Sonia Braga vai estrelar filme sobre Nossa Senhora de Fátima
A atriz Sonia Braga (“Aquarius”) vai estrelar um longa sobre a aparição de Nossa Senhora de Fátima. Intitulada “Fátima”, a produção foi anunciada durante encontro de mercado no Festival de Cannes. Sonia Braga irá interpretar o papel de Irmã Lúcia, o que significa que a trama deve refletir o legado de Fátima, décadas após as visões originais. Lúcia foi uma das três crianças camponesas (os chamados três pastorinhos) que alegaram ter visto por seis vezes a Virgem Maria, entre maio e outubro de 1917, na cidade portuguesa que dá nome ao longa. Ela foi beatificada em 2008, três anos após sua morte, ao 97 anos de idade. As outras duas crianças, Jacinta e Francisco, que morreram entre 1918 e 1919 durante uma pandemia de gripe, foram canonizados na semana passada pelo papa Francisco. Existem rumores de que a irmã Lúcia foi substituída por uma impostora nos anos 1950 com o objetivo de não pressionar o Vaticano a publicar o terceiro segredo de Fátima, o qual deveria ser revelado após sua morte e que conteria um tema apocalíptico. Anos depois, o segredo foi revelado como sendo a tentativa de assassinato sofrida pelo Papa João Paulo II. Mas dez anos depois, o Papa Bento XVI afirmou que “iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída”. Além da brasileira, o elenco também tem confirmado o ator americano Harvey Keitel (“Juventude”), em papel não revelado. “Estamos emocionados com a ideia de trabalhar com a incrível equipe por trás de ‘Fátima’, incluindo os memoráveis e talentosos Harvey Keitel e Sonia Braga”, declarou o produtor Gary Hamilton, em comunicado à imprensa. “Cannes é o lugar perfeito para apresentar a potenciais compradores esse projeto comovente, cujos personagens acabaram de ser canonizados pelo papa e que têm uma impressionante quantidade de fiéis ao redor do mundo”, completou. A direção do longa está a cargo do italiano Marco Pontecorvo, diretor de fotografia de longa carreira no cinema e na TV (“Cartas Para Julieta” e filme “Game of Thrones”), e filho do lendário cineasta Gillo Pontecorvo, de “A Batalha de Argel” (1966).
Scorsese transcende e deixa o cinema mudo com Silêncio
Martin Scorsese sempre usou de forma deliberada o efeito do silêncio em seus filmes. Muito do que intriga até hoje em “Taxi Driver” (1976) são as cenas silenciosas de Robert De Niro dirigindo e observando Nova York. Famosos também são os silêncios de “Touro Indomável” (1980) – especialmente na cena em que um lutador adversário momentaneamente estuda Jake LaMotta antes de partir para cima dele e demoli-lo. Outra inesquecível acontece em “Os Infiltrados” (2006), no trecho em que Matt Damon descobre o número do celular de Leonardo DiCaprio e liga para checar se o outro se entrega pela voz. A cena dura uns 15 segundos, e ninguém fala ao telefone. Os dois ficam apenas sentindo a presença do outro, e esse pequeno branco na trilha ecoa por todo o filme. Scorsese é chegado nestas brincadeiras sensoriais, mas nunca trabalhou esse efeito de forma tão depurada como faz agora em “Silêncio”. Sequer há uma trilha sonora no filme. O protagonista, o padre Rodriguez (vivido por Andrew Garfield, de “Até o Último Homem”), é testemunha de tantas atrocidades em sua viagem clandestina para o Japão, que passa o filme inteiro pedindo a Deus um sinal de intervenção contra as barbaridades do mundo. E se tortura frente a falta de resposta. As três horas em que o personagem imerge neste conflito de dúvida e crise estão sendo vistas por muitos críticos como um calvário. Pode-se reclamar da autenticidade da cena, afinal os jesuítas portugueses falam o tempo todo em inglês, ou ainda da intolerância com que o Shogun no filme persegue os missionários, afinal a reação nipônica vai justamente contra o interesse europeu de usar os jesuítas para tentar colonizar o Japão. Mas não se trata de um filme com fronteiras bem definidas, a destacar as acusações de maniqueísmo (os japoneses sendo mostrados como algozes e os jesuítas como vítimas). Scorsese nunca trabalha personagens ou questões de forma redutora. É preciso quebrar a superfície das aparências para entender o que o diretor experimenta nesta adaptação do livro de Shusaku Endo. “Silêncio” é um filme de oposição. Evolui na direção exatamente inversa à da Hollywood contemporânea (não à toa, o filme foi ignorado na festa do Oscar). Por vezes, ele nos diz o quanto existe de crença em cada adulto. Outras, enfatiza o quanto pode haver de infantil na fé de cada um. E a medida que o filme evolui, e conforme Andrew Garfield se entrega de corpo e alma a esse estranho padre em que corpo e alma nunca coincidem, o filme passa a se particularizar. Vistos do alto, o bispo e dois jesuítas aparecem como três figuras diminutas, logo numa das primeiras cenas. Depois, o mesmo ocorre quando nos deparamos com os missionários dentro de um barco, sendo açoitados pelas águas do mar com um ponto de vista do céu. A pequenez humana instaura-se plenamente em dois cortes. O curioso é como Scorsese rompe essa estrutura nas cenas seguintes. Começa como uma ideia pequena, mas o diretor sugere que as mínimas dúvidas deste diminuto padre estão crescendo. E elas, de fato, aumentam até tomar um tamanho assombroso. Não são só dúvidas: o medo frente ao vazio e a morte abate o personagem de tal modo, que ele se acovarda e, à certa altura, deixa bem claro que está prestes a desistir da sua missão. É por isso que ele procura tão obsessivamente seu mestre desaparecido (vivido por Liam Neeson, de “Busca Implacável”) em Nagasaki. Em sua busca por uma resposta que não se materializa, nem pelo homem e nem por Deus, ele se afunda numa espécie de embriaguez, que cala cada vez mais fundo. Em estrutura, o filme lembra muito a viagem de Willard (Martin Sheen) na selva asiática de “Apocalypse Now” (1979), o que nos leva a deduzir que este talvez seja o “Coração das Trevas” de Scorsese. A ambição é grande, mas as semelhanças com a ópera de guerra de Francis Ford Coppola param por aí. Scorsese foge o tempo todo do espalhafatoso, da grandiloquência. Cada detalhe é depurado. O roteiro, a composição dos atores, a encenação. A forma como o diretor trabalha com os espaços intriga. Amplos, em princípio, gradativamente vão encolhendo no decorrer da projeção, até o personagem ficar encerrado numa cela diminuta. Há, aliás, os espaços físicos e, também, os psicológicos. De repente, o espectador precisa lidar com diversos ambientes ulteriores: espaços que repercutem em outros espaços; situações que invadem outras e mudam nossas percepções, situações anteriores e comportamentos que acreditávamos já entender ou conhecer por completo. De certo, olhando de longe há carrascos e vítimas em cena, mas aproximando-se um pouco mais, existe uma questão filosófica um pouco mais sutil sobre a dimensão do que é visto e do que transcende essa condição. É antes de tudo o mistério do ser e do crer que Scorsese consegue com êxito captar na sua complexidade. Cada um porta em si uma parte indefinível de luz e de sombra, a exemplo do personagem encarnado por um Andrew Garfield magistral: sua inocência, seu sofrimento, sua estupidez o tornam demasiado humano. Curioso também como as diferenças entre a cultura ocidental e oriental, que antes são mostradas como imensas, a certa altura se unem e quase parecem indistinguíveis. Antes de morrer, um velho japonês diz ao jesuíta que soube lhe estender a mão: “Eu estou em ti, tu estás em mim… Nós estamos juntos…” Em essência, no filme, a terra fica cada vez mais escura, o céu mais sombrio e os ditames políticos parecem cada vez mais opressivos, mas alguma coisa misteriosa, no íntimo, continua a ser partilhada por todos. Alguns podem enxergar consolo religioso nisso. Claro que não vou contar o que acontece, mas penso que Scorsese transcende a religião. O espectador fica a vontade para decidir e discutir.
Filme do Papa Francisco é rico, envolvente e evita a propaganda religiosa
O Papa Francisco é uma figura pública das mais admiráveis da atualidade. Por seu despojamento, sua simplicidade ao exercer o poder que tem, pela procura por ouvir, acolher e entender mais do que julgar ou restringir as pessoas e a diversidade humana. É um homem que pratica o que prega e o faz com humildade. Sua inserção neste nosso cada vez mais insensato mundo trouxe um sopro de tolerância e liberdade, que há muito se fazia necessário, sobretudo partindo da poderosa Igreja Católica. Chega a seu quarto ano de papado e ganha uma cinebiografia para celebrá-lo. O personagem é cativante e merece o apoio que tem recebido dos homens e mulheres de bem, sejam religiosos ou não. O problema que esse tipo de filme pode trazer é ser chapa-branca e servir apenas à propaganda ou propagação de uma religião. Ou só falar aos já convertidos. O título em português: “Papa Francisco: Conquistando Corações” só reforça essa impressão marqueteira. No entanto, o título original é outra coisa: “Francisco: El Padre Jorge” e corresponde muito melhor ao que é o filme e ao personagem que retrata. Jorge Bergoglio, o padre Jorge, que se tornou Papa, o primeiro da América Latina, é uma pessoa forjada no convívio com as questões sociais de uma região empobrecida. Sendo um homem de ir às ruas e ao contato com as pessoas, desenvolveu sensibilidade para ir muito além da doutrina e suas regras, o que seu antecessor Bento XVI, Joseph Ratzinger, não demonstrava. O filme mostra isso e coloca claramente os dois polos, o inovador e o conservador, mas evita qualquer crítica ao papa que renunciou. Ao contrário, até traz uma fala de Francisco, colocando como corajoso e revolucionário o seu ato surpreendente de renúncia. Certamente não convinha a crítica direta ou a comparação de estilos. Seria quase afrontoso fazê-lo, tão gritante é essa diferença. Da mesma maneira, o filme cita os escândalos da pedofilia na igreja e o do Banco do Vaticano, mas não lida com esses temas. Do casamento gay nem se fala. A questão do aborto aparece numa cena do papa, confortando uma fiel, que chorava e se dizia arrependida de ter tirado o feto. Terrível, mas algo passível de ser acolhido ou perdoado. A questão é mais complexa e pode dispensar essa culpa toda, mas já há algum avanço aí. De resto, o filme mostra a evolução do padre Jorge em cenas muito menos convincentes sobre a sua juventude, relações familiares e interesse por eventuais namoradas do que na sua vida adulta de padre, bispo, cardeal de Buenos Aires. Em parte, porque o ator que faz o jovem padre Jorge, Gabriel Gallicchio (novela “Entre Canibais”), não é muito expressivo no papel, enquanto o grande ator argentino Darío Grandinetti, bem conhecido do público brasileiro por filmes como “Fale Com Ela” (2002) e “Julieta” (2016), ambos de Pedro Almodóvar, ou “Relatos Selvagens” (2014), de Damián Szifron, encarna magistralmente o papa Francisco. A narrativa explora o período que envolve o conclave que elegeu Ratzinger e depois, o que elegeu Bergoglio, por meio do relacionamento do padre Jorge com a jornalista Ana, papel da ótima atriz espanhola Silvia Abascal (“O Lobo”), cuja parceria com Grandinetti resulta estupenda. O filme está longe de apresentar uma história simplificada ou adocicada. É uma boa produção, dirigida por Beda DoCampo Feijóo (“Amores Locos”), cineasta nascido em Vigo, na Espanha, mas radicado na Argentina desde que era bebê, e que se baseou em livro de uma jornalista argentina correspondente do Vaticano. Mostra os conflitos, as dificuldades e as questões que envolveram Bergoglio e a ditadura militar argentina, incluindo as denúncias feitas quando o atual papa assumiu. Explica e defende o papel que ele teve naquela ocasião, junto aos padres jesuítas sequestrados, além de outros atos de solidariedade que, como mostra o filme, parecem não só comuns como definidores da personalidade e da atuação do padre Jorge. Enfim, é um história rica e e envolvente e que não entra naquela categoria indesejável de filme religioso de propaganda.
Série The Young Pope será exibida no Brasil pela Fox Premium
Muitos imaginavam ver a nova série “The Young Pope” na HBO, mas a atração vai estrear na Fox Premium no Brasil. Assim, a série, que já passou na Europa e estreou no domingo (15/1) na HBO americana, só deve chegar ao público brasileiro “nos próximos meses”, como diz o release da empresa. Em outras palavras, quando terminar sua exibição nos EUA. A série é uma produção original do canal pago britânico Sky Atlantic, que fechou parceria com o HBO e o francês Canal+ para sua realização. Já renovada para sua 2ª temporada, traz Jude Law (“Sherlock Holmes”) no papel fictício do Papa Pio XIII, o primeiro papa americano, que apesar de ser o mais jovem papa da História se revela o mais conservador e toma uma série de medidas polêmicas. Criada pelo cineasta Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar 2014 de Melhor Filme Estrangeiro por “A Grande Beleza”, a produção foi concebida em parceria com os roteiristas Umberto Contarello (também de “A Grande Beleza”) e Stefano Rulli (“A Bela que Dorme”). E, além de produzir, Sorrentino também dirige o piloto, que foi exibido no Brasil em primeira mão na Mostra de São Paulo. O elenco ainda inclui Diane Keaton (“O Natal dos Coopers”), Scott Shepherd (“Ponte dos Espiões”), Cécile De France (“O Enigma Chinês”), Javier Cámara (“Viver É Fácil com os Olhos Fechados”), Ludivine Sagnier (“O Dublê do Diabo”), Silvio Orlando (“Um Castelo na Itália”), James Cromwell (“O Artista”), Toni Bertorelli (“O Crocodilo”), Guy Boyd (“Foxcatcher”) e Sebastian Roché (série “The Originals”).
The Young Pope: Série polêmica estrelada por Jude Law é renovada antes da estreia
Antes mesmo de sua estreia, a série “The Young Pope” conseguiu a renovação antecipada para a 2ª temporada. Originalmente concebida como minissérie, a atração agradou a seus diversos parceiros internacionais, que decidiram pagar para ver onde a trama é capaz de chegar em mais um ano de produção. Criada pelo cineasta Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar 2014 de Melhor Filme Estrangeiro por “A Grande Beleza”, a série conta a história fictícia do Papa Pio XIII, o primeiro papa americano, que apesar de ser o mais jovem papa da História se revelará o mais conservador e tomará uma série de medidas polêmicas. Sorrentino desenvolveu o projeto com Umberto Contarello (roteirista de “A Grande Beleza”) e Stefano Rulli (roteirista de “A Bela que Dorme”) e, além de produzir, também dirige o piloto, que será exibido no Brasil em primeira mão na Mostra de São Paulo. Além de Jude Law (“Sherlock Holmes”) no papel-título, o grandioso elenco internacional da produção ainda inclui Diane Keaton (“O Natal dos Coopers”), Scott Shepherd (“Ponte dos Espiões”), Cécile De France (“O Enigma Chinês”), Javier Cámara (“Viver É Fácil com os Olhos Fechados”), Ludivine Sagnier (“O Dublê do Diabo”), Silvio Orlando (“Um Castelo na Itália”), James Cromwell (“O Artista”), Toni Bertorelli (“O Crocodilo”), Guy Boyd (“Foxcatcher”) e Sebastian Roché (série “The Originals”). Coproduzida pelo canal pago americano HBO, o britânico Sky e o francês Canal+, a série tem locações no Vaticano, na Itália, nos EUA e na África e é inteiramente falada em inglês para atender ao público internacional. A estreia está marcada para 27 de outubro no Reino Unido e apenas em fevereiro na HBO americana. Confira um trailer da série aqui.
The Young Pope: Jude Law vive um Papa jovem e ameaçador em novo vídeo da minissérie
O canal pago americano HBO começou sua divulgação da minissérie “The Young Pope” (Il Giovane Papa), que traz inglês Jude Law (“Sherlock Holmes”) no papel-título. O primeiro teaser americano, três meses após o início da divulgação britânica, demonstra o tom ameaçador do protagonista, o papa mais jovem e o primeiro americano a chefiar a Igreja Católica. Criada pelo cineasta Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar 2014 de Melhor Filme Estrangeiro por “A Grande Beleza”, a atração terá 8 episódios e abordará a história fictícia do Papa Pio XIII, que apesar de ser o mais jovem papa da História se revelará o mais conservador. Sorrentino desenvolveu o projeto com Umberto Contarello (roteirista de “A Grande Beleza”) e Stefano Rulli (roteirista de “A Bela que Dorme”) e, além de produzir, também dirige o piloto. O grandioso elenco internacional ainda inclui Diane Keaton (“O Natal dos Coopers”), Scott Shepherd (“Ponte dos Espiões”), Cécile De France (“O Enigma Chinês”), Javier Cámara (“Viver É Fácil com os Olhos Fechados”), Ludivine Sagnier (“O Dublê do Diabo”), Silvio Orlando (“Um Castelo na Itália”), James Cromwell (“O Artista”), Toni Bertorelli (“O Crocodilo”), Guy Boyd (“Foxcatcher”) e Sebastian Roché (série “The Originals”). Coproduzida pelo canal pago americano HBO, o britânico Sky e o francês Canal+, a série tem locações no Vaticano, na Itália, nos EUA e na África e é inteiramente falada em inglês para atender ao público internacional. A estreia está marcada para 27 de outubro no Reino Unido e apenas em fevereiro na HBO americana.
The Young Pope: Jude Law vive um Papa jovem e ameaçador no trailer e fotos da minissérie
O canal pago britânico Sky Atlantic divulgou 15 fotos, duas cenas e o promissor trailer completo da minissérie “The Young Pope” (Il Giovane Papa), que traz inglês Jude Law (“Sherlock Holmes”) no papel-título. Ele demonstra um inesperado tom ameaçador ao interpretar o papa mais jovem e o primeiro americano a chefiar a Igreja Católica, na atração criada pelo cineasta Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar 2014 de Melhor Filme Estrangeiro por “A Grande Beleza”. A atração terá 8 episódios e abordará a história fictícia do Papa Pio XIII, que apesar de ser o mais jovem papa da História se revelará o mais conservador. Sorrentino desenvolveu o projeto com Umberto Contarello (roteirista de “A Grande Beleza”) e Stefano Rulli (roteirista de “A Bela que Dorme”) e, além de produzir, também dirige o piloto. O grandioso elenco internacional ainda inclui Diane Keaton (“O Natal dos Coopers”), Scott Shepherd (“Ponte dos Espiões”), Cécile De France (“O Enigma Chinês”), Javier Cámara (“Viver É Fácil com os Olhos Fechados”), Ludivine Sagnier (“O Dublê do Diabo”), Silvio Orlando (“Um Castelo na Itália”), James Cromwell (“O Artista”), Toni Bertorelli (“O Crocodilo”), Guy Boyd (“Foxcatcher”) e Sebastian Roché (série “The Originals”). Coproduzida pelo canal pago americano HBO, o britânico Sky e o francês Canal+, a produção tem locações no Vaticano, na Itália, nos EUA e na África e é inteiramente falada em inglês para atender ao público internacional. A estreia está marcada para 27 de outubro no Reino Unido e apenas em fevereiro na HBO americana.
Novo filme de Scorsese terá mais de três horas de duração
O novo filme do diretor Martin Scorsese terá mais de 3 horas de duração. Segundo o site da revista Variety, o drama de época “Silence” terá 195 minutos (3 horas e 15 minutos). Apesar de sua duração ter sido revelada, o filme ainda não tem um corte final, nem data prevista para seu lançamento, por conta de atrasos nas filmagens, após um acidente em que um membro da equipe faleceu. “O filme deve estar pronto em torno de outubro, mas não sei quando eles vão querer lançá-lo”, disse Scorsese em entrevista ao Showbiz 411. A princípio, a expectativa é que o filme seja lançado no final do ano, visando qualificação para concorrer ao Oscar 2017. Scorsese desenvolve a adaptação do romance escrito pelo japonês Shusaku Endo há mais de 15 anos. O roteiro foi escrito por Jay Cocks, repetindo a parceria de “Gangues de Nova York” (2002). Ambientado no século 17, o longa acompanha o jovem jesuíta português Sebastião Rodrigues, enviado ao Japão para investigar o seu mentor, Frei Cristóvão Ferreira, que é acusado de ter cometido apostasia. O elenco grandioso inclui Liam Neeson (“Busca Implacável”), Andrew Garfield (“O Espetacular Homem-Aranha”), Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Ciarán Hinds (“Hitman: Agente 47”)
The Young Pope: Minissérie com Jude Law terá première no Festival de Veneza
A minissérie “The Young Pope”, que traz Jude Law como o fictício Papa Pio XIII, terá sua première mundial no Festival de Veneza deste ano. Os primeiros dois episódios da atração, dirigidos pelo italiano Paolo Sorrentino (do vencedor do Oscar “A Grande Beleza”), terão première mundial no evento, com exibição fora de competição. O primeiro filme de Sorrentino, “One Man Up” (L’uomo in più, 2001), foi lançado no Festival de Veneza e agora sua primeira incursão na TV repete a mesma trajetória. “É uma honra para mim retornar a Veneza”, afirmou o diretor em comunicado. “Eu estava aqui com o meu primeiro filme, e agora estou retornando com a minha primeira série de televisão. Como eu não acredito em coincidências, eu prefiro acreditar que hoje, assim como naquela época, o festival ousa em suas escolhas”. Sorrentino desenvolveu o projeto com Umberto Contarello (roteirista de “A Grande Beleza”) e Stefano Rulli (roteirista de “A Bela que Dorme”) e, além de produzir, também dirige os primeiros episódios. A atração terá ao todo 8 capítulos e abordará a história fictícia do Papa Pio XIII, que apesar de ser o mais jovem papa da História se revelará o mais conservador. O grandioso elenco internacional ainda inclui Diane Keaton (“O Natal dos Coopers”), Scott Shepherd (“Ponte dos Espiões”), Cécile De France (“O Enigma Chinês”), Javier Cámara (“Viver É Fácil com os Olhos Fechados”), Ludivine Sagnier (“O Dublê do Diabo”), Silvio Orlando (“Um Castelo na Itália”), James Cromwell (“O Artista”), Toni Bertorelli (“O Crocodilo”), Guy Boyd (“Foxcatcher”) e Sebastian Roché (série “The Originals”). Coproduzida pelo canal pago americano HBO, o italiano Sky e o francês Canal+, a produção tem locações no Vaticano, na Itália, nos EUA e na África e é inteiramente falada em inglês para atender ao público internacional. A 73ª edição do Festival de Veneza acontecerá entre 31 de agosto e 10 de setembro. Por sua vez, “The Young Pope” deve começar a ser exibida apenas em outubro nos EUA.
Terrence Malick vai filmar história de austríaco que preferiu morrer a lutar por Hitler
O cineasta Terrence Malick definiu o tema e já escalou o intérprete de seu próximo filme. Segundo o site The Hollywood Reporter, o ator alemão August Diehl (“Bastardos Inglórios”) vai estrelar a cinebiografia de Franz Jägerstätter, um austríaco que se negou a servir no exército nazista, alegando objeção de consciência por não concordar com Hitler e com o nazismo, e acabou condenado à morte na guilhotina. Intitulado “Radegund”, o filme vai contar o que motivou Jägerstätter a se tornar a única pessoa de seu vilarejo a declarar oposição aberta ao Terceiro Reich. Ao contrário da comunidade católica local, que abraçou o nazismo, ele se declarou moralmente impedido, justificando-se justamente com a religião. Quando foi convocado e se recusou a lutar, os nazistas o mataram. Em junho 2007, o Papa Bento XVI declarou que Jägerstätter foi um mártir da fé católica e, em outubro do mesmo ano, o austríaco foi beatificado. A história reflete os temas espirituais dos filmes mais recentes de Malick, como “A Árvore da Vida” (2011) e “Amor Pleno” (2012). Seu último trabalho, “Cavaleiro de Copas”, não foi lançado no Brasil, mas já está até disponível em DVD e Blu-Ray no mercado americano. Recentemente, ele terminou a montagem de “Weightless”, que ainda não tem previsão de estreia.
The Young Pope: Teaser da série mostra Jude Law como Papa
O canal pago britânico Sky Atlantic divulgou o primeiro teaser da série “The Young Pope” (Il Giovane Papa), que traz o ator inglês Jude Law (“Sherlock Holmes”) como o protagonista. Ele interpreta o primeiro papa americano na atração criada pelo cineasta Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar 2014 de Melhor Filme Estrangeiro por “A Grande Beleza”. Sorrentino desenvolveu o projeto com Umberto Contarello (roteirista de “A Grande Beleza”) e Stefano Rulli (roteirista de “A Bela que Dorme”) e, além de produzir, também dirige o piloto. A atração terá 8 episódios e abordará a história fictícia do Papa Pio XIII, que apesar de ser o mais jovem papa da História se revelará o mais conservador. O grandioso elenco internacional ainda inclui Diane Keaton (“O Natal dos Coopers”), Scott Shepherd (“Ponte dos Espiões”), Cécile De France (“O Enigma Chinês”), Javier Cámara (“Viver É Fácil com os Olhos Fechados”), Ludivine Sagnier (“O Dublê do Diabo”), Silvio Orlando (“Um Castelo na Itália”), James Cromwell (“O Artista”), Toni Bertorelli (“O Crocodilo”), Guy Boyd (“Foxcatcher”) e Sebastian Roché (série “The Originals”). Coproduzida pelo canal pago americano HBO, o britânico Sky e o francês Canal+, a produção tem locações no Vaticano, na Itália, nos EUA e na África e é inteiramente falada em inglês para atender ao público internacional. Ainda não há previsão para sua estreia.
Nos Passos do Mestre revisa os evangelhos segundo o Espiritismo
A recente onda de filmes espíritas, que começou até muito bem com obras como “Chico Xavier” (2010) e “Nosso Lar” (2010), com o tempo foi perdendo a força e cineastas sem muita inspiração assumiram sua continuidade, vista apenas com bons olhos como material didático para reforçar ensinamentos da religião kardecista. É o caso dos filmes de André Marouço, que codirigiu “O Filme dos Espíritos” (2011) e dirigiu “Causa & Efeito” (2014), possivelmente os dois piores exemplares dessa safra. Mas até que Marouço não se saiu tão mal no gênero documentário com “Nos Passos do Mestre” (2016), que possui apenas alguns momentos de dramaturgia, visando ilustrar a mensagem de Jesus à luz da doutrina espírita. Em determinado momento, essa dramaturgia é interrompida para propiciar uma reavaliação do famoso Sermão da Montanha, que não deixa de ser interessante. Aliás, o que há de relevante em “Nos Passos do Mestre” são justamente as passagens polêmicas, ou seja, como o Espiritismo interpreta de forma própria passagens da Bíblia, em especial do Novo Testamento, que divergem das visões expressas pelo Catolicismo e pelas crenças evangélicas. Discutir a questão da paternidade de José, como uma imposição para que Jesus seja considerado descendente de Davi, é mais do que interessante, e nisso também entra a questão da impureza, com que o sexo costuma ser tratado pelas religiões. Apesar de as imagens em Israel com câmera na mão serem mal-filmadas e da presença um incômodo banner permanente do título do filme durante os depoimentos, é por seu teor curioso que o documentário ganha força. No começo, percebe-se um pouco de atropelamento nas partes que tratam do Antigo Testamento, dando a impressão de que faltou uma edição e roteiro melhores desenvolvidos, mas aos poucos o filme vai se formando, em especial quando chega nos evangelhos. Como bons estudiosos que são, os espíritas não renegam os evangelhos apócrifos, como os de Tomé ou de Pedro, e também citam trechos do Alcorão, o que conta pontos a favor. O que talvez conte pontos contra seja o desejo de confundir sua análise com ciência, buscando explicar, diminuir ou negar certos milagres de Jesus, como a transformação da água em vinho (a água teria modificado o sabor a partir do contato com os vasos) ou o da ressurreição de Lázaro (teria sido um caso de catalepsia). Também parece faltar um melhor elo de ligação quando o filme salta para o momento em que introduz as experiências de Alan Kardec na França do século 19. Parece – e é, convenhamos – forçado. Por outro lado, o filme revela que ainda há muito para se estudar na história da religião, que não é abordado nas salas de aula que ministram esta disciplina, como a ascensão do Islamismo, as Cruzadas, a primeira cisão da Igreja Católica etc. No fim da contas, “Nos Passos do Mestre” funciona como um convite ao debate e à reflexão, embora não necessariamente vá trazer respostas e convicções definitivas para os espectadores não-espíritas.









