ermo, até no interior do Brasil, onde o patriarcado ainda ditar as regras da convivência.

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    Marguerite e Três Lembranças da Minha Infância lideram indicações ao César, o Oscar francês

    27 de janeiro de 2016 /

    O prêmio César, equivalente ao Oscar no cinema francês, divulgou a lista dos indicados a sua edição de 2016. A relação destaca os filmes “Marguerite” e “Três Lembranças da Minha Infância” com 11 nomeações cada, seguidos pelo vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, “Dheepan – O Refúgio” com 10 indicações e o drama que disputa o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “Cinco Graças”, em 9 categorias. A disputa pelo prêmio de Melhor Atriz reúne duas lendas do cinema francês: Catherine Deneuve, por “De Cabeça Erguida”, e Isabelle Huppert, em “Valley of Love”. Também estão na briga Loubna Abidar, por “Much Loved”, Emmanuelle Bercot, por “Mon Roi”, Cécile de France, em “Summertime” e Catherine Frot, por “Marguerite” e Soria Zeroua, por “Fatima”. A disputa entre os atores também reúne pesos-pesados, como Vincent Cassel, em “Mon Roi”, Vincent Lindon, em “O Valor de um Homem” e Gérard Depardieu, em “Valley Of Love”, que concorrem com Fabrice Luchini, por “L’hermine”, Jean-Pierre Bacri, por “La Vie Très Privée de Monsieur Sim”, François Damiens, por “Cowboys” e Anthonythasan Jesuthasan, por “Dheepan”. A cerimônia de premiação do César 2016 está marcada para o dia 26 de fevereiro. Indicados ao prêmio César 2016 Melhor Filme “Dheepan” “Fatima” “O Valor de um Homem” “Marguerite” “Mon Roi” “Cinco Graças” “De Cabeça Erguida” “Três Lembranças da Minha Juventude” Melhor Diretor Jacques Audiard, por “Dheepan” Maïwenn, por “Mon Roi” Stéphane Brizé, por “O Valor de um Homem” Xavier Giannoli, por “Marguerite” Deniz Gamze Ergüven, por “Cinco Graças” Emmanuelle Bercot, por “De Cabeça Erguida” Arnaud Desplechin, por “Três Lembranças da Minha Juventude” Melhor Atriz Loubna Abidar, por “Much Loved” Emmanuelle Bercot, por “Mon Roi” Cécile de France, por “Summertime” Catherine Deneuve, por “De Cabeça Erguida” Catherine Frot, por “Marguerite” Isabelle Huppert, por “Valley of Love” Soria Zeroua, por “Fatima” Melhor Ator Jean-Pierre Bacri, por “La Vie Très Privée de Monsieur Sim” Vincent Cassel, por “Mon Roi” François Damiens, por “Cowboys” Gérard Depardieu, por “Valley Of Love” Anthonythasan Jesuthasan, por “Dheepan” Vincent Lindon, por “O Valor de um Homem” Fabrice Luchini, por “L’hermine” Melhor Atriz Coadjuvante Sara Forrester, por “De Cabeça Erguida” Agnès Jaoui, por “The Sweet Escape” Sidse Babett Knudsen, por “L’hermine” Noémie Lvovsky, por “Summertime” Karine Viard, por “Belles Familles” Melhor Ator Coadjuvante Michel Fau, por “Marguerite” Louis Garrel, por “Mon Roi” Benoît Magimel, por “De Cabeça Erguida” André Marcon, por “Marguerite” Vincent Rottiers, por “Dheepan” Atriz Revelação Camille Cotin, por “Connasse, Princesse des coeurs” Sara Giraudeau, por “Les Bêtises” Zita Hanrot, por “Fatima” Diane Rouxel, por “De Cabeça Erguida” Lou Roy Lecollinet, por “Três Lembranças da Minha Juventude” Ator Revelação Swann Arlaud, por “Les Anarchistes” Quentin Dolmaire, por “Três Lembranças da Minha Juventude” Félix Moati, por “All About Them” Finnegan Oldfield, por “Cowboys” Rod Paradot, por “De Cabeça Erguida” Melhor Filme de Estreia “L’affaire SK1”, de Frédéric Tellier “Cowboys”, de Thomas Bidegain “Cinco Graças”, de Deniz Gamze Ergüven “The Wakhan Front”, de Clément Cogitore “Nous Trois ou Rien”, de Kheiron Melhor Direção de Fotografia “Dheepan” “Marguerite” “Cinco Graças” “Três Lembranças da Minha Juventude” “Valley of Love” Melhor Roteiro Adaptado “SK1” “Asphalte” “L’enquête” “Fatima” “O Diário de Uma Camareira” Melhor Roteiro Original “Dheepan” “Marguerite” “Cinco Graças” “De Cabeça Erguida” “Três Lembranças da Minha Juventude” Melhor Figurino “O Diário de Uma Camareira” “Marguerite” “Cinco Graças” “L’odeur de la Mandarine” “Três Lembranças da Minha Juventude” Melhor Design de Produção “Dheepan” “O Diário de Uma Camareira” “Marguerite” “L’odeur de la Mandarine” “Três Lembranças da Minha Juventude” Melhor Montagem “Dheepan” “Marguerite” “Mon Roi” “Cinco Graças” “Três Lembranças da Minha Juventude” Melhor Som “Dheepan” “Marguerite” “Mon Roi” “Cinco Graças” “Três Lembranças da Minha Juventude” Melhor Música Raphaël, por “Cowboys” Ennio Morricone, por “Darling Buds of May” Stephen Warbeck, por “Mon Roi” Warren Ellis, por “Cinco Graças” Grégoire Hetzel, por “Três Lembranças da Minha Juventude” Melhor Filme Estrangeiro “Birdman” (EUA) “O Filho de Saul” (Hungria) “Mia Madre” (Itália) “I’m Dead But I Have Friends” (Bélgica) “Taxi Teerã” (Irã) “The Brand New Testament” (Bélgica) “Youth” (Itália)

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    Estreias: Cinemas são invadidos por alienígenas, motoqueiros e filmes do Oscar

    21 de janeiro de 2016 /

    A programação da semana serve um cardápio eclético nos cinemas, com alienígenas, motoqueiros brasileiros, comédias desregradas e candidatos ao Oscar. Mas antes de falar de “Joy – O Nome do Sucesso” e “Cinco Graças”, é preciso enfrentar a realidade das filas dos shopping centers. O lançamento mais amplo é, como costuma ser, o mais fraco. A sci-fi “A 5ª Onda”, estrelada por Chlöe Grace Moretz (“Carrie, a Estranha”), pretende inaugurar uma nova franquia derivada da literatura juvenil, repetindo uma fórmula já batida: adolescente se rebela para salvar o mundo, enquanto balança por moços bonitos. Responsável pela adaptação, o superestimado roteirista Akiva Goldsman é o mesmo de “A Série Divergente: Insurgente” (2015). Para encarar o filme nacional “Reza a Lenda”, a primeira providência é esquecer o marketing equivocado do “Mad Max brasileiro”. Seu mérito é propor um cinema de ação para o país das comédias ruins, evocando um faroeste caboclo em que cangaceiros modernos usam motos. Infelizmente, para além da estética de videoclipe – destaque total para Sophie Charlotte andrógina – , não há muito conteúdo. As comédias se saem ligeiramente melhor. Após três anos consecutivos como apresentadoras do Globo de Ouro, Tina Fey e Amy Poehler capitalizam a convivência em “Irmãs”, espécie de “Projeto X” (2012) da meia idade, em que as duas decidem dar uma festa para acabar com todas as festas. O humor é vulgar e a estrutura fragmentada sugere uma coleção de gags de stand-up. Para rir com classe, a opção é “Joy – O Nome do Sucesso”, que rendeu a quarta indicação ao Oscar para Jennifer Lawrence (que nome de sucesso!). Apesar de verídica, a história foi escrita e dirigida por David O. Russell (“Trapaça”) como um conto de fadas sobre empreendedorismo. Há até mensagem e moral da história. O melhor filme da lista, porém, só será exibido em circuito limitadíssimo. Trata-se, por sinal, de um dos melhores longas do ano, que também disputa o Oscar 2016 – na categoria de Filme Estrangeiro. “Cinco Graças” acompanha cinco irmãs que precisam ajustar suas expectativas, ao atingirem a adolescência numa sociedade muçulmana – ainda que ocidentalizada como a Turquia. Cheias de energia e rebelião, elas são aprisionadas pela própria família para virarem mulheres, obrigadas a aprender a cozinhar e se casar virgens, antes de atingirem a maioridade. Mas a obra alterna a pressão sufocante com instantes de beleza – a fotografia é deslumbrante – e humor, ao focar o que acontece longe dos olhares dos adultos. Obrigatória para os cinéfilos, a estreia da cineasta Deniz Gamze Ergüven é comparável ao debut de Sofia Coppola, “As Virgens Suicidas” (1999). A má notícia é que será exibido em apenas cinco salas. A pior notícia é que não é o único descaso da semana. Outros filmes importantes terão distribuição ridícula. Um deles é divertidíssimo. Mas, atenção: além de inspirar gargalhadas, “O Novíssimo Testamento” pode provocar outras reações. Indicação da Bélgica para a disputa do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (não emplacou), o filme tem como personagem principal Deus. Um Deus que parece um homem comum e mesquinho, que se diverte atrapalhando a vida dos mortais, até que sua filha pré-adolescente resolve lhe dar uma lição, informando a humanidade sobre o dia em que cada pessoa irá morrer. É hilário. E uma blasfêmia completa. As outras duas ficções invisíveis são “Body”, que trata de anorexia e rendeu o prêmio de Melhor Direção para a polonesa Malgorzata Szumowska no Festival de Berlim passado, exibido em dois cinemas – em SP e outro em Porto Alegre – , e “Invasores”, drama brasileiro de Marcelo Toledo (“Corpo Presente”) que pretende discutir a ocupação dos centros culturais. Mas, como, se entra em cartaz em apenas uma sala de São Paulo? Completa a programação o documentário “Coração de Cachorro”, da americana Laurie Anderson, artista multimídia que chegou a fazer sucesso como roqueira nos anos 1980. Premiado em Veneza, a obra combina animação e imagens surreais para falar de um cãozinho, em exibição, também, apenas numa sala de São Paulo. [symple_toggle title=”Clique aqui para conferir os trailers de todas as estreias da semana” state=”closed”] Estreias de cinema nos shoppings Estreias em circuito limitado [/symple_toggle]

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    Que Horas Ela Volta? fica fora da disputa do Oscar

    18 de dezembro de 2015 /

    A aposta brasileira para o Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira não conseguiu se qualificar entre os pré-selecionados da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. A lista dos nove semifinalistas, que disputarão lugar entre as cinco indicações, deixou de fora “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert. A inclusão no Oscar chegou a ser considerada uma possibilidade após o filme ser indicado ao Critics Choice Awards, mas o Brasil vai mesmo completar 17 anos sem emplacar na categoria. O último brasileiro que disputou o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira foi “Central do Brasil”, em 1999. Depois disso, apenas “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” foi pré-selecionado, porém, não chegou entre os cinco finalistas ao Oscar 2007. Os filmes escolhidos este ano são predominante europeus, com um candidato vindo do Oriente Médio, o jordaniano “Theeb”, e somente um longa latino, o colombiano “El Abrazo de la Serpiente”. A ironia é que, apesar de listar sete longas do velho continente, acabou ficando de fora justamente o premiado como melhor filme do ano pela Academia de Cinema Europeu: “Juventude”, de Paolo Sorrentino, diretor que já venceu o Oscar da categoria com “A Grande Beleza”, em 2014. Isto aconteceu porque seu novo trabalho é falado em inglês. Curiosamente, a lista também não contempla nenhum dos vencedores dos principais festivais europeus de 2015, por opção exclusiva de seus países de origem. A Venezuela não inscreveu “Desde Allá”, vencedor do Festival de Veneza, a França ignorou “Dheepan”, vencedor de Cannes, e o Irã jamais daria reconhecimento ao vencedor de Berlim, “Táxi Teerã”, filmado na clandestinidade por Jafar Panahi. Isso deixa a disputa bastante aberta, ainda que seja possível considerar “O Filho de Saul” favorito, especialmente por sua temática: filmes sobre o holocausto costumam vencer muitos prêmios da Academia. Apesar disso, não se deve menosprezar a produção francesa “Cinco Graças”, filmado na Turquia por uma cineasta turca, Deniz Gamze Ergüven, que tem encantado por sua mensagem em favor da liberdade de expressão. Se faltaram filmes mais premiados – cadê o chileno “O Clube”? – , sobraram filmes de pouca repercussão, que focam temas tradicionais de Hollywood, como o dinamarquês “A War”, sobre a Guerra do Afeganistão, e o alemão “Labirinto de Mentiras”, sobre o nazismo. Além disso, quatro dos nove longas selecionados foram dirigidos por cineastas estreantes. Dos mais experientes, apenas dois, o dinamarquês Tobias Lindholm e o belga Jaco Van Dormael, têm uma filmografia respeitável. Mas talvez a maior surpresa da lista seja a inclusão do irlandês “Viva”, que acompanha a história de uma drag queen cubana odiada pelo própria pai. O longa de Paddy Breathnach, especialista em produções comerciais descartáveis, não tinha recebido nenhum prêmio ou maior distinção até agradar a Academia. Ao todo, filmes de 81 países foram inscritos na categoria. Os cinco indicados definitivos serão anunciados no dia 14 de janeiro de 2016. A cerimônia de entrega do Oscar está marcada para o dia 28 de fevereiro, no Dolby Theatre, em Los Angeles. [symple_toggle title=”Clique aqui para conferir a lista completa de filmes pré-selecionados ” state=”closed”] Pré-selecionados ao Oscar 2016 de Melhor Filme em Língua Estrangeira Alemanha: Labirinto de Mentiras, de Giulio Ricciarelli Bélgica: The Brand New Testament, de Jaco Van Dormael Colômbia: El Abrazo de la Serpiente, de Ciro Guerra Dinamarca: A War, de Tobias Lindholm Finlândia: The Fencer, de Klaus Härö França: Cinco Graças, de Deniz Gamze Ergüven Hungria: O Filho de Saul, de László Nemes Irlanda: Viva, de Paddy Breathnach Jordânia: Theeb, de Naji Abu Nowar [/symple_toggle]

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    Juventude, de Paolo Sorrentino, é eleito o Melhor Filme Europeu de 2015

    14 de dezembro de 2015 /

    A Academia do Cinema Europeu elegeu o drama “Juventude” como o Melhor Filme Europeu de 2015. O longa do cineasta italiano Paolo Sorrentino (“A Grande Beleza”) foi aclamado pelos mais de 3 mil eleitores da instituição, vencendo ao todo três prêmios na cerimônia, realizada na noite de sábado (12/12) em Berlim. Sorrentino ainda ficou com o troféu de Melhor Direção e o veterano ator britânico Michael Caine (trilogia “Batman”) com a estatueta de Melhor Ator. Curiosamente, o filme anterior de Sorrentino, “A Grande Beleza” (2013), também foi contemplado com estes mesmos três prêmios (além de Melhor Edição), recebendo, posteriormente, o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O prêmio de Melhor Atriz foi para outra veterana do cinema britânico, a atriz Charlotte Rampling (“Não Me Abandone Jamais”), pelo drama “45 Anos”, de Andrew Haigh (“Weekend”). Além disso, dois filmes de língua inglesa ainda faturaram os troféus de Melhor Documentário (o popular “Amy”) e Animação (o irlandês “A Canção do Oceano”). Já o público e a crítica preferiram outras produções, dando seus prêmios, respectivamente, para o espanhol “Pecados Antigos, Longas Sombras” e o franco-turco “Cinco Graças”. O evento também homenageou, com um troféu pela carreira, ao ator austríaco Christoph Waltz, vencedor de dois Oscars por “Bastardos Inglórios” (2009) e “Django Livre” (2012). [symple_toggle title=”Clique aqui para conferir a lista completa dos vencedores do Prêmio do Cinema Europeu” state=”closed”] Vencedores do Prêmio do Cinema Europeu 2015 [symple_column size=”one-half” position=”first” fade_in=”false”] Melhor Filme Juventude (Itália/França/Reino Unido) Melhor Direção Paolo Sorrentino, por Juventude Melhor Ator Michael Caine, por Juventude Melhor Atriz Charlotte Rampling, por 45 Anos (Reino Unido) Melhor Roteiro Yorgos Lanthimos e Efthymis Filippou, por The Lobster (Reino Unido/Grécia) Melhor Fotografia Martin Gschlacht, por Boa Noite, Mamãe (Áustria) Melhor Edição Jacek Drosio, por Body (Polônia) Melhor Trilha Sonora Cat’s Eye, por O Duque de Burgundy (Reino Unido/Hungria) Melhor Design de Produção Sylvie Olivé, por The Brand New Testament (Bélgica/França/Luxemburgo) Melhor Figurino Sarah Blenkinsop, por The Lobster Melhor Som Vasco Pimentel e Miguel Martins, por As Mil e uma Noites (Portugal) [/symple_column] [symple_column size=”one-half” position=”last” fade_in=”false”] Prêmio Descoberta (Crítica) Cinco Graças (França/Turquia) Prêmio do Público Pecados Antigos, Longas Sombras (Espanha) Melhor Comédia Um Pombo Pousou em um Galho Refletindo Sobre a Existência (Suécia) Melhor Documentário Amy (Reino Unido) Melhor Animação A Canção do Oceano (Irlanda) Melhor Curta-Metragem Picnic (Croácia) [/symple_column] [/symple_toggle]

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