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    Spirit Awards: “Oscar indie” premia Spotlight e a diversidade que a Academia não viu

    28 de fevereiro de 2016 /

    O filme “Spotlight – Segredos Revelados”, em que jornalistas investigam padres pedófilos, foi o grande vencedor do Spirit Awards, considerado o “Oscar indie”, que premia filmes americanos feitos por produtores independentes com orçamento de até US$ 20 milhões. Além de Melhor Filme, o longa venceu nas categorias de Direção, Roteiro e Edição. Candidatos mais convencional ao prêmio, “Spotlight” foi dirigido por Tom McCarthy, que no mesmo ano também assinou a comédia bobalhona “Trocando os Pés”, estrelada por Adam Sandler. Ele venceu os indicados “Anomalisa”, “Beasts of No Nation”, “Carol” e “Tangerine”. Sempre realizado no dia anterior ao Oscar, o Spirit Awards se caracteriza por uma atmosfera oposta a da cerimônia da Academia. Não só pela seleção dos candidatos, mas por acontecer pela manhã, numa tenda à beira-mar – na praia de Santa Mônica, em Los Angeles. Este ano, porém, o contraste foi ainda maior. Diante da polêmica seleção do Oscar 2016, criticada pela falta de diversidade, o Spirit premiou três atores negros, entre quatro categorias possíveis. Dois deles se destacaram no filme “Beasts of No Nation”, produção da Netflix ignorada pela Academia. O jovem Abraham Attah, de apenas 15 anos, venceu como Melhor Ator e Idris Elba como Melhor Coadjuvante. O filme acompanha crianças que são obrigadas a virar soldados durante uma guerra civil num país da África ocidental. A premiação mais ousada, porém, ficou por conta da vitória da transexual negra Mya Taylor como Melhor Coadjuvante, por “Tangerine”. O filme segue o cotidiano de uma prostituta transgênero que descobre que seu namorado e cafetão está lhe traindo com uma mulher. Entre os intérpretes, a categoria de Melhor Atriz é a única com chances de ser repetida pelo Oscar. Deu Brie Larson, de “O Quarto de Jack”, que já havia vencido o troféu do Sindicato dos Atores – assim como Idris Elba, por sinal. Outros vencedores que também disputam o troféu da Academia são o longa estrangeiro “O Filho de Saul” (Hungria) e o documentário “O Peso do Silêncio”. Para completar, a produção com mais indicações, o drama “Carol”, sobre duas lésbicas que vivem um romance discreto nos anos 1950, venceu apenas a categoria de Melhor Fotografia. Vencedores do Independent Spirt Awards 2015 Melhor Filme “Spotlight – Segredos Revelados” Melhor Direção Tom McCarthy (“Spotlight”) Melhor Atriz Brie Larson (“O Quarto de Jack”) Melhor Ator Abraham Attah (“Beasts of No Nation”) Melhor Atriz Coadjuvante Mya Taylor (“Tangerine”) Melhor Ator Coadjuvante Idris Elba (“Beasts of No Nation”) Melhor Roteiro Tom McCarthy e Josh Singer (“Spotlight”) Melhor Roteiro de Estreia Emma Donoghue (“O Quarto de Jack”) Melhor Filme de Estreia “The Diary of a Teenage Girl” Melhor Fotografia “Carol” Melhor Edição “Spotlight” Melhor Documentário “O Peso do Silêncio” Melhor Filme Estrangeiro “O Filho de Saul” (Hungria) Prêmio John Cassavetes (Melhor Filme de até US$ 500 mil) “Krisha” Prêmio Robert Altman (Melhor Direção de Elenco) “Spotlight”

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    Carol lidera indicações ao Independent Spirit Awards 2015 – o “Oscar indie”

    24 de novembro de 2015 /

    A organização do Independent Spirit Awards, considerado o Oscar do cinema independente, anunciou os indicados para sua 31ª edição. A lista destaca o romance “Carol”, dirigido por Todd Haynes, que concorre em seis categorias, incluindo Melhor Filme, Direção e Roteiro, seguido por “Beasts of No Nation”, produção original do Netflix, com 5 indicações. É a primeira vez que uma obra de ficção do Netflix disputa um prêmio de cinema, após o serviço de streaming ter obtido vitórias importantes, nos últimos dois anos, na categoria de documentário. Uma premiação a “Beast of No Nation” tende, inclusive, a balançar o modelo atual de exibição de filmes. Redes de cinema, que se recusaram a programar o longa por temer a competição dos serviços VOD (video on demand), podem se ver sem poder de barganha para pressionar os estúdios a manterem aberta a janela de exibição (o espaçamento) entre os lançamentos no cinemas e sua chegada na internet. As indicações ao troféu indie também ampliam as chances de “Beasts of No Nation” ser considerado para o Oscar – o que causaria furor entre os proprietários de cinema. Mas, em termos artísticos, a supremacia de “Carol” também chama atenção, levando o romance lésbico a disputar troféus importantes, que incluem o domínio na categoria de interpretação feminina – as atrizes Cate Blanchett e Rooney Mara vão disputar entre si, sendo que a primeira venceu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes pelo filme. A animação “Anomalisa” e o drama “Spotlight”, sobre a reportagem que denunciou o escândalo de pedofilia na Igreja Católica, também tiveram bom desempenho, com quatro indicações cada. Mas “A Garota Dinamarquesa”, que deve vir forte na temporada de premiação, passou em branco. O Brasil também não conseguiu aparecer na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, apesar do favoritismo de “Que Horas Ela Volta?” entre a crítica americana. Vale observar que a divulgação da lista saiu mais cedo que o costume, o que pode explicar a ausência de alguns títulos cotados para o Oscar. O outro fator é financeiro. São necessárias três condições para uma obra ser indicada ao Independent Spirit Awards: ser uma produção americana (exceto na categoria estrangeira), realizada por um estúdio independente (termo abrangente, que acolhe subsidiárias da Fox e da Sony, por exemplo) e, a principal marca de corte, custar menos de US$ 20 milhões. Os vencedores serão anunciados no dia 27 de fevereiro, um dia antes do Oscar, em cerimônia realizada na praia de Santa Monica, na grande Los Angeles. Indicados ao Independent Spirt Awards 2015 Melhor Filme “Anomalisa” “Beasts of No Nation” “Carol” “Spotlight” “Tangerine” Melhor Direção Sean Baker (“Tangerine”) Cary Joji Fukunaga (“Beasts of No Nation”) Todd Haynes (“Carol”) Charlie Kaufman e Duke Johnson (“Anomalisa”) Tom McCarthy (“Spotlight”) David Robert Mitchell (“Corrente do Mal”) Melhor Atriz Cate Blanchett (“Carol”) Brie Larson (“O Quarto de Jack”) Rooney Mara (“Carol”) Bel Powley (“O Diário de uma Adolescente”) Kitana Kiki Rodriquez (“Tangerine”) Melhor Ator Christopher Abbott (“James White”) Abraham Attah (“Beasts of No Nation”) Ben Mendelsohn (“Mississippi Grind”) Jason Segel (“O Final do Tour”) Koudous Seihon (“Mediterranea”) Melhor Atriz Coadjuvante Robin Bartlett (“H.”) Marin Ireland (“Glass Chin”) Jennifer Jason Leigh (“Anomalisa”) Cynthia Nixon (“James White”) Mya Taylor (“Tangerine”) Melhor Ator Coadjuvante Kevin Corrigan (“Results”) Paul Dano (“Love & Mercy”) Idris Elba (“Beasts of No Nation”) Richard Jenkins (“Bone Tomahawk”) Michael Shannon (“99 Homes”) Melhor Roteiro Charlie Kaufman (“Anomalisa”) Donald Margulies (“O Final do Tour”) Phyllis Nagy (“Carol”) Tom McCarthy & Josh Singer (“Spotlight”) S. Craig Zahler (“Bone Tomahawk”) Melhor Roteiro de Estreia Jesse Andrews (“Eu, Você e a Garota que vai Morrer”) Joseph Carpignano (“Mediterranea”) Emma Donoghue (“O Quarto de Jack”) Marielle Heller (“O Diário de uma Adolescente”) John Magary, Russell Harbaugh e Myna Joseph (“The Mend”) Melhor Filme de Estreia “The Diary of a Teenage Girl” “James White” “Manos Sucias” “Mediterranea” “Songs My Brothers Taught Me” Melhor Fotografia “Beasts of No Nation” “Carol” “Corrente do Mal” “Meadlowland” “Songs My Brothers Taught Me” Melhor Edição “Beasts of No Nation” “Amor, Drogas e Nova York” “Corrente do Mal” “O Quarto de Jack” “Spotlight” Melhor Documentário “(T)error” “Best of Enemies” “Heart of Dog” “The Look of Silence” “Meru” “The Russian Woodpecker” Melhor Filme Estrangeiro “Um Pombo Pousou num Galho Refletindo sobre a Existência” (Suécia) “O Abraço da Serpente” (Colômbia) “Garotas” (França) “Mustang” (Turquia) “O Filho de Saul” (Hungria) Prêmio John Cassavetes (Melhor Filme de até US$ 500 mil) “Advantageous” “Christmas, Again” “Amor, Drogas e Nova York” “Krisha” “Out of My Hand” Prêmio Robert Altman (Melhor Direção de Elenco) “Spotlight”

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    Netflix faz estreia impactante no cinema com Beasts of No Nation

    14 de novembro de 2015 /

    Primeiro longa metragem produzido pelo Netflix, “Beasts of No Nation” conta a história do jovem Agu (o pequeno e impressionante Abraham Attah) que após a morte de sua família é adotado pelo Comandante de um grupo guerrilheiro de um obscuro país da África, tornando-se parte de um exército formado em sua maioria por crianças. Escrito e dirigido por Cary Fugunaga (da 1ª temporada de “True Detective”), possui ecos inegáveis de “Apocalipse Now” (1979), seja na figura ao mesmo tempo fascinante e repugnante do personagem do Comandante interpretado por Idris Elba (“Círculo de Fogo”) como na própria trajetória de Agu, que vai se tornando cada vez mais violenta e surreal, numa espiral de violência regada a lavagem cerebral, rituais sadísticos e abuso de todo os tipos. Baseado no livro homônimo de Uzondinma Iweala, “Beasts of No Nation” não faz questão de – e nem precisa – identificar o país em que Agu vive. Em determinando momento, sabemos que o exército nigeriano atua nas forças de paz, mas é o máximo que temos de qualquer localização possível. Não que isso importe. Para Fugunaka, a bestialidade da guerra não precisa de limites ou fronteiras para se estabelecer. Da mesma forma, aos poucos percebemos que tanto as forças do governo quanto os rebeldes são apenas dois lados da mesma moeda, já que veem espiões e conspirações por todos os lados, executando a sangue frio qualquer pessoa que passar pela frente. O filme mostra, a princípio, como Agu vive na miserável vila que habita. Há nestes momentos iniciais, uma sequência absolutamente fascinante, na qual Agu e seus amigos tentam vender uma carcaça de televisão – a TV da Imaginação – na qual enxergam e representam um mundo quase ideal, de brincadeiras, jogos, lutas de caratê e romances. Fica evidente que Fukunaga evita fantasiar tanto uma infância como um família ideal, mas é visível a segurança e a felicidade de Agu ao lado de seus pais. Quando o pai e o irmão são assassinados pelo exército do governo, Fukunaga trata estas sequências com uma displicência quase cruel, mostrando que na guerra a violência atinge qualquer um, objetificando pessoas e transformando-as em simples estatísticas de um massacre. Ainda que o garoto Abraham conduza o filme com a segurança de um adulto, é Idris Elba, no papel do Comandante, que merece todos os aplausos – e prêmios – do mundo por encarnar um dos personagens mais complexos de sua carreira, um líder carismático capaz de convencer dezenas a lutar por sua causa – e uma pessoa absolutamente abjeta por usar deste poder para sua satisfação e realização pessoal. Elba é um guerrilheiro falastrão, de roupas coloridas e óculos escuros, que usa de todo o seu arsenal de palavras e conceitos deturpados para convencer crianças a segui-lo. Quase como um pastor – a crítica religiosa é pontual e acertada -, sua eloquência atira para todos os lados: seja no discurso sobre justiça e sobre devolver o país a seus donos, na conversa ao pé da fogueira sobre como as mulheres amam homens de guerra ou nas danças e canções de viés ritualístico. E quando tudo isso já fez o seu estrago, há ainda a droga, injetada em crianças para que estas consigam sobreviver ao pesadelo em que vivem. Para as crianças menores, como Agu e seu amigo Stryka (o também impressionante Emmanuel Nii Adom Quaye), há ainda outros fardos mais pesados que o filme indica com uma frieza contundente. Beirando muitas vezes o insuportável, o filme estabelece com clareza o conceito de perda da inocência, tão comum em filmes de guerra. Que vejamos isso em crianças de 10 ou 12 anos tornadas assassinos frios e cruéis é algo absolutamente perturbador. Há outro momento particularmente impressionante e gráfico no filme, justamente na prova final de Agu para mostrar-se digno de carregar uma arma. Ali, aliado a uma narração em off econômica e pontual, percebemos que Agu trilha agora um caminho sem volta, algo que já havia evidentemente destruído seu irmão de armas Stryka. À medida que o filme avança, a narrativa vai se tornando cada vez mais surreal, culminando em um momento em que Fukunaga chega a trocar a paleta de cores e transforma toda a selva verde em um inferno vermelho, uma opção estética mais do que apropriada para o estado mental do pequeno Agu – que, em determinado momento, chega a acreditar que encontra sua mãe ao ver uma senhora indefesa numa casa, para logo em seguida tratá-la com a violência usual a que se acostumou. O filme ainda encontra espaço para lidar com as questões políticas referentes à guerra – repleta de acordos, tratados, cargos e dinheiro -, mas este desvio, ainda que importante por estabelecer ainda mais o caráter podre do Comandante, soa infinitamente menos interessante do que a trajetória de Agu. E ainda que o filme termine com uma nota levemente otimista, Fukunaga faz questão de nos mostrar – em um último e brilhante diálogo – que, para Agu, a TV da Imaginação será para sempre uma lembrança de uma época e de uma vida que não voltarão mais. Tudo o que resta para ele é viver a cada dia, com seus fantasmas e com o sangue que jamais sairá de suas mãos. “Beasts of No Nation” não é apenas um filme tecnicamente impecável e com interpretações antológicas. É uma obra tão atual e relevante que ninguém fica imune após conhecê-la.

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