Jimmy Kimmel vai apresentar o Oscar 2017
O apresentador americano Jimmy Kimmel vai comandar a próxima edição do Oscar. A informação foi confirmada pelas publicações especializadas dos EUA. Será a estreia de Kimmel na função, apesar de o Oscar ser exibido pela rede ABC nos EUA, onde ele comanda seu talk show “Late Night with Jimmy Kimmel” desde 2003. Kimmel já apresentou uma cerimônia da indústria do entretenimento neste ano: o Emmy, principal troféu televisivo dos EUA. E esta também será a primeira vez que um apresentador comandará o Oscar e o Emmy no mesmo ciclo de premiação. Em suas edições mais recentes, o evento máximo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA teve Chris Rock, Neil Patrick Harris e Ellen DeGeneres como apresentadores. A cerimônia do Oscar 2017 vai acontecer no dia 26 de fevereiro no teatro Dolby, em Los Angeles, com transmissão no Brasil pela rede Globo e pelo canal pago TNT.
Produtores de Cinquenta Tons de Cinza e Jason Bourne farão a cerimônia do Oscar 2017
Os produtores Michael De Luca (“Cinquenta Tons de Cinza”) e Jennifer Todd (“Jason Bourne”) assinaram contrato para comandar a 89ª edição do Oscar. A escolha da dupla, que normalmente não trabalha junta, se deve à sua experiência com premiações. Atualmente, os dois atuam como copresidentes do PGA Awards, a premiação do Sindicato dos Produtores de Hollywood. Em entrevista ao site The Wrap, De Luca afirmou que pretende empregar um tom bem-humorado na cerimônia: “Nós gostamos do Oscar conduzido com alegria e humor, especialmente depois dos últimos dois anos que tivemos neste país e pelo modo como nossa consciência coletiva foi atingida”, disse ele. No entanto, o produtor deixa claro que a intenção não é transformar o Oscar 2017 num show stand-up de piadas. “Não queremos que seja um roast [show com piadas cruéis contra determinadas pessoas]. Mesmo se a cerimônia for engraçada, o objetivo ainda é honrar as incríveis contribuições dos indicados para o cinema”, finalizou. Vale destacar que De Luca raramente produz comédias. As duas últimas que produziu estão entre as piores já feitas neste século, “O Babá(ca)” (2011) e “O Guru do Amor” (2008). A cerimônia do Oscar 2017 será realizada no dia 26 de fevereiro, em Los Angeles, com transmissão no Brasil pelos canais Globo e TNT.
Domingos de Oliveira é o grande vencedor do Festival de Gramado 2016
O drama “Barata Ribeiro, 716”, do veterano cineasta Domingos de Oliveira, foi o vencedor da 44ª edição do Festival de Gramado. E além do Kikito de Melhor Filme, o diretor também conquistou os troféus de Melhor Direção e Trilha Sonora, que ele assinou. Para completar, seu filme ainda rendeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Glauce Guima. A premiação ocorreu na noite de sábado (3/9) e, segundo informações dos grandes portais, manteve o tom político que marcou a abertura do festival, quando foi exibido “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho. Além de discursos e slogans, alguns atores carregavam cartazes de protesto. Teve até faixa da época das “Diretas Já”, numa demonstração anacrônica. E quando o logotipo do Ministério da Cultura, que apoia o evento e o cinema brasileiro, foi exibido, vaias sonoras foram disparadas. Há quatro meses, quando o Ministério foi temporariamente extinto, a classe artística entrou em frenesi, com medo de um apagão cultural, graças ao destino incerto dos financiamentos públicos, e promoveu ocupações de museus e equipamentos culturais para pedir sua volta. O Ministério voltou, o novo ministro garantiu a manutenção dos programas de financiamento. E o que em maio era considerado primordial para a existência da classe, após o afago e a mão estendida passou a ser metaforicamente apedrejado e escarrado, como no poema de Augusto dos Anjos. Nada disso impediu a emocionante consagração de Domingos de Oliveira. O diretor foi ao palco receber seus prêmios amparado por Caio Blat, protagonista de “Barata Ribeiro, 716”, que interpreta um alterego do cineasta, já que a trama é baseada em memórias de sua juventude. Por sofrer de Mal de Parkinson, Oliveira tem dificuldades para caminhar e falar. Seu discurso, ao receber o troféu de Melhor Direção, foi uma contagem até 79, sua idade. “A vida não é curta. É curtíssima”, acrescentou, conforme registro do G1. Na “curta” carreira do cineasta, “Barata Ribeiro, 716” é seu 18º longa-metragem. Foi aplaudido de pé pelo público presente ao Palácio dos Festivais, lotado. O filme se passa na época de um golpe de estado verdadeiro, ao acompanhar o engenheiro e aspirante a escritor Felipe (Caio Blat) numa vida de festas alucinantes, no apartamento que ganhou do seu pai na famosa rua Barata Ribeiro, em Copacabana. Lá, ele e seus amigos desfrutam de tudo que a liberdade pode oferecer durante o começo dos anos 1960. Liberdade que terminaria com o golpe militar de 1964. A segunda vitória mais aplaudida foi a de Andreia Horta, ao receber o Kikito de Melhor Atriz pelo papel-título de “Elis”, cinebiografia da cantora gaúcha Elis Regina. “Quero agradecer a todos que acreditaram que eu podia fazer esse trabalho”, discursou ela, feliz pelo reconhecimento obtido “aqui, na terra dela, no Sul”. O filme chega aos cinemas em 24 de novembro. “O Roubo da Taça” foi outro destaque da premiação. O filme de Caíto Ortiz rompeu uma tradição de Gramado, que não costuma premiar comédias, e levou quatro estatuetas: Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Roteiro e Melhor Ator para Paulo Tiefenthaler, considerado, segundo o UOL, a zebra da noite, já que as apostas eram em Caio Blat. “Ainda existe preconceito com a comédia, precisa ter timing, não é só ser uma aventura ou um filme de gags. A situação toda é patética e, dentro disso, fizemos um filme bom. Foi um presente, um reconhecimento”, declarou Tiefenthaler ao portal, refletindo sobre o tema da produção: o roubo da Taça Jules Rimet do interior da CBF. “O Silêncio do Céu” levou o prêmio especial do júri. Apesar de protagonizado por Carolina Dieckmann e Leonardo Sbaraglia, o longa de suspense é falado em espanhol, com apenas uma curta cena em português. O filme também já possuiu estreia agendada nos cinemas para breve, no dia 22 de setembro. Entre as premiações de curta-metragem, categoria vencida pelo brasiliense “Rosinha”, de Gui Campos, chamou atenção a lembrança de Elke Maravilha, recentemente falecida, que conquistou um Prêmio Especial do Júri por seu desempenho em “Super Oldboy”, filme que ainda venceu o troféu do público. Confira abaixo a lista completa com todos os prêmios. Vencedores do Festival de Gramado 2016 LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS Melhor Filme “Barata Ribeiro, 716”, de Domingos Oliveira Melhor Direção Domingos Oliveira (“Barata Ribeiro, 716”) Melhor Atriz Andréia Horta (“Elis”) Melhor Ator Paulo Tiefenthaler (“O Roubo da Taça”) Melhor Atriz Coadjuvante Glauce Guima (“Barata Ribeiro, 716”) Melhor Ator Coadjuvante Bruno Kott (“El Mate”) Melhor Roteiro Lucas Silvestre e Caíto Ortiz (“O Roubo da Taça”) Melhor Fotografia Ralph Strelow (“O Roubo da Taça”) Melhor Montagem Tiago Feliciano (“Elis”) Melhor Trilha Musical Domingos Oliveira (“Barata Ribeiro, 716”) Melhor Direção de Arte Fábio Goldfarb (“O Roubo da Taça”) Melhor Desenho de Som Daniel Turini, Fernando Henna, Armando Torres Jr. e Fernando Oliver (“O Silêncio do Céu”) Melhor Filme – Júri Popular “Elis”, de Hugo Prata Melhor Filme – Júri da Crítica “O Silêncio do Céu”, de Marco Dutra Prêmio Especial do Júri “O Silêncio do Céu”, pelo domínio da construção narrativa e da linguagem cinematográfica LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS Melhor Filme “Guaraní”, de Luis Zorraquín Melhor Direção Fernando Lavanderos (“Sin Norte”) Melhor Atriz Verónica Perrotta (“Os Golfinhos Vão para o Leste”) Melhor Ator Emilio Barreto (“Guaraní”) Melhor Roteiro Luis Zorraquín e Simón Franco (“Guaraní”) Melhor Fotografia Andrés Garcés (“Sin Norte”) Melhor Filme – Júri Popular “Esteros”, de Papu Curotto Melhor Filme – Júri da Crítica “Sin Norte”, de Fernando Lavanderos Prêmio Especial do Júri “Esteros”, pela direção delicada e inteligente da história de amor dos atores mirins. CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS Melhor Filme “Rosinha”, de Gui Campos Melhor Direção Felipe Saleme (“Aqueles Cinco Segundos”) Melhor Atriz Luciana Paes (“Aqueles Cinco Segundos”) Melhor Ator Allan Souza Lima (“O Que Teria Acontecido ou Não Naquela Calma e Misteriosa Tarde de Domingo no Jardim Zoológico”) Melhor Roteiro Gui Campos (“Rosinha”) Melhor Fotografia Bruno Polidoro (“Horas”) Melhor Montagem André Francioli (“Memória da Pedra”) Melhor Trilha Musical Kito Siqueira (“Super Oldboy”) Melhor Direção de Arte Camila Vieira (“Deusa”) Melhor Desenho de Som Jeferson Mandú (“O Ex-Mágico”) Melhor Filme – Júri Popular “Super Oldboy”, de Eliane Coster Melhor Filme – Júri da Crítica “Lúcida”, de Fabio Rodrigo e Caroline Neves Prêmio Especial do Júri Elke Maravilha (“Super Oldboy”) e Maria Alice Vergueiro (“Rosinha”), pela contribuição artística de ambas Prêmio Aquisição Canal Brasil “Rosinha”, de Gui Campos
Com direção de Fernando Meirelles, abertura das Olimpíadas do Rio recebe elogios do mundo inteiro
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, dirigida pelo cineasta Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”), encantou o mundo e foi coberta de elogios pela imprensa internacional, especialmente pela criatividade, relevância e capacidade de tirar o máximo de seus recursos. O jornal americano USA Today chegou a chamar atenção para a diferença de orçamento em relação às Olimpíadas de Londres e Pequim, que contaram, respectivamente, com 12 e 20 vezes mais dinheiro para tentar impressionar o público. “Quem precisa de dinheiro quando você tem consciência?”, questionou a publicação ao destacar que a cerimônia brasileira focou em temas sustentáveis, como aquecimento global e reflorestamento. Ainda segundo a jornalista norte-americana Christine Brennan, que assinou o texto, a cerimônia focada em responsabilidade social foi “uma das mais belas” que ela já viu dentre as 17 edições olímpicas em que trabalhou. O também americano The New York Times aproveitou o momento em que Jorge Ben Jor interpretava “País Tropical” para apontar: “Você vê que as fantasias e o cenário não são tão luxuosos como os de outras cerimônias, mas isto realmente não importa quando você tem uma energia como esta.” O jornal inglês The Guardian destacou que a abertura foi “um interessante contraste com as últimas duas cerimônias de abertura”. “O tema de Pequim 2008 foi a China é grande, o de Londres 2012 foi a Grã-Bretanha FOI grande. O tema de hoje? É melhor nós começarmos a fazer algo sobre o meio-ambiente ou talvez não tenhamos muitas Olimpíadas para celebrar no futuro”. Também dos Estados Unidos, o jornal Boston Globe afirmou: “Se você estava em dúvida sobre assistir à cerimônia de abertura, vale a pena! Uma apresentação visualmente deslumbrante.” O espanhol El País avaliou que cerimônia foi “um êxito para o Brasil”, que “deixou de lado as diversas crises que vive o país”. Apesar de toda a tensão, “durante mais de três horas, o Brasil se deu um respiro”. “A crise política e a recessão econômica ficaram de fora no Maracanã”, afirma a análise. “Houve orgulho, muito orgulho por parte de um país que tem tido poucos motivos para isso nos últimos meses”. Outro inglês, o Telegraph opinou: “É como se alguém tivesse apertado o botão e ligado as pessoas. De repente, tudo é esplêndido.” “Espetacular, espetacular, espetacular”, repetiu várias vezes o chileno La Tercera. Mas talvez a melhor análise tenha sido de uma publicação voltada à cobertura cinematográfica. A revista The Hollywood Reporter fez uma crítica consagradora, centrada no trabalho de Fernando Meirelles, contrapondo a tecnologia de última geração utilizada nas duas últimas olimpíadas com o que classificou de “uma abertura análoga refrescante, definida pela rica humanidade, calor exuberante e espírito de resiliência infatigável” dos brasileiros. O texto lembrou que a palavra chave do espetáculo foi “gambiarra”, a capacidade de “fazer algo especial com poucos recursos”. “A abertura do Rio foi uma demonstração emocionalmente impactante dessa capacidade, cujo espírito tem mais a ver com o prazer coletivo e a sensação de triunfo que costuma ser mais associada às cerimônias de encerramento. Energia juvenil, otimismo e inclusão social baniu o cinismo, a corrupção e a ansiedade desses tempos tão divisivos. Foi algo de grande beleza para se testemunhar”. A recepção do público para a delegação dos refugiados, que só tiveram menos aplausos que a delegação nacional, também foi saudada. “Como um reflexo do nossa brutalmente dividido mundo contemporâneo, o momento falou volumes e foi profundamente comovente”. O jornalista da revista, David Rooney, ainda elogiou o repertório musical e o cenário, que evocava favelas. “Ao reconhecer que a pobreza é uma parte inegável do tecido social da cidade, Meirelles fez desta uma abertura para toda a população, ricos e pobres. As vozes sedutoras da estrela contemporânea Anitta ladeada pelos adorados veteranos Gilberto Gil e Caetano Veloso também ajudaram a abranger gerações”. E citando o tema do reflorestamento, elogiou: “É impossível não concluir que o Brasil, pelo menos por esta noite, conseguiu superar os problemas do mundo. Agora, o que eles vão fazer como ato de encerramento?” Além de Meirelles, o espetáculo também foi assinado pelos diretores Andrucha Waddington (“Os Penetras”) e Daniela Thomas (“Insolação”), e a coreógrafa Deborah Colker (“Veja Esta Canção”).
Oscar 2016: Para acelerar cerimônia, listas de agradecimentos serão mostrados em vídeo
Os produtores do Oscar 2016, Reginald Hudlin e David Hill, anunciaram a implementação de uma medida para acelerar a cerimônia. Geralmente criticado pela longa duração dos agradecimentos dos premiados, o evento deste ano contará com o auxílio da tecnologia para cortar a fase mais chata dos discursos. A ideia é projetar em vídeo a lista de todos que merecem agradecimentos, do produtor à mãe dos indicados, deixando o microfone aberto apenas para os premiados expressarem sua emoção pela conquista. A inovação foi apresentada pelos produtores durante o almoço especial com os indicados ao Oscar, na última segunda-feira (8/2). Eles encorajaram os presentes a prepararem discursos mais emotivos e que tenham algum verdadeiro significado, em vez de lutarem para lembrar o nome de todos com quem trabalharam. Para isso, pedem que os indicados preencham uma lista de agradecimentos prévios, que serão exibidos pela TV durante a entrega de seus prêmios. Segundo os produtores, o objetivo também visa evitar constrangimentos, como o caso de Dana Perry, vencedora do Melhor Documentário em Curta-metragem de 2015 por “Disque-Crise para Veteranos”. Durante seu discurso, ela tentou falar sobre o suicídio do filho, mas foi interrompida pela orquestra pois já havia gasto os 45 segundos permitidos. A cerimônia de entrega do Oscar 2016 acontecerá no dia 28 de fevereiro com apresentação do comediante Chris Rock. No Brasil, a premiação será exibida pela rede Globo e pelo canal pago TNT.




