A Grande Muralha coloca o talento de Zhang Yimou à serviço da banalidade de Hollywood
Quem conhece ao menos uma fatia da filmografia do chinês Zhang Yimou tem conhecimento de sua habilidade em tratar com a mesma perícia do mais cristalino dos espetáculos visuais até o mais minimalista dos dramas humanos. Se você se pegou embasbacado com as habilidades marciais dos protagonistas de “Herói” (2002) e “O Clã das Adagas Voadoras” (2004), que transitam pela tela com a leveza de uma pena, é certo que também se verá fisgado por uma obra como “Nenhum a Menos” (1999), sobre uma jovem que move montanhas ao desempenhar o papel de professora em um vilarejo em que um bastão de giz é equivalente a ouro. Até certo ponto, é possível afirmar que Yimou volta a trafegar de um projeto pequeno como o bárbaro “Amor Para a Eternidade” (de 2014, lamentavelmente lançado somente em video on demand no Brasil) para outro de grande escala como “A Grande Muralha”. Entretanto, na prática, trata-se de outra tentativa frustrada de ocidentalizar o seu cinema – após “Flores do Oriente” (2011), que trouxe Christian Bale como um padre que encontra a sua redenção ao proteger um grupo de estudantes e prostitutas da sucessão de estupros da guerra contra o Japão. Da China, temos em “A Grande Muralha” uma equipe técnica que não se compara com a de qualquer outra indústria, o elenco de apoio e uma fatia generosa do orçamento. Dos Estados Unidos, há Matt Damon (“Perdido em Marte”) como um líder, a predominância da língua, seis roteiristas diferentes e o restante dos custos de produção. Infelizmente, prevalece a banalidade de uma premissa de videogame. Mercenários europeus, William (Damon) e Tovar (o chileno Pedro Pascal, da série “Narcos”) estão numa busca incansável pelo pó preto chinês (a pólvora) para enriquecerem. O embate com uma criatura, da qual conseguem remover uma das patas, faz com que ambos estudem um atalho. Mergulham em uma viagem de dois dias à Grande Muralha, onde informam sobre a ameaça de criaturas selvagens, ao mesmo tempo em que espiam a existência de um depósito generoso da substância explosiva. Estamos na época da Dinastia Sung e, embora não faltem guerreiros que dariam conta exemplarmente da horda de bestas verdes que atacam os soldados com o único propósito de alimentarem a sua rainha, as habilidades de William e Tovar como arqueiros de algum modo se fazem necessárias. O problema é que sempre que a Comandante Mae Lin (Jing Tian, que será vista a seguir em “Kong: A Ilha da Caveira”) está no centro da ação, os dois heróis se convertem em figuras ainda mais pálidas. Em seus melhores momentos, “A Grande Muralha” é uma bela sinfonia cinematográfica, com uma harmonia no controle de multidões, cores e ação que somente Yimou seria capaz de reger – o que, inclusive, lembra seu trabalho à frente da Olimpíada de Pequim. Mas enquanto o primeiro ataque à Grande Muralha, encenado logo após o prólogo, faz valer a magnitude de uma tela grande de cinema, o que vem a seguir é dramaturgicamente frouxo, uma história de filme B filmada como blockbuster, por um realizador que não consegue adequar a superficialidade de um filme de Hollywood com sua finesse como artista.
Vídeo de bastidores legendados destaca o lendário diretor chinês de A Grande Muralha
A Universal divulgou um vídeo legendado da produção de “A Grande Muralha”, em que o elenco ocidental exalta o diretor chinês Zhang Yimou (“Herói”). Nas palavras de Matt Damon (“Jason Bourne”), trata-se de “um dos maiores cineastas do planeta”, e enquanto os elogios e a lista de suas realizações se acumulam, a lembrança de sua direção nas Olimpíadas de Pequim vem à tona, acompanhadas por cenas de bastidores que, por coincidência, parecem coreografias de abertura de olimpíada. O visual é espetacular. O filme traz Matt Damon e Pedro Pascal (série “Narcos”) como cavaleiros medievais, que, ao viajarem ao Oriente, acabam descobrindo porque a Grande Muralha foi erguida na China: para proteger seus habitantes de monstros vorazes. O elenco também inclui Willem Dafoe (“Ninfomaníaca”), Andy Lau (“O Clã das Adagas Voadoras”), Tian Jing (“O Mestre dos Jogos”), Hanyu Zhang (“O Tomar da Montanha do Tigre”) e o cantor Han Lu (da boy band EXO). A estreia está marcada para 23 de fevereiro no Brasil, uma semana após o lançamento nos EUA e dois meses depois da première na China, que já transformou o longa em sucesso internacional.
A Grande Muralha ganha vídeo épico de 9 minutos de duração
A produção de “A Grande Muralha” divulgou um vídeo de 9 minutos de ostentação para o mercado chinês. Mesmo com muitas repetições, a prévia ressalta a opulência épica do filme, destacando figurino, cenografia, centenas de figurantes e muitos efeitos visuais. Apesar de estrelada por Matt Damon (“Jason Bourne”), o vídeo também enfatiza o elenco chinês. Como a produção original é do estúdio Legendary, trata-se inevitavelmente de um filme de monstros, conforme tem sido a maioria de seus lançamentos (de “Godzilla” ao vindouro “Kong: Ilha da Caveira”). E como a Legendary foi adquirida por uma empresa chinesa, a ação se passa na China, tem coadjuvantes chineses e é dirigida por um mestre do cinema chinês, Zhang Yimou (“Flores do Oriente”). A trama traz Matt Damon e Pedro Pascal (série “Narcos”) como cavaleiros medievais, que, ao viajarem ao Oriente, acabam descobrindo porque a Grande Muralha foi erguida na China: para proteger seus habitantes de monstros vorazes, é claro. O elenco também inclui Willem Dafoe (“Ninfomaníaca”), Andy Lau (“O Clã das Adagas Voadoras”), Tian Jing (“O Mestre dos Jogos”), Hanyu Zhang (“O Tomar da Montanha do Tigre”) e o cantor Han Lu (da boy band EXO). A estreia está marcada para 16 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA e dois meses após a première na China.
A Grande Muralha: Matt Damon enfrenta monstros em novo trailer épico legendado
A Universal Pictures divulgou quatro pôsteres chineses de personagens e um novo trailer legendado de “A Grande Muralha”, superprodução épica estrelada por Matt Damon (“Jason Bourne”). Como a produção original é do estúdio Legendary, trata-se inevitavelmente de um filme de monstros, conforme tem sido a maioria de seus lançamentos (de “Godzilla” ao vindouro “Kong: Ilha da Caveira”). E como a Legendary foi adquirida por uma empresa chinesa, a ação se passa na China, tem coadjuvantes chineses e é dirigida por um mestre do cinema chinês, Zhang Yimou (“Flores do Oriente”). A prévia mostra Matt Damon e Pedro Pascal (série “Narcos”) em trajes medievais, descobrindo, ao serem detidos pelo exército chinês, a razão pela qual a Grande Muralha foi erguida na China: para proteger seus habitantes de monstros vorazes, é claro. Apesar da ênfase em efeitos visuais, o vídeo também explora a capacidade de Yimou para evocar a China feudal com uma fotografia deslumbrante, ao estilo de seus épicos de artes marciais “Herói” (2002) e “O Clã das Adagas Voadoras” (2004). Mas numa escala muito mais grandiosa, graças ao maior orçamento de sua carreira – estimado em US$ 150 milhões. O elenco também inclui Willem Dafoe (“Ninfomaníaca”), Andy Lau (“O Clã das Adagas Voadoras”), Tian Jing (“O Mestre dos Jogos”), Hanyu Zhang (“O Tomar da Montanha do Tigre”) e o cantor Han Lu (da boy band EXO). A estreia está marcada para 16 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA e dois meses após a première na China.
A Grande Muralha: Escalação de Matt Damon como herói de filme chinês gera polêmica
Uma nova polêmica cinematográfica começou a ser alimentada pelas redes sociais no fim de semana. Tudo por conta da escalação de Matt Damon (“Jason Bourne”) no filme “A Grande Muralha”. Rodado na China, com diretor, equipe técnica, financiamento, coadjuvantes e figurantes chineses, o filme está sendo acusado de ser mais uma iniciativa de Hollywood para embranquecer o cinema mundial. Quem jogou a primeira pedra foi a atriz Constance Wu, americana de origem oriental, que protagoniza a série cômica “Fresh off the Boat”. Assim que o trailer foi divulgado, ela usou as redes sociais para reclamar da escolha de Damon para viver o herói, denunciando o filme como mais uma obra para ressaltar “o racismo do mito do homem branco que pode salvar o mundo”. “Nossos heróis não se parecem com Matt Damon. Eles são como Malala. Gandhi. Mandela”, ela escreveu. Constance, porém, deixou claro que “não estava culpando Damon, o estúdio ou os financiadores chineses” da produção, mas que se tratava de chamar atenção para o problema. “Trata-se de conscientização”. Na mesma linha, o blog Angry Asian Man repercutiu “A Grande Muralha” como “o mais novo filme da tradição do Homem Branco Especial. Você pode fazer uma história em qualquer lugar e época do mundo e Hollywood encontrará alguma maneira de fazer o filme ser estrelado por um cara branco”. Recentemente, filmes como “Êxodo: Deuses e Reis” (2014), “Deuses do Egito” (2016) e o vindouro “Ghost in the Shell” sofreram acusações similares, e pelo menos no caso de “Deuses do Egito” isso se provou fatal nas bilheterias. Damon, por sinal, não é o único ator ocidental em “A Grande Muralha”, que também conta com o americano Willem Dafoe (“Ninfomaníaca”) e o chileno Pedro Pascal (série “Narcos”) em seu elenco. Com direção do mestre Zhang Yimou, responsável pelos épicos de artes marciais “Herói” (2002) e “O Clã das Adagas Voadoras” (2004), o filme tem estreia marcada para 16 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA e dois meses após a première na China.
A Grande Muralha: Matt Damon enfrenta monstros em trailer legendado de épico sobrenatural
A Universal Pictures divulgou as primeiras fotos, o pôster e o trailer legendado de “A Grande Muralha”, superprodução estrelada por Matt Damon (“Jason Bourne”). Como a produção original é do estúdio Legendary, trata-se inevitavelmente de um filme de monstros, conforme tem sido maioria de seus lançamentos (de “Godzilla” ao vindouro “Kong: Ilha da Caveira”). E como a Legendary foi adquirida por uma empresa chinesa, a ação se passa na China, tem coadjuvantes chineses e é dirigida por um mestre do cinema chinês, Zhang Yimou (“Flores do Oriente”). A prévia mostra Matt Damon e Pedro Pascal (série “Narcos”) em trajes medievais, descobrindo, em meio ao exército chinês, a razão pela qual a Grande Muralha foi erguida na China: para proteger seus habitantes de monstros vorazes, é claro. Apesar da ênfase em efeitos visuais, o vídeo também explora a capacidade de Yimou para evocar a China feudal com uma fotografia deslumbrante, ao estilo de seus épicos de artes marciais “Herói” (2002) e “O Clã das Adagas Voadoras” (2004). O elenco também inclui Willem Dafoe (“Ninfomaníaca”), Andy Lau (“O Clã das Adagas Voadoras”), Tian Jing (“O Mestre dos Jogos”), Hanyu Zhang (“O Tomar da Montanha do Tigre”) e o cantor Han Lu (da boy band EXO). A estreia está marcada para 16 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA e dois meses após a première na China.


