Magistral, A Qualquer Custo tem pontaria certeira para cada pequeno detalhe
A ação em “A Qualquer Custo” discorre com uma despretensão que inicialmente parece não levar a lugar algum. Há dois assaltantes em cena, mais dois policiais, um deserto, e estradas que cortam a planície e parecem não ter fim. Criado esse ambiente mínimo, porém, um jogo curioso se articula. De um lado, a história dos assaltantes revela um colorido bem mais complexo do que aparenta. São dois irmãos de temperamento opostos, um deles ex-presidiário de pavio curto (Ben Foster, de “O Grande Herói”), o outro, um cowboy desencantado de fala mansa (Chris Pinne, o capitão Kirk de “Star Trek”). Ambos tornam-se ladrões para pagar uma divida, mas também estão imbuídos de fazer um acerto de contas particular. Eles nunca foram tão próximos e nunca conversaram como fazem agora. Acontece que na outra ponta desse pequeno drama criminal com fundo western há os dois sujeitos que ameaçam estragar tudo. Os policiais (o veterano Jeff Bridges e Gil Birmingham, da franquia “Crepúsculo”) perseguem os irmãos como se estivessem numa divertida caçada de coelhos. Como nunca acontece nada naquelas paragens, o xerife vivido por Bridges vibra com a correria e cada vez que o parceiro mestiço ameaça cair no cochilo, ele o provoca com piadas racistas. O filme é magistral até quando apresenta essas impertinências. Os personagens são marcados por uma desproporção entre como agem e como falam, bem sutil. Se, em princípio, parece haver maldade no jeito como o xerife fala com o parceiro mestiço, nas atitudes vemos uma gentileza nada menosprezante. No fundo, o humor não nasce de um sentimento de superioridade, mas, ao contrário, de uma superabundância de admiração. Esse é um ponto, o outro bem estimulante é que conforme o quarteto dispara na estrada a bordo de carrões, um curioso subtexto se descola do pano de fundo. Nas vilas e cidades, quase desertas, tudo parece estar morrendo. Vemos rebanhos perdidos, rancheiros falidos, fazendas desapropriadas. Ironia: o banco é mostrado como o câncer das planícies e caipiras, endividados por todos os lados, torcem para que a dupla de assaltantes saia impune dos delitos. Enfim, essa é a nova América. Esqueça a Terra das Oportunidades, só sobrou espaço para especuladores. Resta aos quatro protagonistas travarem uma última luta, antes que o cenário que eles conheciam desapareça de vez. Para contar esta história que é o avesso do american way of life, o roteirista (Taylor Sheridan, que antes escreveu “Sicario”) e o diretor (David Mackenzie, de “Encarcerado”) polvilham se filme sombrio com um humor de pontaria fina. O espírito em cena é: Se todos estão à beira do precipício, o que mais resta de humano, a não ser criar piadas e rir? O curioso é que este inteligente policial estreou em meados do ano passado nos EUA, colhendo elogios da crítica, mas pouca repercussão de público. Com a temporada de prêmios, “A Qualquer Custo” voltou a cena revigorado, recebendo inclusive indicações ao Oscar para Melhor Filme, Roteiro Original, Edição e Ator Coadjuvante para o veterano Jeff Bridges. Aos poucos foi demonstrando que não era um filme fácil de ser esquecido.
21 astros de Hollywood cantam I Will Survive em vídeo da revista W
A revista W reuniu alguns dos maiores astros de Hollywood da temporada e pediu para eles cantarem “I Will Survive”, o clássico de Gloria Gaynor que marcou a era das discotecas. A música já ganhou muitas conotações ao longo da história, sendo a mais clara a de quem se assume gay. No contexto atual, a luta pela sobrevivência das estrelas parece dirigida à presidência de Donald Trump. No total, 21 artistas participaram do projeto: Emma Stone, Natalie Portman, Amy Adams, Matthew McConaughey, Andrew Garfield, Felicity Jones, Mahershala Ali, Dakota Fanning, Chris Pine, Michelle Williams, Naomi Harris, Michael Shannon, Greta Gerwig, Ruth Negga, Joel Edgerton, Hailey Stenfeld, Anya Taylor-Joy, Alden Ehrenreich, Dev Patel, Lucas Hedges e Taraji P. Henson, que arrasa na parte final. A maior parte deles apoiou publicamente a candidata derrotada Hillary Clinton. Dirigido pela editora da revista, Lynn Hirschberg, o vídeo edita trechos de cada interpretaçã, realizada de jeitos diferentes, numa montagem que fica entre o empolgante e o engraçado. Confira abaixo.
Mulher Maravilha enfrenta explosões em nova foto de seu filme
A revista britânica Empire divulgou uma nova foto do filme da “Mulher-Maravilha”, que traz a heroína vivida por Gal Gadot em meio à explosões. Com roteiro de dois autores da DC Comics, Allan Heinberg e Geoff Johns, e direção de Patty Jenkins (“Monster – Desejo Assassino”), o filme se passa durante a 1ª Guerra Mundial e também traz em seu elenco Chris Pine (“Star Trek”), Robin Wright (série “House of Cards”), Connie Nielsen (“Ninfomaníaca”), Lisa Loven Kongsli (“Força Maior”), Danny Huston (“X-Men Origens: Wolverine”), David Thewlis (franquia “Harry Potter”), Saïd Taghmaoui (“Trapaça”), Elena Anaya (“A Pele que Habito”), Ewen Bremner (“Êxodo: Deuses e Reis”) e Lucy Davis (“Todo Mundo Quase Morto”). “Mulher-Maravilha” estreia em 1 de junho de 2017 no Brasil.
Uma Dobra no Tempo: Ator mirim de Peter Pan vai estrelar a nova superprodução da Disney
O ator mirim Levi Miller (o Peter Pan do recente “Peter Pan”) e Andre Holland (do destaque indie “Moonlight”) entraram na superprodução da Disney que adaptará a ficção científica infantil “Uma Dobra no Tempo” (A Wrinkle in Time). A adaptação do livro de Madeleine L´Engle, publicado em 1963, terá direção de Ava DuVernay (“Selma”) e já conta no elenco com Chris Pine (“Star Trek”), Reese Witherspoon (“Belas e Perseguidas”), Mindy Kaling (série “The Mindy Project”), Gugu Mbatha-Raw (“Um Homem Entre Gigantes”), Zach Galifianakis (“Se Beber, Não Case”), Michael Peña (“Homem-Formiga”), Oprah Winfrey (também de “Selma”) e a menina Storm Reid (“12 Anos de Escravidão”), que viverá a protagonista Meg Murry. A trama segue a adolescente Meg Murry em aventuras através de diferentes planetas em busca do pai cientista (Pine), que desapareceu enquanto fazia experiências secretas. Segundo o site da revista The Hollywood Reporter, Miller irá acompanhar Meg em sua viagem enquanto Holland interpretará o diretor da escola dos dois. O personagem de Miller, chamado Kevin, acaba casando com Meg nos livros posteriores, que se concentram nas aventuras de outra criança, a filha mais velha do casal, Polly. O roteiro da adaptação está a cargo de Jennifer Lee, roteirista do fenômeno animado “Frozen – Uma Aventura Congelante” (2013). As filmagens começaram na quarta (2/11) e ainda não há data definida para a produção estrear nos cinemas.
Mulher Maravilha: Novo trailer legendado sugere a possibilidade de um bom filme
A Warner Bros. divulgou três pôsteres e o novo trailer legendado do filme da “Mulher-Maravilha”. Repleto de cenas inéditas, ele começa no presente e mostra a heroína desencantada ao lembrar do passado – o longo flashback que é o próprio filme. Entre as cenas inéditas, há detalhes da origem da heroína interpretada pela atriz Gal Gadot, com cenas na ilha das amazonas, o salvamento do aviador Steve Trevor (papel de Chris Pine, de “Star Trek”) e sua decisão de ir ao mundo dos homens para enfrentar a guerra que ameaça a paz mundial. Há até vislumbres da personagem misteriosa de Elena Anaya (“A Pele que Habito”), que será a vilã da história. É tudo muito bonito, com uma fotografia refinada e ótimos efeitos visuais. Até as mudanças na história e a escolha do tom parecem acertadas para dar credibilidade à personagem – a esta altura, os fãs já sabem que o filme mudou a época da ação, situando a trama na 1ª Guerra Mundial, ao contrário dos quadrinhos, que foram lançados quando os EUA entraram na 2ª Guerra e refletiam este fato. O problema é que a Warner sempre faz bons trailers, que entretanto resultam em filmes diferentes dos anunciados. A novidade é que, desta vez, o roteiro é de dois autores da DC Comics, Allan Heinberg e Geoff Johns. A direção é de Patty Jenkins (“Monster – Desejo Assassino”) e o elenco ainda inclui Robin Wright (série “House of Cards”), Connie Nielsen (“Ninfomaníaca”), Lisa Loven Kongsli (“Força Maior”), Danny Huston (“X-Men Origens: Wolverine”), David Thewlis (franquia “Harry Potter”), Saïd Taghmaoui (“Trapaça”), Ewen Bremner (“Êxodo: Deuses e Reis”) e Lucy Davis (“Todo Mundo Quase Morto”), que rouba todas as cenas em que aparece como Etta Candy. “Mulher-Maravilha” estreia em 1 de junho no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Chris Pine vai estrelar adaptação da sci-fi clássica infantil Uma Dobra no Tempo
O ator Chris Pine (“Star Trek”) entrou no elenco da adaptação da clássica ficção científica infantil “Uma Dobra no Tempo” (A Wrinkle in Time), numa produção da Disney que se revela cada vez mais grandiosa. A informação é do site da revista Variety. A adaptação do livro de Madeleine L´Engle, publicado em 1963, terá direção de Ava DuVernay (“Selma”) e já conta no elenco com Oprah Winfrey (também de “Selma”), Reese Witherspoon (“Belas e Perseguidas”), Mindy Kaling (série “The Mindy Project”) e a menina Storm Reid (“12 Anos de Escravidão”), que viverá a protagonista. A trama segue a adolescente Meg Murry em aventuras através de diferentes planetas em busca do pai cientista, que desapareceu enquanto fazia experiências secretas. Pine viverá o pai da jovem. O roteiro da adaptação está a cargo de Jennifer Lee, roteirista do fenômeno animado “Frozen – Uma Aventura Congelante” (2013), e ainda não há data definida para a produção estrear nos cinemas.
A Qualquer Custo: Veja o trailer legendado de um dos filmes mais elogiados do ano
A California Filmes divulgou o trailer legendado de “A Qualquer Custo”, que é a “tradução” nacional de “Hell or High Water”, um dos filmes mais elogiados do ano, com impressionantes 98% de aprovação no site Rotten Tomatoes. A prévia resume a premissa, mostrando como um pai divorciado se junta ao irmão para assaltar bancos, visando salvar a fazenda da família. O clima é de western, em que jovens cowboys se rebelam contra o sistema injusto e acabam caçados pela lei. A maior diferença é que, em vez de cavalos, esses Jesse e Frank James modernos fogem de carro. Chris Pine (“Star Trek”) e Ben Foster (“O Grande Herói”) vivem os irmãos fora-da-lei, voltando a trabalhar juntos após “Horas Decisivas” (2016). E Jeff Bridges (“O Doador de Memórias”) interpreta o xerife em seu encalço. O filme tem roteiro de Taylor Sheridan (“Sicario”) e direção do inglês David Mackenzie (“Sentidos do Amor”). Produção independente, custou só US$ 12 milhões, mas nem com elogios dos principais jornais americanos conseguiu cobrir os custos, faturando apenas US$ 26,5 milhões em seu lançamento limitado nos EUA em agosto. A estreia no Brasil está marcada apenas para 29 de dezembro.
Mulher Maravilha: Trailer russo traz várias cenas inéditas de guerra e feminismo
A Warner Bros. divulgou um novo trailer internacional dublado em russo – e sem legendas – do filme da “Mulher-Maravilha”, repleto de cenas inéditas. Além de mostrar a força da personagem interpretada pela atriz Gal Gadot, a prévia inclui diversas cenas de luta da princesa amazona, que enfrenta as tropas do Keiser de minissaia, escudo, espada e laço em punho, exibindo sua superforça em câmera superlenta. Também há destaque para cenas passadas na ilha das amazonas, a recriação de sua origem e até a introdução de Etta Candy (Lucy Davis, de “Todo Mundo Quase Morto”), que rende comentários feministas para quem souber russo achar graça. A prévia é bastante fiel à origem clássica dos quadrinhos, exceto por um detalhe. O encontro inicial entre Diana e o aviador Steve Trevor (papel de Chris Pine, de “Star Trek”) aconteceu no começo da 2ª Guerra Mundial e não na 1ª Guerra, época em que se passa o filme. De fato, a estreia da Mulher Maravilha em 1941 coincidiu com o ataque japonês à Pearl Harbor, que levou os EUA a entrarem no conflito. Com roteiro de dois autores da DC Comics, Allan Heinberg e Geoff Johns, e direção de Patty Jenkins (“Monster – Desejo Assassino”), o filme também traz em seu elenco Robin Wright (série “House of Cards”), Connie Nielsen (“Ninfomaníaca”), Lisa Loven Kongsli (“Força Maior”), Danny Huston (“X-Men Origens: Wolverine”), David Thewlis (franquia “Harry Potter”), Saïd Taghmaoui (“Trapaça”), Elena Anaya (“A Pele que Habito”) e Ewen Bremner (“Êxodo: Deuses e Reis”). “Mulher-Maravilha” estreia em 1 de junho no Brasil.
Elenco de Star Trek diz que Donald Trump é ameaça ao futuro vislumbrado pela franquia
Os diretores J.J. Abrams e Justin Lin, atores, roteiristas e indivíduos envolvidos com a franquia “Star Trek” publicaram uma carta aberta no Facebook contra o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, na qual pedem que os eleitores votem na representante democrata Hillary Clinton. Junto ao Abrams estão os nomes de George Takei, Walter Koenig, Chris Pine, Zachary Quinto, Simon Pegg, Zoe Saldaña, Karl Urban, John Cho, Brent Spiner, LeVar Burton, Will Wheaton, René Auberjonois, Scott Bakula, Denise Crosby, Marina Sirtis, Connor Trinneer, Robert Picardo, Linda Park e Tim Russ, entre outros, assim como parentes de Leonard Nimoy (Spock) e do criador de “Star Trek”, Gene Roddenberry. “‘Star Trek’ sempre ofereceu uma visão positiva do futuro, uma visão de esperança e otimismo e, de maneira grande, uma visão de inclusão, onde as pessoas de todas as raças recebem igual respeito e dignidade, onde as crenças individuais e os estilos de vida são respeitados a ponto de não significarem uma ameaça para outros”, diz o texto. A carta ainda destaca que nunca houve um candidato presidencial tão completamente oposto aos ideais da saga espacial quanto Donald Trump e que, por isso, a franquia não poderia “dar as costas” às eleições presidenciais dos EUA. “Sua eleição levaria este país para trás, talvez de maneira desastrosa. Precisamos escolher um presidente que leve este país para frente, ao tipo de futuro que todos sonhamos, onde as diferenças pessoais são compreendidas e aceitas, onde a ciência prevalece sobre a superstição e onde o povo trabalha em conjunto, e não uns contra os outros”, diz a mensagem. O texto também rejeita os argumentos de que Hillary Clinton e Donald Trump são dois candidatos com falhas iguais, afirmando que se trata, como diria Spock, de um raciocínio “ilógico e impreciso”. “Um (Trump) é um amador com uma ignorância desdenhosa pelas leis nacionais e pela realidade internacional, enquanto o outro (Hillary) entregou sua vida ao serviço público. Vote por um futuro de inclusão, um futuro que algum dia nos leve às estrelas”, conclui a carta. A franquia “Star Trek”, que completou 50 anos em 2016, está atualmente em cartaz os cinemas com o filme “Star Trek: Sem Fronteiras” e se prepara para voltar à TV com “Star Trek: Discovery”, nova série que será lançada em maio de 2017.
Atriz de A Pele que Habito será vilã no filme da Mulher Maravilha
A atriz espanhola Elena Anaya, que protagonizou “A Pele que Habito” (2011), de Pedro Almodóvar, viverá uma vilã no filme da Mulher Maravilha. Seu papel estava sendo guardada em segredo pela produção, mas apesar de ser antagônico é pequeno, como ela mesma revelou. “É um papel bem pequeno, uma colaboração, mas a personagem é bem importante na trama. Serei… um grande pesadelo para o casal”, disse ao site espanhol SensaCine, referindo-se a Mulher Maravilha (Gal Gadot) e Steve Trevor (Chris Pine). Com roteiro de dois autores da DC Comics, Allan Heinberg e Geoff Johns, e direção de Patty Jenkins (“Monster – Desejo Assassino”), o filme também traz em seu elenco Robin Wright (série “House of Cards”), Connie Nielsen (“Ninfomaníaca”), Lisa Loven Kongsli (“Força Maior”), Danny Huston (“X-Men Origens: Wolverine”), David Thewlis (franquia “Harry Potter”), Saïd Taghmaoui (“Trapaça”), Ewen Bremner (“Êxodo: Deuses e Reis”) e Lucy Davis (“Todo Mundo Quase Morto”). “Mulher-Maravilha” estreia em 1 de junho de 2017 no Brasil.
Novo Star Trek é jornada divertida no espírito da série clássica
Em “Star Trek” (2009) e “Além da Escuridão: Star Trek” (2013), J.J. Abrams foi criativo ao dar novo fôlego para a franquia e apontá-la para horizontes jamais explorados. Mas esse “Star Trek: Sem Fronteiras”, de Justin Lin, possui algo que os filmes de Abrams não tinha: cara e alma de episódio de série de TV. E isso é “Star Trek”. Antes que os fãs reclamem, não quer dizer que o terceiro filme da fase estrelada por Chris Pine, Zachary Quinto & Cia. seja cópia de um episódio clássico da série, mas é o exemplar que mais se aproxima. É mais leve e otimista, deixando de lado aquela carga emocional pesada do segundo filme de Abrams. É claro que a veia cerebral, científica que marcou a série – um tanto abandonada nos filmes anteriores e neste aqui também – provavelmente não volta mais. Na era dos blockbusters, e em pleno tsunami de adaptações de quadrinhos, Abrams estabeleceu um padrão mais dinâmico e Lin deu sequência. Só que, digamos, com muito mais amor pela coisa. Não dava para ser diferente, afinal este é o filme de 50 anos da série. Quem diria que chegaríamos a meio século de “Star Trek” e viveríamos para contar? Diferente dos “dois primeiros”, “Star Trek: Sem Fronteiras” não mira o futuro da saga. Longe de seguir seu subtítulo à risca, o filme prefere ficar em território conhecido, não inventa tanto e funciona quase como um episódio isolado e redondinho, divertidíssimo para todos e emocionante para os fãs. Basicamente, “Sem Fronteiras” é sobre o Capitão Kirk (Pine) tentando entender sua vocação e lutando para não enlouquecer no meio do infinito em uma jornada nas estrelas de cinco anos a bordo da Enterprise. Também é sobre aceitar que, um dia, todos nós morreremos, e que isso não é tão ruim assim, apenas será a nossa fronteira final. No fundo é sobre nostalgia. O filme pode ir aos cafundós do espaço, mas é quando olha para dentro de seu próprio legado que “Star Trek: Sem Fronteiras” voa alto. Exemplos: prepare-se para engasgar o choro numa fala de Zachary Quinto sobre um personagem. E existe fã neste universo que não sinta na alma qualquer arranhão sofrido pela Enterprise? Mesmo assim, não espere um filme dominado pelo fan service. “Star Trek: Sem Fronteiras” não esquece de onde veio, mas tem ideias próprias. O lado científico agregado pelo criador Gene Roddenberry pode ter sido deixado de lado, mas Justin Lin traz de sua experiência em “Velozes e Furiosos” a força da união da família que escolhemos. Com os laços entre os tripulantes da Enterprise mais apertados e estabelecidos, inclusive na aceitação do outro – observe a cena em que conhecemos a família de Sulu (John Cho) e notamos a admiração no rosto de Kirk – , e com tudo em seu devido lugar, Justin Lin ainda resolve acelerar. Como na franquia de Vin Diesel e Paul Walker, ele pisa fundo na ação. A ponto de “Star Trek: Sem Fronteiras” registrar as batalhas espaciais mais empolgantes da franquia – por sinal, há tempos não se via o uso de música pop tão bem inserido numa narrativa. Claro, não dá para encerrar sem citar a presença magnífica de Sofia Boutella (“Kingsman – Serviço Secreto”) como Jaylah, a Neytiri albina que rouba todas as cenas. Que personagem! Ela é peça fundamental no plano de Justin Lin (e dos roteiristas Doug Jung e, claro, Simon Pegg, o Sr. Scotty em pessoa, fã e nerd) de deixar as nossas vidas mais divertidas por duas horas. Numa década em que os blockbusters andam muito sombrios, e com o peso do mundo nas costas, apenas relaxe e aproveite a jornada. Vida longa e próspera, Sr. Nimoy. E Sr. Yelchin.
Mulher Maravilha: Heroína luta em câmera lenta em novo comercial
A Warner Bros. divulgou um comercial estendido do filme da “Mulher-Maravilha”. A prévia inclui diversas cenas de luta da princesa amazona, que enfrenta as tropas do Keiser de minissaia, escudo, espada e laço em punho, exibindo sua superforça em câmera superlenta, além de mostrar o encontro entre Diana (Gal Gadot, de “Batman vs. Superman”) e o aviador Steve Trevor (Chris Pine, de “Star Trek”). A trama é basicamente a origem concebida pelo criador da personagem, o psicólogo William Moulton Marston, com uma grande diferença: a produção mostra a heroína na 1ª Guerra Mundial, enquanto os quadrinhos se passavam durante a 2ª Guerra Mundial, que era um evento contemporâneo na época. De fato, a primeira aparição da Mulher Maravilha em 1941 coincide com o ataque japonês à Pearl Harbor, que levou os EUA a entrarem no conflito. Com roteiro de dois autores da DC Comics, Allan Heinberg e Geoff Johns, e direção de Patty Jenkins (“Monster – Desejo Assassino”), o filme também traz em seu elenco Robin Wright (série “House of Cards”), Connie Nielsen (“Ninfomaníaca”), Lisa Loven Kongsli (“Força Maior”), Danny Huston (“X-Men Origens: Wolverine”), David Thewlis (franquia “Harry Potter”), Saïd Taghmaoui (“Trapaça”), Elena Anaya (“A Pele que Habito”), Ewen Bremner (“Êxodo: Deuses e Reis”) e Lucy Davis (“Todo Mundo Quase Morto”). “Mulher-Maravilha” estreia em 1 de junho de 2017 no Brasil.











