Cecil Thiré (1943 – 2020)
O ator Cecil Thiré morreu nesta sexta-feira (9/10), aos 77 anos, enquanto dormia em sua casa, no Rio de Janeiro. Filho da famosa atriz Tônia Carrero, ele enfrentava o Mal de Parkinson há alguns anos. Além de ser reconhecido como ator de novelas da Globo, especialmente por seus papéis de vilões, como Mário Liberato, em “Roda de Fogo” (1987), e Adalberto, em “A Próxima Vítima” (1995), Thiré também foi roteirista e diretor de diversas obras no cinema e no teatro. Nascido em 28 de maio de 1943, no Rio, Cecil Aldary Portocarrero Thiré foi o filho único do casamento entre Tônia Carrero e o artista plástico Carlos Arthur Thiré, e desde cedo seguiu a tradição artística da família. Sua estreia nas telas foi aos 9 anos, numa pequena participação no filme “Tico-Tico no Fubá”, sucesso musical de 1952 estrelado pela mãe. Sua carreira teve impulso durante o apogeu do Cinema Novo. Aos 19 anos, apareceu em dois segmentos do clássico “Cinco Vezes Favela” (1962). Aos 21, fez sua estreia atrás das câmeras, como assistente de direção de Ruy Guerra em “Os Fuzis” (1964), em que também atuou. Com 24, ganhou projeção internacional no filme “Arrastão” (1967), do francês Antoine d’Ormesson, e virou ator de novelas, no elenco de “Angústia de Amar” (1967), da TV Tupi. Ao chegar aos 25, tornou-se diretor de cinema, comandando o drama “O Diabo Mora no Sangue” (1968). Mas depois desse começo avassalador, o AI-5 mudou os rumos do cinema brasileiro e da maioria das pessoas que trabalhavam nele. Com a censura dos filmes de temática política e social, Cecil Thiré se reinventou como comediante. Integrou o programa humorístico “Balança Mas Não Cai” e ingressou nas pornochanchadas, que faziam sucesso na época, tanto como ator, em “Como Nos Livrar do Saco” (1973), “Ainda Agarro Esta Vizinha…” (1974) e “Eu Dou o que Ela Gosta” (1975), quanto como roteirista, do último filme citado e de “O Roubo das Calcinhas” (1975). Ele também escreveu o sucesso musical “Amante Latino” (1979), estrelado pelo cantor Sidney Magal, enquanto se dedicava, ao mesmo tempo, ao teatro e à televisão. Sua primeira experiência como diretor de teatro foi em 1971, numa montagem de “Casa de Bonecas”, de Henrik Ibsen, e em 1975 recebeu o Prêmio Molière por sua montagem da peça “A Noite dos Campeões”, de Jason Miller. Ao ingressar na Globo, deu vazão ainda maior à sua versatilidade. Após se destacar como ator de novelas – em “O Espigão” (1974) e “Escalada” (1975) – , começou a aparecer em humorísticos, como “Planeta dos Homens” (a partir de 1976), o que o aproximou de Jô Soares e lhe abriu novos caminhos. Quando Jô Soares ganhou seu próprio programa, “Viva o Gordo”, em 1981, Thiré virou diretor de TV. Depois disso, passou a se alternar na frente e atrás das câmeras, inclusive em novelas. Ele estrelou “Sol de Verão” (1982), “Champanhe” (1983), “Roda de Fogo” (1987), “Top Model” (1989), “Renascer” (1993), “A Próxima Vítima” (1995), “Celebridade” (2003) e dirigiu “Sassaricando” (1987), “Araponga” (1990) e episódios de “Você Decide” e “Sai Debaixo”, além de ter ido para Portugal com sua mãe, para dirigi-la na série “Cupido Electrónico”, em 1993. Mesmo com tanto trabalho, sempre reservou espaço na agenda para o cinema, atuando em filmes famosos, como “Luz del Fuego” (1982), de David Neves, “A Bela Palomera” (1988), de Ruy Guerra, “Forever – Juntos para Sempre” (1991), de Walter Hugo Khouri, “O Quatrilho” (1995), de Fábio Barreto, indicado ao Oscar, “Cronicamente Inviável” (2000), de Sergio Bianchi, “Sonhos Tropicais” (2001), de André Sturm, entre outros. Thiré chegou a viver o mesmo personagem, o Marechal Henrique Lott, na TV e no cinema, respectivamente na minissérie “JK” (2006) e no filme “Bela Noite para Voar” (2009), de Zelito Viana. Ainda apareceu em três novelas da Record, antes de se afastar das telas em 2013, após a novela “Máscaras” e a série “Se Eu Fosse Você”, ano em que também publicou o livro “A Carpintaria do Ator”, resultado de outra atividade paralela, ensinando o ofício da atuação. A doença o impediu de continuar em atividade. Durante a cerimônia de cremação da mãe, em março de 2018, seu estado de saúde chamou atenção, pela dificuldades demonstradas para andar e falar. Em um vídeo enviado pelo WhatsApp a pessoas próximas da família, a filha de Cecil, a atriz Luisa Thiré, disse: “Ele vai deixar muita saudade, porque papai foi um cara muito importante para a arte toda. Deixou muita coisa boa, muito aprendizado. Foi professor de muita gente, tanto de cinema quanto de teatro. Lembro de eu, pequena, entrando no Teatro Fênix, ele gravando o ‘Viva o Gordo’, e a claque inteira vindo falar comigo como papai era querido. Por onde andou, ele fez amigos de A a Z. Que ele descanse, porque ele merece. Esse final estava bem difícil”, contou a atriz. A família puxou o pai e a avó, com três dos quatro filhos de Thiré seguindo a carreira de atores: Luisa, Carlos e Miguel.
Lúcio Mauro (1927 – 2019)
O ator e comediante Lúcio Mauro, que estrelou diversos programas humorísticos da rede Globo, morreu na madrugada deste domingo (12/5) aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado há cerca de dois meses na Clínica São Vicente, com problemas respiratórios. Lúcio Mauro era seu nome artístico. O artista nasceu em Belém do Pará, no dia 14 de março de 1927, batizado como Lúcio de Barros Barbalho. Ele começou a carreira no teatro e só foi estrear na televisão aos 33 anos, em 1960, com a inauguração da TV Rádio Clube de Pernambuco, onde fez seu primeiro programa de humor, “Beco sem Saída”, contracenando com José Santa Cruz no quadro “Jojoca e Zé das Mulheres”. Em 1963, Lúcio e sua esposa, a atriz Arlete Salles, mudaram-se para o Rio de Janeiro, indo trabalhar na TV Rio. De lá, ele foi para a TV Tupi, onde participou do “Grande Teatro Tupi”, foi jurado de calouros de Flávio Cavalcanti, dirigiu e atuou no programa “A, E, I, O… Urca!” e o infantil “Essa Gente Inocente”, além de estrelar, junto de Arlete Salles, o humorístico “I Love Lúcio”, uma paródia da sitcom americana “I Love Lucy”. Neste mesmo ano, Lúcio Mauro estreou no cinema ao lado de Arlete em “Terra sem Deus”, de José Carlos Burle. A experiência foi seguida pelas comédias “007 1/2 no Carnaval” (1966), uma paródia de James Bond com Costinha e Chacrinha, e “O Rei da Pilantragem” (1968), escrito por Carlos Imperial. Mas a carreira cinematográfica ficou de lado quanto a televisiva estourou, após estrear na Globo em 1966. Ele começou na emissora no humorístico “TV0–TV1”, ao lado de uma constelação de humoristas que marcaram época na televisão: Jô Soares, Agildo Ribeiro, Paulo Silvino e outros. Dois anos depois, Lúcio criou e dirigiu na Globo o humorístico “Balança Mas Não Cai” (1968), com releituras de quadros de sucesso da Rádio Nacional nos anos 1950. O formato da programa de esquetes com um grande elenco, que se alternava num mesmo cenário sem mudar o contexto das piadas, fez enorme sucesso e inspirou o humor brasileiro durante décadas. Foi nesse período, inclusive, que Lúcio emplacou sua criação mais famosa, o quadro “Fernandinho e Ofélia”, em que vivia um homem rico e sofisticado, constantemente constrangido pela burrice da esposa (Sônia Mamede), que cometia grandes gafes diante de convidados ilustres, apesar de repetir o bordão “Só abro a boca quando tenho certeza!”. Quando “Balança Mas Não Cai” foi para a TV Tupi, nos anos 1970, ele acompanhou os colegas do programa e deixou a Globo por um tempo. A época também marcou o fim de seu casamento com Arlete. Mas ele ficou pouco tempo solteiro, casando-se com Ray Luiza Araujo Barbalho em 1974. Menos tempo ainda passou longe da Globo, para onde voltou pelas mãos de Chico Anysio, um de seus maiores parceiros, vindo a integrar o elenco de todos os programas humorísticos do famoso criador – de “Chico City” (1973) a “Escolinha do Professor Raimundo” (1990). Ele criou personagens marcantes ao lado de Chico Anysio, como o diretor Da Julia, que trabalhava com o ator canastrão Alberto Roberto, e o aluno Aldemar Vigário, da “Escolinha do Professor Raimundo”. Puxador de saco do professor, Vigário contava contos épicos de supostos grandes feitos do mestre com o bordão “Quem? Quem? Raimundo Nonato!”. Nos anos 1980, Lúcio Mauro emplacou uma nova versão de “Balança Mas Não Cai” (1982) na Globo, e ajudou a conceber e dirigir “A Festa é Nossa” (1983), humorístico que tinha como cenário fixo a cobertura de Fernandinho e Ofélia. O ator também participou de “Chico Anysio Show” (1982) e “Os Trapalhões” (1989), revivendo a dupla Fernandinho e Ofélia com Nádia Maria, após a intérprete original ser diagnosticada com leucemia e se afastar da TV – Sônia Mamede veio a falecer em 1990. Mas Lúcio não fez apenas comédias. Em 1983, interpretou o médium Chico Xavier no “Caso Verdade Chico Xavier, um Infinito Amor”. E, em 1988, fez uma participação na minissérie “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes, como Dr. Quindim. A diversificação aumentou nos anos 1990, com um episódio de “Você Decide” (1992), a novelinha teen “Malhação” (1995), atuando como Dr. Palhares, pai do Mocotó (André Marques), e a novelinha infantil “Caça-Talentos” (1996), com Angélica. Em 1998, encarnou o bicheiro mafioso Neca do Abaeté na minissérie “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, e o advogado Nonato na segunda versão da novela “Pecado Capital”, atuou em um episódio de “Sai de Baixo” e participou da novela “Meu Bem Querer”. A partir de 1999, Lúcio Mauro retomou personagens em “Zorra Total”. Refez o quadro Fernandinho e Ofélia, desta vez com Claudia Rodrigues. E começou a contracenar com seu filho, o ator Lúcio Mauro Filho. Além disso, criou um novo personagem, Ataliba, um vovô surfista, revivendo com José Santa Cruz a parceria de sua estreia na TV em 1960. Nos últimos anos, dedicou-se a fazer mais participações em novelas – como “Paraíso Tropical” (2006), “A Favorita” (2008) e “Gabriela” (2012). E filmes. Embora sua filmografia comece nos anos 1960, foi só nos últimos anos que Lúcio realmente se dedicou ao cinema, atuando em “Redentor” (2004), de Claudio Torres, “Cleópatra” (2008), de Júlio Bressane, “Muita Calma Nessa Hora” (2010), de Felipe Joffily, e “Vai que Dá Certo” (2013), de Maurício Farias. Neste último, também contracenou com o filho. O humorista gostava de trabalhar com os filhos, tanto que estrelou a peça “Lúcio 80-30” (2008) com três deles, Lúcio Mauro Filho, Alexandre Barbalho e Luly Barbalho. E voltou a contracenar com dois deles em 2014, no penúltimo episódio de “A Grande Família”, como o pai de Luly, a irmã de Tuco, personagem de Lúcio Mauro Filho. Sua despedida das telas aconteceu em 2015, numa participação especial da releitura da “Escolinha do Professor Raimundo”, que foi exibida na TV Globo e no canal pago Viva. Desde 2016, quando sofreu um derrame, Lúcio Mauro enfrentou diversos problemas de saúde, sendo forçado a se aposentar. Relembre abaixo três dos personagens mais famosos do humorista.
Paulo Silvino (1939 – 2017)
Morreu o comediante Paulo Silvino, que lutava contra um câncer no estômago. Ele faleceu em casa, no Rio, na quinta-feira (17/8), aos 78 anos. Segundo a família, Silvino chegou a ser submetido a uma cirurgia no ano passado, mas o câncer se espalhou e a opção da família foi que ele fizesse o tratamento em casa. Paulo Ricardo Campos Silvino nasceu no Rio de Janeiro em 27 de julho de 1939 e cresceu nas coxias do teatro e nos bastidores da rádio. Isso porque seu pai, o comediante Silvério Silvino Neto, conhecido por realizar paródias de figuras públicas no Brasil dos anos 1940 e 1950, levava o menino para acompanhar seu trabalho. “Eu nasci nisso. Com seis, sete anos de idade, frequentava os teatros de revista nos quais o papai participava. Ele contracenava com pessoas que vieram a ser meus colegas depois, como o Costinha, a Dercy Gonçalves.”, disse o ator em entrevista ao Memória Globo. Ele pisou num palco pela primeira vez aos nove anos de idade, quando se atreveu a soprar as falas para um ator de uma peça que o pai participava. Mas em vez de ator, quase virou roqueiro. Tinha aulas de música com a mãe, a pianista e professora Noêmia Campos Silvino. E chegou a formar uma banda na adolescência, com feras como Eumir Deodato (teclados), Durval Ferreira (guitarra) e Fernando Costa (bateria). Depois de uma passagem pelo rádio, se juntou ao elenco da TV Rio, de onde saiu para a recém-fundada TV Globo em 1966, para apresentar o “Canal 0”, programa humorístico que satirizava a programação das emissoras de TV. Participou de programas clássicos do humorismo da Globo, coo “Balança Mas Não Cai” (1968), “Faça Humor, Não Faça Guerra” (1970), “Satiricom” (1973), “Planeta dos Homens” (1976), “Viva o Gordo” (1981) e “Zorra Total” (1999), criando personagens e bordões que marcaram época, como Severino (que analisa “cara e crachá”) e o mulherengo Alceu. Silvino também desenvolveu prolífica carreira cinematográfica, tanto à frente quanto atrás das câmeras. Ele começou ainda na época das chanchadas, em “Sherlock de Araque” (1957), filme estrelado por Carequinha e Costinha, e acabou se envolvendo em produções de Carlos Imperial, como “O Rei da Pilantragem” (1968) e “Um Edifício Chamado 200” (1973). Entre um filme e outro, teve uma peça que escreveu adaptada para as telas, “Ascensão e Queda de um Paquera” (1970). A experiência o inspirou a virar roteirista, e ele passou a assinar pérolas da pornochanchada, como “Com a Cama na Cabeça” (1972), “Café na Cama” (1973), “Um Varão entre as Mulheres” (1974), “O Padre que Queria Pecar” (1975), “A Mulata que Queria Pecar” (1976), “Os Melhores Momentos da Pornochanchada” (1978) e “Assim Era a Pornochanchada” (1978). Nos últimos anos, com o boom das globochanchadas, voltou a aparecer no cinema, tornando mais engraçadas as comédias “Muita Calma Nessa Hora 2” (2014), “Até que a Sorte nos Separe 3: A Falência Final” (2015) e “Gostosas, Lindas e Sexies” (2017). “Ah, como era grande” o seu talento. “O Paulo Silvino era a pessoa que mais me fazia rir”, disse Jô Soares para o G1. “De todos os meus colegas comediantes, era o que mais me fazia rir. Sempre inventava coisas diferentes. O mais ‘tonto’, o mais irreverente. Uma figura maravilhosa, com uma generosidade fantástica”.
Tutuca (1932 – 2015)
Morreu o comediante Tutuca, criador de um dos personagens mais famosos do humorismo brasileiro, que fez rir diversas gerações em programas como “Balança Mas Não Cai”, “A Praça É Nossa” e “Zorra Total”. Ele faleceu na manhã de quinta-feira (3/12), aos 83 anos, no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, onde deu entrada para tratamento de uma pneumonia. Usliver João Baptista Linhares nasceu em 1932 e ganhou o apelido Tutuca ainda na infância. O nome pegou quando ele se lançou comediante em programas de rádio, durante a década de 1950. Ele participou do elenco original do sucesso radiofônico “Balança Mas Não Cai”, continuando na atração durante a transição do programa para a TV. Sua estreia no cinema aconteceu em 1959, no filme “O Homem do Sputnik”, ao lado do grande astro das chanchadas Oscarito. Depois disso, acompanhou Ronald Golias em “O Homem que Roubou a Copa do Mundo” (1961), Zé Trindade em “Bom Mesmo É Carnaval” (1962) e Almeidinha em “Quero Essa Mulher Assim Mesmo” (1963), sua última chanchada. O fim das comédias rasgadas no cinema coincidiu com a ascensão do humor na TV, e Tutuca passou pelo clássico programa “Noites Cariocas”, na TV Rio, com Golias, Costinha e Dercy Gonçalves, antes de parar na rede Globo em 1966, estreando no humorístico “Riso Sinal Aberto”. Em 1968, ele virou um dos destaques do “Balança Mas Não Cai” televisivo, que incluía Paulo Gracindo, Lúcio Mauro, Costinha, Brandão Filho, Berta Loran e Zezé Macedo, trabalhando ainda como roteirista da atração. “Balança Mas Não Cai” também passou pela TV Tupi, a partir de 1972, e teve uma segunda encarnação na Globo durante os anos 1980, sempre com a presença de Tutuca. O sucesso do humorístico devia-se ao seu aprimoramento do humor de esquetes, que, apesar de se originar do rádio, resiste até hoje na TV. A fórmula se diferenciava do simples programa de piadas ao incluir um contexto responsável por reunir seus diversos comediantes: o prédio treme treme que balançava, mas não caía, no qual moravam, trabalhavam ou visitavam seus diversos personagens de bordões marcantes. Tutuca vivia o faxineiro Clementino, que, embora tímido, estava sempre de olho na mulherada, lançando o bordão “Como é boa essa secretária (vizinha). Ah, se ela me desse bola…” Clementino fez tanto sucesso que passou a ter participações em outros programas, como “A Praça É Nossa”. Mas Tutuca também foi criador dos personagens Chefinho, que implicava com Dona Dadá, e o gay Magnólio, do bordão “Meninos, eu vi”. Além disso, costumava embutir um famoso ‘xiiii…’ em seu textos, que sempre levantava a platéia, gerando claques espontâneas. Ele voltou aos cinemas em 1974 em seu único papel de protagonista, no auge das pornochanchadas, encarnando o personagem-título de “Onanias, o Poderoso Machão”, que na verdade era o entregador virgem de uma fábrica de sutiãs. Mais recentemente, participou de “Os Normais – O Filme” (2003) como pai de Marisa Orth, e da comédia “A Guerra dos Rocha” (2008), dirigida por Jorge Fernando. Na TV, apareceu ainda na série “Sob Nova Direção” e no humorístico “Zorra Total”. A saúde do comediante estava debilitada após sofrer três AVCs, e ele não andava mais. Mas, segundo sua mulher Denise, “até doente ele era piadista. Gostava do que fazia”.


