Jogos Mortais vai ganhar continuação concebida pelo comediante Chris Rock
“Jogos Mortais” vai voltar outra vez ao cinema. O estúdio Lionsgate revelou nesta quinta (16/5) que a franquia vai ganhar novo capítulo assinado por um roteirista inusitado: o comediante Chris Rock (cuja vida inspirou a comédia “Todo Mundo Odeia o Chris”). Fã da saga de terror, Rock concebeu a história do próximo filme e entregou para os roteiristas Pete Goldfinger e Josh Stolberg desenvolverem. A dupla é a mesma que assinou o resgate da franquia, em “Jogos Mortais: Jigsaw” (2017). Sim, “Jogos Mortais” já tinha voltado em 2017, como muitos lembram. Mas a Lionsgate está tratando o lançamento como uma nova volta. Seria uma reviravolta? Não, o lançamento é mais do mesmo, considerando que a direção será feita por Darren Lyn Bousman, responsável pelos capítulos dois, três e quatro da franquia entre 2005 e 2007. Os produtores afirmam que Rock tem “uma visão completa” para a franquia, incluindo “várias continuações e spin-offs relacionados” à história de Jigsaw. “Estou animado com a oportunidade de levar esta história para lugares novos, inesperados, intensos e perturbadores”, declarou o comediante, em comunicado do estúdio. “Jogos Mortais” acompanha as armadilhas macabras montadas por Jigsaw, um serial killer moralista, e seus seguidores, que testam o comportamento de suas vítimas de forma violenta. Os oito filmes da franquia lançados até hoje somam US$ 970 milhões de bilheteria ao redor do mundo.
Chris Rock vai estrelar a 4ª temporada de Fargo, que abordar a máfia nos anos 1950
O canal pago americano FX anunciou a produção da 4ª temporada da série “Fargo”, que será estrelada pelo humorista Chris Rock. A novidade foi anunciada pelo presidente do canal, John Landgraf, durante o encontro semestral entre executivos da indústria televisiva e imprensa organizado pela TCA (Associação dos Críticos de TV dos EUA). Além de um protagonista negro, a série de antologia criminal criada por Noah Hawley também vai mudar sua locação, saindo da zona rural do centro-oeste americano para a metrópole de Kansas City, e irá retroceder ainda mais no tempo. Até então, apenas a 2ª temporada tinha sido um flashback, passado nos anos 1970. Desta vez, porém, a história irá acontecer durante os anos 1950. A trama vai explorar o encontro de dois grupos migratórios na cidade grande: os europeus, que vieram da Itália, e os afro-americanos, que deixaram os estados mais racistas do Sul, com suas leis discriminatórias. Diante do conflito dos dois grupos pelo controle do tráfico de drogas na cidade, uma tênue paz é organizada por meio de um pacto inusitado. Chris Rock vai interpretar um pai que entregou seu filho para ser criado pelo chefe do grupo inimigo e, em contrapartida, pegará o filho do inimigo para criar. É então que o chefe da máfia resolve fazer uma cirurgia de rotina e morre no hospital, fazendo com que tudo mude. “Sou fã de ‘Fargo’ e mal posso esperar para trabalhar com o showrunner Noah Hawley”, disse Chris Rock, num comunicado. O restante do elenco e a data de estreia da 4ª temporada ainda não foram confirmados.
Filhos de Adam Sandler e Chris Rock se casam no trailer da comédia Lá Vem os Pais
A Netflix divulgou um novo trailer de “Lá Vem os Pais” (The Week of), comédia que volta a juntar Adam Sandler e Chris Rock (após “Sandy Wexler” e dois “Gente Grande”). Desta vez, eles convivem de forma relutante, como pais no fim de semana do casamento de seus filhos. Sandler vive o pai pobre da noiva enquanto Rock é pai rico do noivo. E a prévia ilustra o relacionamento passivo-agressivo da dupla, ao demonstrar como Sandler insiste em pagar a festa do casamento, o que resulta em problemas causados pela busca de opções baratas de acomodação para as famílias dos noivos. “Lá Vem os Pais” ainda conta com Rachel Dratch (“Esposa de Mentirinha”), Steve Buscemi (“Os 6 Ridículos”), Rob Morgan (“Mudbound”), Melanie Nicholls-King (série “Rookie Blue”) e Patricia Belcher (série “Bones”) no elenco. A direção é de Robert Smigel, que estreia na função após escrever algumas comédias de Sandler, como “Zoham: O Agente Bom de Corte” (2008), “Cada um tem a Gêmea que Merece” (2011) e a animação “Hotel Transilvânia 2” (2015). Ele também assina o roteiro com Sandler. O lançamento é a quarta comédia de Sandler para a Netflix (de um total de oito previstas) e está marcado para 27 de abril.
Trailer de comédia da Netflix volta a juntar Adam Sandler e Chris Rock
A Netflix divulgou o trailer de “The Week Of”, comédia que volta a juntar Adam Sandler e Chris Rock (após “Sandy Wexler” e dois “Gente Grande”). Desta vez, eles convivem de forma relutante, como pais no fim de semana do casamento de seus filhos. Sandler vive o pai pobre da noiva enquanto Rock é pai rico do noivo. E a prévia ilustra o relacionamento passivo-agressivo da dupla, ao destacar uma luta pelo ar condicionado de um carro. “The Week Of” ainda conta com Rachel Dratch (“Esposa de Mentirinha”), Steve Buscemi (“Os 6 Ridículos”), Rob Morgan (“Mudbound”), Melanie Nicholls-King (série “Rookie Blue”) e Patricia Belcher (série “Bones”) no elenco. A direção é de Robert Smigel, que estreia na função após escrever algumas comédias de Sandler, como “Zoham: O Agente Bom de Corte” (2008), “Cada um tem a Gêmea que Merece” (2011) e a animação “Hotel Transilvânia 2” (2015). Ele também assina o roteiro com Sandler. Curiosamente, o filme tem título nacional: “Lá Vem os Pais”. Mas a Netflix está divulgando a produção com seu nome em inglês, como pode ser conferido pelo trailer abaixo. O lançamento é a quarta comédia de Sandler para a Netflix (de um total de oito previstas) e está marcado para 27 de abril.
Netflix vira uma piada com intervenções de comediantes em sua programação
A Netflix é uma piada, diz a campanha de divulgação da nova leva de especias de comédia stand-up da plataforma. Dois comerciais levam este conceito para “dentro” da própria Netflix, inserindo os comediantes Dave Chappelle, Ellen DeGeneres, Chris Rock e Jerry Seinfeld em cenas das séries mais emblemáticas da empresa, “Stranger Things”, “House of Cards”, “Orange Is the New Black” e “The Crown”. Os vídeos tem direção de Neal Brennan (criador do “Chappelle’s Show”) e ainda incluem uma interação extra entre o falastrão Seinfeld e o calado Frank Underwood (Kevin Spacey) de “House of Cards”. O próximo especial de stand-up da companhia é justamente “Jerry Before Seinfeld”, que estreia na terça (19/9).
Após nova polêmica racial, Academia se desculpa por piadas contra asiáticos no Oscar
A polêmica racial que alimentou o Oscar 2016, sobre a falta de artistas negros entre os indicados à premiação, acabou criando outra saia-justa. Algumas piadas do apresentador Chris Rock tiveram conotação racista, perpetuando estereótipos negativos sobre a população asiática. Como resultado, 25 membros asiáticos da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas assinaram uma carta de protesto, entre eles o cineasta Ang Lee, vencedor de dois Oscar de Melhor Direção, por “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005) e “As Aventuras de Pi” (2012). “Temos orgulho de saber que o Oscar atinge milhões de pessoas no mundo todo e que 60% dessas pessoas são asiáticas e potenciais consumidores do mercado cinematográfico”, escreveram os integrantes do protesto, pedindo que a Academia tome atitudes concretas para evitar que piadas de mau gosto contra asiáticos ocorressem novamente, como aconteceu na última cerimônia. Na ocasião, três crianças asiáticas subiram ao palco com envelopes, como se fossem fiscais da auditoria que endossa os resultados da premiação (veja foto acima). Chris Rock ainda mencionou que elas foram responsáveis pela fabricação do telefone celular da maioria do público presente ao evento. O contexto foi interpretado como uma alusão jocosa ao trabalho infantil na Ásia. Após receber a carta de protesto, a Academia se desculpou oficialmente. “A Academia compreende a insatisfação e se desculpa por todos os momentos da cerimônia que possam ter parecido ofensivos. Estamos atentos para dar o nosso melhor e garantir que as próximas cerimônias sejam mais sensíveis no aspecto cultural”, disse um porta-voz da entidade. Segundo fontes da revista Variety, o apresentador Chris Rock foi o responsável pelo roteiro da cerimônia, inclusive a piada com crianças asiáticas. Já a aparição do ator Sacha Baron Cohen como o personagem Ali G, que fez uma alusão a genitais minúsculas de amarelos, numa alusão com duplo sentido aos Minions, teria sido uma decisão do próprio ator e surpreendido a Academia. De qualquer forma, por causa da politização da cerimônia em torno da questão racial e com muita discussão sobre a falta de diversidade na indústria, a piada com asiáticos acabou gerando mais indignação do que risadas.
Oscar 2016: Justiças, injustiças e as mudanças que a premiação antecipa
Leonardo DiCaprio conquistou seu Oscar. Mas, para os cinéfilos, a vitória de Ennio Morricone por “Os Oito Odiados” foi a mais significativa. Autor de trilhas clássicas do spaghetti western, com 87 anos de idade e já merecedor de um Oscar honorário pela carreira, ele foi reconhecido sob aplausos esfuziantes dos integrantes da Academia, que nem sempre têm a chance de corrigir lacunas históricas na premiação. O Oscar 2016 foi, por sinal, um evento focado nas injustiças da premiação, desde a falta de artistas negros em sua seleção, razão de vários discursos, até vitórias que relevaram o receio de repetir os eleitos do ano passado, casos de Alejandro G. Iñarritu, Melhor Diretor pelo segundo ano consecutivo, e Emmanuel Lubezki, único cinematógrafo a vencer o Oscar de Melhor Direção de Fotografia por três anos seguidos. Os vitoriosos por “O Regresso” eram, de fato, os melhores em suas categorias. Mas a premiação de “Spotlight – Segredos Revelados” como Melhor Filme, sobre o longa com a melhor direção, fotografia e ator (DiCaprio), aponta que os critérios da Academia não foram muito “justos”. Ao menos, não foram cinematográficos. Venceu a melhor história, supostamente, visto que “Spotlight” também conquistou o Oscar de Melhor Roteiro Original. Entretanto, há pouco cinema em “Spotlight”, que é praticamente um docudrama convencional, comparável, tecnicamente, a alguns telefilmes da TV paga. Além disso, seu diretor, Tom McCarthy, vem de realizações medíocres, entre elas a comédia “Trocando os Pés”, que, também neste ano, apareceu na lista do Framboesa de Ouro de piores filmes. Além de dirigir, ele assina o roteiro de “Spotlight” em parceria com Josh Singer, autor da bomba “O Quinto Poder” (2013), filme superficialíssimo sobre o Wikileaks execrado por todos, da esquerda à direita, do público à crítica. O que os cerca de 7 mil eleitores do Oscar se esquecem, na hora de votar, é que suas escolhas serão sempre lembradas e cobradas pela História. Será que Tom McCarthy seguirá fazendo filmes que mereçam novas indicações ao Oscar? Ou ganhará o ensaiado Framboesa de Ouro nos próximos anos? Ou, ainda, sumirá rumo à irrelevância, como Paul Haggis, o roteirista e diretor de “Crash: No Limite”, filme que venceu o Oscar de 2006 sobre “Brokeback Mountain”? Após sofrer a injustiça, Ang Lee fez novos filmaços, como “Desejo e Perigo” (2007) e “As Aventuras de Pi” (2012). E Haggis? Para ficar, então, no roteiro, que os acadêmicos de Hollywood consideraram o melhor do ano, não deixa de ser relevante que a trama de “Spotlight” falhe nas duas frentes em que avança. Como filme-denúncia, pouco tem a denunciar, uma vez que a questão da pedofilia na Igreja já foi absorvida pelo Vaticano. Mesmo assim, o assunto é tratado pela produção com um distanciamento burocrático que consegue fazer assepsia no asco. Sobre o mesmo tema e no mesmo ano, o drama chileno “O Clube”, também passado entre quatro paredes, é muito mais porrada. As paredes da redação de jornal, por sinal, fornecem o cenário em que “Spotlight” avança. A opção não é apenas teatral, mas pouco enaltecedora do jornalismo investigativo que o filme supostamente celebra. Os repórteres da tela não vão a campo investigar suspeitas. Eles recebem tudo mastigadinho, numa caixa repleta de depoimentos de vítimas, todas muito solícitas. E suas principais “descobertas” são notícias antigas, do arquivo da própria redação. O máximo de esforço investigativo se resume à leitura de anuários da Igreja, filtrada pelo cruzamento de informações. Assim, boa parte de sua “ação” acontece em salas cheias de pastas e papéis. Era assim que ainda se pesquisava nos anos 2000. Mas, se fosse trazida para os dias atuais, a trama mostraria simplesmente um jornalismo paralisado diante do Google. Desta forma, as comparações com “Todos os Homens do Presidente” (1976) não podem ser mais equivocadas. Quando o filme do mestre Alan J. Pakula chegou aos cinemas, não fazia uma década desde que o escândalo abordado esfriara – como em “Spotlight” – , mas apenas 20 meses que o presidente Richard Nixon renunciara. Além disso, o perigo da reportagem sobre Watergate era tamanho que as fontes não vinham à redação felizes pela atenção, balançando as provas nas mãos, mas se escondiam, falavam em off, usavam pseudônimo e forneciam apenas pistas de fatos que os jornalistas precisavam desvendar. Jornalismo investigativo com risco de vida é bem diferente de redação de pesquisa de texto – que é o que o roteiro premiado de “Spotlight” exibe. Só quem nunca trabalhou num grande jornal é capaz de confundir os dois. Como críticos de blog, roteiristas de filmes superficiais e eleitores da Academia. “Spotlight” era o filme favorito dos atores, maior grupo de votantes da Academia, como comprovou seu prêmio de Melhor Elenco na eleição do Sindicato. O SAG (Sindicato dos Atores) também emplacou três dos quatro vitoriosos de sua eleição sindical. A exceção ficou por conta de Sylvester Stallone, que perdeu para Mark Rylance, ator do teatro britânico, bastante elogiado por sua carreira nos palcos, mas que, num dos filmes mais fracos de Steven Spielberg, aparece sempre cansado, de pescoço enrijecido e dando impressão de sofrer de Alzheimer, alheio ao drama e lento em sua formulação de frases. Menosprezado por sua carreira repleta de filmes ruins, Stallone perdeu para que a Academia pudesse premiar o teatro inglês e o convencionalismo do filme menos polêmico da noite, “Ponte de Espiões”. A consagração de Alicia Vikander, por sua vez, premia a “it girl” do momento, para usar uma expressão da era de ouro de Hollywood. Ela é o que se salva do melodrama “A Garota Dinamarquesa”, sem dúvida, mas está ainda melhor em “Ex Machina”, filme que venceu a categoria de Efeitos Visuais de forma surpreendente – tinha o orçamento mais baixo entre os concorrentes – , talvez como compensação por sua ausência na lista de Melhor Filme. Já a vitória de DiCaprio era tão esperada que havia festas preparadas para esta comemoração. Assim como era esperado, pelo trabalho apresentado, o Oscar da estrela menos badalada da noite, Brie Larson. Embora tenha sido tratada como revelação pela mídia que não acompanha a indústria de perto, ela começou a fazer séries com 10 anos de idade e vem se destacando em filmes indies desde 2010. Aliás, já deveria ter sido indicada por “Temporário 12” (2013), filmaço que venceu o Festival SWSW – seu próximo drama será um filme do mesmo diretor. O Oscar de Melhor Atriz pode, inclusive, ser considerado uma antítese da vitória de DiCaprio. Enquanto o prêmio de Melhor Ator consolida o sistema alimentado por astros famosos, a conquista da “desconhecida” Larson destaca o valor do cinema independente. Isto porque “O Quarto de Jack” era a única produção realmente indie na disputa, tendo fechado sua distribuição com a pequena A24 apenas após sua exibição no Festival de Toronto – que, inclusive, venceu. Os demais supostos indies da competição, como “Spotlight” e “Carol”, além de destacar estrelas já consagradas, foram realizados com toda a estrutura de estúdio e distribuição garantidas. Brie Larson não era visada por paparazzi antes de “O Quarto de Jack”. O filme não é repleto de famosos, não tem diretor incensado e seus produtores não frequentam a lista dos VIP de Hollywood. Além disso, trata de questões femininas, de abuso e maternidade, representadas sem maquiagem ou glamour algum. Menos comentado entre todos os indicados, trata-se, entretanto, do filme que mais bem representa as mudanças que se espera do Oscar, pós-velhos brancos: renovação, talento e sensibilidade. Justiças e injustiças feitas, há mesmo promessas de grandes mudanças para o Oscar 2017. E a festa da cerimônia de domingo (28/2), carregada de discursos indignados, foi, no fundo, uma forma encontrada pela presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, de preparar terreno, inclusive com uma tentativa explícita, em sua intervenção durante o evento, de engajar os acadêmicos na sua agenda. Afinal, assim que anunciou seus planos, protestos ruidosos começaram a surgir entre a parcela mais velha do eleitorado, que ela pretende afastar. Isaacs anunciou, ainda em janeiro, que o direito a voto dos acadêmicos deixará de ser perpétuo. A partir do Oscar 2017, só poderão votar os integrantes da Academia que permaneceram ativos na última década, visando, com isso, eliminar a influência dos aposentados, profissionais que não acompanham mais o dia-a-dia da indústria e que vem impedindo, pelo conservadorismo típico da idade avançada, a implementação de mudanças desejadas. Ao mesmo tempo, a Academia tentará buscar maior diversidade ao escolher novos integrantes para as vagas que se abrirão. As premiações do Oscar refletem, sim, a composição étnica, etária e sexual da Academia, que, de acordo com relatos da mídia, é majoritariamente formada por homens brancos velhos – 94% são brancos, 77% do sexo masculino e a média de idade entre os votantes é superior a 60 anos. Visando mudar a composição desses eleitores, a Academia ainda adicionou três novos assentos para mulheres e minorias no conselho de sua administração. Assim, a governança da entidade passará a contar com 54 membros, que serão responsáveis por aprovar novas reformas nos próximos Oscars, com o objetivo de dobrar o número de mulheres e minorias votantes até 2020. É esperar para ver se, com isso, mais minorias serão destacadas entre os indicados ao Oscar 2017 e se, quem sabe, no próximo ano seja possível eleger o Melhor Filme de verdade. Clique aqui para conferir a lista completa dos vencedores do Oscar 2016.
Oscar 2016: Spotlight é o Melhor Filme, mas o Regresso e Mad Max são os maiores vencedores
“Spotlight – Segredos Revelados” foi eleito o Melhor Filme na cerimônia mais politizada da história do Oscar. Menos inventivo entre todos os candidatos, o longa em que jornalistas investigam a pedofilia disseminada na Igreja também conquistou o troféu de Melhor Roteiro Original e era o favorito do maior colégio eleitoral da Academia, os atores – o filme havia vencido o prêmio do Sindicato dos Atores por seu elenco. O reconhecimento técnico, entretanto, foi compartilhado por “O Regresso” e “Mad Max: Estrada da Fúria”. O primeiro rendeu bis para Alejandro G. Iñarritu, eleito Melhor Diretor pelo segundo ano consecutivo, e para Emmanuel Lubezki, único cinematógrafo a vencer o Oscar de Melhor Direção de Fotografia por três anos seguidos, enquanto o longa dirigido por George Miller liderou o arremate das demais estatuetas, conquistando seis prêmios técnicos – menos, curiosamente, o de Efeitos Visuais, vencido por “Ex Machina”. Entre os intérpretes, três premiados pelo Sindicato dos Atores foram confirmados. A vitória de Leonardo DiCaprio, que tinha torcida organizada nas ruas, rendeu os aplausos mais ruidosos dentro da própria cerimônia. Ele também fez um dos melhores discursos da noite, apontando as dificuldades de encontrar regiões nevadas para filmar “O Regresso”, devido às mudanças climáticas. Em seu alerta, ele ainda sugeriu medidas de apoio às lideranças globais não comprometidas pelos interesses das corporações, para que se possa salvar o planeta antes que seja tarde. Brie Larson e Alicia Vikander foram confirmadas, respectivamente, como Melhor Atriz por “O Quarto de Jack” e Atriz Coadjuvante por “A Garota Dinamarquesa”. Mas Sylvester Stallone não referendou seu favoritismo por “Creed”, perdendo a estatueta de Melhor Coadjuvante para Mark Rylance, em “Ponte dos Espiões”. Quem aplaudiu mais sem graça, porém, foi Lady Gaga, que viu Sam Smith conquistar a estatueta de Melhor Canção pela música-tema de “007 Contra Spectre”. Minutos antes, Gaga tinha emocionado os espectadores com a melhor performance musical da noite, levando ao palco diversas vítimas de abuso sexual, enquanto Smith desafinara sozinho, pavorosamente. Por sua vez, o apresentador Chris Rock (“Gente Grande”) intercalou críticas à indústria cinematográfica em quase todas as suas intervenções, realçando a falta de diversidade dos concorrentes – questão que chegou a inspirar um incipiente boicote. Diversos apresentadores negros, convocados para comentar a questão, seguiram a deixa, mas também houve quem debochasse, como Sacha Baron Cohen, que apareceu como sua persona black, Ali G. Mesmo assim, em contraste com o discurso racial, o Oscar 2016 acabou se provando um dos mais diversificados dos últimos anos, ao menos em termos de nacionalidades. Além dos mexicanos de “O Regresso”, os australianos, ingleses e sul-africanos de “Mad Max”, também comemoraram vitórias a sueca Alicia Vikander, o inglês Mark Rylance, o lendário italiano Ennio Morricone (Melhor Trilha Sonora) e os vencedores das categorias de Documentário, Curtas (entre eles, um chileno) e, claro, Filme Estrangeiro. Infelizmente, a animação brasileira “O Menino e o Mundo” não se juntou à lista, perdendo para “Divertida Mente”. Confira abaixo a lista completa dos premiados e aproveite para ler uma análise mais abrangente do Oscar 2016. Se tiver curiosidade, confira também o texto sobre a expectativa da premiação, que aborda vários pontos realçados pela confirmação dos vitoriosos. VENCEDORES DO OSCAR 2016 FILME “Spotlight – Segredos Revelados” DIREÇÃO Alejandro G. Iñarritu, “O Regresso” ATOR Leonardo DiCaprio, “O Regresso” ATRIZ Brie Larson, “O Quarto de Jack” ATOR COADJUVANTE Mark Rylance, “Ponte dos Espiões” ATRIZ COADJUVANTE Alicia Vikander, “A Garota Dinamarquesa” ROTEIRO ORIGINAL “Spotlight: Segredos Revelados” – Josh Singer e Tom McCarthy ROTEIRO ADAPTADO “A Grande Aposta” – Charles Randolph e Adam McKay FOTOGRAFIA “O Regresso” – Emmanuel Lubezki EDIÇÃO “Mad Max: Estrada de Fúria” – Margaret Sixel DOCUMENTÁRIO “Amy” ANIMAÇÃO “Divertida Mente” FILME ESTRANGEIRO “O Filho de Saul” (Hungria) TRILHA SONORA ORIGINAL “Os Oito Odiados” – Ennio Morricone CANÇÃO ORIGINAL “Writing’s On The Wall”, de “007 contra Spectre” (Jimmy Napes/Sam Smith) EFEITOS VISUAIS “Ex Machina” – Andrew Whitehurst, Paul Norris, Mark Williams Ardington e Sara Bennett CENOGRAFIA “Mad Max: Estrada da Fúria” – Colin Gibson e Lisa Thompson FIGURINO “Mad Max: Estrada da Fúria” – Jenny Beavan MAQUIAGEM E CABELO “Mad Max: Estrada da Fúria” – Lesley Vanderwalt, Elka Wardega e Damian Martin EDIÇÃO DE SOM “Mad Max: Estrada da Fúria” – Mark A. Mangini e David White MIXAGEM DE SOM “Mad Max: Estrada da Fúria” – Chris Jenkins, Gregg Rudloff e Ben Osmo CURTA-METRAGEM “Stutterer” CURTA DE ANIMAÇÃO “Bear Story” DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM “A Girl in the River: The Price of Forgiveness”
Campanha do Oscar evidencia falta de indicações a artistas negros em 2016
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA divulgou novos comerciais e os pôsteres do Oscar 2016. E as peças chamam atenção, indiretamente, para algo que não se verá na premiação deste ano: artistas negros “sonhando em dourado”, como diz o slogan da campanha. A presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, chegou a se dizer desapontada pela falta de diversidade na premiação, apesar de indicações a “Creed – Nascido para Lutar” e “Straight Outta Compton – A História do N.W.A.” Com apresentação do comediante Chris Rock (“No Auge da Fama”), que deve abordar a polêmica, a entrega dos prêmios Oscar 2016 vai acontecer no dia 28 de fevereiro, em cerimônia que será realizada no Dolby Theatre, em Los Angeles, e transmitida para o Brasil pelos canais TNT e Globo.
Chris Rock compara Oscar ao Ano Novo no primeiro comercial da premiação
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou o primeiro comercial da cerimônia do Oscar 2016. O vídeo traz o apresentador deste ano, Chris Rock, vestido à rigor para comparar a premiação com o Ano Novo. “Assim como a véspera do Ano Novo, será uma noite que termina com muitos bêbados e pessoas pessoas desapontadas, jurando que vão fazer melhor no próximo ano”, ele diz. Os indicados à 88ª edição do Oscar serão conhecidos em 14 de janeiro e a cerimônia que premiará os vencedores está marcada para 28 de fevereiro, em Los Angeles, com transmissão no Brasil pela rede Globo e o canal pago TNT.
Chris Rock lembra que atrizes negras ganham muito menos que Jennifer Lawrence
O comediante Chris Rock (“Gente Grande”), que será o apresentador do Oscar 2016, não deixou passar uma declaração de Jennifer Lawrence sobre o sexismo e as diferenças salariais entre homens e mulheres em Hollywood. “Você ouve Jennifer Lawrence reclamando sobre receber menos por ser mulher, mas se ela fosse negra, aí ela realmente teria algo pra reclamar”, ele apontou, complementando: “Mulheres negras enfrentam o maior problema salarial no ramo do entretenimento”. Os comentários foram feitos para a revista New Yorker, em entrevista para um perfil da atriz negra Leslie Jones, uma das estrelas do vindouro “As Caça-Fantasmas”. Os dois se conheceram durante um show de comédia e foi o ator que ajudou Jones a entrar para o humorístico “Saturday Night Live”. Jennifer Lawrence foi considerada a atriz mais bem paga do mundo em 2015, segundo a revista Forbes, e ganhou cerca de US$ 52 milhões no ano. Mesmo assim, a divulgação dos emails hackeados da Sony, em 2014, revelaram que ela recebeu menos que os atores masculinos de seu filme “Trapaça”. “Quando a Sony foi hackeada e eu descobri o quanto ganhava menos em relação às sortudas pessoas com pênis, eu não fiquei zangada com a Sony. Eu fiquei com raiva de mim mesmo por aceitar a situação”, ela proclamou na época.
Chris Rock será o apresentador do Oscar 2016
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou que o comediante Chris Rock será o apresentador da 88ª edição da cerimônia de entrega do Oscar, marcada para o dia 28 de fevereiro do ano que vem. O evento marcará a segunda participação de Rock como apresentador do evento. Ele esteve à frente da 77ª edição do prêmio, realizada em 2005, quando causou polêmica. Na ocasião, uma piada sobre Jude Law (“se você quer o Tom Cruise e tudo o que você consegue é o Jude Law, espere!”) teve resposta imediata de Sean Penn. “Jude Law é um dos nossos melhores jovens atores”, disse Penn, antes de entregar um prêmio na mesma noite. O Oscar 2016 está sendo produzido por Reginald Hudlin (produtor de “Django Livre”) e David Hill (executivo da Fox). Hudlin e Rock trabalharam juntos na série “Todo Mundo Odeia o Chris” (Everybody Hates Chris), sobre a adolescência do comediante.









