“Arcane” vence Emmy de Melhor Série Animada pela 2ª vez
Série da Netflix superou "Os Simpsons", "Bob’s Burgers", "Love, Death & Robots" e "Common Side Effects" na premiação em Los Angeles
“Os Simpsons” é renovado até 2029 e chegará aos 40 anos no ar
Acordo entre Disney e Fox prevê quatro novas temporadas e redução no número de episódios atuais
“Robô Selvagem” domina Annie Awards, o Oscar da animação, com 9 prêmios
Desenho da DreamWorks Animation foi eleito Melhor Filme e levou troféus em outras oito categorias
Recém-lançada, “Senna” surpreende e é indicada ao Critics Choice Awards nos EUA
Produção da Netflix que retrata a vida do piloto Ayrton Senna concorre como Melhor Série em Língua Estrangeira
Emmy 2024 deve consagrar a Disney nesta noite
Estúdio têm as séries com maior número de indicações aos prêmios da Academia de Televisão, "Xógum" e "O Urso"
Conheça as séries indicadas ao Emmy 2024
Títulos da Disney dominam a lista da Academia de Televisão dos Estados Unidos, com diminuição das nomeações de HBO e Netflix
Ator de “Bob’s Burgers” é preso por ataque ao Capitólio nos EUA
O ator de “Arrested Development” e dublador em “Bob’s Burgers”, Jay Johnston, foi preso nesta quarta (7/6) em virtude de seu envolvimento no ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, evento que ocorreu em 6 de janeiro de 2021. Segundo registros da polícia, Johnston foi acusado de obstrução criminosa a oficiais durante o ataque de ativistas da extrema direita ao prédio do Congresso, além de enfrentar outras acusações. O relatório policial acrescenta que Johnston usou um escudo roubado da Polícia do Capitólio para criar uma “parede de escudos” e confrontar policiais, durante o ataque motivado pelo inconformismo com a derrota de Donald Trump nas últimas eleições presidenciais dos EUA. No mês de março de 2021, o FBI divulgou uma imagem do ator no meio da multidão que causou tumultos e depredação no Capitólio, solicitando informações sobre sua identidade via Twitter. Nas imagens, Johnston aparece vestindo uma bandana verde camuflada e uma jaqueta de couro escura no interior do Capitólio. Quando as imagens começaram a circular online, Johnston foi dispensado de seu papel em “Bob’s Burgers”. Na época, o canal Fox, que exibe a série animada, optou por não comentar o motivo da demissão do dublador. Johnston dublava um personagem importante na animação: Jimmy Pesto, proprietário do restaurante italiano “Jimmy Pesto’s Pizzeria”, que fica em frente ao restaurante de hambúrgueres da família Belcher. Ele é o principal rival de negócios de Bob Belcher, e eles muitas vezes entram em conflito devido a suas diferenças pessoais e empresariais. The #FBI is still seeking information on people who took part in the violence at the U.S. Capitol on January 6. If you know this individual, visit https://t.co/iL7sD5efWD. Refer to photo 247 in your tip. pic.twitter.com/CetMHzU190 — FBI (@FBI) March 4, 2021
“Os Simpsons”, “Uma Família da Pesada” e “Bob’s Burgers” são renovadas até 2025
O canal americano Fox renovou as séries animadas “Os Simpsons”, “Uma Família da Pesada” e “Bob’s Burgers” para mais duas temporadas. Com isso, “Os Simpsons” chegará à sua 36ª temporada (mantendo o recorde de série mais longeva da história), “Uma Família da Pesada” irá até a 23ª temporada e “Bob’s Burgers” completará 15 temporadas. “Com este trio de renovações, celebramos a excelência em animação da Fox, nossa parceria maravilhosa e de longa data com a 20th Television e os criadores brilhantes e vozes incríveis por trás dessas séries eternamente favoritas”, disse Michael Thorn, presidente de programação da Fox Entertainment, em comunicado. “Mais de três décadas de ‘Os Simpsons’, mais de duas décadas de ‘Uma Família da Pesada’ e mais de uma década de ‘Bob’s Burgers’ provam o poder duradouro do gênero de animação em nossa rede e a infinita afinidade dos fãs por esses clássicos da comédia escandalosamente engraçados.” Manter os programas de longa duração é benéfico tanto para a 20th Television quanto para a Disney (dona da Fox), uma vez que são ativos valiosos para a empresa e se tornam um atrativo dentro dos seus serviços de streaming como Hulu e Disney+. “Após 750 episódios de ‘Os Simpsons’, 400 episódios de ‘Uma Família da Pesada’ e 250 episódios de ‘Bob’s Burgers’, não poderíamos estar mais orgulhosos de continuar entregando esses três sucessos animados com as equipes mais brilhantes da animação”, disse Marci Proietto, vice-presidente executiva da 20th Television Animation. “Nosso relacionamento com a Fox nas últimas três décadas permitiu que esse trio de programas prosperasse, crescesse e proporcionasse momentos imensuráveis de entretenimento hilário e irreverente para os fãs, e estamos absolutamente entusiasmados com o fato de a Fox estar apostando em dobro em cada um desses programas icônicos.” As novas temporadas de “Os Simpsons”, “Uma Família da Pesada” e “Bob’s Burgers” serão exibidas entre 2024 e 2025, no canal americano Fox. No Brasil, as três séries estão disponíveis na plataforma de streaming Star+.
Estreias: “Sandman”, “Verônica” e as principais séries pra ver em streaming
A aguardada estreia de “Sandman”, adaptação de quadrinhos que fãs esperam ver desde os anos 1980, e duas produções nacionais, “Boa Noite, Verônica 2” e “Rensga Hits!”, são as séries que tendem a mobilizar maiores atenções neste fim de semana. Mas os destaques da programação do streaming ainda incluem animações para adultos e documentários sobre festivais de rock, entre outras opções. Confira abaixo as sugestões para maratonar. | SANDMAN | NETFLIX A adaptação dos famosos quadrinhos criados por Neil Gaiman nos anos 1980 foi um sonho alimentado pelos fãs durante anos. E agora o Sonho ganha carne, osso e interpretação de Tom Sturridge (“Longe Deste Insensato Mundo”). Com episódios baseados nos dois primeiros volumes da coleção em sua 1ª temporada, “Sandman” impressiona por sua capacidade de ser visualmente fiel aos quadrinhos, apesar dos contrastes na apresentação dos personagens, muitos deles escalados com intérpretes de raças e sexos diferentes das páginas originais – incluindo o Lúcifer vivido por Gwendoline Christie (a Brienne de “Game of Thrones”), a Morte interpreta por Kirby Howell-Baptiste (“The Good Place”) e Lucienne (antigamente conhecida como o assistente Lucien) em interpretação de Vivienne Acheampong (“The One”). A história também foi transposta para os dias atuais – em vez dos anos 1980 – , embora comece nos primeiros anos do século 20, quando o eterno conhecido como Sonho é preso pelo ritual de um mago. Ao se libertar após várias décadas, ele dá início a uma jornada para retomar o domínio do reino dos sonhos. Para isso, precisa recuperar três ferramentas que lhe foram roubadas – uma algibeira cheia de areia, um rubi e um elmo – , numa busca que o leva até o inferno. A narrativa é tão rica e ampla que os primeiros episódios parecem filmes diferentes entre si. Com uma mitologia complexa, que inclui a concepção dos irmãos do Sonho – eternos que representam Morte, Destino, Delírio, Desejo, Destruição e Desespero (em inglês, todos os nomes começam com a letra D) – a trama de “Sandman” capturou a imaginação de uma geração e ajudou a lançar o conceito de quadrinhos adultos numa época em que quadrinhos eram sinônimo de super-heróis. A ironia é que a situação não é muito diferente agora, com o lançamento da série num mercado cada vez mais dominado por adaptações de super-heróis. | BOM DIA, VERÔNICA 2 | NETFLIX A 2ª temporada da atração da Netflix troca o tema da violência doméstica, que marcou os episódios iniciais, pela violência sexual, aprofundando o abuso psicológico de homens dominadores. O ponto de partida é uma narrativa que lembra os crimes denunciados contra João de Deus, que já foi um dos médiuns mais famosos do Brasil, antes de ser condenado à prisão. O vilão interpretado por Reynaldo Gianecchini abusa sexualmente de mulheres ao prometer a elas a cura para diferentes mazelas. Dentro de casa, ele também assedia sexualmente a própria filha, vivida por Klara Castanho. Quando a atriz revelou em junho ter sido vítima de um estupro, depois de sofrer exposição de uma gravidez, houve muita preocupação com sua participação na trama. Mas as cenas de assédio à sua personagem não incluem agressões. Os novos episódios também revelam que o personagem de Gianecchini é quem está por trás da perigosa organização criminosa da série, responsável por infiltrar aliados em cargos importantes na polícia e no judiciário. Na trama, a Verônica vivida por Tainá Müller tentará tornar públicos os crimes do vilão e da organização criminosa que ele comanda. Produção da Zola Filmes, a série é baseada no romance policial de mesmo nome de Ilana Casoy e Raphael Montes (autores de “A Menina que Matou os Pais”), lançado originalmente sob o pseudônimo de Andrea Killmore. Os dois também escrevem e produzem a atração, concebida pelo próprio Raphael Montes. | RENSGA HITS | GLOBOPLAY Depois do recorde de audiência em sua “première” na Globo, os primeiros quatro episódios chegam ao streaming. Com clima de novela das sete, a atração escrita por Renata Corrêa (“Silêncio da Chuva”) aborda o universo das mulheres da música sertaneja. A trama acompanha Raíssa (Alice Wegmann, de “Onde Nascem os Fortes”), uma jovem do interior que viaja para a cidade grande com o intuito de se tornar cantora. Ela começa a fazer pequenas apresentações em um restaurante, mas logo descobre que uma de suas composições foi roubada e gravada por outra cantora, Gláucia (Lorena Comparato, de “Impuros”), o que inicia uma rivalidade entre as duas. A produção também destaca em seu elenco Deborah Secco (“Salve-se Quem Puder”), Stella Miranda (“Carnaval”), Guida Vianna (“Valentins”), Jeniffer Dias (“Amor de Mãe”), Sidney Santiago (“Segunda Chamada”), Maurício Destri (visto num clipe recente de Manu Gavassi), Alejandro Claveaux (“Coisa Mais Linda”) e ainda marca a volta de Lúcia Veríssimo às telas, oito anos após “Amor à Vida” (2013). Além disso, há participações da apresentadora Rafa Kalimann e da cantora Naiara Azevedo. | CANDY | STAR+ A minissérie de “true crime” estrelada por Jessica Biel (“The Sinner”) conta a história verídica da dona de casa crente Candy Montgomery, que chocou os EUA em 1980 ao assassinar à machadadas sua vizinha e amiga de igreja Betty Gore. Criada por Robin Veith e Nick Antosca, que trabalharam juntos na premiada minissérie de “true crime” “The Act”, a trama acompanha o julgamento da personagem do título e flashbacks de seu relacionamento com Gore, interpretada por Melanie Lynskey (“Yellowjackets”), enquanto revela o que motivou crime tão bárbaro. | NINGUÉM MANDOU SE METER COM A GENTE | NETFLIX A série teen britânica gira em torno de um trio de cheerleaders em uma escola particular chique, que resolve reviver o clube anti-bullying de seus ex-colegas de classe para combater as injustiças e expor os valentões de sua escola. A produção é derivada de “Get Even”, também disponível na Netflix, apresentando uma história independente com novos personagens, mas com a mesma premissa da atração original de 2020. Ambas foram criadas por Holly Phillips (“Nearly Famous”) e são inspiradas nos livros da franquia “Don’t Get Mad”, de Gretchen McNeil. | PUSHING DAISIES | HBO MAX Pela primeira vez em streaming, a série vencedora de sete Emmys traz sua história completa (22 episódios de duas temporadas) para encantar quem nunca a viu e matar as saudades de quem amou sua narrativa peculiar. Apresentada como um “conto de fadas forense”, com um visual colorido, único e deslumbrante entre 2007 e 2009, “Pushing Daisies” girava em torno do dom especial de Ned (Lee Pace, de “Guardiões da Galáxia”), um confeiteiro que descobre ser capaz de trazer mortos de volta à vida com um simples toque. Porém, ele logo descobre que há consequências para o uso desse dom excepcional. Se ele tocar a pessoa que reviveu pela segunda vez, essa pessoa morre instantaneamente e não pode mais ser ressuscitada. Além disso, se ele deixar um morto reviver por mais de 60 segundos, outra pessoa nas proximidades acaba morrendo em seguida em seu lugar. Com a ajuda de um detetive particular (Chi McBride, de “Havaí Cinco-0”), ele passa a capitalizar esse dom revivendo mortos por alguns segundos para desvendar assassinatos. Até que descobre que Charlotte “Chuck” Charles (Anna Friel, de “Marcella”), a paixão da sua infância, morreu de repente. Ao sucumbir ao impulso de ressuscitá-la, Ned dá início a mais platônica das relações televisivas, pois tocá-la novamente seria fatal. Para piorar, ela se torna sua companheira inseparável, querendo ajudar a desvendar crimes, enquanto se esconde de suas tias, que poderiam morrer de susto ao descobrir que ela foi ressuscitada. Além desses personagens, ainda há outros coadjuvantes esquisitos e maravilhosos, como a garçonete Olive Snook, vivida por Kristin Chenoweth, vencedora do Emmy pelo papel. A repercussão crítica da atração consagrou o showrunner Bryan Fuller, que se tornou um dos roteiristas-produtores mais requisitados da TV americana, vindo a criar posteriormente “Hannibal”, “Star Trek: Discovery” e “Deuses Americanos” (American Gods). Mas muito do tom de “Pushing Daisies” se deve à direção de Barry Sonnenfeld, que comandou os episódios inaugurais com a excentricidade lúdica de seus dois filmes de “A Família Addams”. | HARVEY BIRDMAN: ATTORNEY AT LAW | HBO MAX Bem antes da Mulher-Hulk, outro super-herói marcou época como advogado na televisão. Lançado no ano 2000, “Harvey, o Advogado” (Harvey Birdman: Attorney at Law) se tornou um dos desenhos mais cultuados do Adult Swim por resgatar, em tom de paródia, o protagonista da série animada “Homem-Pássaro”, criada em 1967 por Alex Toth (criador também de “Space Ghost” e “Os Herculóides”). Na atração, o super-herói retorna como um advogado sério em histórias nonsense, defendendo clientes sem tirar a máscara e as asas nas sessões formais de julgamentos. Mas o que mais chama atenção é ver personagens do estúdio Hannah-Barbera, como Peter Potamos, Capitão Caverna, Salsicha e Scooby-Doo, Manda-Chuva, Fred Flintstone, Catatau e o Dr. Benton Quest (o pai de Jonny Quest) como clientes, enquanto Harvey enfrenta os vilões de seus desenhos clássicos como advogados rivais nos tribunais. As quatro temporadas (todas disponíveis) de “Harvey, o Advogado” também destacaram a coadjuvante Birdgirl, personagem obscura (vista num único episódio) do desenho de 1967, que recentemente ganhou série própria, com duas temporadas já lançadas na HBO Max. | BOB’S BURGUER 12 & THE GREAT NORTH 2 | STAR+ Duas vezes vencedora do Emmy de Melhor Série Animada, “Bob’s Burgers” é exibida desde 2011 e acompanha Bob Belcher, sua esposa e três filhos na missão de manter um restaurante e os membros da família unidos. Entre as histórias da 12ª temporada, os fãs da série vão se deparar com uma epidemia em particular, um novo emprego temporário para Bob, que vai dar a eles muita diversão e problemas às crianças, uma visita estranha ao aeroporto e uma mentira que persegue Bob e Linda após muitos anos. Da mesma equipe de “Bob’s Burgers”, também chega a 2ª temporada de “The Great North”. A série acompanha as aventuras dos Tobin, uma família formada por um pai solteiro e quatro filhos que levam uma vida “comum” no distante e gélido Alasca. A atração é uma criação das irmãs Wendy Molyneux e Lizzie Molyneux-Logelin, que se destacaram escrevendo episódios de “Bob’s Burgers”. Elas também atuam como showrunners da atração, que ainda conta, entre seus produtores, com Loren Bouchard, o criador de “Bob’s Burgers”. | ROCK IN RIO: A HISTÓRIA | GLOBOPLAY A série documental conta a história do festival, que já foi muito importante para a cultura jovem, trazendo artistas que nunca tinham vindo antes ao Brasil numa celebração histórica. Com capítulos divididos por edição do evento, o primeiro é disparado o melhor pela importância representada de seu lançamento em 1985, em meio ao processo de abertura política do Brasil e ao surgimento da melhor geração do rock brasileiro. Da noite de metal com Iron Maiden e Ozzy Osbourne ao new wave de B-52’s e Go-Go’s, passando pelo megashow do Queen, foi um retrato marcante de sua época, até hoje lembrado pelas imagens de Freddie Mercury comandando um coro de centenas de milhares em “Love of My Live” e de Cazuza cantando “pro dia nascer feliz” – que virou um hino das Diretas Já. Seu renascimento em 1991 trouxe Guns ‘N Roses e Faith No More, mas também iniciou seu afastamento do rock, abrindo espaço para o pop excepcional de Prince e George Michael, além de ampliar a inclusão de ritmos brasileiros. A partir dos anos 2000, o Rock in Rio se agigantou ainda mais, virou franquia e foi para Lisboa, virando basicamente um parque temático, em vez de evento musical. Longe da inovação da estreia, passou a montar escalações repetitivas, tornando-se um festival de nostalgia. Uma experiência altamente previsível de velhos artistas conhecidos – Iron Maiden vem pela quinta vez em 2022! – , que só deu o que falar nos últimos tempos por demorar a abrir seu palco para o funk brasileiro. | DESASTRE TOTAL: WOODSTOCK 99 | NETFLIX O Festival de Woodstock entrou para História como ponto alto da era hippie, mas seus organizadores perderam uma fortuna...
“Jurassic World” devora “Lightyear” nos EUA
“Jurassic World: Domínio” conseguiu se manter como o filme mais visto na América do Norte em seu segundo fim de semana em cartaz, mesmo enfrentando a estreia de “Lightyear”, animação derivada da adorada franquia “Toy Story”. De acordo com a Comscore, os dinossauros digitais superaram o astronauta animado com US$ 58,7 milhões de faturamento em 4.679 salas de cinema nos EUA e Canadá. Em 10 dias de exibição, o total doméstico já chega a US$ 247,8 milhões, enquanto a soma mundial atingiu US$ 622,2 milhões. A produção da Universal foi apenas o sétimo título de Hollywood a ultrapassar US$ 600 milhões na era da pandemia. O terceiro “Jurassic World” também é o maior sucesso americano lançado na China desde a pandemia, com faturamento de US$ 92,8 milhões no país. “Lightyear” ficou em 2º lugar, abaixo das projeções da Disney, com US$ 51 milhões em 4.255 telas. No exterior, o desenho da Pixar arrecadou US$ 34,6 milhões em 43 mercados, chegando a US$ 85,6 milhões mundiais. Era o que a Disney esperava obter apenas nos EUA. O filme teria sofrido retaliação conservadora em mais de um sentido. Além de protestos por promover “ideologia de gênero” (sinalização que constou em seu lançamento no Peru), devido a uma personagem lésbica, também teria sido prejudicado pela nova onda de covid-19. Crianças de famílias conservadoras correspondem a um dos segmentos de pior cobertura vacinal e que ainda não estariam indo aos cinemas. Com o lançamento de “Lightyear”, este também foi o primeiro fim de semana, desde o começo da pandemia, em que quatro blockbusters ocuparam o topo do ranking como os filmes mais vistos na América do Norte. “Top Gun: Maverick” ficou em 3º lugar com uma queda de apenas 15% em relação ao período anterior. Faturou US$ 44 milhões só nos últimos três dias, chegando a US$ 466,2 milhões em bilheteria doméstica e impressionantes US$ 885,2 milhões mundiais. Tem tudo para virar o primeiro lançamento bilionário de Tom Cruise. Bem distante desses valores, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” ficou em 4ª lugar com US$ 4,2 milhões. Há seis semanas em cartaz, conta com uma arrecadação doméstica de US$ 405,1 milhões e de US$ 942,5 milhões em todo o mundo. A animação “Bob’s Burgers: O Filme”, que deve chegar ao Brasil direto em streaming, completa o Top 5 com US$ 1,1 milhão e uma soma doméstica de US$ 29,8 milhões.
“Jurassic World” domina bilheterias dos EUA
“Jurassic World: Domínio” dominou mesmo as bilheterias dos EUA e Canadá com um lançamento em 4.676 cinemas neste fim de semana. A produção da Universal Pictures abriu com US$ 143,4 milhões de arrecadação, de acordo com projeções do estúdio Universal e da consultoria Comscore. Para a era pandêmica, trata-se de um valor monstruoso, que representa a segunda maior abertura do ano na América do Norte – atrás apenas de “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” (US$ 187,4 milhões). Mas na era jurássica (antes da pandemia), o desempenho se mostra inferior ao dos capítulos anteriores da trilogia, ficando atrás do “Reino Ameaçado” de 2018 (US$ 148 milhões) e do primeiro “Jurassic World” de 2015 (US$ 208,8 milhões). O filme também teve a pior avaliação crítica de toda a trilogia, com apenas 30% de aprovação no Rotten Tomatoes, mas foi abraçado pelo público, com avaliação de A- no CinemaScore – nota que resulta de pesquisa de opinião feita na saída dos cinemas dos EUA. Lançado com uma semana de antecedência no mercado internacional, “Jurassic World: Domínio” também chegou a 57 novos países, assumindo o 1º lugar em 52 deles. Com isso, seu faturamento mundial já está em US$ 389 milhões. Só na China, faturou US$ 52,5 milhões nos últimos três dias, resultando na maior estreia de um título de Hollywood neste mercado em 2022. O feito é significativo diante da nova onda de infecções de covid-19 no país, onde 20% de cinemas permanecem fechados, incluindo todos os de Xangai e alguns de Pequim. Diante do sucesso dos dinossauros, “Top Gun: Maverick” passou a voar mais baixo, mas continua a ter um desempenho indomável, ocupando o 2º lugar na América do Norte com US$ 50 milhões. Após três fins de semana, a produção da Paramount Pictures soma quase US$ 400 milhões de arrecadação doméstica e está prestes, inclusive, a tornar-se o filme de maior bilheteria do ano nos EUA e Canadá. Ao todo, chegou a US$ 393,3 milhões, apenas US$ 4 milhões atrás de “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”. A briga entre jatos supersônicos e super-heróis também é mundial. “Top Gun: Maverick” atingiu US$ 747 milhões globalmente, depois de adicionar outros US$ 52,7 milhões do mercado internacional entre sexta e este domingo (12/6). Na próxima semana, o blockbuster de Tom Cruise deve ultrapassar os US$ 770,3 milhões de “Batman”, que ocupa atualmente o 2º lugar do ranking mundial. O líder é a continuação de “Doutor Estranho”, com US$ 930,2 milhões. Apesar dos planos da Disney de lançar o filme da Marvel em streaming em dez dias, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” permanece no Top 3 da América do Norte após seis fins de semana. O longa faturou US$ 4,9 milhões nos últimos três dias, praticamente a diferença que o mantém à frente da produção da Paramount no ranking doméstico. O Top 5 norte-americano se completa com duas animações: “Bob’s Burgers: O Filme” (US$ 2,3 milhões e um total doméstico de US$ 27.1 milhões) e “Os Caras Malvados” (US$ 2,2 milhões, total doméstico de US$ 91,5 milhões e uma soma global de US$ 229,6 milhões).
“Top Gun: Maverick” vira maior bilheteria de estreia de Tom Cruise
Se alguém duvidava, “Top Gun: Maverick” confirmou: Tom Cruise é tão poderoso quanto um super-herói. Só o ator que dispensa dublês consegue fazer frente à Marvel e DC nas filas de cinema deste ano. A bilheteria de “Top Gun: Maverick” registrou o recorde de arrecadação da carreira do astro. Ele nunca tinha atingido mais de US$ 100 milhões num fim de semana inaugural e ao voltar ao papel de Maverick faturou US$ 124 milhões entre sexta e este domingo (29/5) na América do Norte, segundo dados da Comscore. O valor é quase o dobro da principal abertura de Cruise no mercado norte-americano: os US$ 64,9 milhões atingidos por “Guerra dos Mundos” em 2005. Como segunda-feira (30/5) é feriado de Memorial Day nos EUA, o faturamento da produção da Paramount tem a estimativa de passar dos US$ 150 milhões em seus primeiros quatro dias de exibição doméstica. O valor definitivo pode ser outro recorde. O rendimento máximo já atingido num Memorial Day foi de US$ 153 milhões, registrado por “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo” em 2007. A continuação de “Top Gun” também voa alto no mercado internacional. Mesmo sem lançamentos na China e na Rússia – afinal, não deixa de ser propaganda do poderio militar dos EUA – , o filme estreou com US$ 124 milhões em 62 mercados. Em 32 países, o desempenho representou a maior estreia de Tom Cruise de todos os tempos, e em 18 foi a maior de uma produção live-action da Paramount. As maiores arrecadações internacionais vieram do Reino Unido (US$ 19,4 milhões), França (US$ 11,7 milhões), Austrália (US$ 10,7 milhões), Japão (US$ 9,7 milhões), Alemanha (US$ 6,5 milhões) e Brasil (US$ 5,3 milhões), todas com recordes para o astro e o estúdio. Rodado com câmeras IMAX, o filme ainda arrecadou US$ 10,4 milhões com o formato no exterior, registrando o maior fim de semana de estreia nesse circuito em 50 mercados. Tudo somado, dá uma arrecadação global de US$ 248 milhões até este domingo. E isto representa a segunda maior abertura live-action da História da Paramount Pictures, atrás apenas de “Transformers: A Era da Extinção” em 2014. O desempenho impressiona especialmente porque, desde o começo da pandemia, apenas filmes de super-heróis vinham conseguindo aberturas desse tamanho. Um detalhe importante é que o público do filme não foi o mesmo dos super-heróis. Não faltaram prognósticos negativos sobre o fato de o “Top Gun” original ser muito antigo para possuir apelo para o público atual. E, de fato, 18% dos ingressos nos EUA foram adquiridos por pessoas com mais de 55 anos. Mais da metade, 55%, por pagantes com mais de 35 anos. E isto significa que o filme foi capaz de atrair uma faixa etária que ainda não tinha ido em peso às salas escuras desde a pandemia. Adultos, quem diria, existem e também podem gerar recordes. O filme chegou às telas cercado de expectativa, após um adiamento de dois anos devido à covid-19 e uma première com muitos aplausos e elogios no Festival de Cannes. A obra do diretor Joseph Kosinski realmente agradou a crítica, atingindo 97% na avaliação registrada pelo Rotten Tomatoes, mas animou ainda mais o público, rendendo um cobiçado A+, a maior nota possível no CinemaScore – pesquisa de qualidade feita na saída dos cinemas dos EUA. Com o estouro supersônico de “Top Gun: Maverick”, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” caiu para o 2º lugar, após liderar as vendas de ingressos por três fins de semana. Faturou US$ 16,4 milhões entre sexta e domingo para atingir um total de US$ 370 milhões na América do Norte e US$ 873 milhões mundiais – a maior bilheteria de 2022. O Top 3 dos EUA e Canadá completa-se com a estreia da animação “Bob’s Burgers: O Filme”, que abriu com US$ 12,6 milhões no mercado doméstico e, sem previsão de lançamento nos cinemas brasileiros, deve chegar no país em streaming pela Star+.
“Bob’s Burgers” vira filme. Veja o trailer
O 20th Century Studios divulgou o pôster, fotos e o trailer de “Bob’s Burgers – O Filme”. A prévia tem “sexy burgers”, cavalgadas, buracos misteriosos, robôs e um disco voador. O derivado da série criada em 2011 por Loren Bouchard e Jim Dauterive começa com o estouro de um cano, que cria um enorme sumidouro bem em frente ao Bob’s Burgers, arruinando os planos dos Belchers para um verão de sucesso. Enquanto Bob e Linda lutam para manter o negócio funcionando, as crianças tentam resolver um mistério que pode salvar o restaurante de sua família. O filme estreia em 26 de maio nos cinemas brasileiros, um dia antes do lançamento nos EUA.











