Amazon revela não ter planos de lançar o novo filme de Woody Allen
O mais recente filme de Woody Allen, o inédito “A Rainy Day in New York”, não será lançado pela Amazon Studios tão cedo. A produtora, que tem um contrato para outros trabalhos com o cineasta, divulgou comunicado dizendo que “ainda não há data de lançamento prevista”. O estúdio é obrigado por contrato a distribuir o longa, que tem tema controverso, contando a história do relacionamento entre um homem de 44 anos e uma adolescente de 15 anos. “A Rainy Day in New York”, o 48º e até aqui derradeiro filme dirigido pelo cineasta, foi rodado no ano passado e se tornou dano colateral do movimento #MeToo. Curiosamente, a onda de protestos femininos nas redes sociais foi precipitada com a ajuda do filho do diretor, Ronan Farrow, autor da reportagem da revista New Yorker que denunciou o produtor Harvey Weinstein em outubro do ano passado. A filha de Allen, Dylan Farrow, aproveitou o movimento de denúncias de assédios sexuais para retomar suas acusações de pedofilia contra Allen. O caso chegou a ir parar na Justiça nos anos 1990, durante a separação do diretor de sua ex-mulher Mia Farrow, mas nada foi provado. Allen sempre se disse inocente e culpou Mia por fazer lavagem cerebral em sua filha. Moses Farrow, outro filho do diretor, recentemente contestou a irmã, apontando inconsistências na denúncia, culpando a mãe por violência física e psicológica e testemunhando que Allen jamais ficou sozinho com Dylan durante o alegado abuso. No entanto, a campanha de Dylan fez vários atores que trabalharam com Allen dizerem que não voltariam a filmar com o diretor, entre eles os integrantes de “A Rainy Day in New York”, razão pelo qual a Amazon não sabe como lançar o filme. Timothée Chalamet e Rebecca Hall chegaram a doar seus salários após participarem do filme de Allen. Por isso, não há planos para realizar uma première ou envolver o elenco na divulgação. A tática da Amazon é esperar. E, por enquanto, “A Rainy Day in New York” está sendo guardado para quando as nuvens passarem. Sem previsão alguma de sair do depósito da empresa. Woody Allen, por sua vez, também não tem previsão de voltar a filmar tão cedo. É a primeira vez em 37 anos que ele ficará um ano inteiro sem realizar uma nova produção. O último hiato foi em 1981, após o fracasso comercial de “Memórias” (1980), seu primeiro filme sem a parceira Diane Keaton.
Woody Allen não consegue mais filmar após atores desistirem de trabalhar com ele
Woody Allen não lançará nenhum filme em 2019, porque não consegue atores para filmar seu novo projeto. Será a primeira vez em 37 anos que ele ficará um ano inteiro sem realizar uma nova produção. O último hiato foi em 1981, após o fracasso comercial de “Memórias” (1980), seu primeiro filme sem a parceira Diane Keaton. “A Rainy Day in New York”, o 48º e até aqui derradeiro filme dirigido pelo cineasta, foi rodado no ano passado e será lançado ainda em 2018 pela Amazon, com quem Allen celebrou contrato que previa a produção de outras três longas. Entretanto, a Amazon deve romper o acordo, pagando uma pesada multa, segundo artigo da revista The Hollywood Reporter. Isto porque o cineasta virou dano colateral do movimento #MeToo, que foi precipitado com a ajuda de seu filho Ronan Farrow, autor da reportagem da revista New Yorker que denunciou o produtor Harvey Weinstein em outubro do ano passado. A filha de Allen, Dylan Farrow, aproveitou o movimento de denúncias de assédios sexuais para retomar suas acusações de pedofilia contra Allen. O caso chegou a ir parar na Justiça nos anos 1990, durante a separação do diretor de sua ex-mulher Mia Farrow, mas nada foi provado. Allen sempre se disse inocente e culpou Mia por fazer lavagem cerebral em sua filha. Moses Farrow, outro filho do diretor, recentemente deu contestou a irmã, apontando inconsistências na denúncia, culpando a mãe por violência física e psicológica e testemunhando que Allen jamais ficou sozinho com Dylan durante o alegado abuso. No entanto, a campanha de Dylan fez vários atores que trabalharam com Allen dizerem que não voltariam a filmar com o diretor, entre eles os integrantes de “A Rainy Day in New York”, razão pelo qual o filme ainda não foi lançado. Timothée Chalamet e Rebecca Hall chegaram a doar seus salários após participarem do filme mais recente de Allen. A polêmica deve fazer com que a estreia aconteça sem participação do elenco e pouca divulgação. Isto não significa que o cineasta vá tirar “férias forçadas”, como declararam alguns blogues. Ou a garganta profunda anônima do Page Six, coluna de fofocas nova-iorquina transformada em site. “Woody adora trabalhar. Nunca sai de férias, mas vai tirar um tempo para descansar este ano até que encontre um patrocinador”, disse uma fonte identificada como “produtor de cinema de Hollywood”. Se não pode filmar, Allen continua a escrever. Ele já tem um roteiro pronto para ser filmado, que poderia ser lançado em 2020. E deve continuar desenvolvendo suas ideias, que é algo que sua mente criativa está acostumada a fazer. Na pior das hipóteses, pode escrever livros, como adiantou uma fonte com nome e endereço, Letty Aronson, irmã mais nova do cineasta. Mas provavelmente acumulará roteiros, esperando a chance de retomar a carreira ou deixá-los para a posteridade e para outros cineastas aproveitarem. “Woody Allen sempre conseguiu atores fantásticos. As estrelas trabalhavam por um salário mínimo porque recebiam prestígio, mas com o movimento #MeToo, agora ele é tóxico”, disse a fonte do Page Six, que ainda lembrou que “suas produções não geram dinheiro”. “Durante anos, passou de um de um patrocinador para outro. Inclusive foi à Europa, mas já está sem opções”, acrescentou a fonte. Na verdade, “Roda Gigante” foi o único filme de Woody Allen que deu prejuízo com lançamento em mais de 500 cinemas na América do Norte. Ele foi lançado em dezembro de 2018, em plena explosão das denúncias de Dylan Farrow, que chegou a assediar os atores que trabalharam no filme. O lançamento rendeu apenas US$ 1,4 milhão no mercado doméstico, mas atingiu US$ 15 milhões no mundo inteiro. Em entrevista posterior, ela disse que seu objetivo era arruinar o pai e acabar com a carreira dele. Na véspera do lançamento de “Roda Gigante”, Dylan publicou uma carta aberta no jornal The Los Angeles Times, questionando o tratamento diferenciado dado a Allen em relação a Weinstein. “Qual o motivo de Harvey Weinstein e outras celebridades acusadas de abuso terem sido banidas de Hollywood enquanto Allen recentemente conseguiu um contrato milionário de distribuição para seu próximo filme?”, ela questionou. Embora a pergunta tenha sido retórica, a grande diferença entre Allen e Weinstein é que apenas Dylan acusa o diretor, enquanto Weinstein acumulou uma centena de acusadoras. Dylan sabe disso, a ponto de dizer: “Estou falando a verdade e acho importante que as pessoas entendam que uma vítima importa e é suficiente para mudar as coisas”, ela disse. Nenhuma atriz filmada por Woody Allen ao longo de meio século de carreira acusou o diretor de qualquer coisa que não fosse extremo distanciamento. Mesmo assim, em janeiro deste ano a Pipoca Moderna publicou um artigo em que já ponderava o impacto da campanha negativa, afirmando que a carreira de Woody Allen poderia ter chegado ao fim.
Gérard Depardieu é investigado por estupro de atriz francesa de 22 anos
O Ministério Público de Paris abriu uma investigação preliminar nesta quinta (30/8) contra o astro do cinema francês Gérard Depardieu por estupro e agressão sexual a uma atriz francesa de 22 anos, após uma queixa apresentada na segunda-feira em Aix-en-Provence, no sul da França, que encaminhou o caso às autoridades da capital francesa. A atriz, que não teve o nome revelado, afirma ter sido abusada durante duas ocasiões por Depardieu. Por meio de seu advogado, o ator de 69 anos nega a acusação. “Uma queixa foi apresentada no dia 27 de agosto. No dia seguinte, fui convocado por jornalistas. Eu deploro a denúncia. Os fatos causam um sério prejuízo a Depardieu”, afirmou o advogado do ator, Hervé Témime, ao jornal Le Parisien. “Peço a maior cautela e reserva, e estou convencido de que esta queixa não irá prosperar na Justiça.” Os fatos teriam ocorrido nos dias 7 e 13 de agosto em uma das residências parisienses do ator, durante o que foi descrito como uma “colaboração profissional”. A jovem que ainda não se manifestou publicamente, afirma ter sido abusada dentro do contexto de um ensaio informal de uma peça. Segundo a imprensa francesa, o ator e a jovem já se conheciam. Uma fonte próxima ao caso diz que Depardieu é amigo do pai da garota e teria tornado a atriz sua “protegida” na estreia de sua carreira.
Jessica Chastain vai voltar a filmar com o diretor de Vidas Cruzadas
Tate Taylor, que dirigiu Jessica Chastain em “Vidas Cruzadas” (The Help), vai voltar a filmar a atriz em “Ava”, filme de ação indie que perdeu seu diretor original, o cineasta australiano Matthew Newton (“From Nowhere”), responsável pelo projeto. Newton, que também escreveu o roteiro, demitiu-se após pressão dos fãs da atriz nas redes sociais, que verberaram várias acusações de abuso e violência doméstica que pesam contra ele. O australiano assumiu-se culpado por ter agredido a namorada Brooke Satchwell em 2007. Na época, um psiquiatra testemunhou que o cineasta sofria de depressão e dificilmente voltaria a ser violento, o que ajudou a mantê-lo em liberdade. Desde então, porém, Newton foi acusado de assédio sexual e abuso por várias mulheres, incluindo outra namorada, Rachael Taylor, que conseguiu ordem de restrição contra o diretor. Chastain, que é produtora de “Eve”, convocou Taylor para assumir o projeto enquanto os dois discutiam planos para filmar “The Eyes of Tammy Faye”, cinebiografia de uma famosa tele-evangelista americana, agendado para depois do filme de ação. A trama de “Ava” ainda não foi divulgada. O filme também não tem cronograma de produção ou previsão de estreia. Jessica Chastain foi indicada a seu primeiro Oscar por seu papel em “Vidas Cruzadas”.
Namorada de Rose McGowan foi quem revelou mensagens de texto incriminadoras de Asia Argento
A modelo não binária (sem gênero sexual definido) Rain Dove assumiu no Twitter ter sido a responsável por divulgar as mensagens de texto em que Asia Argento assumiu ter tido relações sexuais com o ator mirim Jimmy Bennett, então com 17 anos de idade. “Foi eu quem espalhou as mensagens e faria isso de novo”, escreveu a modelo, que já foi bombeiro e há três anos entrou numa lista de mulheres que estariam revolucionando o mundo da beleza. Rain resolveu assumir a autoria após sua namorada, a atriz Rose McGowan, ser acusada de ter sido responsável pelo vazamento das mensagens privadas. “Compartilhar minhas mensagens é meu direito legal. Eu confessei a este fórum que era eu porque Rose foi falsamente acusada”, esclareceu. Mas posteriormente apagou os posts originais, deixando apenas trechos da conversa no ar. As mensagens de texto trocadas entre Asia e Rain Dove confirmam que a atriz realmente teve relação sexual com Bennett, ao contrário do que ela afirmara em nota, após uma reportagem do jornal The New York Times denunciar que ela tinha pago pelo silêncio de Jimmy Bennet. Ele tinha 17 anos na data da suposta agressão sexual, em 2013, que teria acontecido em um hotel da Califórnia. Já na ocasião, a reportagem citava documentos de uma fonte não identificada. O ator ficou mais conhecido por interpretar a versão adolescente do futuro Capitão James Kirk no filme “Star Trek” de 2009, mas antes disso, em 2004, aos 8 anos, viveu o filho de Asia Argento no segundo longa que ela dirigiu, “Maldito Coração”, quando os dois desenvolveram uma relação de amizade. Ele estaria chantageando Argento com uma foto íntima dos dois. A imagem também acabou vindo à tona. No Twitter, Dove revelou que foi o próprio Bennett que vendeu a suposta selfie “pós-sexo” para publicação no TMZ por um valor de US$ 28 mil. Após essa revelação, Rose McGowan emitiu um comunicado para a imprensa com o objetivo de complementar a história, dizendo que Rain lhe contou que ia levar as mensagens privadas para a polícia, independente do fato de Asia ser sua amiga. “Rain ainda compartilhou que Asia vinha recebendo nudes indesejados de Jimmy desde que ele tinha 12 anos. Asia menciona nessas mensagens que ela não tomou nenhuma ação contra as fotos. Não falou com as autoridades, nem com os pais ou bloqueou Jimmy nas redes sociais. Nem mesmo uma simples mensagem, ‘Não me mande essas fotos. Elas são inapropriadas'”, ponderou McGowan em longo texto publicado nas redes sociais. “O choque foi perceber que tudo que o movimento #MeToo lutou a favor poderia ser colocado em cheque. Uma hora após nossa conversa, Rain confirmou que eles entregaram os textos para a polícia. Quase 48 horas depois, as mensagens foram parar na imprensa”, disse McGowan, que se refere à “pessoa com quem estou” na terceira pessoa do plural (eles). McGowan termina seu texto dirigindo-se diretamente para Asia. “Asia, você foi minha amiga. Eu a amei. Você arriscou muito para ficar ao meu lado no movimento #MeToo. Eu realmente espero que você encontre seu caminho no meio desse processo de reabilitação. Todos podem ser melhores. Espero que você consiga, também. Faça a coisa certa. Seja justa. Deixa a justiça seguir o seu rumo. Seja a pessoa que você gostaria que Harvey [Weinstein] tivesse sido”, concluiu. Rose McGowan e Asia Argento ficaram amigas após compartilharem em público que foram estupradas por Harvey Weinstein há alguns anos. A dupla se juntou a mais de 100 mulheres que denunciaram o produtor de Hollywood nas redes sociais, dando origem ao movimento #MeToo. McGowan apresentou sua namorada à Argento há um mês, logo após o suicídio do então namorado da atriz, o chef Anthony Bourdain. As três viajaram juntas à Berlim. Após a divulgação das mensagens por Rain Dove, Asia Argento foi demitida do reality de competição “X Factor Itália”. The truth helps me sleep well at night. That’s why it’s coming out no matter what. Friend, family, acquaintance it doesn’t matter when it comes to justice- you do not get special treatment. You get equal treatment. Hope you’re ready. #MeToo pic.twitter.com/xvn9aFWx7G — Rain Dove (@raindovemodel) August 22, 2018 Plus that’s my last message with Asia. That is NOT a happy human message haha. pic.twitter.com/wSDDe0C2ME — Rain Dove (@raindovemodel) August 26, 2018 2. @rosemcgowan has released a lengthy statement in response to the allegations against Asia Argento. The last bit: "Do the right thing. Be honest. Be fair. Let justice stay its course. Be the person you wish Harvey could have been." pic.twitter.com/swAbuCFtX2 — Yashar Ali ? (@yashar) August 27, 2018
Asia Argento é demitida do programa X Factor Itália após denúncia de abuso sexual
A acusação de abuso sexual de menor contra Asia Argento provocou a demissão da atriz, diretora e cantora do “X Factor Itália”. O canal Sky Italia e a FremantleMedia, responsáveis pela competição de calouros, decidiram tirar a artista do programa. Mesmo assim, ela será vista nos primeiros sete episódios do reality show, que já tinham sido gravados, mostrando a busca dos jurados pelos 12 competidores do programa. Após o surgimento da denúncia contra Asia, a Sky Italia e a FremantleMedia divulgaram em um comunicado que anunciaram estar estudando a demissão da atriz. “Se as alegações reportadas pelo New York Times se confirmarem, essa questão é completamente inconsistente com a ética e valores da Sky, sendo assim, em acordo com a Fremantle, nós nos vemos obrigados a colocar um fim em nossa colaboração com Asia Argento”. Uma das primeiras a denunciar Harvey Weinstein por estupro, Asia Argento se tornou porta-voz importante do movimento #MeToo, mas foi denunciada há uma semana pelo jornal The New York Times por ter pago ao ator Jimmy Bennet para não ser processada pelo mesmo motivo. Ele tinha 17 anos na data da suposta agressão sexual, em 2013, que teria acontecido em um hotel da Califórnia, segundo a publicação, que cita documentos de uma fonte não identificada. O ator ficou conhecido ao interpretar a versão adolescente do futuro Capitão James Kirk no filme “Star Trek” de 2009, mas antes disso, em 2004, aos 8 anos, viveu o filho da atriz no segundo longa que ela dirigiu, “Maldito Coração”, quando os dois desenvolveram uma relação de amizade. Asia chegou a negar ter feito sexo com o jovem. Mas logo vieram à tona uma foto dos dois na cama e mensagens de texto em que Asia admitia o sexo, embora diga que não sabia que Bennet era menor de idade. Jimmy Bennet também resolveu se pronunciar afirmando que era tudo verdade.
John Lithgow viverá fundador da Fox News no filme sobre o escândalo sexual que abalou o canal de notícias
O veterano ator John Lithgow, que venceu o Emmy 2017 ao viver Winston Churchill em “The Crown”, vai estrelar o filme “Fair and Balanced”, no papel do criador da Fox News Roger Ailes. O filme vai abordar o escândalo de assédio sexual que levou à saída de Ailes da emissora. Embora os fatos retratados sejam anteriores ao movimento #MeToo, “Fair and Balanced” será a primeira produção a levar para as telas as denúncias que abalaram as estruturas machistas da indústria de comunicações dos Estados Unidos. Quando o escândalo veio à tona, em 2016, por meio das famosas jornalistas Gretchen Carlson e Megyn Kelly, Ailes foi forçado a pedir demissão. E em seguida uma enchente de acusações semelhantes foram dirigidas a outros profissionais da emissora. O âncora de maior prestígio do canal, Bill O’Reilly, foi demitido logo em seguida. As poderosas loiras Margot Robbie (“Eu, Tonya”), Nicole Kidman (“Lion”) e Charlize Theron (“Tully”) já tinham sido confirmadas no elenco. Kidman deve interpretar justamente Gretchen Carlson e Charlize Theron, por sua vez, viverá Megyn Kelly. Já Robbie tem o papel de uma produtora executiva do canal, personagem criada especificamente para o filme, visando resumir uma série de situações reais. Ex-assistente de campanha dos presidentes americanos Richard Nixon, Ronald Reagan e George Bush, Roger Ailes fundou a Fox News em 1996, com o objetivo de oferecer conteúdo de forte tendência conservadora para o ambiente do jornalismo televisivo do país. O executivo morreu em 2017, aos 77 anos, com a carreira e seu canal abalados pelo escândalo. O roteiro de “Fair and Balanced” é de Charles Randolph (“A Grande Aposta”) e a direção está a cargo de Jay Roach (“Trumbo – Lista Negra”). Produzido pela Annapurna Pictures, o longa ainda não tem previsão de estreia. Mas esta não é a única produção sendo montada sobre os bastidores controversos do canal favorito de Donald Trump. Russell Crowe (“A Múmia”) também vai viver Ailes, mas numa minissérie atualmente em desenvolvimento no canal pago Showtime.
Nova denúncia de agressão sexual é apresentada contra Kevin Spacey
Um porta-voz da promotoria de Los Angeles revelou nesta quarta-feira (22/8) que uma nova denúncia de agressão sexual foi apresentada contra o ator Kevin Spacey (“Em Ritmo de Fuga”). “Um caso de agressão sexual foi apresentado ontem ao nosso escritório pelo Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles envolvendo Kevin Spacey. Ele continua em análise”, disse o porta-voz Greg Risling, sem fornecer detalhes. Representantes do ator não comentaram a denúncia, mas a promotoria de Los Angeles vinha investigando desde abril uma acusação de assédio contra Spacey, que teria ocorrido em 1992 e envolvia um homem adulto. Mais de 30 homens disseram que foram vítimas de avanços sexuais indesejados por Spacey, desde que o ator Anthony Rapp (da série “Star Trek: Discovery”) o acusou de tentar seduzi-lo em 1986, quando tinha apenas 14 anos de idade. Em outubro, Spacey pediu desculpas por qualquer conduta inadequada com Rapp, mas não comentou as novas denúncias que surgiram desde então. O escândalo foi tão grande que Spacey foi demitido da série “House of Cards”, na qual vivia o protagonista, e teve sua atuação apagada em “Todo o Dinheiro do Mundo”, sendo substituído em refilmagens por outro ator. A repercussão atingiu vários outros projetos que o envolviam. A Netflix, por exemplo, assumiu o prejuízo de ter produzido uma biografia de Gore Vidal com o ator, optando por vetar seu lançamento. A nova acusação coincide com o lançamento do último filme estrelado por Spacey. “Billionaire Boys Club” já estava filmado quando o escândalo estourou e chegou aos cinemas dos Estados Unidos na sexta-feira (17/8), com um número abismal de espectadores. Mesmo assim, foi um lançamento pro forma, pois a distribuição do longa foi negociada para plataformas de VOD (video on demand), com uma campanha que destacou outros atores do elenco.
Ator mirim que teria sido abusado por Asia Argento se manifesta pela primeira vez após o escândalo
O ator Jimmy Bennett, que alega ter sido abusado sexualmente por Asia Argento quando tinha 17 anos, pronunciou-se pela primeira vez após a revelação do escândalo no domingo (19/8) pelo jornal The New York Times. Num comunicado enviado para imprensa americana, ele contou a sua versão sobre o que aconteceu em um hotel em Marina Del Rey (Califórnia), em maio de 2013. “Eu não falei inicialmente sobre minha história porque preferi resolver o assunto de forma privada com a pessoa que me violentou”, ele afirmou. “Meu trauma voltou quando ela apareceu como vítima. Eu não fiz uma declaração pública nos últimos dias porque estava envergonhado e com medo de fazer parte de uma narrativa pública”, completou Bennet, que hoje tem 22 anos. Segundo o jornal The New York Times, ele procurou Argento em busca de dinheiro para não revelar o acontecido, e ela teria lhe pago secretamente para não ser acusada. Nove anos antes do sexo, ele tinha vivido o filho da atriz no segundo longa que ela dirigiu, “Maldito Coração” (de 2004). “Eu era menor de idade quando o caso aconteceu”, escreveu Jimmy. “E eu tentei buscar a justiça de uma forma que fizesse sentido na época, porque eu não estava pronto para lidar com ramificações desta história em ambiente público. Na época, ainda havia um estigma em nossa sociedade sobre o tema, e não pensei que as pessoas entenderiam o que aconteceu pelos olhos de um adolescente”. “Eu tive que lidar com muitas adversidades em minha vida, e esta é outra que vou ter que lidar, ao seu tempo. Eu gostaria de esquecer este evento em minha vida, e hoje escolhi seguir em frente, não mais em silêncio”, completou. Asia Argento chegou a negar, por meio de seu próprio comunicado, que tivesse se relacionado sexualmente com o adolescente. Mas o site TMZ revelou uma foto em que os dois aparecem deitados juntos, sem camisas, em uma cama. Ele não se mostra traumatizado na imagem, mas documentos escritos por seu advogado e obtidos pelo Times afirmam que a atriz o teria embebedado. Pelas leis da Califórnia, onde o encontro aconteceu em 2013, relação sexual entre adulto e menor de 18 anos é considerada crime. Bennet teria contatado Asia em busca de dinheiro em abril, ameaçando tomar medidas legais contra ela a partir de alegações de abuso sexual. Na declaração da atriz, o ator “inesperadamente exigiu uma quantia exorbitante de dinheiro”, após ela ganhar projeção como uma das principais acusadoras do megaprodutor Harvey Weinstein. Uma das primeiras a denunciar Weinstein por estupro, Asia Argento se tornou porta-voz importante do #MeToo e a acusação afetaria sua reputação. Não só isso. “Ele sabia que meu namorado, Anthony Bourdain, era tido como um homem muito rico e tinha uma reputação a proteger, como uma figura muito amada pelo público”, ela afirmou. O chef e apresentador, então, teria insistido para que o assunto fosse tratado “em particular”. “Anthony tinha medo da possível repercussão negativa que tal pessoa, que ele considerava perigosa, poderia trazer sobre nós”, escreveu a atriz. Os dois teriam decidido então pagar o rapaz. “Anthony se encarregou pessoalmente de ajudar Bennet financeiramente, sob a condição de que não teríamos mais intrusões em nossas vidas”. A história se completa com as mensagens de texto reveladas pelo TMZ, junto da foto íntima vazada, que oferece uma narrativa bem diferente da história. A atriz diz em uma das mensagens: “Não fui estuprada, mas fiquei congelada. Ele estava em cima de mim. Depois, me disse que eu era sua fantasia sexual desde que ele tinha 12 anos”. Ela ainda acrescentou: “Ele me escreveu depois e ficou me mandando nudes que eu não tinha pedido, todos esses anos, antes da carta ao advogado.” Em outra mensagem, ela diz: “Eu fiz sexo com ele e foi estranho. Eu não sabia que ele era menor até chegar a carta”. Sobre as fotos, disse não ter grandes preocupações. “Dá para ver meus seios. Isso é tudo. Não significa nada.” Asia ainda relembrou que tinha 17 anos se relacionava com um homem de 33. Asia afirma que foi extorquida por Bennett e explicou por que não o denunciou: “Eu não reportei porque sempre me senti mal por esse ator-criança fracassado de Hollywood. Tenho 80 páginas sobre ele de um investigador que Anthony [Bourdain] contratou. E todos os e-mails do Anthony me pressionando a aceitar o pagamento.” Famoso chef e apresentador de TV, Anthony Bourdain se suicidou no último dia 8 de junho, aos 61 anos, e na época Asia Argento foi alvo de bullying nas redes sociais, por ser considerada culpada por esse desfecho trágico. A polícia de Los Angeles ainda coleta informações para concluir se abrirá uma investigação oficial sobre o caso.
Atriz e criadora de série da Netflix revela ter sofrido estupro coletivo em meio à produção
A atriz e roteirista Michaela Coel, criadora e estrela de “Chewing Gum”, lançada no Brasil pela Netflix, revelou ter sofrido um estupro coletivo em meio à produção da série. Ela compartilhou o trauma durante uma palestra no Festival de Televisão de Edimburgo. Coel frisou que o abuso não ocorreu “dentro dos escritórios da produtora ou foi cometido por algum funcionário da produção”. “Eu estava virando a noite no trabalho, tinha que entregar um episódio às 9 da manhã do dia seguinte”, comentou. “Eu resolvi fazer um intervalo e encontrar um amigo que estava por perto para tomar um drinque. A próxima coisa que eu me lembro é estar na frente do computador, no dia seguinte, digitando”. Coel contou que, pouco depois, teve um “flashback” em que se lembrou de ser abusada sexualmente por “um grupo de homens desconhecidos”. “Logo depois de procurar a polícia, antes mesmo de falar com minha família, liguei para os meus produtores. E então o dilema começou: Como operamos, nesse ramo, quando há uma emergência desse tipo?”, questionou. “De uma hora para a outra, todo mundo ficou muito ansioso, funcionários e chefes”, continuou. “Nos próximos dias, todo mundo ao meu redor no trabalho ficou tentando descobrir onde a linha da empatia estava, e como me tratar, e o quanto exigir de mim. Quando há a polícia envolvida, e imagens de câmeras de segurança de homens desconhecidos carregando sua roteirista, adormecida, para lugares perigosos, quando cortes são encontrados e há sangue, como uma empresa deve agir?”. Coel relatou que a produtora Retort a enviou para uma clínica de recuperação psicológica e bancou a sua terapia até o fim das gravações de “Chewing Gum”. Ainda segundo ela, o caso extremo aconteceu após sua primeira experiência com assédio sexual. “Uma vez, eu tinha vencido um prêmio por roteiro. Em uma festa depois da cerimônia, um produtor famoso da TV britânica se aproximou de mim, se apresentando. Eu disse: ‘Ah, claro, prazer em conhecê-lo!’. Ele imediatamente me respondeu: ‘Você faz ideia do quanto eu quero transar com você agora?’. Eu dei meia volta e fui embora imediatamente, deixando o meu acompanhante sozinho na festa. Ele me ligou mais tarde, irritado, dizendo que alguém tinha usado ofensas racistas se dirigindo a ele. Era o mesmo produtor”, relatou a atriz. Além de “Chewing Gum”, Coel pode ser vista em outra produção da Netflix, a antologia “Black Mirror”, no celebrado episódio “USS Callister”. Ela também teve um pequeno papel em “Star Wars: Os Últimos Jedi” e atualmente prepara uma série para a BBC sobre assédio. Intitulada “Jan 22nd”, a atração vai explorar a questão do consentimento sexual na vida contemporânea e será escrita e estrelada por ela, baseada em suas próprias experiências.
Cineasta Dario Argento acredita que acusações contra sua filha foram tramadas por Harvey Weinstein
O pai da atriz Asia Argento, o veterano cineasta italiano Dario Argento, mestre do terror e do suspense, pronunciou-se sobre as acusações de abuso sexual de menor que sua filha enfrenta desde a publicação de uma reportagem do jornal The New York Times no domingo (19/8). Para ele, há “um ar de conspiração” em torno das denúncias. Em entrevista ao jornal La Stampa, Argento deu a entender que as acusações podem estar conectadas a Harvey Weinstein, visto que a filha denunciou o produtor de Hollywood por estupro. “Estou apenas fazendo suposições. Certamente, desde que Asia fez sua acusação, aconteceram reações violentas na Itália, até mesmo por parte de políticos. Muitos atacaram ela, e não Weinstein”, comentou. O cineasta citou por nome dois políticos que fizeram ataques a sua filha, Vittorio Sgarbi e Matteo Salvini. “Temos que ver se essas acusações [contra Asia] são verdadeiras. Eu não acho que sejam. Acho que podem ser uma tentativa organizada de difamá-la. Acho que Weinstein disse para os seus advogados para inventarem alguma sujeira sobre ela”, acrescentou. “Tudo o que está acontecendo me deixou em um estado mental negativo, é uma sequência de eventos desagradáveis”, lamentou o cineasta. Argento, hoje com 77 anos, assinou clássicos como “Suspiria”, que em novembro ganha remake de Luca Guadagnino (“Me Chame pelo seu Nome”), e “O Pássaro das Plumas de Cristal”, marco do gênero giallo, suspenses sangrentos que inspiraram o slasher americano. Ele dirigiu a filha em muitos filmes, inclusive alguns de seus trabalhos mais recentes, como “O Retorno da Maldição” (2007) e “Drácula 3D” (2012). Nesta terça (22/8), o site TMZ publicou uma foto íntima e mensagens de texto que comprovam as informações da matéria do Times, confirmando que Asia Argento pagou uma quantia (seriam US$ 380 mil) para o jovem ator Jimmy Bennet não acusá-la de abuso sexual de menor. Ele tinha 17 anos quando os dois transaram em 2013, nove anos após Bennet viver o filho de Argento no segundo longa que ela dirigiu, “Maldito Coração” (de 2004). Segundo Asia, o pagamento foi ideia do seu namorado na época, o falecido chef Anthony Bourdain, que se suicidou em junho.
Foto íntima e mensagens de texto comprovam sexo entre Asia Argento e ator menor de idade
O site TMZ divulgou fotos e mensagens de texto que confirmam que a atriz Asia Argento teve uma relação sexual com o ator Jimmy Bennett, na época em que ele tinha 17 anos. As imagens dos dois felizes na cama demonstra que foi consensual. Já as mensagens de texto trazem a atriz afirmando que não sabia que ele era menor. Veja abaixo. As provas obtidas pelo site desmentem comunicado de Argento emitido na terça (21/8), em que ela rechaçou notícias de que tinha tido relação sexual com o jovem. “Eu nego e rechaço o conteúdo do artigo publicado no ‘New York Times’ que circula em vários veículos internacionais”, afirmou a atriz de 42 anos. “Jamais mantive relações sexuais com Bennett”, completou. O envolvimento dos dois veio à tona no domingo, por meio de uma reportagem do jornal The New York Times, que revelou pagamento da atriz para que Bennett não divulgasse fotos íntimas comprometedoras, nem a acusasse de abuso sexual de menor. Nas leis da Califórnia, onde se encontraram em 2013, é considerado crime um adulto ter uma relação sexual com uma pessoa menor de 18 anos. Segundo os documentados obtidos pelo jornal, os advogados de Bennett pediram indenização contra uma “agressão sexual” traumática para seu cliente. O ator tinha 17 anos no momento do suposto incidente e teria sido embebedado por Argento, que depois o levou para um quarto para fazer sexo oral. Nove anos antes, ele tinha vivido o filho da atriz no segundo longa que ela dirigiu, “Maldito Coração” (de 2004). Uma das primeiras a denunciar Harvey Weinstein por estupro, Asia Argento se tornou porta-voz importante do #MeToo, mas nos últimos dias se viu alvo do próprio movimento, assim que a reportagem começou a repercutir. “Violência sexual é sobre poder e privilégio. Isso não muda quando a criminosa em questão é sua atriz, ativista ou professora favorita”, disse Tarana Burke, que criou a hashtag #MeToo. Já o advogado de Weinstein a chamou de “hipócrita” por denunciar algo que ela mesmo teria feito. Em seu comunicado, Argento disse que permaneceu em contato com Bennet “por vários anos, somente por amizade”. Segundo a atriz, a amizade chegou ao fim quando o ator “inesperadamente exigiu uma quantia exorbitante de dinheiro”, após ela ganhar projeção como uma das principais acusadoras do megaprodutor Harvey Weinstein. Na época, afirma ela, Bennet enfrentava “severos problemas financeiros” e havia processado a própria família, pedindo uma indenização milionária. Argento ainda citou a reputação de Bourdain como um dos fatores que teria atraído Bennet: “Ele sabia que meu namorado, Anthony Bourdain, era tido como um homem muito rico e tinha uma reputação a proteger, como uma figura muito amada pelo público”. O chef e apresentador, então, teria insistido para que o assunto fosse tratado “em particular”. “Anthony tinha medo da possível repercussão negativa que tal pessoa, que ele considerava perigosa, poderia trazer sobre nós”, escreveu a atriz. Os dois teriam decidido então pagar o rapaz. “Anthony se encarregou pessoalmente de ajudar Bennet financeiramente, sob a condição de que não teríamos mais intrusões em nossas vidas”. Entretanto, as mensagens de texto de Asia, cujos prints foram revelados ao TMZ, indicam que houve sim relação sexual, ao mesmo tempo que parecem comprovar que ela estava sendo extorquida por Bennett. A atriz diz em uma das mensagens: “Não fui estuprada, mas fiquei congelada. Ele estava em cima de mim. Depois, me disse que eu era sua fantasia sexual desde que ele tinha 12 anos”. Ela ainda acrescentou: “Ele me escreveu depois e ficou me mandando nudes que eu não tinha pedido todos esses anos, antes da carta ao advogado.” Em outra mensagem, ela diz: “Eu tive sexo com ele e foi estranho. Eu não sabia que ele era menor até chegar a carta”. Sobre as fotos, não há grandes preocupações. “Dá para ver meus seios. Isso é tudo. Não significa nada.” Asia ainda relembrou à amiga de quando tinha 17 anos e se relacionava com um homem de 33. E disse que quer “sumir do mapa” se for demitida de seus trabalhos. “Se perder meu trabalho, eu vou mudar para a África ou para a floresta Amazônica. Quero ser como 90% do mundo, que não liga para essa merda. Etiópia ou Senegal. Talvez Brasil”, afirmou ela. Asia diz que foi extorquida por Bennett e explicou por que não o denunciou: “Eu não reportei porque sempre me senti mal por esse ator criança fracassado de Hollywood. Tenho 80 páginas sobre ele de um investigador que Anthony [Bourdain] contratou. E todos os e-mails do Anthony me pressionando a aceitar o pagamento.” Procurada pelo TMZ, representantes da atriz não se pronunciaram. Famoso chef e apresentador de TV, Anthony Bourdain se suicidou no último dia 8 de junho, aos 61 anos, e na época Asia Argento foi alvo de bullying nas redes sociais, por ser considerada culpada por esse desfecho trágico.











