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  • Filme,  Música

    Música da trilha de Alguma Coisa Assim ganha clipe dos diretores do filme

    26 de julho de 2018 /

    Música da trilha de “Alguma Coisa Assim”, de Esmir Filho e Mariana Bastos, a eletrônica “Into Shade” ganhou um clipe, dirigido pelos responsáveis pelo filme. O vídeo mescla cenas do longa com novas gravações realizadas no cenário principal da produção, a Rua Augusta, em São Paulo, por onde aparecem andando os cantores de “Into Shade”, Lucas Santtana e Bárbara Eugênia. E enquanto eles cantam, também replicam algumas cenas do casal central do filme, Mari (Caroline Abras) e Caio (André Antunes). O longa se desenvolve a partir do curta-metragem homônimo premiado em Cannes, em 2006, e acompanha três momentos-chave da vida dos personagens, que se reencontram em 2013 no mesmo cenário e, em 2016, novamente em Berlim. Entre os três períodos, vem à tona a transformação da relação entre os personagens, assim como o mundo a seu redor, numa reflexão sobre temas atuais, como sexualidade, rótulos, aborto e novas formas de família. O filme estreou nesta quinta-feira (26/5) nos cinemas do Brasil. Leia a crítica aqui.

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  • Filme

    Alguma Coisa Assim é moderno como poucos no cinema brasileiro

    26 de julho de 2018 /

    Longa brasileiro com coprodução alemã, “Alguma Coisa Assim” retoma os personagens de um curta homônimo, premiado em Cannes em 2006. Os realizadores, o ator e a atriz protagonistas são os mesmos, a trama incorpora a história original e a amplia, para ser experimentada dez anos depois. Mas essas explicações não importam muito, são apenas referências para situar o trabalho. O que conta é o resultado do longa atual, independentemente da sua história passada – não vi o curta e não senti nenhuma falta de vê-lo. “Alguma Coisa Assim” é um filme moderno na forma e nas questões temáticas que propõe. A partir das baladas das casas noturnas da rua Augusta e seu clima transgressivo e colorido, o neon invade a tela, mesmo constatando que a cidade mudou e os jovens estão diferentes. A história dos dois personagens, Mari (Caroline Abas) e Caio (André Antunes) vai ser retomada em outro contexto urbano, também aberto a experimentações: a vibrante e pulsante cidade de Berlim. Os jovens estão em busca de algo novo. O que poderia ser isso? Basicamente, a ideia de um viver sem rótulos, para além das convenções sociais. O que significa namorar hoje? E a amizade que chamávamos de colorida? Que tal o casamento, em especial o casamento gay? Como se define hoje a família, com suas novas formas? Como se pode entender a sexualidade, em suas múltiplas e plásticas formas? E os gêneros? Os cisgêneros e os transgêneros? Os relacionamentos afetivos e amorosos contemporâneos jovens desafiam convenções e tentativas de enquadrá-los. Rejeitam e superam os rótulos. Por que queremos tanto classificar, enquadrar, rotular as coisas? Em princípio, isso seria preciso para tentar entendê-las. Mas quase nunca ajuda nos relacionamentos humanos. Porque, por trás disso, está a noção do controle social e da busca de impor uma visão conservadora do mundo aos jovens e à sociedade como um todo. “Alguma Coisa Assim” é um jeito mais livre de ser, de experimentar, de arriscar, de viver. Também com muitas frustrações e incompreensões. Mas isso é do jogo, está sempre presente. São personagens se descobrindo, se redescobrindo, percebendo-se mutantes, em transformação constante. Um filme que vem em boa hora para o nosso Brasil, que anda para trás em tanta coisa, brecando avanços conquistados nos costumes, atacando a questão de gênero, a diversidade sexual, as novas famílias, o feminismo e o direito mais amplo ao aborto. No caso do aborto, “Alguma Coisa Assim” é de uma clareza e de uma honestidade que merecem aplausos. Não faz qualquer proselitismo, mas toca no ponto. Todo o clima do filme respira uma modernidade digna e bonita. Esmir Filho e Mariana Bastos fizeram um belo trabalho. Os atores Caroline Abras e André Antunes também vestem a camisa dos personagens com muita sinceridade e força. Estão muito convincentes. Caroline já na estrada como atriz, se saindo muito bem e sendo premiada. André, tentando sair da profissão de ator, abraçando a psicologia como profissão, mas sem conseguir fugir do personagem que começou a interpretar dez anos antes. Que tal acumular as duas coisas? Destaque também para a trilha musical de Lucas Santana e Fábio Pinczowskit. Está mais do que na hora de alguma coisa assim poder se afirmar na vida das pessoas. Menos rótulos, mais autenticidade. Pode ser moderno, mas também faz lembrar de “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois”, de François Truffaut, de 1962, e de “As Duas Faces da Felicidade’, de Agnès Varda, de 1965, filmes icônicos de uma fase que revolucionou os costumes nos anos 1960 e que tem muito a nos dizer hoje. Sabendo ou não seus realizadores, “Alguma Coisa Assim” segue essas pegadas, com competência.

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