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  • Filme

    Belos Sonhos comprova que Marco Bellocchio é um dos grandes cineastas da atualidade

    22 de dezembro de 2016 /

    Filme de abertura da 40ª. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, “Belos Sonhos”, de Marco Bellocchio, é um trabalho forte, intenso e honesto. É baseado no romance autobiográfico do jornalista e dirigente do jornal La Stampa, Massimo Gramelline, vivido na tela por Valerio Mastandrea (“Viva a Liberdade”) em sua fase adulta. A trama começa por mostrar o trauma original da vida do menino Massimo: a perda, aos 9 anos de idade, de forma súbita, da mãe tão amada e tão próxima. Companheira de brincadeiras, dança e medo diante dos filmes de terror clássicos, figura jovem e cheia de energia. Essa morte se torna misteriosa para ele, que se recusa a aceitá-la. Chega o período da adolescência e Massimo ainda sente de forma dolorida aquela perda tão absurda e incompreensível. Só na vida adulta, 30 anos depois, é que o jornalista resolve ir a fundo para tentar entender o que se passou. O filme trabalha alternadamente nos três tempos da história do personagem, enfatizando o menino que vive no coração do adulto. O drama de uma vida, uma história marcante, assume dimensões trágicas mesmo na aparente placidez do cotidiano de classe média, do reconhecimento e do sucesso profissional. Sucesso que se potencializa quando uma carta de resposta a um leitor expõe os sentimentos do escriba com franqueza. Tudo que é vivido, lembrado, reconstituído, passa pelo crivo não só da memória seletiva, que nos protege dos sentimentos ou desejos sombrios ou degradantes, mas também da torrente de emoções do momento que provoca o abalo. Às vezes, como no caso de Massimo, são necessários 30 anos para que se possa encarar os fatos – até, conhecê-los pela primeira vez. De que outra forma poderíamos preservar nossos belos sonhos? Bellocchio encontrou o clima certo para provocar e fazer o espectador olhar para a história desse personagem com mais profundidade e humanidade. O que poderia se converter num dramalhão lacrimoso resulta num drama psicológico denso e consistente, nas mãos desse cineasta que extrai de seu elenco desempenhos que trazem à tona os sentimentos e sofrimentos mais fortes, sempre num tom contido. Às vezes, preso, sufocado. Esse mais recente trabalho de Marco Bellocchio comprova que ele é um dos grandes cineastas da atualidade e um digno representante do que do melhor cinema italiano.

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  • Mostra de São Paulo
    Filme

    Mostra de São Paulo divulga cartaz de 2016 com arte do cineasta Marco Bellocchio

    15 de setembro de 2016 /

    A organização da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (15/9) o pôster de sua 40ª edição, que traz arte assinada pelo cineasta italiano Marco Bellocchio. Ele é o homenageado do evento em 2016, que acontece entre 20 de outubro e 2 de novembro. Bellocchio vai receber o Prêmio Leon Cakoff por sua carreira e, além de ganhar uma retrospectiva (veja a lista dos filmes abaixo), apresentará seu filme mais recente, “Belos Sonhos”. A inspiração do cineasta para a criação do poster foi um de seus maiores clássicos, “Bom Dia, Noite” (2003), baseado no livro “Il Prigioneiro”, de Anna Laura Braghetti, sobre o sequestro do ex-primeiro-ministro italiano Aldo Moro. “Quando me pediram para fazer uma arte original para o cartaz da Mostra, eu a compus com uma parte do desenho que eu fiz para o filme ‘Bom Dia, Noite’, reelaborando-o – fazendo assim um desenho original. Não sei se é bonito ou feio, mas me parecia, em relação ao meu trabalho e à minha imagem, bastante significativo”, explicou o cineasta em comunicado. “Tentei aproximar formas diversas que tivessem um forte significado referente à minha história e ‘Bom Dia, Noite’ é como o centro do meu trabalho. É um filme feito no início dos anos 2000, mas ao mesmo tempo concentra também toda uma série de experiências minhas, também de envolvimento político”. Confira os filmes que formarão a retrospectiva de Marco Bellocchio na 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: “De Punhos Cerrados” (1965) “O Diabo no Corpo” (1986) “Intrusa” (1999) “A Hora da Religião” (2002) “Bom Dia, Noite” (2003) “Irmãs Jamais” (2006) “Vincere” (2009) “A Bela que Dorme” (2012) “Sangue do Meu sangue” (2015) “Belos Sonhos” (2016) Curta “Pagliacci” (2016)

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